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FORMAÇÃO CÍVICA

TEMA: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA


ESCOLA

SUBTEMA: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL DOS ALUNOS

Obesidade

Subnutrição

Bulimia

Diabetes

Anorexia
Trabalho realizado por:

André Gomes Rocha n.º 02


Gonçalo Espírito Santo Matos n.º 10
José Diogo da Cunha Afonso n.º 11
Paulo Jorge Pona n.º 23

Escola Secundária Almeida Garrett


8.º A - Ano Lectivo 2006/2007
INDICE
NUTRIÇÃO NA ADOLESCÊNCIA ............................................................... 1
ƒ TABELA DE CALORIAS (em kilocalorias) ....................................... 3
ƒ Dicas para uma dieta saudável ................................................... 4
ANOREXIA ........................................................................................... 5
Sintomas .......................................................................................... 6
SUBNUTRIÇÃO ..................................................................................... 7
OBESIDADE ......................................................................................... 8
DIABETES.......................................................................................... 11
Diabetes Mellitus tipo I: .................................................................... 11
Diabetes Mellitus tipo II: ................................................................... 11
Outras formas da Diabetes Mellitus: ................................................... 11
Causas da Diabetes .......................................................................... 12
Sintomatologia ................................................................................ 12
Tratamento ..................................................................................... 13
ƒ Plano alimentar: ..................................................................... 13
ƒ Actividade física: .................................................................... 13
ƒ Medicamentos:....................................................................... 14
ƒ Rastreio: ............................................................................... 14
BULIMIA............................................................................................ 15
Bibliografia: ....................................................................................... 17
Alimentação saudável na Escola

NUTRIÇÃO NA
ADOLESCÊNCIA
A nutrição é um processo biológico em que o organismo, utilizando alimentos,
assimila nutrientes para a realização das funções vitais. A ciência da nutrição, o
nutricionismo, tem a finalidade de contribuir para o desenvolvimento das
populações, visando a melhoria do estado nutricional do indivíduo e,
consequentemente, da sua saúde.
Comer é uma necessidade essencial. O corpo necessita de um constante
abastecimento regular de matérias – primas, para sobreviver. Se passarmos mais
de algumas horas sem comer nem beber, o hipotálamo, uma parte do encéfalo,
produz a sensação de fome e sede, avisando que o corpo necessita de matéria –
prima.
A adolescência é uma fase que requer bons hábitos alimentares, pois
é necessária uma maior quantidade de nutrientes.
Adolescentes, segundo a Organização Mundial de Saúde, são pessoas com
idade entre 10 e 19 anos e representam 20% da população global. Cerca de 84%
dos adolescentes estão em países em desenvolvimento. E apesar de sua
percentagem em relação a outros grupos etários estar a aumentar, pouca atenção
tem sido dada à sua nutrição.

A adolescência é um dos períodos mais importantes no desenvolvimento


humano. Esta fase de crescimento é considerada
especialmente vulnerável em termos nutricionais por
várias razões.
ƒ Mudança de estilo de vida e hábitos alimentares dos
adolescentes afecta a ingestão e as necessidades de
nutrientes.
ƒ Necessidades de nutrientes especiais associados à
pratica de desportos, realização de dietas excessivas, uso de álcool e drogas,
etc.
ƒ Maior procura de nutrientes relacionados com o aumento dramático no
crescimento e desenvolvimento físicos.

A imagem corporal é essencial para a aceitação no grupo, ou não. Isto ocorre


numa fase da vida, a juventude, em que a necessidade de ser aceite e bem visto é
essencial para o desenvolvimento da personalidade. Os adolescentes estão
constantemente a fazer ou experimentar qualquer coisa para parecer melhor ou
melhorar a imagem corporal. Estes querem resultados rápidos, pelo que o
aconselhamento nutricional deve ser adaptado.

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Alguns dos comportamentos mais típicos dos jovens são:


ƒ Preocupam-se de um modo excessivo com o corpo e à
aparência;
ƒ Os grupos de amigos influenciam as escolhas
alimentares;
ƒ Consumem comida rápida em substituição de refeições
caseiras;
ƒ Comem para aliviar a fome, sem se preocuparem com o
valor nutricional dos alimentos.

