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10 de maio de 2005
Editorial
COMBATENTES ANFÍBIOS! a participação brasileira na MINUSTAH e nos mostra um laser tático
O Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais de alta energia. Além desses, publica-se, também, um novo artigo sobre
apresenta a 29ª edição de seu periódico Âncoras e condicionamento físico, desta vez como preparar-se para correr cinco
Fuzis e ressalta a importância de sua ampla quilômetros.
veiculação em todos os círculos hierárquicos das A coluna “Palavras do Comandante-Geral” esclarece assuntos
OM de Fuzileiros Navais. Este instrumento de di- abordados em uma palestra proferida no CIASC e anuncia a criação do
vulgação de conhecimentos, além de conter uma va- Curso Especial de Logística para Oficiais. A coluna Atlântico Sul traz
riada gama de informações de interesse de todo o pro- um artigo sobre a importância de nossa “Amazônia Azul”. A Guerra de
fissional da Guerra Anfíbia, serve, também, para estimular o estudo de Manobra é comparada com a Guerra de Atrito.
temas de interesse e fomentar o treinamento de habilidades táticas e a As colaborações poderão ser enviadas até o dia 05JUN2005,
prática de processos decisórios sumários. da seguinte forma: respondendo às situações descritas na coluna DE-
Nesta edição abordaremos os seguintes temas: as peculiarida- CIDA; remetendo sua interpretação sobre o tema sugerido na coluna
des do ataque nas operações ribeirinhas no ambiente amazônico, o PENSE; ou enviando pequenos artigos sobre temas técnicos ou táticos
caçador como multiplicador do poder de combate, os carros anfíbios do que sejam de interesse do combatente anfíbio. Envie sua contribuição
passado, o intercâmbio realizado por oficial do CFN com o USMC, diretamente ao Departamento de Pesquisa e Doutrina do Comando-
como perpetuar experiências vividas e ensinamentos colhidos, o Cor- Geral pelo MBMail (33@comcfn), Lotus Notes (cgcfn-33/comcfn/
po de Fuzileiros Navais da China, o nosso CFN há cinqüenta anos mar), internet (vsguilherme@cgcfn.mar.mil.br) ou pelo Serviço Postal
atrás, o Centro de Jogos Didáticos do CIASC, o que é JOINT VISION, da Marinha. ADSUMUS!
Palavras do Comandante-Geral
Lendo esta edição de Âncoras e Fuzis, vi com muita emoção rar a carreira do MU com as demais. No entanto, os interstícios praticados,
a grande participação de Aspirantes da Escola Naval, Oficiais atualmente, são menores que os planejados, o que confere ao Quadro uma
ainda modernos e Superiores escrevendo sobre temas profis- maior fluidez.
sionais. A eles os meus cumprimentos e agradecimentos pela 2. Possibilidade de Terceiros-Sargentos fazerem prova para Oficiais
contribuição para a formação da cultura profissional do Com- Auxiliares do CFN
batente Anfíbio. O PCPM, aprovado pela Port.MM nº 0581, de 20NOV1992, previa a
possibilidade do 3ºSG candidatar-se ao concurso para o QOAM, desde que
CARREIRA DE PRAÇAS DO CFN possuísse, no mínimo, três anos na graduação, exceto para os 3ºSG-FN-
Em palestra proferida por mim à tripulação do CIASC, em 19ABR2005, MU que deveriam possuir, no mínimo, cinco anos.
que abordou o tema CARREIRA DE PRAÇAS DO CFN E O MATERI- Em 1997, com a aprovação do novo PCPM, já dividido em capítulos,
AL EMPREGADO PELO GptOpFuzNav HAITI, pude notar com satis- o Art. 2.3 do referido documento alterou os requisitos para o acesso à
fação, durante a fase dos debates, o interesse demonstrado pelo assunto. graduação superior, estabelecendo o interstício de um ano para as promo-
Algumas respostas demandaram pesquisa ou mesmo dados naquele ções de 3ºSG para 2ºSG e a conseqüente alteração na condição de candidatos
momento indisponíveis. Ficou acertado, então, que eu as responderia ao QOAM.
nesta seção das palavras do ComGer. Aqui seguem, portanto, as res- Como atualmente o interstício de planejamento para o 3º SG (exceto
postas devidas: MU) é de seis anos, será estudada, no âmbito do Comando-Geral, a
1. Processo de promoção na especialidade MU possibilidade do 3º SG ser autorizado a fazer a prova para o QOAM.
O militar da especialidade MU ingressa na MB já na graduação de 3º 3. Antiguidade
Sargento. O tempo não passado como SD-FN e CB-FN deve ser compen- No ano de 2001, foi publicado o Decreto Nº 4034/2001, RPPM, que
sado nas demais graduações. Isto é necessário para que se possa estabelecer estabelece um critério único de antiguidade, tomando como referência a
um fluxo de carreira com perfil adequado às necessidades da Marinha. colocação obtida no curso de formação. Isto foi feito para adequar a legisla-
Embora óbvio, é bom relembrar que o MU cumpre seus trinta anos de ção ao que já estava registrado no Estatuto dos Militares.
serviço em apenas quatro graduações (3ºSG, 2ºSG, 1ºSG e SO), o que faz Em conseqüência, foi publicada a 5ª revisão do PCPM, adequando seu
com que permaneça um tempo maior, se comparado com as demais especi- conteúdo à nova Lei.
alidades, em cada uma delas. Portanto, a partir de novembro de 2001, a antiguidade na MB é
O fluxo de carreira é planejado considerando-se interstícios de planeja- estabelecida pela classificação no curso de formação e não pode mais ser
mento de sete anos na graduação de 3º SG, sete anos na de 2ºSG, treze na de alterada ao longo da carreira. Isto é o que prevê a Lei.
