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INFORMATIVOS STJ ADMINISTRATIVO - PREVIDENCIÁRIO - TRIBUTÁRIO -2011

Recurso repetitivo confirma: cedentes de mão de obra são isentos da contribuição previdenciária
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou o entendimento de que a empresa contratante é responsável, 6
com exclusividade, pelo recolhimento da contribuição previdenciária por ela retida do valor bruto da nota fiscal
ou fatura de prestação de serviços. Assim, fica afastada, em relação ao montante retido, a responsabilidade
supletiva da empresa prestadora, cedente de mão de obra.

Quanto à questão previdenciária, o ministro Zavascki destacou que o artigo 33 da Lei n. 8.212/91 afirma que é a
tomadora do serviço que tem a responsabilidade pelos valores que, porventura, não sejam recolhidos para a
previdência. O ministro apontou que, se o tomador de serviço reteve o valor da contribuição, descontando-o do
preço devido ao cedente/prestador, justifica-se a opção do legislador de atribuir a ele, com exclusividade, a
responsabilidade pelo adequado recolhimento. “Não fosse assim, o cedente/prestador suportaria a mesma
exação tributária: uma no desconto na fonte e outra por exigência do fisco se o cessionário/tomador deixar de
recolher aos cofres previdenciários o valor descontado”, esclareceu.

03/02/2011 DECISÃO
Servidores empossados tardiamente por erro na prova do concurso ganham indenização
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) unificou a posição jurisprudencial de admitir
indenização a candidatos aprovados em concurso público que foram impedidos de assumir o cargo em razão de
ato da Administração reconhecido como ilegítimo por decisão judicial transitada em julgado.

Para afastar a tese até então adotada nas Turmas da Terceira Seção, a relatora explicou que não há pagamento
de salário – contraprestação por serviço prestado. O que ocorre é o reconhecimento do direito à indenização,
cujo parâmetro quantitativo é a remuneração que os aprovados deveriam receber, caso tivessem assumido o
cargo no momento adequado, com as deduções do que já foi recebido.

460 ACP. PRESCRIÇÃO. [...] Portanto, sendo absoluta a nulidade do contrato, ela não pode ser convalidada
pela execução dele, ou seja, a nulidade perpetua-se durante toda a vigência do contrato e somente cessa no
término da vigência contratual. Assim, findando o vício que atingia o contrato juntamente com o término de sua
vigência, deve-se considerar esse marco como o termo a quo para o início do prazo prescricional que vise
impugnar o ato que prorrogou o contrato administrativo sem a necessária licitação. Consignou-se, ademais,
que o STJ tem reiteradamente entendido que o ato administrativo que prorroga o contrato de concessão
estende seus efeitos no tempo, de forma que seu término deve ser considerado o marco inicial da
prescrição da ACP. Precedentes citados: REsp 1.150.639-RS, DJe 8/10/2010; AgRg no REsp 1.153.417-RS,
DJe 24/9/2010; AgRg no REsp 1.116.586-RJ, DJe 2/9/2010; REsp 1.095.323-RS, DJe 21/5/2009, e REsp
1.114.094-RS, DJe 18/9/2009. EREsp 1.079.126-RS, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, julgados em
13/12/2010.

460 IRPJ. CSLL. INCIDÊNCIA. [...]A Seção rejeitou os embargos, reiterando que o IRPJ e a CSLL incidem
apenas sobre o lucro real e não abrangem o lucro inflacionário, visto que este constitui mera atualização das
demonstrações financeiras do balanço patrimonial. Precedentes citados: AgRg nos EREsp 436.302-PR, DJ
17/9/2007; REsp 1.079.313-SP, DJe 30/9/2009; AgRg no REsp 449.513-PR, DJe 13/3/2009; AgRg no REsp
877.511-PB, DJe 3/12/2008; REsp 974.300-PR, DJe 29/10/2008; REsp 899.335-PB, DJe 18/9/2008; REsp
497.169-SP, DJ 17/9/2007, e AgRg no REsp 636.344-PB, DJ 4/12/2006. EAg 1.019.831-GO, Rel. Min.
Hamilton Carvalhido, julgados em 13/12/2010.

