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OBJETIVOS
y
☺ Definir e diferenciar as finalidades e tipologias de pesquisa;
A Pesquisa Científica
☺ Definir e diferenciar metodologia e métodos de pesquisa;
☺ Estruturar um projeto de tese.
NOÇÃO DE CIÊNCIA
y
Manaus, setembro de 2008
a conhecer as coisas simplesmente, mas sim pretende entender
suas causas porque dessa maneira se compreendem melhor seus
efeitos. Distingue-se do conhecimento espontâneo por sua ordem
metódica e a sua sistematicidade.
Aristóteles definiu a ciência como um conhecimento certo pelas causas. Para ele
a ciência do ponto de vista subjetivo é um hábito intelectual especulativo e do
ponto de vista científico é um conjunto de conhecimentos.
O VALOR DA CIÊNCIA
Os pontos de vista sobre o valor da ciência são muito variados e até opostos:
☺ Para uns, a da ciência se resume a dar uma explicação possível dos fatos.
Se a ciência os explicar de maneira satisfatória para nossa razão, então a
forma com que se apresenta sua explicação é válida.
☺ Para outros, a ciência tem que nos oferecer um sistema único que decifre a
realidade que também é única. Não há duas realidades, por isso não
podem fazer duas explicações válidas da realidade. A ciência é uma
porque a realidade é uma. Para estas pessoas a ciência é cognitiva, aspira
a conhecer a realidade.
☺ Também há quem afirma que a função da ciência é prática: a ciência é
um instrumento para dominar a realidade.
Há quem sustenta que a ciência não tem que dar uma explicação possível dos
fatos. Para estas pessoas (James Jeans, entre eles) o mundo físico tem uma
racionalidade que a ciência se esforça por descobrir.
A ciência deve limitar-se a nos dar uma clara e econômica noção dos fatos
positivos. Este ponto de vista é defendido por Mach em seu livro Das sensações.
Sustenta que a ciência tem que observar um só campo e trabalhar nele: o das
sensações, que é tudo o que podemos conhecer. Exista ou não um mundo
exterior, a ciência tem que limitar-se ao mundo das sensações. Neste mundo há
relações funcionais que o homem de ciência deve descobrir. Não é necessário
falar de causas nem de forças misteriosas, só devemos dizer acontece isto, logo
isto outro, etc. Podemos descobrir relações que nos permitirão prever que
acontecerá, mas nada mais.
OBJETIVIDADE DA CIÊNCIA
Na explicação dos fatos não deve intervir nada individual, nem preferências, nem
tendências nem aspirações, nem tampouco devem ser adicionadas sentimentos
a estes. A ciência quer ser conhecimento, pode que o homem de ciência seja
impulsionado por uma paixão, e pode ficar satisfeito com os resultados obtidos
mas o conhecimento mesmo não deve ver-se afetado por estes elementos.
Pode-se dizer que a busca do conhecimento é um ato de coragem porque terá
que sacrificar todo que não seja o da verdade.
Tem-se dito que a ciência é ver a realidade através de uma maneira de pensar,
que as coisas não são o que elas são a não ser o que nós somos. Aqui intervém a
subjetividade.
Mas a ciência trata de eliminar toda subjetividade. Terá que esclarecer que isto
não significa a eliminação do sujeito, mas sim que este intervém ativamente com
sua inteligência. Por ser uma criação do homem necessita de sua inteligência. A
eliminação da subjetividade significa uma eliminação dos elementos afetivos e
volitivos (da vontade). Estes não se tem que incorporar ao sistema de relações em
que consiste a ciência e não devem modificar o fim da ciência, que é conhecer
a realidade.
Utiliza-se uma linguagem composta por termos não equivocados (que tem um
único significado) e portanto é impossível confundir significados. Não dá lugar a
ambigüidade.
Existem teorias contrárias entre si e co-existentes. Isto nos faz pensar em como
podemos saber que teorias são validas e se há alguém qualificado para
estabelecer sua validez ou invalidez. Com o passar do tempo, vemos que umas
teorias se sobrepõem a outras, mas ao ter existido teorias vigentes
simultaneamente nos demonstra que há elementos que distorcem a objetividade.