1ºSG, atingindo a graduação de SO ainda em condições de exercer funções
por, pelo menos, mais três anos. CURSO ESPECIAL DE LOGÍSTICA PARA OFICIAIS
O processo de promoção para o QA-MU vem seguindo normalmente, Foi criado em 29MAR2004, pelo Comandante-Geral do CFN, o Cur-
conforme estabelecido no Fluxo de Carreira. O interstício previsto no Plano so Especial de Logística para Oficiais (C-ESP-LOG-OF). O curso tem
Corrente para o ano de 2005 para promoção à graduação superior prevê: como objetivo preparar os Oficiais do CFN para o desempenho de funções
a) seis anos e seis meses como 3ºSG para graduação a 2ºSG; e administrativas e/ou operativas, relacionadas à logística e ao apoio de servi-
b) cinco anos como 2ºSG para a promoção à graduação de 1ºSG.. ços ao combate. Será conduzido no Centro de Instrução Almirante Sylvio de
Cabe ressaltar que, para o acesso à graduação superior, além dos Camargo (CIASC), com o apoio do Comando do Material de Fuzileiros
interstícios previstos, é necessária a existência de vagas, bem como o cum- Navais (CMatFN), do Centro de Reparos e Suprimentos Especiais do
primento dos requisitos de carreira previstos no PCPM. CFN (CRepSupEspCFN) e, em particular, do Batalhão Logístico de Fuzi-
No caso específico dos 2º SG-MU, o Plano Corrente de Praças-2005 leiros Navais. O curso terá a duração de dez semanas e possui como requi-
prevê, como já descrito no item b, cinco anos, portanto dois anos a menos sito para matrícula ser Oficial do CFN, preferencialmente, no posto igual ou
que o previsto no PCPM (planejamento). Em resumo, não se pode compa- superior a Primeiro-Tenente.
1-
Atlântico Sul
Esta coluna traz um interessante artigo extraído da Internet, cujo autor é um analista geopolítico
português. A importância estratégica do Atlântico Sul está claramente demonstrada na análise comparativa
com outras regiões do planeta realizada pelo autor. Em que pese a desatualização dos números expostos, é
possível ter uma idéia do que significa para o Brasil exercer o controle efetivo da nossa “Amazônia Azul”.
Publica-se abaixo a atual classificação do prêmio “Âncoras e Fuzis” nas categorias individual e por OM.
Prêmio Âncoras e Fuzis Relembra-se que esta é a primeira apuração referente ao ano de 2005.
INDIVIDUAL OM
1º - CF(FN) Cupello (ComOpNav) ..................... 06 PONTOS 1º - EN. ......................................................... 305 PONTOS
2º - CC(FN) Chaib (CGCFN) ............................. 06 PONTOS 2º - 2oBtlInfFuzNav ........................................ 191PONTOS
3º - CT(FN) Cunha Barbosa (BtlArtFuzNav) ...... 06 PONTOS 3º - BtlArtFuzNav ............................................ 24 PONTOS
4º - Asp FN 3059 Eduardo Rodrigues (EN) ...... 06 PONTOS 4º - BtlOpRib .................................................. 16 PONTOS
5º - Asp FN 3059 Sanctos (EN) ......................... 06 PONTOS 5º - CIASC ...................................................... 12 PONTOS
-2
Corpo de Fuzileiros Navais da China
O Corpo de Fuzileiros Navais da China é uma força de assal- pas levemente equipadas, uma infantaria altamente móvel apoiada
to anfíbio subordinada à Marinha. Está organizado em duas brigadas por engenharia, metralhadoras pesadas e artilharia. Porém, no final da
com seis mil homens cada uma que fazem parte da Esquadra do Mar década, como o centro da estratégia militar da China redirecionou-se
do Sul. A força inclui infantaria, artilharia, blindados, engenharia, para uma possível confrontação com Taiwan, o Corpo de Fuzilei-
comunicações, defesa química, meios anticarro e tropas de ros Navais começou a receber equipamento mais pesado,
reconhecimento. Possui dupla subordinação: como carros de combate leves, veículos blindados e ar-
operacionalmente ao Comandante da Esquadra do tilharia autopropulsada para poder realizar incursões
Mar do Sul e é, administrativamente, responsável anfíbias ou estabelecer cabeças-de-praias em lito-
perante ao seu Comandante-Geral, que fica no Quar- rais fortemente defendidos.
