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Obesidade
Subnutrição
Bulimia
Diabetes
Anorexia
Trabalho realizado por:
NUTRIÇÃO NA
ADOLESCÊNCIA
A nutrição é um processo biológico em que o organismo, utilizando alimentos,
assimila nutrientes para a realização das funções vitais. A ciência da nutrição, o
nutricionismo, tem a finalidade de contribuir para o desenvolvimento das
populações, visando a melhoria do estado nutricional do indivíduo e,
consequentemente, da sua saúde.
Comer é uma necessidade essencial. O corpo necessita de um constante
abastecimento regular de matérias – primas, para sobreviver. Se passarmos mais
de algumas horas sem comer nem beber, o hipotálamo, uma parte do encéfalo,
produz a sensação de fome e sede, avisando que o corpo necessita de matéria –
prima.
A adolescência é uma fase que requer bons hábitos alimentares, pois
é necessária uma maior quantidade de nutrientes.
Adolescentes, segundo a Organização Mundial de Saúde, são pessoas com
idade entre 10 e 19 anos e representam 20% da população global. Cerca de 84%
dos adolescentes estão em países em desenvolvimento. E apesar de sua
percentagem em relação a outros grupos etários estar a aumentar, pouca atenção
tem sido dada à sua nutrição.
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Alimentação saudável na Escola
A grande maioria dos jovens possui uma grande carga horária, o que acaba
com o planeamento das refeições e, por vezes, acabam mesmo por não comer
todas as refeições.
O pequeno-almoço, por exemplo, é uma excelente maneira de queimar
calorias desde as primeiras horas do dia. Está provado que para emagrecer, tem de
se fazer 5 refeições por dia e o pequeno-almoço é a mais importante. Além disso,
ao comer pela manhã, é recuperado o açúcar consumido durante a noite e a pessoa
sentir-se-á melhor.
Segundo estudos feitos os adolescentes comem um maior número de
alimentos com gordura e sal. Os mesmos também afirmam que as raparigas
consomem menos alimentos, o que faz com que ingiram menor quantidade de
nutrientes e vitaminas.
As raparigas tendem a crescer entre os 12 e os 13 anos e os rapazes dos 14
aos 15 anos, sendo a adolescência a segunda fase de maior crescimento. Para que
todo o crescimento corra com normalidade é necessária uma boa alimentação.
Durante a adolescência, as necessidades de proteínas e as de energia estão
directamente relacionadas com o crescimento. Também os micro nutrientes – as
vitaminas e os minerais – têm o seu papel, quer para a produção de energia, quer
para prevenir várias doenças.
Nesta fase é igualmente necessário um grande consumo de cálcio e ferro que
é encontrado, por exemplo, no leite e na carne respectivamente, e tem como fim a
fortificação e o bom desenvolvimento dos ossos e um melhor desenvolvimento
muscular.
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Alimentação saudável na Escola
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ANOREXIA
A anorexia nervosa é uma situação muito
grave, em que o doente se recusa a comer e
emagrece muito. É uma doença psicológica que
afecta, actualmente, cada vez mais jovens entre
os 10 e os 20 anos, nomeadamente raparigas e
jovens mulheres. A anorexia nervosa tem uma
das maiores taxas de mortalidade de todos os
transtornos psicológicos
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habitualmente, de forma inocente, com uma simples dieta, mas rapidamente são
cortados os doces, os alimentos gordos e a carne. Vão mantendo a ingestão de
líquidos e de alguns frutos e legumes, mas em quantidades muito reduzidas.
Sintomas
Medo intenso de ganhar peso, mantendo-o abaixo do valor mínimo normal;
Pouca ingestão de alimentos ou dietas severas;
Imagem corporal distorcida;
Sensação de estar gorda quando se está magra;
Uso de roupas excessivamente largas;
Grande perda de peso; (frequentemente num período
breve de tempo);
Sentimento de culpa ou depreciação por ter comido;
Hiperactividade e exercício físico excessivo;
Perda da menstruação;
Excessiva sensibilidade ao frio;
Mudanças no carácter (irritabilidade, tristeza, insónia, etc.).
Depressão
Baixo grau de auto-estima, má aparência pessoal
Atitude auto-destrutiva e auto-punitiva por razões imaginárias
Relacionamento familiar conturbado
Aumento de doenças devido à perda de peso, variações abruptas de peso e à
má nutrição
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IMC (Índice de Massa Corporal): A forma de cálculo do IMC é a divisão do
peso (em kg) da pessoa pela sua altura, elevada ao quadrado (em m²).