460 REPETITIVO. PRESCRIÇÃO. TAXA. OCUPAÇÃO. TERRENO. MARINHA. Trata-se de recurso


repetitivo (art. 543-C do CPC e Res. n. 8/2008-STJ) em que o cerne da questão é definir o prazo prescricional
para a cobrança da taxa de ocupação dos terrenos de marinha. A Seção deu provimento ao recurso, reiterando
que o prazo prescricional para a cobrança dessa taxa é de cinco anos, independentemente do período
considerado, visto que os débitos posteriores a 1998 se submetem ao prazo quinquenal, conforme dispõe a Lei
n. 9.636/1998, e os débitos anteriores à citada lei, em face da ausência de previsão normativa específica,
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subsumem-se ao prazo do art. 1º do Dec. n. 20.910/1932. Precedentes citados: EREsp 961.064-CE, DJe
31/8/2009; AgRg no REsp 944.126-RS, DJe 22/2/2010; AgRg no REsp 1.035.822-RS, DJe 18/2/2010; REsp
1.044.105-PE, DJe 14/9/2009, e REsp 1.063.274-PE, DJe 4/8/2009. REsp 1.133.696-PE, Rel. Min. Luiz Fux, 6
julgado em 13/12/2010.

460 REPETITIVO. IPI. CRÉDITO PRESUMIDO. Trata-se de recurso repetitivo (art. 543-C do CPC e Res.
n. 8/2008-STJ) em que a controvérsia cinge-se à legalidade da instrução normativa (IN) n. 23/1997-SRF, que
restringiu o direito ao crédito presumido do IPI às pessoas jurídicas efetivamente sujeitas à incidência da
contribuição destinada ao PIS/PASEP e da Cofins conforme dispõe a Lei n. 9.363/1996. [...]. Assim, torna-se
evidente a ilegalidade da referida IN, visto que extrapolou os limites da Lei n. 9.363/1996 ao excluir, da base de
cálculo do benefício do crédito presumido do IPI, as aquisições relativas aos produtos oriundos de atividade
rural de matéria-prima e de insumos de fornecedores não sujeitos à tributação do PIS/PASEP e da Cofins.
Assinalou-se que a oposição constante de ato estatal, administrativo ou normativo que impeça a utilização do
direito de crédito de IPI decorrente da aplicação do princípio constitucional da não cumulatividade
descaracteriza o referido crédito como escritural, assim considerado aquele oportunamente lançado pelo
contribuinte em sua escrita contábil, exsurgindo legítima a incidência de correção monetária, sob pena de
enriquecimento sem causa do Fisco. Observou-se, ainda, que a jurisprudência do STJ autoriza a aplicação da
taxa Selic a partir de janeiro de 1996 na correção monetária dos créditos extemporaneamente aproveitados por
óbice da Administração tributária. Diante desses fundamentos, deu-se provimento ao recurso da empresa e se
negou provimento ao da Fazenda Nacional. Precedentes citados do STF: AgRg na ADI 531-DF, DJ 3/4/1992;
AgRg na ADI 365-DF, DJ 15/3/1991; do STJ: REsp 849.287-RS, DJe 28/9/2010; AgRg no REsp 913.433-ES,
DJe 25/6/2009; REsp 1.008.021-CE, DJe 11/4/2008; REsp 767.617-CE, DJ 15/2/2007; REsp 617.733-CE, DJ
24/8/2006, e REsp 586.392-RN, DJ 6/12/2004. REsp 993.164-MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
13/12/2010.

460 PRESCRIÇÃO. ADMINISTRAÇÃO. TERMO INICIAL. Insurge-se o impetrante contra a instauração


de processo administrativo disciplinar (PAD) para investigar convênio firmado entre ministério e centro
educacional, pois, na qualidade de procurador, teria aprovado aditivos a ele sem a devida licitação, apesar de
vários outros PADs instaurados com o mesmo fim já estarem extintos em razão da prescrição. Diante disso, a
Seção, ao prosseguir o julgamento, entendendo que a lesão a direito líquido e certo surgiu com o advento do
último PAD, fez incidir a prescrição à hipótese, visto a fluência do prazo quinquenal (art. 142, I, da Lei n.
8.112/1990), porquanto a falta tida como ilícito penal não sofreu denúncia em relação ao impetrante, o que
afasta a aplicação do prazo prescricional previsto na legislação penal. Contudo, apesar de todos os Ministros
integrantes da Seção estarem acordes com a incidência da prescrição, a maioria entendeu que o prazo
prescricional deve ser contado a partir da ciência do fato pela Administração (na pessoa de autoridade de
hierarquia superior, com poder decisório na estrutura administrativa), enquanto os votos minoritários entendiam
que a data da ciência dos fatos pela autoridade competente para a instauração do PAD deve ser tida como termo
inicial para a fluência do prazo de prescrição estipulado no referido artigo de lei. Precedentes citados: RMS
20.337-PR, DJe 7/12/2009; MS 12.090-DF, DJ 21/5/2007, e MS 11.974-DF, DJ 7/5/2007. MS 14.446-DF, Rel.
Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 13/12/2010.