tel-General em Beijing, pelo adestramento, mate- Cada Brigada de Fuzileiros Navais é co-
rial, planejamento, pessoal e serviço de polícia. mandada por um Capitão-de-Mar-e-Guerra, que
Por ser uma das unidades chinesas de reação rápi- é assessorado por um representante político do
da, pode vir a ser empregado diretamente subordi- governo, seus comandantes subordinados e um
nado ao Estado-Maior de Defesa do governo chi- Chefe do Estado-Maior. A organização do Coman-
nês em situação de crise. do da Brigada está composta de quatro departa-
mentos: comando, político, logístico e material. Da
BREVE HISTÓRICO mesma forma que as Brigadas do Exército, as Brigadas
Para tentar recuperar as ilhas ocupadas pelas forças de Fuzileiros Navais também possuem comandos interme-
de Kuomintang (Nacionalistas), a Marinha do governo da Repú- diários entre o nível Brigada e o nível Batalhão, chamados de
blica Popular da China constituiu o primeiro Corpo de Fuzileiros Regimentos, algo parecido
Navais em 1953, formado inicialmente por um regimento e dois bata- com a nossa Tropa de De-
lhões de infantaria transferidos do Exército. O regimento foi combi- sembarque. Cada Brigada de
nado depois com veículos anfíbios da Marinha e um Regimento de Fuzileiros Navais tem um
Infantaria de Marinha para formar a Divisão de Fuzileiros Navais. Ao efetivo entre 6.000 a 7.000
final de Guerra de Coréia, o Corpo de Fuzileiros Navais possuía oito militares aproximadamente.
divisões com 110.000 militares. Porém, o Corpo de Fuzileiros Na- Uma Brigada de Fu-
vais foi desativado em 1957, devido ao cancelamento do plano para zileiros Navais típica inclui:
recuperar a Ilha de Taiwan. um regimento de blindados
Nos anos (consistindo em dois Bata-
setenta, o Mar do lhões de Carros de Combate
Sul da China tor- Anfíbios (Tipo 63A) e três Batalhões de Infantaria Mecanizados),
nou-se uma nova um Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais (aproximadamente
área de tensão, 750 militares), Um Batalhão de Operações Especiais, um Batalhão de
onde começaram Mísseis (HJ-73/HJ-8 ATGM e HN-5 antiaéreo), um Batalhão de
a surgir disputas Engenharia e de Defesa Química e um Batalhão de Comunicações e
internacionais Guerra Eletrônica.
pelos direitos de O Comando da Brigada também tem alguns unidades orgâni-
soberania sobre cas diretamente subordinadas incluindo uma Companhia de Reco-
as ilhas de Paracel nhecimento Anfíbio (frogman), uma Companhia de Guarda e uma
e Spratly, situa- Companhia de Transporte Motorizado. Os Fuzileiros Navais tam-
das nessa região. bém podem ser apoiados
Após o conflito por helicópteros da For-
entre as Marinhas da China e do Vietnã do Sul em 1974, os governantes ça Aeronaval para trans-
chineses decidiram restabelecer o Corpo de Fuzileiros Navais em porte de pessoal e mate-
1979, para proteger os interesses territoriais da China na região. Em rial.
1980, a Primeira Brigada de Fuzileiros Navais foi criada, estabelecen-
do-se na Ilha de Hainan, ficando subordinada a Esquadra do Mar do ADESTRAMENTO
Sul. Ao mesmo tempo, destacamentos de Fuzileiros Navais guarne- Ao contrário o
ceram permanentemente as Ilhas de Woody (chamada de Yongxing em Corpo de Fuzileiros Na-
chinês), Paracel (chamada de Xisha em chinês) e alguns recifes na Ilha vais Norte-Americano, o
de Spratly (chamada de Nansha). Corpo de Fuzileiros Na-
A partir dos anos noventa, em virtude da crescente tensão vais da China não possui sua aviação própria e conta com o apoio da
entre a China Continental e Taiwan, o Corpo de Fuzileiros Navais foi Força Aérea e da For-
novamente ampliado. A Primeira Brigada de Fuzileiros Navais teve ça Aeronaval para
sua capacidade aumentada e criou-se a Segunda Brigada de Fuzileiros apoio aéreo aproxima-
Navais(164ª Brigada), que, em 2001, se estabeleceu em Zhanjiang. do e lançamento de
Os elementos blindados dos Fuzileiros Navais também sofreram mo- paraquedistas. O Ba-
dificações e foram acrescidos mais veículos anfíbios e carros de com- talhão de Operações
bate, para aumentar a capacidade de desembarque em uma costa for- Especiais do Corpo
temente defendida. de Fuzileiros Navais
é comparável ao U.S.
ORGANIZAÇÃO PARA O COMBATE Navy SEAL, em ter-
Antes da metade da década de noventa, o Corpo de Fuzileiros mos de táticas e dou-
Navais via o Mar do Sul da China como imediato e principal teatro. A trinas. Seus compo-
estrutura de sua organização e a sua dotação de material estavam nentes recebem treinamento rígido em operações especiais, artes mar-
principalmente concentradas para o cenário insular, que requeria tro- ciais, sobrevivência, paraquedismo e operações aeromóveis.
3-
A Participação Brasileira na Missão das Nações Unidas para
Estabilização do Haiti (MINUSTAH - Primeiro Contingente)
CMG (FN) Marco Antonio Nepomuceno da Costa
Comandante da Tropa de Desembarque
-4
Intercâmbio com o USMC
No período de dezesseis a 26MAR2005, foi realizado um
adestramento da 13ª MEU (“Marine Expeditionary Unit”), nas
cidades de San Diego e Victorville, no Estado da Califórnia, nos
Estados Unidos da América. O adestramento fez parte do pro-
grama de intercâmbios com outras marinhas em 2005, contando
com a presença do CC (FN) Carlos Jorge de Andrade Chaib, do
CPesFN.
