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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA Xa VARA DA

COMARCA DE NOVA RUSSAS, CEARÁ

EXONERAÇÃO DE PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA


Distribuição por Dependência
Apenso ao proc. xxxx-xx.20xx.8.06.0133

Pai, brasileiro, Pai - Estado Civil, Pai - Profissão, portador do RG no


xxxxxxxxxxx-SSP/CE e CPF no xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliado na
Pai - Endereço, Nova Russas, Ceará, vem perante V. Exa., através da
Defensoria Pública Geral do Estado, propor AÇÃO DE EXEONERAÇÃO DE
ENCARGO DE PRESTAÇÕES ALIMENTÍCIAS em face de Requerido,
brasileira, solteira, Requerido - Profissão, residente e domiciliado na
Requerido - Endereço, Nova Russas, Ceará, pelos seguintes fundamentos:

DA JUSTIÇA GRATUITA

Inicialmente, requer(em) os benefícios da justiça gratuita por


ser(em) pobre(s) na forma da lei, conforme declara no instrumento
procuratório em anexo, não podendo arcar com custas processuais e

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honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e do de sua
família, o que faz(em) com fundamento na Lei 1.060/50, Lei
Complementar Estadual 06/97 e no Art. 5o, LXXIV, da Constituição Federal.

DOS FATOS

O autor vem pagando pensão alimentícia, em cumprimento à


sentença proferida por este MM. Juízo nos autos do processo em epígrafe,
no valor de x,xx% do salário mínimo.

Ocorre que o(a) alimentando(a):

casou-se,

está vivendo em união estável,

não está estudando,

está trabalhando,

atingiu a maioridade.

DO DIREITO

A pensão alimentícia, no caso, tem fundamento no dever que


possuem os pais de sustentarem os filhos menores. Ao alcançar os 18
(dezoito) anos de idade, cessa a menoridade e conseqüentemente o
poder-dever, dito Poder Familiar, que onera os pais, tendo em vista a
cessação da presumida incapacidade civil e da suposta dependência dos
filhos.

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A Lei 5.478/68 prevê a revisão da decisão que fixa alimentos,
sempre que ocorra modificação no contexto vigente à época de sua
concessão. Senão vejamos:

Art. 15. A decisão judicial sobre alimentos não transita em


julgado, pode a qualquer tempo ser revista em face da
modificação da situação financeira dos interessados.

Com efeito, o Código de Processo Civil dispõe sobre a mutação da


obrigação de prestação alimentar fixada judicialmente:

Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os


pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo
seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se
reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário a
seu sustento. (grifo nosso)

Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na


situação financeira de quem os supre, ou na falta de quem
os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme
as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do
encargo. (grifo nosso)

O filho do autor, ora réu, é absolutamente capaz de manter-se por


suas próprias forças através do trabalho, não carecendo mais do sustento
paterno.

Nelson Nery Junior, analisando o artigo 15, da Lei nº 5.478/68,


preleciona que:

Propositura de nova ação. Nova causa de pedir. Modificadas


as circunstâncias de fato ou de direito sob as quais foi
proferida a sentença de alimentos já transitada em julgado,
pode ser ajuizada outra ação, visando a diminuição, a
elevação ou a exoneração da pensão alimentícia. Trata-se

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de outra ação, completamente diferente da primeira,
porque fundada em outra causa de pedir remota. Alterado
um dos elementos da ação (causa de pedir) e
provavelmente outro elemento (pedido), já não se pode
falar em ações idênticas. A coisa julgada proferida na
primeira ação foi totalmente respeitada e continua
aparelhando a sentença com o atributo da imutabilidade.
Outra ação foi movida, com outro fundamento e outro
pedido. (Código de Processo Civil Comentado, ed. rt, 2ª
edição, p. 1.596).

Já Yussef Said Cahali ensina que

A pensão pela própria natureza, traz a marca da


condicionalidade, exposta a revisão futura se a
necessidade do alimentando e as condições econômicas do
prestante assim o possibilitarem. (grifo nosso) (Divórcio e
Separação, tomo 1, Ed. RT, 8ª edição, 195, p. 241/242).

Portanto, como se vê, a pretensão do autor de exoneração do


pagamento da prestação alimentar tem amplo amparo legal e doutrinário,
tendo em vista que o narrado no relato fático faz cessar a presunção de
dependência econômica do réu, o que transmuda o contexto fático vigente
quando da concessão da pensão alimentícia.

DO PEDIDO

Por todo exposto, requer-se que este MM. Juízo se digne de:

1. Receber a presente e distribuí-la por dependência junto ao

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processo em epígrafe;

2. Conceder os benefícios da justiça gratuita;

3. Determinar a citação do(a) promovido(a) para, querendo,


contestar o feito, sob pena de revelia;

4. Por fim, julgar procedente a presente ação para exonerar o


autor do pagamento de pensão;

5. Decidir pela condenação do acionado no pagamento das verbas


de sucumbência, isto é, custas processuais e honorários advocatícios,estes
na base de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, os quais
deverão ser revertidos à DEFENSORIA PÚBLICA – GERAL DO ESTADO
DO CEARA; tudo de conformidade com a Lei n° 1.146/87.

Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos em Direito,


notadamente pelo depoimento das partes, das testemunhas ao final
arrolada e pelo exame da documentação.

Dá-se à causa o valor de R$ 100,00.

Nestes termos pede deferimento,

Nova Russas, xx de xxxxxx de 20xx

_____________________________
Tibério Augusto Lima de Melo
Defensor Público Substituto

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Rol de Testemunhas

1. T1 - Nome, brasileiro(a), T1 - Estado Civil, T1 - Profissão,


residente e domiciliado(a) na T1 - Endereço, Nova Russas, Ceará;

2. T2 - Nome, brasileiro(a), T2 - Estado Civil, T2 - Profissão,


residente e domiciliado(a) na T2 - Endereço, Nova Russas, Ceará;

3. T3 - Nome, brasileiro(a), T3 - Estado Civil, T3 - Profissão,


residente e domiciliado(a) na T3 - Endereço, Nova Russas, Ceará;

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