460 ICMS. ISS. ELABORAÇÃO. ÓCULOS. Dessarte, há a incidência do ICMS visto que, na espécie, a
atividade da recorrente é de natureza mista, consistente na elaboração e comercialização de óculos de grau
personalizados sob prescrição médica (encomenda), sendo que os serviços a ela agregados não estão previstos
na lista de serviços da mencionada LC. Precedentes citados: AgRg no AgRg no REsp 1.168.488-SP, DJe
29/4/2010, e REsp 1.092.206-SP, DJe 23/3/2009. REsp 1.102.838-RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
14/12/2010.

460 ASTREINTE. FAZENDA PÚBLICA. A quaestio juris está na possibilidade de aplicação de multa
cominatória (astreinte) contra a Fazenda Pública na hipótese em que o juízo singular considere descumprida
ordem judicial que determinava a apresentação de documentos necessários ao deslinde da controvérsia. É
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cediço que o Codex processual, entre outras medidas coercitivas, atribuiu ao juiz a faculdade de impor astreinte
em desfavor do devedor – ainda que se trate da Fazenda Pública –, objetivando inibir o descumprimento das
obrigações de fazer ou não fazer (fungíveis ou infungíveis) ou de entregar coisa, que deverá incidir a partir da 6
ciência do obrigado e da sua recalcitrância. Ressalte-se que, quanto à obrigação de entregar coisa, o art. 461-A,
§ 2º, do CPC determina que, não cumprida a obrigação no prazo fixado pelo juiz, expede-se, em favor do
credor, mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel. No
caso dos autos, trata-se de multa cominatória imposta pelo juízo singular em ação mandamental, em função do
descumprimento pela Fazenda Nacional de ordem judicial para a apresentação de cópias das fichas financeiras
dos servidores públicos federais, objetivando a apuração da existência de descontos indevidos nos vencimentos.
DESSARTE, HAVENDO A POSSIBILIDADE DE EXPEDIÇÃO DE MANDADO DE BUSCA E
APREENSÃO DOS DOCUMENTOS REQUISITADOS PELA AUTORIDADE JUDICIAL (ARTS. 461,
§ 5º, E 461-A, § 2º, DO MESMO DIPLOMA), COMO NA HIPÓTESE, NÃO SE MOSTRA RAZOÁVEL
A FIXAÇÃO DE MULTA PECUNIÁRIA PELO DESCUMPRIMENTO DA ORDEM DE
APRESENTAÇÃO, ADEMAIS, QUANDO EXISTENTE PEDIDO DE DILAÇÃO DE PRAZO
FORMULADO PELA RECORRENTE (FAZENDA NACIONAL), O QUE AFASTA A
CARACTERIZAÇÃO DE SEU SUPOSTO INTUITO RECALCITRANTE. Com essas considerações, a Turma
deu provimento ao recurso, determinando a exclusão da astreinte cominada pelo juízo singular em desfavor da
Fazenda Pública. Precedentes citados: REsp 1.162.239-PR, DJe 8/9/2010; AgRg no REsp 1.176.638-RS, DJe
20/9/2010; AgRg no Ag 1.247.323-SC, DJe 1º/7/2010, e REsp 987.280-SP, DJe 20/5/2009. REsp 1.069.441-
PE, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 14/12/2010.

460 INFRAÇÃO. TRÂNSITO. NOTIFICAÇÃO. AUTUAÇÃO. É pacífico o entendimento deste Superior


Tribunal de que a penalidade de multa por infração de trânsito deverá ser precedida da devida notificação do
infrator, sob pena de ferimento aos princípios do contraditório e da ampla defesa (Súm. n. 312-STJ). A análise
do tema, à luz da novel jurisprudência desta Corte e da legislação sobre a matéria, é que a notificação in faciem
do condutor em flagrante, mediante a assinatura do auto de infração, valerá como notificação da autuação
quando a infração for de responsabilidade do condutor, e sendo a infração de responsabilidade do proprietário,
se ele estiver conduzindo o veículo. No caso de a infração ser de responsabilidade do proprietário e ele não
estiver conduzindo o veículo, a autoridade de trânsito expedirá, no prazo máximo de 30 dias contados da data
do cometimento da infração, a notificação da autuação dirigida ao proprietário do veículo, na qual deverão
constar, no mínimo, os dados definidos no art. 280 do CTB e em regulamentação específica (art. 3º da Res. n.
149/2003 do Contran). Ressalte-se que, não sendo possível colher a assinatura do condutor seja pela falta de
flagrante seja pela sua recusa, a autoridade de trânsito deverá proceder à notificação via postal no prazo de 30
dias, preservando-se, assim, o jus puniendi estatal. Precedentes citados: REsp 1.092.154-RS, DJe 31/8/2009, e
REsp 732.505-RS, DJ 1º/8/2005. REsp 1.195.178-RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 14/12/2010.