Na cidade de San Diego, a programação consistiu em
uma apresentação inicial do processo de planejamento rápido
utilizado pelas MEU (o “R2P2”: Rapid Response Planning
Process), que prevê, do início do planejamento até a execução
das ações, um período de, no máximo, seis horas. Após essa
primeira apresentação, iniciou-se, em 20MAR2005, os exercíci-
os conhecidos como TRUEX (Situational Exercises), que con-
sistiriam em operações de estabilidade, segurança e mobilização
de forças expedicionárias. O exercício foi realizado em uma anti-
ga Base da Força Aérea Americana (George Air Force Base),
desativada no início dos anos noventa e cujas instalações ser-
Nova viatura “HUMVEE”, com portas e placas
vem agora como cenário ideal para operações em área urbana. laterais blindadas.
Guerra de Manobra
Quando se fala em Guerra de Manobra, alguns combatentes anfíbios ainda ficam em dúvida quanto o real significado deste
conceito. Diante dessa situação, faremos uma abordagem diferente, comparando a Guerra de Atrito com a Guerra de Manobra.
A Guerra de Manobra visa, portanto, à aplicação objetiva da força em um ponto que impossibilitará o inimigo, mesmo que
momentaneamente, de manter o controle de seus meios, deixando ainda mais vulnerável o seu sistema defensivo.
5-
O Caçador como Multiplicador do Poder de Combate
CT (FN) Adilson Cappucci Júnior
Observador Militar da ONU no Costa do Marfim
prováveis emboscadas.
6. O movimento termina com a
ocupação de uma área de reagrupamento
(ARgt) ou zona de reunião (ZReu) no in-
terior da floresta, a fim de esclarecer me-
lhor a situação, realizando todos os reco-
nhecimentos possíveis.
7. À semelhança do ataque notur-
no em terreno convencional, o ataque da
CiaFuzNav em área de selva poderá ser
apoiado ou não apoiado.
8. É de fundamental importância
salientar que, em face das reduzidas dis-
tâncias de engajamento no interior da sel-
va, todo e qualquer apoio de fogo indire-
to disponível para a manobra da
CiaFuzNav na fase do ataque, somente
será executado a pedido de seu coman-
dante.
As Peculiaridades do Ataque nas Operações Ribeirinhas 9. A seção de metralhadora 7,62mm será utilizada para
no Ambiente Amazônico são: apoiar o assalto, a partir de posições principais e de muda. Po-
1. O ataque em operações ribeirinhas, utilizando-se a derá ser empregada para assaltar uma posição junto com ele-
selva, possui as seguintes características: mentos do escalão de ataque.
(1) aumento de importância do combate aproximado, utilizando 10. As armas e munição anticarro (MAC BILL e o AT-4)
o tiro de ação e reflexo; são particularmente úteis para atirar da orla da floresta sobre
(2) dificuldade na condução dos fogos indiretos; alvos situados às margens de rios (embarcações e navios), es-
(3) dificuldade no deslocamento e no seu controle; tradas e no interior de clareiras. No entanto, deve-se levar em
(4) dificuldade de identificação de tropas amigas ou inimigas; consideração a sua mobilidade e o efeito do sopro, quando
(5) dificuldade de navegação no terreno; e empregadas no interior da floresta. O uso de munição específica
(6) dificuldade de utilizar as medidas de coordenação e controle. para espaços confinados ou a limpeza da área à retaguarda da
2. No interior da floresta, o objetivo da tropa atacante, peça poderá minimizar esta limitação.
valor SU, será a tropa inimiga, como um GC ou um Pel protegen- 11. As seções de morteiros sessenta milímetros e 81mm,
do uma base logística ou de treinamento, pois o terreno não é quando empregada no interior da floresta, deverá, em princípio,
taticamente utilizável. ocupar posição de tiro na ARgt ou ZReu, ficando em condições
O objetivo que se encontra fora da floresta será um aci- de apoiar todas as fases do ataque. A grande dificuldade para o
dente capital, como por exemplo, um aeroporto ou aeródromo, emprego de ambas armas reside na dificuldade de observação e
uma zona de pouso de helicópteros (ZPH) ou zona de desem- condução dos fogos por observadores terrestres. Estas serão
barque (ZDbq), um pequeno vilarejo, um porto, confluência de amenizadas destacando-se o observador avançado junto aos
rios e instalações. elementos de ataque mais avançados.