As réplicas que se fazem a este ponto são que: apesar de que não haja acordo a
respeito do objeto estudado, este está formado por teorias e técnicas; há distintas
interpretações de um mesmo objeto de estudo; não existe alguém totalmente
equânime (justo, objetivo) e imparcial para decidir entre teorias rivais e que há
teorias vigentes que definem o objeto de estudo em determinado momento, mas
sua vigência seria arbitrária já que não há pautas para decidir entre teorias rivais,
nem tribunal que as julgue.
O METODO CIENTIFICO
Toda ciência tem seu método específico, mas podemos encontrar certas
características gerais. O conhecimento científico parte de princípios, sobre os
quais se apóiam duas atividades fundamentais da ciência:
Distingue-se o que vai das questões gerais à suas partes e a síntese que reconstitui
o tudo partindo dos resultados da análise.
CORRENTES DE PENSAMENTO:
☺ Positivismo,
☺ Marxismo,
☺ Fenomenologia e
☺ Estruturalismo
POSITIVISMO
MARXISMO
☺ Karl Marx
☺ Concebe os fenômenos em análise como sendo históricos, dotados de
materialidade e movidos pela contradição: afirmação-negação-nova
afirmação
☺ O conhecimento é concebido como um movimento que se dá no marco
da luta de classes.
☺ Predomina a tese de que a ciência e a pesquisa afirmam-se como
fenômenos que contribuem para a manutenção da atual sociedade
capitalista.
FENOMENOLOGIA
ESTRUTURALISMO
☺ Lévi-Strauss
☺ Uma parte só é cognoscível quando entendida em sua relação com as
outras partes de uma totalidade.
☺ Pesquisa histórica
☺ Pesquisa descritiva
☺ Pesquisa desenvolvimentista
☺ Pesquisa estudo de caso
☺ Pesquisa correlacional
☺ Pesquisa causa-comparação
☺ Pesquisa experimental
☺ Pesquisa quase-experimental
☺ Pesquisa em ação
ABORDAGEM QUANTITATIVA
☺ Há formulação de hipóteses;
☺ Definições operacionais de variáveis;
☺ Quantificação das coletas de dados e informações;
☺ Utilização de tratamentos estatísticos.
ABORDAGEM QUALITATIVA
☺ Questionário
☺ Entrevista
☺ Observação
☺ Coleta documental
QUESTIONÁRIO
ENTREVISTA
OBSERVAÇÃO
TIPOS DE OBSERVAÇÃO
☺ participante,
SEMINÁRIO DE METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO - MI
A Pesquisa Científica
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Profª Drª Josefina Barrera Kalhil
☺ não participante
☺ Estruturada,
☺ não estruturada.
☺ individual,
☺ em equipe.
COLETA DE DADOS
Passos:
O PROBLEMA:
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA:
Pode resultar útil, com vistas a identificar e definir o problema, por isso, dar
atenção, inicialmente, aos seguintes aspectos:
OS OBJETIVOS
A HIPÓTESE
Outros autores expõem que as hipótese podem ser substituídas por tarefas
científicas ou idéias heurísticas, no caso em que se vá mais ao descobrimento
que à verificação de um suposto prévio. Isto acontece nas investigações
interpretativas/qualitativas e nas investigações participativas, onde podem
empregar-se supostas operações de trabalho. Quando as investigações são
exploratórias não se formulam hipóteses. No caso das descritivas, tampouco é
necessário.
Exemplo:
AS VARIÁVEIS DA INVESTIGAÇÃO
TIPOS DE VARIÁVEIS
Por outra lado, não é possível converter uma variável dicotômica verdadeira em
contínua. Por exemplo, morto-vivo, empregado-desempregado. Mas, sim, é
possível converter uma variável contínua em dicotómica ou polit^^mica, como
assinalamos no caso da inteligência.
Existem diferentes tipos de relações básicas entre estas variáveis. Por exemplo:
Uma vez estabelecidas as variáveis a estudar, terá que as definir, levando a cabo
uma conceptualização e uma operacionalização destas, ou seja, sua
interpretação teórica e sua interpretação empírica.
a) Definição conceitual
b) Definição operacional
As variáveis podem ser também definidas expressando que ações, condutas, atos
ou sucessões implicam essas variáveis, ou seja, que esta seria uma definição
conductual, operacional ou observacional, que proporciona o significado a um
constructo ou variável especificando as atividades ou operações necessárias
para medi-lo.