A grande maioria dos jovens possui uma grande carga horária, o que acaba
com o planeamento das refeições e, por vezes, acabam mesmo por não comer
todas as refeições.
O pequeno-almoço, por exemplo, é uma excelente maneira de queimar
calorias desde as primeiras horas do dia. Está provado que para emagrecer, tem de
se fazer 5 refeições por dia e o pequeno-almoço é a mais importante. Além disso,
ao comer pela manhã, é recuperado o açúcar consumido durante a noite e a pessoa
sentir-se-á melhor.
Segundo estudos feitos os adolescentes comem um maior número de
alimentos com gordura e sal. Os mesmos também afirmam que as raparigas
consomem menos alimentos, o que faz com que ingiram menor quantidade de
nutrientes e vitaminas.
As raparigas tendem a crescer entre os 12 e os 13 anos e os rapazes dos 14
aos 15 anos, sendo a adolescência a segunda fase de maior crescimento. Para que
todo o crescimento corra com normalidade é necessária uma boa alimentação.
Durante a adolescência, as necessidades de proteínas e as de energia estão
directamente relacionadas com o crescimento. Também os micro nutrientes – as
vitaminas e os minerais – têm o seu papel, quer para a produção de energia, quer
para prevenir várias doenças.
Nesta fase é igualmente necessário um grande consumo de cálcio e ferro que
é encontrado, por exemplo, no leite e na carne respectivamente, e tem como fim a
fortificação e o bom desenvolvimento dos ossos e um melhor desenvolvimento
muscular.

Sendo assim, é recomendável que todos os pais verifiquem a


alimentação dos seus filhos para que tudo corra bem no seu
desenvolvimento. Uma forma de o fazer é através do controle das calorias,
para o que a leitura dos rótulos das embalagens é de extrema importância.
Abaixo encontra-se uma pequena listagem.

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ƒ TABELA DE CALORIAS (em kilocalorias)


Cereais de Pequeno-almoço
Bran Flakes, Kelloggs (45g) 144
Corn Flakes, Kelloggs (45g) 167
Rice Krispies, Kelloggs (45g) 171
Shredded Wheat, Nestle (2 porções/44g) 143
Weetabix (2 biscoitos/37½g) 129
Pão e Bolachas
Uma bolacha 74
Pão branco 84
Pão integral 79
Um donut (49gr) 140
Ovos, leite e derivados
Manteiga (10 g) 74
Queijo tipo cheddar (40 g) 172
Ovo tamanho 3 (57 g) 84
Leite, semi-desnatado, (200ml) 96
Fruta
Uma maçã (112 g) 53
Uma banana (150 g) 143
Uvas (50g) 30
Melão (28 g) 7
Laranja (160 g) 59
Pêra (170 g) 68
Morangos (28 g) 7
Bebidas
Café (uma taça 220 ml) 15,4
Um copo de Coca-Cola (330ml) 139
Sumo de laranja (200 ml) 88
Uma chávena de chá (270 ml) 29
Fast-Food
Um Big Mac (215 g) 492
Um hambúrguer com queijo (379 g) 379
Kentucky Fried Chicken (67 g) 195
Um hambúrguer simples (108 g) 254
Pizza normal (135 g) 263
Batatas fritas (100 g) 253

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ƒ Dicas para uma dieta saudável