3. A ordem de operação do escalão de ataque deve ser o 12. O controle da CiaFuzNav depende, principalmente,
mais simples e detalhado possível, semelhante ao ataque notur- das comunicações. Como flexibilidade, é vital que o comandan-
no convencional. te de CiaFuzNav estabeleça um quadro-horário para o caso das
4. Normalmente, a CiaFuzNav inicia seu movimento para comunicações não serem estabelecidas no momento do ataque
o ataque a partir de uma base de combate ribeirinha (BCR). A fim ou em qualquer fase da operação ribeirinha.
de se obter maior rapidez e levando-se em consideração as pos- 13. Iniciativa, agressividade e liderança poderão impul-
sibilidades do inimigo (PI), numa primeira fase, este movimento sionar a tropa ao cumprimento da missão.
poderá ser realizado por EProg balizados por estradas, igarapés, 14. A consolidação e a reorganização dos objetivos con-
rios ou por um movimento helitransportado, desde que o conta- quistados são semelhantes as do terreno convencional. Porém,
to com o inimigo se caracterize como remoto ou pouco prová- emboscadas serão preparadas nas direções de contra-ataques
vel. Numa segunda fase, a CiaFuzNav deverá abandonar o(s) mais prováveis do inimigo no interior da floresta, bem como
EProg, buscando ocultar seu movimento, deslocando-se pela serão lançadas posições de bloqueio nos eixos de aproximação
selva por faixa(s) de infiltração. (rios e estradas) do objetivo, além do emprego de patrulhas.
5. Na escolha da(s) faixa(s) de infiltração, as trilhas, es- Durante esta fase, a ILS deslocar-se-á da ARgt ou ZReu para o
tradas, rios e igarapés devem ser evitados, por serem locais de objetivo, a fim de otimizar o apoio logístico da CiaFuzNav.
7-
Os Carros Anfíbios do Passado
1o Ten (FN) Sérgio Luiz de Mello Furtado Motta
2o BtlInfFuzNav
-8
Joint Vision 2010
CT (FN) Vannei de Almeida Silva Junior
2oBtlInfFuzNav
Em 2005, o Pentágono realizará a penúltima revisão estra- tes” (COpE) que serão, provavelmente, incorporadas por todas as
tégica combinada do programa “Joint Vision 2010” (JV), mas o que FFAA do Ocidente num futuro próximo, quais sejam: manobra
vem a ser este programa? O programa JV foi criado na primeira dominante, engajamento preciso, logística aplicada, proteção
metade dos anos noventa, estando previstas quatro Revisões multidimensional e efeitos em massa.
Estratégicas (a partir de 1997, a cada quatro anos). Tem como Manobra dominante (Dominant Maneuver) consiste em
propósito fornecer uma diretiva conceitual para os planejamentos controlar as três dimensões do Espaço – não mais Campo – de
a longo prazo, desenvolvidos pelas Forças Singulares e outros Batalha, conduzir operações combinadas sincronizadas e rápidas,
componentes do Departamento de Defesa Norte-Americano, ge- atacar os centros de gravidade inimigos em todos os níveis com
rando uma “nova Estratégia de Defesa” norte-americana de forma velocidade decisiva e destruição do inimigo pela velocidade de
a, em 2010, existir uma “Força-Pronta Combinada”. manobra. Notamos que este conceito está em consonância com a
A JV propõe, portanto, uma visão conjunta do cenário filosofia de Guerra de Manobra, particularmente adequada para o
mundial, o que permite estabelecer uma direção comum para as CFN. Note-se, ainda, que o conceito de manobra dominante não
Forças, bem como a criação de uma visão conjunta unificada, exclui a idéia de engajamentos assimétricos. Para obter-se mano-
conforme recomendação do Departamento de Defesa: guiar os bra dominante, é fundamental a conectividade com avaliação em
esforços de desenvolvimento de cada Força e apoiar a expectati- tempo real e distribuição simultânea da informação, resultando
va de defesa eficaz contra as ameaças do nosso século. numa posição vantajosa e num ritmo superior.
Ao iniciar o JV, as FFAA norte-americanas buscavam a Engajamento preciso (Precision Engagement) é o
preparação para o amanhã, vislumbrar as ameaças e necessidades engajamento seletivo, desencade-
preponderantes em 2010 – por ado após a localização e confir-
aqui, tivemos uma iniciativa neste mação do alvo, responsável e pre-
moldes, embora mais modesta, ciso mesmo em grandes extensões,
com o seminário “O CFN do Ter- provendo um maior alcance do
ceiro Milênio” – voltando suas efeito desejado, fornecendo ao
atenções para cinco fundamentos: Comandante da Força Combina-
qualidade de pessoal, desenvol- da várias opções flexíveis e
vimento de líderes, treinamento acuradas, bem como permitindo-
realístico e prontificação, equipa- lhe modelar o espaço de batalha e
mento de última geração e optar por reengajamento em situ-
prontificação para operações com- ações previamente selecionadas.
binadas. A logística aplicada
Com isso, o Departamento de Defesa espera, sendo o JV (Focused Logistics) tem por fina-
bem sucedido, a construção de uma força de alta qualidade, que lidade permitir maior mobilida- de, versatilidade e projeção às for-
seja persuasiva na paz, decisiva na guerra e preeminente em qual- ças, reduzir o estoque, o tempo de resposta e a estrutura pesada
quer forma de conflito. Esta força estará apta a atuar em um mundo tradicional do apoio logístico e prestar um apoio eficaz em todos
em constantes mudanças, patrocinando operações multinacionais os níveis. Para isso, o ciclo logístico em campanha é composto
e cívico-militares e preparando-se contra potenciais adversários, pela solicitação, avaliação, reparo e/ou reposição. Um conceito já
utilizando-se dos avanços tecnológicos, da superioridade de in- empregado pelo Exército Brasileiro, que é utilizado na logística
formações e adestrando-se para um emprego conjunto. aplicada é o de pacotes logísticos (PacLog).