460 CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. CONSELHO TUTELAR. Com o advento do Dec. n.


4.032/2001 (novembro de 2001), disciplinou-se a vinculação dos conselheiros tutelares ao regime geral de
previdência social (RGPS) na qualidade de segurados obrigatórios. Antes disso, os que não tinham vínculo com
qualquer outro sistema previdenciário eram tidos por segurados facultativos (art. 11, § 1º, VI, do Dec. n.
3.048/1999). REsp 1.075.516-RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 16/12/2010.

460 TICKET ALIMENTAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. No caso, a companhia de fornecimento de


gás, por força de acordo coletivo, entregava a seus empregados ticket alimentação de natureza peculiar, pois seu
custo era dividido entre ela e eles. Nesse contexto, a Turma, ao prosseguir o julgamento, entendeu, por maioria,
que a entrega desse ticket assemelhar-se-ia ao fornecimento de auxílio-alimentação in natura, que não sofre a
incidência de contribuição social porque não integra o salário (natureza indenizatória). Precedentes citados:
REsp 1.180.562-RJ, DJe 26/8/2010, e EREsp 476.194-PR, DJ 1º/8/2005. REsp 1.185.685-SP, Rel. originário
Min. Hamilton Carvalhido, Rel. para acórdão Min. Luiz Fux, julgado em 16/12/2010.
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460 DESAPROPRIAÇÃO. ÁREA QUILOMBOLA. Trata-se de REsp decorrente de ação originária de


desapropriação por interesse social para reforma agrária em área de terra definida como sítio de valor histórico
e patrimônio cultural do povo denominado Kalunga. O juiz de primeiro grau extinguiu o processo com 6
fundamento no art. 267, VI, do CPC por entender que caracteriza desvio de finalidade a desapropriação para
reforma agrária, já que tal procedimento é voltado para promover a expropriação de terras para o assentamento
de trabalhadores, não para agraciar comunidades quilombolas ou proteger o patrimônio cultural. O tribunal a
quo manteve a sentença. Nesta instância especial, assentou-se que o art. 5º do DL n. 3.365/1941 não prevê
como hipótese autorizadora da desapropriação por utilidade pública a desapropriação para a regularização de
terras para comunidades quilombolas que não ocupavam a área desapropriada. Observou-se, por oportuno, que
nem mesmo o objetivo do estado está bem explicitado no decreto expropriador, uma vez que deseja, na
verdade, promover um verdadeiro assentamento e, como de assentamento se trata, é cabível, na espécie, a
desapropriação por interesse social. Consignou-se que, se o imóvel desapropriado não vai servir à
Administração Pública, e sim ao interesse da comunidade, está-se diante de interesse social e não de utilidade
pública, visto que o escopo da desapropriação em causa é a preservação do patrimônio cultural do povo
Kalunga. Ressaltou-se, ademais, que, nos termos do art. 13 do Dec. n. 4.887/2003, compete à autarquia ora
recorrente a desapropriação de imóveis rurais que estejam dentro de áreas tituladas de domínio dos quilombolas
e não tenham tido os títulos invalidados por nulidade, prescrição ou comisso, tal como no caso em questão.
Diante disso, a Turma deu provimento ao recurso para que retornem os autos à origem e seja retomado o
trâmite da ação de desapropriação. REsp 1.046.178-GO, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em
16/12/2010.