ƒ Reduzir os açúcares, incluindo as bebidas e sumos


doces (refrigerantes);
ƒ Usar óleo de milho, de soja, ou outras gorduras não
saturadas na preparação dos alimentos;
ƒ Comer vegetais e frutos frescos ou em lata a todas as refeições; evitar açúcar e
molhos;
ƒ Comer peixe regularmente, até como entrada (no mínimo, duas vezes por
semana);
ƒ Aumentar o consumo de peixes e mariscos;
ƒ Diminuir e evitar o consumo de produtos à base de peixe frito (tipo
“Douradinhos”) pois têm baixos níveis de ácidos Ómega3;
ƒ Retirar a pele do frango antes de o comer:
ƒ Comer cortes de carne limpos de gordura;
ƒ Limitar o consumo de molhos;
ƒ Comer pão de cereais em vez de produtos refinados, ler os
rótulos das embalagens e verificar que se trata de produtos à
base de cereais integrais;
ƒ Privilegiar o consumo de grão, feijão e outras leguminosas e
de soja em detrimento da carne;
ƒ Pão, cereais de pequeno-almoço e refeições preparadas,
incluindo sopas, podem conter quantidades elevadas de
açúcar/ ou sal;
ƒ Ler os rótulos com atenção e dar preferência a produtos com
elevadas quantidades de fibras, baixas quantidades de sal e de açúcar.

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ANOREXIA
A anorexia nervosa é uma situação muito
grave, em que o doente se recusa a comer e
emagrece muito. É uma doença psicológica que
afecta, actualmente, cada vez mais jovens entre
os 10 e os 20 anos, nomeadamente raparigas e
jovens mulheres. A anorexia nervosa tem uma
das maiores taxas de mortalidade de todos os
transtornos psicológicos

Em geral, estas jovens gostam de agradar. A opinião dos outros,


principalmente a dos mais próximos, é de extrema importância. Têm um desejo
contínuo de obter a silhueta perfeita" numa tentativa de obter um "corpo de
sonho". Para tal fazem regimes de emagrecimento, por vezes, desconhecendo as
possíveis consequências.
Nalguns casos, o problema é tão grave que a adolescente deixa
de ter a percepção da sua própria silhueta.

A adolescente anoréctica envelhece prematuramente, a


pulsação é mais lenta (por vezes menos de 60 pulsações por
minuto), tem desritmias acentuadas, as extremidades dos membros
estão geralmente frias, a tensão arterial baixa, os períodos
menstruais tornam-se extremamente irregulares ou, até, desaparecem. Com a
idade, podem desenvolver osteoporose devida à falta de cálcio e à redução da
produção de estrogénio quando cessa a menstruação. Estão também sujeitas a
sofrer graves danos no coração e outros órgãos vitais, em função da perda
exagerada de peso
São vários os modelos que nos últimos meses têm morrido devido a
paragens cardíacas. Uma delas, Luisel Ramos, encontrava-se na passerelle, quando
entrou em paragem cárdio-respiratória e morreu, apesar de ter sido prontamente
assistida.

Um dos sintomas desta doença é o da perda da identidade.


Há uma tendência para o suicídio, uma verdadeira desmotivação
para a vida. Estas pessoas acabam por se
autodestruir e morrer com perturbações de anorexia
mental, se não forem tratadas a nível psiquiátrico e,
por isso, por vezes, há mesmo a necessidade de
serem forçadas ao internamento.

As primeiras manifestações desta doença começam,

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habitualmente, de forma inocente, com uma simples dieta, mas rapidamente são
cortados os doces, os alimentos gordos e a carne. Vão mantendo a ingestão de
líquidos e de alguns frutos e legumes, mas em quantidades muito reduzidas.

Anteriormente considerava-se que este problema era inteiramente resultante


de pressões culturais exercidas sobre as jovens para serem magras, mas hoje crê-
se que a anorexia e a bulimia1 estão também relacionadas com as alterações
cerebrais que ocorrem na puberdade. Mesmo assim, continua-se a ver como
influência altamente negativa o exemplo dado pelo mundo da moda,
nomeadamente pelos modelos de alta-costura. Assim, tem havido um apelo para
que seja recusada a participação de modelos cujo IMC2 seja considerado demasiado
baixo.