O combate vislumbrado pelos Estados Unidos da América O conceito de proteção multidimensional (Full-
para este século necessitará que as FFAA lutem como um time Dimensional Protections) baseia-se na adoção de medidas ativas
conjunto, assim é mister o desenvolvimento de uma integração e passivas adequadas ao tipo de ameaça, na rapidez na identifica-
das capacidades e limitações de cada uma e a busca por uma força ção e proteção contra ações inimigas e na melhoria da proteção em
completamente combinada. No campo das inovações tecnológicas, todos os escalões: desde o indivíduo até o TO e em todas as
os esforços voltam-se para a obtenção da precisão, da capacidade dimensões do espaço de batalha, através do controle aeroespacial,
de detecção, do incremento da logística, da autonomia, da inde- marítimo e terrestre integrados.
pendência e da proteção, além da grande ênfase no aprimoramen- A obtenção do efeito em massa (Massed Effects) advém
to dos sistemas C4I2 (Comando, Controle, Comunicações, Compu- do amplo espectro de operações que o JV e os conceitos trazidos
tação, Inteligência e Interoperacionalidade). Finalmente, no em seu bojo aplicam-se, do emprego simultâneo destes novos
concernente à superioridade de informações, vemos que esta re- conceitos e da exponenciação dos conceitos de Guerra de Mano-
sulta de três componentes: operações de informação, as quais bra, ao serem integrados aos COpE.
procuram explorar ou negar as informações; sistemas de informa- O JV não é um novo estilo de condução de guerra ou de
ção, que visam a coletar, a processar e a disseminar oportunamen- emprego da força. O JV é uma busca pela integração entre as
te as informações; e análise-fluxo de informação, que provê o fluxo FFAA e a maximização dos recursos humanos e materiais. Sua
contínuo de informações. O correto funcionamento destes com- implementação deverá prover uma diretiva comum para o planeja-
ponentes ocasionará a localização precisa das forças, trabalho de mento de longo alcance, que nos será bastante útil como ferra-
inteligência disponível por todas as fontes e para todos os usuá- menta, para projetar o CFN de 2020, por exemplo. O JV busca
rios, além de uma sensível melhora no funcionamento do sistema desenvolver parâmetros conceituais, para conduzir o desenvolvi-
C4I2. mento da força combinada através do desenvolvimento e refina-
Em decorrência do JV, surgiram alguns novos conceitos mento dos conceitos, sua experimentação, capacitação e avalia-
operacionais, chamados de “Conceitos Operacionais Emergen- ção. Deverá ser esse nosso próximo passo?
9-
Experiências vividas e ensinamentos colhidos:
como perpetuá-los?
CC (FN) Osmar da Cunha Penha
BatalhãoNaval
- 10
Sistema de Jogos Didáticos (SJD)
CMG (RM1-FN) Mário Márcio Pimentel de Freitas
Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo
No intuito de continuar incentivando o estudo de idiomas, o pense desta edição está novamente escrito em
Pense português e em inglês. Sendo assim, as respostas poderão ser enviadas em qualquer dos idiomas.
“Os louros da vitória estão nas pontas das “The laurels of victory are at the point of enemy
baionetas do inimigo. Eles devem ser arrancados bayonets. They must be plucked there. They must
de lá. Se alguém pretende realmente conquistá- be carried by a hand-to-hand fight if one really
los, deve capturá-los lutando corpo a corpo”. means to conquer”.
PROGRAME-SE PARA OS CINCO QUILÔMETROS! 26 batimentos por minuto quando se corre em uma subida – isso
1. INICIANTE - Se você fez o TAF no ano passado, seja em relação a uma corrida à mesma velocidade em um terreno
em que faixa etária, em menos de 2750, você está aqui. Portanto, plano. Então, não vá no seu ritmo máximo. E atenção: todo tra-
esqueça as séries e as subidas. O importante é correr cada dia balho de série é feito de forma constante. Faça as primeiras
mais, sem exigir demais para não provocar lesões. Faça o TFM e repetições mais devagar, depois encontre sua velocidade ideal
siga o programa. Somente correndo, sem praticar mais nenhum e mantenha-se até o fim. Os dias para os quais estão marcados
os trabalhos de qualidade (mudanças de rit-
mo, séries ou subidas), faça um aquecimento
de dez minutos e, depois, quatro retas de cem
metros a 85% da sua freqüência cardíaca má-
xima para preparar o corpo para o esforço. Ao
final do treino trote por dez minutos e alon-
gue durante quinze minutos.