460 ACP. MP. CUSTEIO. TRATAMENTO. A Turma, por maioria, negou provimento ao recurso especial
interposto pela cooperativa de trabalho médico e, com isso, manteve o posicionamento do tribunal a quo que
declarou a legitimidade do Ministério Público (MP) para propor ação civil pública em prol do interesse de
menor (conveniado da recorrente), qual seja, o custeio de tratamento quimioterápico em qualquer centro
urbano. In casu, a recorrente não havia autorizado a realização da quimioterapia sob a alegação de que o
contrato do plano de saúde firmado não previa a cobertura de tal tratamento, assim como não permitia a sua
efetivação em localidade diversa da área de abrangência pactuada. Segundo a Min. Relatora, a hipótese dos
autos trata do direito individual indisponível à saúde e, consequentemente, à vida, cuja proteção foi assegurada
à criança e ao adolescente com absoluta prioridade pelo art. 227 da CF/1988, o que legitima a atuação do
Parquet nos termos dos arts. 127, caput, e 129, III e X, ambos da CF/1988, do art. 25, IV, a, da Lei n.
8.625/1993, do art. 81 da Lei n. 8.078/1990 e dos arts. 201, V, e 208, VII, da Lei n. 8.069/1990. Ressaltou,
ainda, que esse entendimento beneficia não apenas o menor, mas todos os contratantes do plano de saúde, tendo
em vista a relevância social do direito ora tutelado. Precedentes citados: REsp 823.079-RS, DJ 2/10/2006; REsp
718.203-SP, DJ 13/2/2006, e REsp 208.068-SC, DJ 8/4/2002. REsp 976.021-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi,
julgado em 14/12/2010.

461 2T CONCURSO PÚBLICO. VAGAS. EDITAL.

A TURMA REAFIRMOU QUE O CANDIDATO APROVADO EM CONCURSO PÚBLICO DENTRO


DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS EM EDITAL TEM DIREITO LÍQUIDO E CERTO À
NOMEAÇÃO E À POSSE NO CARGO. Precedentes citados: RMS 31.611-SP, DJe 17/5/2010, e AgRg no
RMS 30.308-MS, DJe 15/3/2010. REsp 1.220.684-AM, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 3/2/2011.

461 2T MAGISTRADO. AJUDA DE CUSTO. REMOÇÃO A PEDIDO.

A Turma negou provimento ao agravo regimental da União ao fundamento de que o magistrado tem direito à
ajuda de custo prevista no art. 65, I, da LC n. 35/1979 (Loman) tanto na remoção ex officio quanto na remoção
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a pedido, visto que em ambas há o interesse público. AgRg no REsp 1.354.482-SC, Rel. Min. Castro Meira,
julgado em 3/2/2011.
6
461 REQUISITO EXPRESSO.(CNH) EDITAL. LEGALIDADE. Assim, não houve qualquer violação dos
princípios da igualdade, da impessoalidade e da moralidade. RMS 25.572-MS, Rel. Min. Celso Limongi
(Desembargador convocado do TJ-SP), julgado em 3/2/2011.

461 SERVIDOR PÚBLICO. ESCALA. TRABALHO. HORAS EXTRAS. A Turma, entre outras questões,
negou provimento ao recurso por entender que, nos termos do art. 19 da Lei n. 8.112/1990, a jornada máxima
de trabalho dos servidores públicos federais é de 40 horas semanais. Assim, conforme jurisprudência deste
Superior Tribunal, dividindo-se 40 (máximo de horas semanais) por seis dias úteis e se multiplicando o
resultado por 30 (total de dias do mês) teríamos o total de 200 horas mensais, valor que deve ser adotado
como parâmetro para o cômputo de eventuais horas extras. No caso, os recorrentes trabalham sete dias no
mês, o que, multiplicado por 24 horas trabalhadas por dia, chega-se ao valor de 168 horas trabalhadas no mês,
ou seja, número inferior às 200 horas. Quanto aos juros de mora, a jurisprudência consolidada neste Superior
Tribunal reconhece que, nas causas ajuizadas posteriormente à edição da MP n. 2.180-35/2001, em que é
devedora a Fazenda Pública, eles devem ser fixados em 6% ao ano. Precedentes citados: REsp 1.086.944-SP,
DJe 4/5/2009; REsp 419.558-PR, DJ 26/6/2006, e REsp 805.437-RS, DJe 20/4/2009. REsp 1.019.492-RS, Rel.
Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 3/2/2011.

462 AVISO PRÉVIO INDENIZADO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.

A Turma reafirmou que não há incidência de contribuição previdenciária sobre a verba paga ao trabalhador a
título de aviso prévio indenizado, tendo em vista sua natureza indenizatória. Ressaltou-se que o salário de
contribuição é o valor da remuneração, considerados os rendimentos destinados a retribuir o trabalho (art. 28 da
Lei n. 8.212/1991)[...]. REsp 1.221.665-PR, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em 8/2/2011.