Sintomas
ƒ Medo intenso de ganhar peso, mantendo-o abaixo do valor mínimo normal;
ƒ Pouca ingestão de alimentos ou dietas severas;
ƒ Imagem corporal distorcida;
ƒ Sensação de estar gorda quando se está magra;
ƒ Uso de roupas excessivamente largas;
ƒ Grande perda de peso; (frequentemente num período
breve de tempo);
ƒ Sentimento de culpa ou depreciação por ter comido;
ƒ Hiperactividade e exercício físico excessivo;
ƒ Perda da menstruação;
ƒ Excessiva sensibilidade ao frio;
ƒ Mudanças no carácter (irritabilidade, tristeza, insónia, etc.).
ƒ Depressão
ƒ Baixo grau de auto-estima, má aparência pessoal
ƒ Atitude auto-destrutiva e auto-punitiva por razões imaginárias
ƒ Relacionamento familiar conturbado
ƒ Aumento de doenças devido à perda de peso, variações abruptas de peso e à
má nutrição

1
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2
IMC (Índice de Massa Corporal): A forma de cálculo do IMC é a divisão do
peso (em kg) da pessoa pela sua altura, elevada ao quadrado (em m²).

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SUBNUTRIÇÃO

A subnutrição pode ser causada por uma dieta a que falta um nutriente em
particular, ou por uma carência geral de alimentos. Se uma dieta for pobre num
micro nutriente como a vitamina C, a pessoa acabará por sofrer de uma doença
carencial ou deficitária. Se faltarem macro nutrientes, como proteínas ou hidratos
de carbono, a pessoa emagrece e muitos dos sistemas corporais deixam de
funcionar normalmente.

A subnutrição afecta grande parte da população mundial. Muitas pessoas


morrem de subnutrição todos os anos, em especial nos países em vias de
desenvolvimento (não industrializados).

A subnutrição e fome matam uma criança no mundo em cada seis segundos,


ou nove em cada minuto.

Cerca de 10 anos passados desde que foi lançado o desafio do Milénio -de
reduzir a fome no mundo para metade até 2015 –, o número de pessoas
afectadas pela insegurança alimentar (fome e subnutrição) aumentou em
18 milhões, ascendendo a 852 milhões no final de 2002. O documento anual
da agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) indica que,
por ano morrem ainda, cinco milhões de crianças vítimas da fome e carências
alimentares.

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OBESIDADE

A obesidade consiste no aumento do peso corporal pela acumulação excessiva


de gordura.

A camada adiposa3 constitui 16-25 por cento do peso de uma pessoa


saudável. Armazena energia e ajuda a manter o calor do corpo. Normalmente, esta
acumulação de gordura é quase constante, porque o corpo ingere e gasta a mesma
quantidade de energia alimentar. Porém, se as pessoas ingerirem mais energia do
que utilizam, arriscam-se a criar depósitos de gordura extra e a tornarem-se
obesas.

Há 4 grupos de obesos:
ƒ Os obesos que comem muito, em quantidade ou em qualidade (alimentos muito
calóricos) e neste grupo estão incluídos os populares
"beliscadores", aqueles que estão sempre a comer;
ƒ Os que têm uma vida sedentária, portanto, aqueles que
comem mais do que gastam;
ƒ As pessoas que, mesmo comendo proporcionalmente
ao gasto com exercício, de repente param de praticá-lo
sem diminuir a quantidade de comida ingerida;
ƒ Também há as pessoas que comem pouco mas,
conforme dizem sempre, têm a tendência para
engordar. Normalmente a causa da obesidade é que

3
Células responsáveis pelo armazenamento de gordura no corpo humano

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elas gastam menos calorias do que consomem pois têm um metabolismo mais
lento.

A imagem corporal é o cartão de visita do indivíduo,


principalmente na adolescência. É nesta altura que para
alguns jovens, especialmente as raparigas, aparece a
chamada obesidade da puberdade e que tem como causas
angustias e ansiedades desta fase da vida e alterações
orgânicas. Para complicar a situação é durante o período que
vai do fim da infância ao início da idade adulta que o número
de células adiposas do corpo humano cresce mais.

Estudos revelam que um adolescente obeso tem mais


de 70% de vir a ser um adulto obeso. Temos a turbulenta
passagem da infância para a vida adulta. Há vários factores
que desencadeiam a obesidade no adolescente, entre eles:
factores psicológicos, como a depressão, a ansiedade, a
angustia, a carência afectiva, etc., fisiológicos e culturais.