- 14
Resposta do Decida nº 28 (Continuação)
LIÇÕES APRENDIDAS
1. Emprego da RESERVA: a Reserva é ocorrência durante as operações; questões mais importantes a serem considera-
uma ferramenta que confere flexibilidade ao 3. Iniciativa: os comandantes, em todos das em cada situação;
Comando. O seu emprego deve ser revisto em os escalões, devem adotar uma postura pró- 5. Meios em Apoio: o comandante do es-
todo planejamento, particularmente nas situ- ativa e não se contentarem em serem meros calão de combate desempenha um papel de
ações críticas de combate, como são as apre- cumpridores de ordens superiores. A fluidez fundamental importância na coordenação e no
sentadas nessa coluna. A Reserva não deve ser do combate, a fugacidade das oportunidades, o emprego de todos os meios de apoio disponí-
poupada para um possível emprego futuro caos e a fricção dos campos de batalha, não veis. Durante o planejamento de sua ordem de
quando a situação atual já se encontrar deteri- permitirão que um comandante sempre inter- ataque ele deve ter sempre em mente a conju-
orada. No entanto, ao se empregar em primei- rompa suas ações para perguntar ao seu supe- gação necessária entre sua idéia de manobra e
ro escalão a peça de manobra inicialmente pre- rior se pode ou não prosseguir na ação. O co- o efeito desejado que buscará obter com o
vista como Reserva, deve o Comandante pre- mandante, ciente dos propósitos e intenções emprego de cada arma de apoio. Muitas solu-
ver a sua substituição. Para tanto, ele dispõe dos comandantes dos dois escalões acima do ções apresentadas não consideraram o empre-
de dois artifícios: a Reserva Temporária ou a seu, tem condições de decidir, acertadamente, go da 2aSeçMAG, ou empregaram esse meio
Reserva Hipotecada. A Reserva Temporária é sem precisar questioná-los. A matéria da coluna sem lhe dar tarefas táticas; e
constituída por elementos de apoio ao comba- GUERRA DE MANOBRA amplia este tema; 6. Tarefas Táticas: ao prescrever a Ordem
te e de apoio de serviços ao combate. A Reser- 4. MITM-T: ao se executar o Exame da aos Elementos Subordinados, o comandante,
va Hipotecada, por sua vez, é constituída por Situação deve-se levar em consideração os em todos os escalões, deve atribuir tarefas que
elemento(s) da(s) peça(s) de manobra(s) em Fatores da Decisão - Missão, Inimigo, Terre- definam claramente a ação operativa a ser cum-
primeiro escalão, a quem são impostas restri- no, Meios e Tempo disponível. Essa regra prida, podendo incluir, também, informações
ções ao seu emprego; mnemônica permite guardar em apenas uma sobre o local e o momento de se executar a
2. Princípio da Simplicidade: a concep- palavra toda uma série de aspectos a serem tarefa. Para tal, deve empregar verbos que tra-
ção de uma operação deve ser tão simples e analisados em qualquer situação de combate. duzam uma tarefa tática, como: assaltar, ata-
direta quanto possível. As ordens devem ser O repetido uso desse artifício faz com que os car, atrair, capturar, cobrir, conter, defender,
claras, concisas e de fácil execução, visando-se líderes desenvolvam seu raciocínio tático, per- destruir, esclarecer, escoltar, impedir,
a reduzir as perdas de controle, os enganos de mitindo-lhes acelerar cada vez mais o proces- incursionar, localizar, manter, minar, neutrali-
direção e inúmeras outras falhas de possível so de análise, sem que se perca o foco das zar, ocupar, repelir, retardar, varrer e vigiar.
O Senhor é o Comandante da 3ªCiaFuzNav(Ref)/3ºBtlInfFuzNav, de quarenta minutos. O tempo é crítico, mas desde que o Senhor já tinha
consistindo dos 1º e 2ºPelFuzNav(Ref) embarcados em CLAnf, localiza- considerado a possibilidade de combater ao longo do rio GARAGIOLA,
dos perto do rio GARAGIOLA; e do 3ºPelFuzNav(Ref), em reserva, a o Senhor agora não se sente tão pressionado. Desenvolva as ordens que
Leste de ANDROIDA. A sua CiaFuzNav está reforçada pelo 3ºPelCC e o Senhor daria aos seus subordinados e lembre-se que o “máximo empre-
por um PelMAC da CiaApF. go da ação ofensiva” é um dos principais Fundamentos da Defensiva.
Pelas últimas duas semanas, o Senhor tem enfrentado forças Agora são 0900P.
inimigas mecanizadas, tendo sido obrigado a retrair do
Oeste para o Leste. O Senhor vem desgastando o inimigo
e ao mesmo tempo, tem procurado preservar seu próprio
poder de combate. O Senhor levantou que o inimigo a
vossa frente consiste de um PelCC e um EsqdFuzBld. As
táticas inimigas enfatizam o ataque agressivo, visando a
sobrepujar a resistência com o CC, usando a infantaria a
pé somente para o combate aproximado.
A visibilidade baixa, causada por uma forte nebli-
na, tem prejudicado o acompanhamento da situação do
inimigo, desde os últimos combates, quando o Senhor
perdeu o contato.
Enquanto vossa unidade está posicionada ao lon-
go do rio, o 3ºPelCC está tentando restabelecer contato.
Alguns bancos de areia impedem os CLAnf de
atravessar o rio. Vossa tarefa é destruir qualquer força
inimiga em sua zona de ação. Caso não consiga, deverá
retardar estas forças.
Quando o 3ºPelCC passa a Oeste de TRAGÉ-
DIA, reporta uma força inimiga blindada aproximando-
se do PCt 68. O 3ºPelCC não foi detectado pelo inimigo.