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SUBNUTRIÇÃO
A subnutrição pode ser causada por uma dieta a que falta um nutriente em
particular, ou por uma carência geral de alimentos. Se uma dieta for pobre num
micro nutriente como a vitamina C, a pessoa acabará por sofrer de uma doença
carencial ou deficitária. Se faltarem macro nutrientes, como proteínas ou hidratos
de carbono, a pessoa emagrece e muitos dos sistemas corporais deixam de
funcionar normalmente.
Cerca de 10 anos passados desde que foi lançado o desafio do Milénio -de
reduzir a fome no mundo para metade até 2015 –, o número de pessoas
afectadas pela insegurança alimentar (fome e subnutrição) aumentou em
18 milhões, ascendendo a 852 milhões no final de 2002. O documento anual
da agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) indica que,
por ano morrem ainda, cinco milhões de crianças vítimas da fome e carências
alimentares.
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OBESIDADE
Há 4 grupos de obesos:
Os obesos que comem muito, em quantidade ou em qualidade (alimentos muito
calóricos) e neste grupo estão incluídos os populares
"beliscadores", aqueles que estão sempre a comer;
Os que têm uma vida sedentária, portanto, aqueles que
comem mais do que gastam;
As pessoas que, mesmo comendo proporcionalmente
ao gasto com exercício, de repente param de praticá-lo
sem diminuir a quantidade de comida ingerida;
Também há as pessoas que comem pouco mas,
conforme dizem sempre, têm a tendência para
engordar. Normalmente a causa da obesidade é que
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Células responsáveis pelo armazenamento de gordura no corpo humano
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elas gastam menos calorias do que consomem pois têm um metabolismo mais
lento.
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Note-se que para crianças e adolescentes devem ser utilizadas curvas
específicas, uma vez que, ainda, estão em fase de crescimento.
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Para um indivíduo com 1,70 m de altura, por exemplo, se o peso for de 86,7
kg, ele terá IMC = 30. Com peso de 101,15 kg, ele atinge IMC de 35; com peso de
115,6 kg, o IMC é de 40, e ele é considerado um obeso mórbido.
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Depósitos de gordura
Coração de um indivíduo
com peso normal Coração de um obeso
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DIABETES
É uma doença provocada pela deficiência de produção e/ou de acção da
insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crónicas características. O
distúrbio envolve o metabolismo da glicose, das gorduras e das proteínas e tem
graves consequências tanto quando surge rapidamente como quando se instala
lentamente. Nos dias actuais constitui um problema de saúde pública pelo número
de pessoas que apresentam a doença.
A diabetes pode surgir em qualquer nível etário. Quando se manifesta na
idade da adolescência constitui uma forma
particularmente grave e obriga a tratamento com
insulina (insulinodependente).
Apresenta diversas formas clínicas, sendo
classificado em:
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Causas da Diabetes
São várias as causas da Diabetes Mellitus.
Nos pacientes com outras formas de DM, o que ocorre em geral é uma lesão
anatómica do pâncreas, decorrente de diversas agressões tóxicas seja por álcool,
drogas, medicamentos ou infecções, entre outras.
Sintomatologia
Os sintomas do DM são decorrentes do aumento da glicemia e das
complicações crónicas que se desenvolvem a longo prazo. Os sintomas do aumento
da glicemia são:
Sede excessiva;
Aumento do volume da urina;
Aumento do número de micções;
Surgimento do hábito de urinar durante a
noite;
Fadiga, fraqueza, tonturas;
Visão desfocada;
Aumento de apetite;
Perda de peso.
Estes sintomas tendem a agravar-se
progressivamente e podem levar a complicações severas como o coma.
Os sintomas das complicações envolvem:
Sintomas visuais, que envolvem uma diminuição da capacidade visual e
visão turva que podem estar associadas a catarata ou a alterações da retina.
Sintomas cardíacos: apresentam uma maior prevalência de hipertensão
arterial, obesidade e alterações de gorduras. Como o paciente apresenta em geral
também algum grau de alteração dos nervos do coração, as alterações cardíacas
podem não provocar nenhum sintoma, sendo descobertas apenas na presença de
sintomas mais graves como o enfarte do miocárdio, a insuficiência cardíaca e as
arritmias.