O facto de a chamada “fast food” se ter tornado tão


popular e sinónimo de se ser moderno ou “cool”. Por outro
lado, esta comida causa rápida satisfação, especialmente se
acompanhada por refrigerantes, com o seu elevado teor de
açúcar e, portanto, de energia, a preços moderados.

A obesidade, tanto no adolescente, quanto em qualquer


pessoa, deve ser logo identificada, pois um tratamento
precoce, centrado na família, e baseado no comportamento, é
o mais eficaz.
As pessoas com IMC4 acima de 405 são portadoras de Obesidade Mórbida, o
que equivale a aproximadamente 45 kg acima do peso ideal. A Obesidade Mórbida
é um problema de saúde que ultrapassa em muito a simples preocupação estética.
Ela envolve a saúde global do organismo.
As doenças relacionadas com a CATEGORIA IMC
obesidade são as principais Desnutrição Abaixo de 14,5
responsáveis pelo aumento das taxas Abaixo do Peso até 20
de mortalidade em adolescentes e Peso Normal 20 - 24,9
adultos jovens e pela diminuição da Sobrepeso 25,0 - 29,9
qualidade e expectativa de vida. Obeso 30,0 - 39,9
Obeso Mórbido 40 e acima

4
Note-se que para crianças e adolescentes devem ser utilizadas curvas
específicas, uma vez que, ainda, estão em fase de crescimento.
5
Para um indivíduo com 1,70 m de altura, por exemplo, se o peso for de 86,7
kg, ele terá IMC = 30. Com peso de 101,15 kg, ele atinge IMC de 35; com peso de
115,6 kg, o IMC é de 40, e ele é considerado um obeso mórbido.

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Depósitos de gordura

Coração de um indivíduo
com peso normal Coração de um obeso

Desde o início da puberdade se nota que a acumulação de gordura se faz mais


em determinadas zonas, de acordo com o sexo do indivíduo.

A gordura, a escuro, tende a acumular-se em áreas diferentes nos homens


e nas mulheres.

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DIABETES
É uma doença provocada pela deficiência de produção e/ou de acção da
insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crónicas características. O
distúrbio envolve o metabolismo da glicose, das gorduras e das proteínas e tem
graves consequências tanto quando surge rapidamente como quando se instala
lentamente. Nos dias actuais constitui um problema de saúde pública pelo número
de pessoas que apresentam a doença.
A diabetes pode surgir em qualquer nível etário. Quando se manifesta na
idade da adolescência constitui uma forma
particularmente grave e obriga a tratamento com
insulina (insulinodependente).
Apresenta diversas formas clínicas, sendo
classificado em:

Diabetes Mellitus tipo I:


Ocasionado pela destruição da célula beta
do pâncreas, em geral por decorrência de doença
auto-imune, levando a deficiência absoluta de
insulina.
A causa básica é uma doença auto-imune que lesa irreversivelmente as
células pancreáticas produtoras de insulina. Assim sendo, nos primeiros meses após
o início da doença, são detectados no sangue dos pacientes diversos anticorpos.

Diabetes Mellitus tipo II:


Provocado predominantemente por um estado de
resistência à acção da insulina associado a uma relativa
deficiência de sua secreção.
Neste tipo de diabetes, ocorrem diversos
mecanismos de resistência a acção da insulina, sendo o
principal deles a obesidade, que está presente na maioria
dos pacientes.

Outras formas da Diabetes Mellitus:

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Associado a desordens genéticas, infecções, doenças pancreáticas, uso de


medicamentos, drogas ou outras doenças endócrinas.

Causas da Diabetes
São várias as causas da Diabetes Mellitus.
Nos pacientes com outras formas de DM, o que ocorre em geral é uma lesão
anatómica do pâncreas, decorrente de diversas agressões tóxicas seja por álcool,
drogas, medicamentos ou infecções, entre outras.