O 3ºBtlInfFuzNav possui uma Bia0105mm em
ApDto e a prioridade de fogos do BtlArtFuzNav, além de até duas
sortidas de aeronaves AF-1, estimando-se o tempo entre o pedido e a As contribuições devem ser encaminhadas a este Co-
apresentação das aeronaves em aproximadamente 10 minutos. mando-Geral até o dia 05 de Junho, devendo conter a
O inimigo estará em TRAGEDIA ou GARAGIOLA em cerca decisão e todas as providências e ordens necessárias.
15 -
Resposta do “Pense” anterior (Âncoras e Fuzis nº 28)
Inúmeras respostas nos foram enviadas. Todas realça- 2140 OLIVEIRA, Asp 1001 COUTO NETO, Asp 1019 NYLFSON
ram a importância de o Comandante saber posicionar-se para BORGES, LUIZ FELIPE, Asp 1095 SILVIRA e Asp 1219
exercer sua liderança e conduzir sua tripulação rumo à vitó- RADOMAN. Especialmente, parabenizamos os Asp (FN) 3087
ria. Destacamos as respostas dos militares abaixo: SANCTOS e Asp (FN) 3167 MUFAYA que escreveram suas res-
Escola Naval: Asp (FN) 4057 AMAMBAHY, Asp (FN) postas em inglês.
4110 CESAR SILVA, Asp (FN) 3023 RAFAEL NASCIMENTO, 2 oBtlInfFuzNav: 3 oSG-FN-IF VARELA, CB-FN-IF
Asp (FN) 3038 KEPLER, Asp (FN) 3059 EDUARDO GLAUBSON, SD-FN AMARO, e SD-FN RIOS.
RODRIGUES, Asp (FN) 3086 VINICIUS, Asp (FN) SANCTOS,
Asp (FN) 3167 MUFAYA, Asp 3185 ROQUE SANTOS, Asp 2005 Selecionamos para publicação as respostas do Asp (FN)
LEONARDO GOMES, Asp 2007 GUILHERME FERNANDES, 3059 EDUARDO RODRIGUES e do Asp (FN) SANCTOS (em
Asp 2020 SANTI, Asp 2056 BREINER, Asp 2080 LEÃO, Asp inglês).
O Comandante, por definição, é o militar investido da mais alta responsabilidade dentro de um grupo nas Forças
Armadas, justamente por ser quem o encabeça e determina os passos do mesmo. Ele é o cérebro do conjunto e responde pelas
ações e por tudo o mais que diz respeito aos homens que o compõem: seus estados físico e psicológico, sua saúde, seu
conforto, sua segurança, etc. O Comandante é quem estabelece onde e quando seus subordinados estarão e por isso a
qualidade mais valiosa e desejada nele é o sentimento de colocar-se no local certo e no momento mais importante, pois quase
nunca uma decisão sua afetará somente a si próprio, mas sim a todos sob seu comando.
Em situações extremas como a guerra, a capacidade de bem avaliar de quem está na posição de comando, em meio a
condições tão adversas, fica muito limitada em comparação ao período de paz. Aquele que comanda tem de lidar com inúmeras
variáveis, o que torna seu trabalho por demais complexo. Dessa forma, por maior que seja sua cultura bélica ou sua capacidade
técnica, é imprescindível que faça uso da mais antiga e básica ferramenta utilizada pelos animais em momentos decisivos: o
instinto.
No entanto, não trata-se de um instinto primitivo, nato, mas um cuidadosamente moldado pelas qualidades profissio-
nais supracitadas, aguçado pelo seu uso contínuo e consolidado pela experiência, desenvolvendo, assim, no comandante,
esse sentimento, esse poder de percepção que mostra como numa visão profética o caminho a seguir.
No campo de batalha, essa habilidade especial, essencial a pessoa que conduz homens ao combate, pode poupar várias
vidas. Com ela, as chances da tropa cair numa emboscada ou em outra situação de risco ficam reduzidas. As chances de uma
manobra tática ser bem sucedida se elevam sobremaneira.
Aquele que está à frente, comandando, deve procurar com afinco aperfeiçoar esse sentimento, pois dele depende o
bom andamento do seu trabalho. Essa capacidade é muito admirada e, quando observada pelos subordinados, estabelece um
forte vínculo de confiança entre Comandante e comandados, fundamental à instituição a que servem.
Asp 3059 Eduardo Rodrigues
In the past, just heritage and good social position were necessary to be ahead of the troop as general. Nowadays the
technology development and information evolution are constantly transforming the way you understand the environment
around you.
So, those who are or want to be in a leader position should be able to identify what the situation needs from him.
Improvisation and quick response are qualities that make the difference between success and failure in the battlefield.
Taking a peacekeeping operation as an example, the commanding officer is supposed to talk with locals, to win the heart
and mind war, and minutes later chat with his staff and foreign advisors about the operations progress.
Two kinds of situations that call for distinct actions and patterns to be followed, in the first one, arrogance and
prepotency will keep you miles way from any kind of agreement with the population. But in the other side, you must show
efficiency and self-confidence to gain any respect and support from the other officers.
However, sometimes, more than those desired abilities are needed. Something that happens without advice. Call that
lucky a star or whatever you like, but being in the right place in the right time can improve your career.
Asp 3087 Sanctos
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