Sintomas circulatórios: complicações que obstruem vasos importantes
como as carótidas, a aorta, as artérias ilíacas e diversas outras extremidades. Essas
alterações são particularmente importantes nos membros inferiores (pernas e pés),
levando a um conjunto de alterações que compõem o "pé diabético". Estas
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Tratamento
O tratamento do paciente com DM envolve sempre pelos menos 4 aspectos
importantes:
Plano alimentar:
É o ponto fundamental do tratamento de qualquer tipo de
paciente diabético. O objectivo geral é o de auxiliar o indivíduo a
fazer mudanças em seus hábitos alimentares, permitindo um
controle metabólico adequado. Além disso, o tratamento
nutricional deve contribuir para a normalização da glicemia,
diminuir os factores de risco cardiovascular, fornecer as calorias suficientes para
manutenção de um peso saudável, prevenir as complicações agudas e crónicas e
promover a saúde geral do paciente.
Actividade física:
Todos os pacientes devem ser incentivados à pratica
regular de actividade física, que pode ser uma caminhada de 30
a 40 minutos ou exercícios equivalentes. A orientação para o
início de actividade física deve incluir uma avaliação médica
adequada no sentido de avaliar as alterações cardio-circulatórias
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Medicamentos:
São medicamentos úteis para o controle de
pacientes com DM tipo II, estando contra-indicados
nos pacientes com DM tipo I. A insulina é a
medicação primordial para pacientes com DM tipo
I, sendo também muito importante para os
pacientes com DM tipo II que não responderam ao
tratamento com hipoglicemiantes orais.
Rastreio:
O rastreio, a detecção e o tratamento das
complicações crónicas do DM deve ser sempre realizado conforme diversas
recomendações. Essa abordagem está indicada após 5 anos do diagnóstico de DM
tipo I, no momento do diagnóstico do DM tipo II, e a seguir anualmente. Esta
investigação inclui o exame de fundo de olho com pupila dilatada, a micro
albuminúria de 24 horas ou em amostra, a creatinina sérica e o teste de esforço.
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BULIMIA
Considera-se Bulimia o exagero mórbido do apetite, que impele à ingestão
de grande quantidade de alimentos, observado sobretudo em certos estados de
neurose ou de psicose.
É na adolescência que a bulimia se manifesta pela
primeira vez com mais frequência, particularmente nos
jovens que, quando crianças, nunca aprenderam a dizer não
aos desejos dos pais. Estes adolescentes consolam-se
comendo, e esta necessidade de comer, sem resolver os
seus problemas, torna-se rapidamente irresistível. Este
comportamento infantil permite-lhes reencontrar simbolicamente o período da sua
vida em que, alimentados pelos seus pais, não tinham de assumir quaisquer
responsabilidades.
A Bulimia Nervosa pode associar-se com
sintomatologia depressiva e ansiosa, isolamento social,
comportamento impulsivo e comportamentos aditivos.
Este distúrbio frequentemente começa no fim da
adolescência ou no início da idade adulta e é mais
frequente nas mulheres do que nos homens.
A principal característica dos bulímicos são os
episódios de comer-compulsivo (binge-eating) e esse
comportamento é caracterizado por ingestão de
alimentos muito calóricos, de forma compulsiva até ao
limite da capacidade gástrica e num espaço de tempo inferior a duas horas. Nessas
crises chega-se a ingerir até 20.000 cal, depois das quais sobrevém um sentimento
de culpa e uma tentativa de compensar o pecado com horas
de exercício físico exaustivo ou, literalmente, por livrar-se da
comida através do vómito, laxantes e/ou diuréticos.
A Bulimia Nervosa é uma espécie de toxicomania, sem
drogas, um mal-estar, uma perturbação psíquica que se
traduz por uma espécie de delinquência alimentar.
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Bibliografia:
Viver em forma todo o ano, Edideco – Editores, Lda.
http://gballone.sites.uol.com.br/temas/alimen_inde.html
http://www.psiqweb.med.br/anorexia.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anorexia_nervosa
http://www.psiqweb.med.br/infantil/obesid.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obesidade
http://images.google.com/images
http://www.medicosdeportugal.iol.pt
http://www.psiqweb.med.br/bulimia.html
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