Sintomatologia
Os sintomas do DM são decorrentes do aumento da glicemia e das
complicações crónicas que se desenvolvem a longo prazo. Os sintomas do aumento
da glicemia são:
ƒ Sede excessiva;
ƒ Aumento do volume da urina;
ƒ Aumento do número de micções;
ƒ Surgimento do hábito de urinar durante a
noite;
ƒ Fadiga, fraqueza, tonturas;
ƒ Visão desfocada;
ƒ Aumento de apetite;
ƒ Perda de peso.
Estes sintomas tendem a agravar-se
progressivamente e podem levar a complicações severas como o coma.
Os sintomas das complicações envolvem:
Sintomas visuais, que envolvem uma diminuição da capacidade visual e
visão turva que podem estar associadas a catarata ou a alterações da retina.
Sintomas cardíacos: apresentam uma maior prevalência de hipertensão
arterial, obesidade e alterações de gorduras. Como o paciente apresenta em geral
também algum grau de alteração dos nervos do coração, as alterações cardíacas
podem não provocar nenhum sintoma, sendo descobertas apenas na presença de
sintomas mais graves como o enfarte do miocárdio, a insuficiência cardíaca e as
arritmias.
Sintomas circulatórios: complicações que obstruem vasos importantes
como as carótidas, a aorta, as artérias ilíacas e diversas outras extremidades. Essas
alterações são particularmente importantes nos membros inferiores (pernas e pés),
levando a um conjunto de alterações que compõem o "pé diabético". Estas

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alterações podem levar a amputação de membros inferiores, com grave


comprometimento da qualidade de vida.
Sintomas digestivos: podem apresentar irritação do tubo digestivo, com
diminuição de sua movimentação, principalmente ao nível do estômago e intestino
grosso. Estas alterações podem provocar sintomas de distensão abdominal e
vómitos e diarreia.
Sintomas renais: edema de membros inferiores, aumento da pressão
arterial, anemia e perda de proteínas pela urina.
Sintomas neurológicos: pode provocar neurites agudas (paralisias
agudas) nos nervos da face, dos olhos e das extremidades. Podem ocorrer também
neurites crónicas que afectam os nervos dos membros superiores e inferiores,
causando perda progressiva da sensibilidade vibratória, dolorosa, ao calor e ao
toque.
Sintomas dermatológicos: apresentam uma sensibilidade maior para
infecções fúngicas de pele.
Sintomas ortopédicos: a perda de sensibilidade nas extremidades leva a
uma série de deformidades como os pés planos, os dedos em garra, e a
degeneração das articulações dos tornozelos ou joelhos ("Junta de Charcot").

Tratamento
O tratamento do paciente com DM envolve sempre pelos menos 4 aspectos
importantes:

ƒ Plano alimentar:
É o ponto fundamental do tratamento de qualquer tipo de
paciente diabético. O objectivo geral é o de auxiliar o indivíduo a
fazer mudanças em seus hábitos alimentares, permitindo um
controle metabólico adequado. Além disso, o tratamento
nutricional deve contribuir para a normalização da glicemia,
diminuir os factores de risco cardiovascular, fornecer as calorias suficientes para
manutenção de um peso saudável, prevenir as complicações agudas e crónicas e
promover a saúde geral do paciente.

ƒ Actividade física:
Todos os pacientes devem ser incentivados à pratica
regular de actividade física, que pode ser uma caminhada de 30
a 40 minutos ou exercícios equivalentes. A orientação para o
início de actividade física deve incluir uma avaliação médica
adequada no sentido de avaliar as alterações cardio-circulatórias

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que possam contra-indicar o exercício físico ou provocar riscos adicionais ao


doente.

ƒ Medicamentos:
São medicamentos úteis para o controle de
pacientes com DM tipo II, estando contra-indicados
nos pacientes com DM tipo I. A insulina é a
medicação primordial para pacientes com DM tipo
I, sendo também muito importante para os
pacientes com DM tipo II que não responderam ao
tratamento com hipoglicemiantes orais.