Por exemplo, uma definição operacional da variável liderança grupal poderia ser
a quantidade de eleições que o indivíduo recebe de outros membros de seu
grupo ao aplicar-se os uma técnica sociométrica determinada. Portanto, a
AS TAREFAS DA INVESTIGAÇÃO
DESENHO METODOLÓGICO
DESENHO
METODOLÓGICO
ESTRATÉGIA
INVESTIGATIVA
MÉTODOS, TÉCNICAS, E
PROCEDIMENTOS
A amostra deve ser escolhida de forma tal que os resultados baseados em seu
estudo correspondam com os que se obteriam se fosse estudada toda a
população. Há que se ter presente que é necessário tomar uma decisão
importante baseada nos resultados: uma diferença notável entre os dados da
população e a amostra pode alterar o valor das conclusões.
Amostragem sistemática:
População: 500
Mostra: 50
ହ
Intervalo: = 10.
ହ
Amostragem estratificada:
Amostragem acidental:
A tese básica que a sustenta consiste em que o bom juízo possibilitaria escolher os
integrantes da amostra: o pesquisador seleciona explicitamente certo tipo de
elementos ou casos representativos, típicos ou com possibilidades de oferecer
maior quantidade de informação. Os casos se determinam a partir de uma
população dada, até chegar à quantidade estimada como necessária.
A experiência demonstra que, sem ter uma experiência objetiva prévia para
emitir os juízos, esta técnica não oferece resultados confiáveis, portanto se faz
necessário dispor de alguns dados e comprovações externas que demonstrem a
suposta representatividade. Por exemplo, nas enquetes eleitorais se emprega
muitas vezes a amostragem intencional, selecionando um determinado número
de pequenos distritos eleitorais cujos resultados em anos anteriores se
aproximaram aos do estado, e se entrevistam então a todos os possíveis eleitores
que votariam naquela sigla de partido ou cansidato.
A amostragem por quotas tem como condição básica que os diferentes grupos
apareçam na amostra segundo as proporções corretas, sendo imprescindível
apoiar-se em investigações precedentes que ofereçam dados gerais a respeito
da composição da população, caso contrário é impossível estabelecer as
quotas.
Esta técnica é uma variante da acidental, já que uma vez determinado cada
estrato, bem como a proporção e quantidade de casos, as unidades são eleitas
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Tamanho da amostra:
ESTRATÉGIA INVESTIGATIVA
Tese
Para SEVERINO (2002), a pesquisa deverá conter vários elementos, que comporão
o seguinte roteiro:
☺ Título da tese;
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1)Primeira página
☺ Delimitação do problema;
☺ Objetivos;
☺ Justificativa;
☺ Base Teórica e Pressupostos Conceituais e Hipóteses (ou questões e
pressupostos);
☺ Metodologia;
☺ Cro
onograma
a;
☺ Esttimativa de
d Custos;
☺ Bib
bliografia;
☺ An
nexos.
Elem
mentos
Pré-te
extuais
Elementos
Elemenntos
P
Pós-
Textuais
tex
xtuais
Elemento
os Pré-texttuais:
☺ Falsa folha de
d rosto;
☺ Follha de rossto;
☺ Listtas: tabela
as, gráfico
os, símbolos, figurass;
☺ Resumo.
Elemento
os Textuaiss:
☺ Intrrodução;
☺ De
esenvolvim
mento;
☺ Co
onclusão;
☺ Referências bibliográficas.
Elemento
os Pós-tex
xtuais:
SEM
MINÁRIO DE
D METODO
OLOGIA DA
A INVESTIG
GAÇÃO - MII
A Pesquisa Científica
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Profª Drª Josefina Barrera Kalhil
☺ Bibliografia;
☺ Anexos
Estrutura:
Livros:
Ë Até 3 autores:
ARAÚJO, Fernando; MEDEIROS, Cláudio; MOTTA, Luís. A criança e a escola. Porto
Alegre: Duplex, 2001. 78 p.
Ë Mais de 3 autores:
CORREA, Marcelo. et al. Como interpretar o choro do bebê. Porto Alegre: Luzes,
2000.
MELO, M.H. (coord). Meu encontro comigo mesma. Porto Alegre: Continental,
2000.
