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Globalização tornou-se uma palavra que está em "moda", de um conceito muito amplo e
abrangente, sendo empregada em diversas ocasiões, mas nem sempre com o mesmo significado.
Poderíamos conceituar esse termo de forma básica como, o conjunto de transformações na ordem
política e econômica mundial que vem acontecendo nas últimas décadas, onde o ponto central da
mudança é a integração dos mercados numa "aldeia-global", explorada pelas grandes
corporações internacionais.
Esse processo tem sido acompanhado de uma intensa revolução nas tecnologias de
informação: telefones, computadores e televisão, contribuindo de forma surpreendente para
a maior integração de todo o mundo.
Outro ponto de forte importância que vem se destacando na globalização, é a questão do meio
ambiente, onde as empresas, cidadãos, instituições e ONG's se dedicam cada vez mais a
conservar e restaurar esta. Vemos isso nos diversos debates de alcance mundial que
acontecem em torno desse assunto, e o surgimento de instituições como o GreenPeace, que
tem caráter radical e postura firme contra a degradação da natureza.
Histórico da Globalização
Fatos históricos marcantes ocorridos entre o final da década de 1980 e o início da de 1990
determinaram um processo de rápidas mudanças políticas e econômicas no mundo. Até mesmo os
analistas e cientistas políticos internacionais foram surpreendidos pelos acontecimentos:
Até praticamente 1989, ano da queda do Muro de Berlim, o mundo vivia no clima da Guerra Fria.
De um lado, havia o bloco de países capitalistas, comandados pelo Estados Unidos, de outro, o de
países socialistas, liderado pela ex-União Soviética, configurando uma ordem mundial bipolar.
O beneficiário dessa mudança, historicamente rápida, que deixou muitas pessoas assustadas, foi
o sistema capitalista, que pôde expandir-se praticamente hegemônico na organização da vida
social em todas as suas esferas (política, econômica e cultural). Assim, o capitalismo mundializou-se,
globalizou-se e universalizou-se, invadiu os espaços geográficos que até então se encontravam
sob o regime de economia centralmente planificada ou nos quais ainda se pensava poder viver a
experiência socialista.
A globalização não é um acontecimento recente. Ela se iniciou já nos séculos XV e XVI, com a
expansão marítimo-comercial européia, conseqüentemente a do próprio capitalismo e continuou
nos séculos seguintes. O que diferencia aquela globalização ou mundialização da atual é a
velocidade e abrangência de seu processo, muito maior hoje. Mas o que chama a atenção na
atual é, sobretudo o fato de generalizar-se em vista da falência do socialismo real.
De repente, o mundo tornou-se capitalista e globalizado.
Conseqüências da globalização
É de suma importância saber que a questão da globalização não está apenas ligada à economia,
mas também influencia no Estado, ou seja, este é “modificado” para que as exigências globais
sejam cumpridas. Isto quer dizer que tanto a opinião pública internacional quanto o
comportamento dos mercados passaram a desempenhar funções que antes não tinham na
redefinição dos limites possíveis de ação do Estado.
Os países e seus líderes, estão sob vigilância constante da opinião pública internacional, sendo
assim qualquer passo em falso poderá resultar em penalidades para estes países.
Um outro aspecto mudado no Estado em função da globalização, foi o de que suas ações
governamentais deverão ser dirigidas agora para fazer com que as economias nacionais sustentem
e desenvolvam condições para competir em escala global. Isso resulta na canalização de recursos
para setores vitais do Estado como a educação, saúde e, este também, tem que estar preparados
para assar para a mão de privados empresas antes administradas pelo Estado. Dessa forma
acredita-se estar contribuindo para uma promoção de maior igualdade de oportunidades,
aumentando o grau de mobilidade social.
Por isso, este Estado precisa ser ainda mais forte no desempenho de suas tarefas sociais e
melhor preparado para regulamentar as atividades recentemente privatizadas.
O mercado é, com certeza, um fator decisivo no que se diz respeito à globalização. É importante
saber que o contorno dentre os quais o mercado atua, são definidos politicamente. Por isso é
errado afirmar que tudo o que esta a favor das forças e mercado é visto como bom, positivo,
isto é, fator de desenvolvimento pois, tem que se reconhecer que não há limites ao mercado
que permitem países como o nosso atuar politicamente na defesa dos interesses nacionais.
A globalização econômica é uma nova ordem mundial e, devemos aceitar este fato com sentido de
realismo pois, ao contrário, nossas ações estarão destituídas de qualquer impacto efetivo. Isto
significa uma perspectiva totalmente nova sobre as formas de agir na cena internacional.
Temos que admitir que a participação no economia mundial pode ser positiva se for manejada
com cuidado, ou seja, o sucesso dessa integração depende de vários pontos como a articulação
diplomática e as parcerias comercias adequadas e, da realização de reformas internas
democraticamente conduzidas.
A globalização esta gerando uma nova divisão internacional onde se encontram os países que
fazem parte do processo de globalização e os países que não fazem. Os primeiros estariam
associados à idéias de progresso, riqueza e, melhores condições de vida, já os outros estaria
destinados à um mundo de exclusão, marginalização e, miséria.
É importante perceber que, apesar disso, a globalização produziu oportunidades para que mais
países pudessem ingressar na economia mundial mas é preciso aproveitar as oportunidades dadas
por esta economia através da adoção de um conjunto de políticas que incluem, entre outros, uma
força de trabalho qualificada, aumento substancial da taxa de poupança doméstica, etc.
Em países em desenvolvimento mais complexo, a integração na economia global está sendo feita à
custa de maior esforço de ajuste interno e numa época de competição internacional mais acirrada.
Mas, os países menores serão capazes de superar os desafios impostos pela globalização?
Esta é uma questão que não pode ser deixada de fora pois não é possível a comunidade
internacional conviver com a indiferença e a paralisia dos países mais pobres, pois estaríamos,
assim, destinando-os ao fracasso, como se nada pudesse ser feito. Este é um ponto que deve
ser ainda muito discutido em âmbito internacional.