ƒ Rastreio:
O rastreio, a detecção e o tratamento das
complicações crónicas do DM deve ser sempre realizado conforme diversas
recomendações. Essa abordagem está indicada após 5 anos do diagnóstico de DM
tipo I, no momento do diagnóstico do DM tipo II, e a seguir anualmente. Esta
investigação inclui o exame de fundo de olho com pupila dilatada, a micro
albuminúria de 24 horas ou em amostra, a creatinina sérica e o teste de esforço.

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BULIMIA
Considera-se Bulimia o exagero mórbido do apetite, que impele à ingestão
de grande quantidade de alimentos, observado sobretudo em certos estados de
neurose ou de psicose.
É na adolescência que a bulimia se manifesta pela
primeira vez com mais frequência, particularmente nos
jovens que, quando crianças, nunca aprenderam a dizer não
aos desejos dos pais. Estes adolescentes consolam-se
comendo, e esta necessidade de comer, sem resolver os
seus problemas, torna-se rapidamente irresistível. Este
comportamento infantil permite-lhes reencontrar simbolicamente o período da sua
vida em que, alimentados pelos seus pais, não tinham de assumir quaisquer
responsabilidades.
A Bulimia Nervosa pode associar-se com
sintomatologia depressiva e ansiosa, isolamento social,
comportamento impulsivo e comportamentos aditivos.
Este distúrbio frequentemente começa no fim da
adolescência ou no início da idade adulta e é mais
frequente nas mulheres do que nos homens.
A principal característica dos bulímicos são os
episódios de comer-compulsivo (binge-eating) e esse
comportamento é caracterizado por ingestão de
alimentos muito calóricos, de forma compulsiva até ao
limite da capacidade gástrica e num espaço de tempo inferior a duas horas. Nessas
crises chega-se a ingerir até 20.000 cal, depois das quais sobrevém um sentimento
de culpa e uma tentativa de compensar o pecado com horas
de exercício físico exaustivo ou, literalmente, por livrar-se da
comida através do vómito, laxantes e/ou diuréticos.
A Bulimia Nervosa é uma espécie de toxicomania, sem
drogas, um mal-estar, uma perturbação psíquica que se
traduz por uma espécie de delinquência alimentar.

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Comportamentalmente, os bulímicos apresentam o hábito de fazer dieta


mesmo quando o peso está proporcional à estatura e, mesmo ao perderem peso,
continuam com a dieta.
É importante lembrar que todas essas modalidades
de comportamento são de avaliação muito difícil quando se
trata de adolescentes, visto que nessa faixa etária, o
isolamento, os problemas de relacionamento, a
preocupação e vergonha com o corpo, a distorção da auto-
imagem, aumento do apetite, modismos alimentares, etc.,
são característicos e esperados, fazendo parte da chamada
Síndrome da Adolescência Normal.
Existem estudos que indicam que a média de idade do início da Bulimia
Nervosa é de 16,3 anos, variando de 13 a 19 anos.
Estas doentes manifestam insatisfação com o seu corpo e desejos de serem
mais magras. Os alimentos funcionam como inibidores da opressão, não se
alimentam por fome, mas por ansiedade.
Um dos grandes flagelos que abundam na humanidade, e que aumentam
numa escala assustadora é a Bulimia – delinquência da alimentação.
A bulimia tem algumas parecenças com a anorexia, que são as seguintes:
ƒ Depressão;
ƒ Baixo grau de auto estima, má aparência pessoal;
ƒ Atitude auto destrutiva e auto punitiva por razões
imaginárias;
ƒ Relacionamento familiar conturbado;
ƒ Preocupação exagerada com comida e sentimento de
perda de controlo;
ƒ Aumento de indisposições devido à perda de peso,
variações repentinas de peso e má nutrição, o que faz com que estejam
bastantes vezes nos hospitais, com problemas de saúde.

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Bibliografia:
Viver em forma todo o ano, Edideco – Editores, Lda.

http://gballone.sites.uol.com.br/temas/alimen_inde.html
http://www.psiqweb.med.br/anorexia.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anorexia_nervosa
http://www.psiqweb.med.br/infantil/obesid.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obesidade
http://images.google.com/images
http://www.medicosdeportugal.iol.pt
http://www.psiqweb.med.br/bulimia.html

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