Ë Sem autoria:
TÍTULO (a 1ª palavra escrita em letras maiúsculas, incluindo partículas)
Ë Autor Entidade:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e
documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro: 2000.
Ë Imprenta
Local: Editora, ano.
Na falta do local: [s.l.] → ... [s.l.]: Artmedia, 2000.
Na falta da editora: s.n. ou s.ed. → ... Porto Alegre:[s.ed.], 2000.
Na falta da data: s.d. → ... Porto Alegre: Artmedia, [s.d.]
Periódico:
INFORMAÇÃO E CULTURA. Porto Alegre: Diretório Estadual de Cultura, 1976 – 1989.
GLOBO RURAL, São Paulo: Rio Gráfica, 1985 - . → publicação ainda em vigor.
Ë Volumes:
RONDON, M; RICHTER,A. Trabalho repetitivo:pavor ou paranóia? São Paulo:
Viegas, 1983. 3v.
Ë Séries e Coleções:
CARVALHO, M. Guia Prático do Alfabetizador. São Paulo: Ática, 1994. 95 p.
(Princípios, 243)
Ë Tradução:
PAWELS, L., BERGIER, J. O Despertar dos Mágicos. Traduzido por Gina de Freitas.
São Paulo: Círculo do Livro, 1985. Tradução de: Le matin dês magiciens.
Ë Dicionários:
FERREIRA, A.B. de H. Novo Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. São Paulo:
Melhoramentos, 1973.
Ë Coleção de revistas:
BOLETIM GEOGRÁFICO. Rio de Janeiro: IBGE, 1943 – 1978.
PORTO ALEGRE. Lei Orgânica do Município. Porto Alegre: Câmara Municipal, 1990.
Ë Constituição:
BRASIL. Constituição. Brasília: Senado Federal, 1988.
Ë N° Especial de Revista:
Título (versal). Título da parte (se houver). Local: editora, n°, ano, volume, data.
ano.
Ë Fascículo de revista:
TÍTULO: subtítulo (se houver). Local: editora, n°, data. ano.
DINHEIRO: revista semanal de negócios. São Paulo: Ed. Três, n. 148, 28 jun. 2000.
Sem autor:
TAIM será reserva modelo no país. Zero Hora, Porto Alegre, 27 mar. 1993.
Ë Enciclopédia:
Autor. Seção ou capítulo (se houver). Título do verbete, seção ou capítulo. In:
Enciclopédia. Local: editora, ano. Volume, pág. Inicial-final.
MONTEIRO,A. Os Seres Vivos. In: Mundo Novo. São Paulo: Ritter, 1975. V.4, 123-35.
Em partes:
SIMONE. Jura Secreta. Direção artística Marcelo Ramos. In: ______. Face a face.
São Paulo: EMI-Odeon, 1977. 1 CD (4min22seg). Remasterizado em digital.
Ë Fita de vídeo:
TÍTULO. Responsável. Local, data. Produtora, distribuidora, descrição da unidade
física (bobina, cartucho, cassete, colorido, preto e branco, legendado, dublado,
bitola). Sistema de gravação (VHS, PAL-M, NTSC). FITA DE VÍDEO.
ELETRÔNICA. Instituto Universal Brasileiro. São Paulo, 1993. 1 Fita, 75 min, col, son.,
8mm, VHS. FITA DE VÍDEO.
Ë Filmes:
Título (só a 1ª palavra em maiúsculas). Subtítulo. Créditos (Produtor. Diretor.
Realizador. Roteirista e outros). Elenco principal (separados por ;). Local:
produtora, especificação do suporte em unidades físicas e duração.
Ë Catálogo:
Ë Atas de reunião:
GRUPO ESCOTEIRO MARECHAL RONDON. Porto Alegre. Ata n. 82. Ata de Eleição
da Diretoria Biênio 2000/2002. p. 123-5
Ë Resenha:
MAROBIN, L. Farrapos – Guerra à gaúcha. MARIANTE, H.M. Farrapos – Guerra à
Gaúcha. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1985. 155p.
[ ] resenhista
Ë Internet:
URL – Uniform Resource Locator (Localizador Uniforme de Recursos):
Identificação do Protocolo: <http://
Domínio: www.elogica.com.br
Diretório, subdiretório e arquivo: /users/gmoura/refere.html>