463 SERVIDOR PÚBLICO. RECEBIMENTO INDEVIDO. RESTITUIÇÃO.

o entendimento deste Superior Tribunal de que, diante da boa-fé no recebimento de valores pelo servidor
público, é incabível a restituição do pagamento em decorrência de errônea interpretação ou má aplicação da lei
pela Administração. OBS: NÃO HÁ BOA FÉ QDO ADM AVISA QUE HÁ ERRO NO PAGTO, ANTES
DESTE SER EFETUADO.

[...]

Entendimento não aplicável nesse caso: Dessa forma, os servidores não foram surpreendidos. Portanto, não
há que falar em boa-fé no recebimento da verba em questão, tendo em vista que o erro foi constatado e
comunicado pela Administração antes que o pagamento fosse efetivado e os valores passassem a integrar o
patrimônio dos servidores. Ademais, a decisão de efetuar descontos nos meses seguintes foi adotada com o
objetivo de evitar atrasos no pagamento do pessoal em decorrência de confecção de nova folha de pagamento.
Assim, a Turma negou provimento ao recurso por entender que, na espécie, não houve ilegalidade no ato da
Administração. Precedentes citados: AgRg no Ag 756.226-RS, DJ 14/8/2006; REsp 751.408-DF, DJ
7/11/2005, e RMS 19.980-RS, DJ 7/11/2005. RMS 33.034-RS, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em
15/2/2011.

463 SERVIDOR PÚBLICO. VANTAGEM PESSOAL. SUPRESSÃO. DEVOLUÇÃO.


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In casu, o Conselho da Justiça Federal (CJF) concedeu aos servidores da Justiça Federal uma diferença pessoal
que objetivava evitar a redução de seus vencimentos quando da implementação do plano de carreira (Lei n.
9.421/1996), passando eles a recebê-la em janeiro de 1998, com efeitos retroativos a março de 1995. No 6
entanto, posteriormente (10/2/2003), o CJF declarou a insubsistência da referida vantagem, sendo comunicada a
decisão aos demais tribunais regionais. Assim, em maio de 2003, o presidente do TRF determinou a exclusão
da mencionada verba do pagamento dos servidores, com efeitos retroativos a partir de março de 2003. Contra
tal ato, houve a impetração de mandado de segurança (MS) cuja ordem foi denegada pelo tribunal a quo. Em
suas razões recursais, os recorrentes alegam, entre outros temas, que a suspensão da referida vantagem violaria
o princípio da boa-fé e o da irredutibilidade de vencimentos, visto que, ao longo do período no qual a diferença
pessoal foi paga, ela incorporou-se aos seus vencimentos. Também sustentam a ocorrência de decadência
administrativa para que a Administração reveja tal ato concessivo. Nesse contexto, destacou o Min. Relator
que, embora os atos administrativos praticados anteriormente ao advento da Lei n. 9.784/1999 também estejam
sujeitos ao prazo decadencial quinquenal de que trata seu art. 54, nesses casos, tem-se como termo a quo a
entrada em vigor do aludido diploma legal. Assim, não há falar em decadência administrativa; pois, na hipótese,
a percepção da vantagem pessoal paga aos recorrentes foi reconhecida em 2003. Aduziu, ainda, que, tendo em
vista não haver previsão legal para o pagamento da vantagem pleiteada pelos recorrentes, a supressão dele não
implica irregularidade, ilegalidade ou ofensa a direito adquirido. Dessa forma, consignou ser indevida a
determinação de restituição dos valores pagos aos recorrentes nos meses anteriores a maio de 2003 (quando
lhes foi comunicada a suspensão do pagamento da verba em questão), tendo em vista a boa-fé no recebimento
de tais quantias, pagas espontaneamente pela Administração. Entretanto, para evitar enriquecimento ilícito,
asseverou que, no caso, é devida a devolução dos valores recebidos por força de liminar concedida no MS,
posteriormente cassada. Com essas considerações, a Turma deu parcial provimento ao recurso para, reformando
o acórdão recorrido, conceder a ordem parcialmente para afastar a determinação de restituição dos valores
pagos aos recorrentes (a título da "vantagem pessoal – 9.421/96") nos meses anteriores a maio de 2003.
Precedentes citados: AgRg no REsp 735.516-RS, DJ 29/8/2005; REsp 693.207-RS, DJ 17/3/2005; MS 9.092-
DF, DJ 25/9/2006; MS 9.188-DF, DJe 16/4/2009; REsp 488.905-RS, DJ 13/9/2004, e AgRg no Ag 756.226-
RS, DJ 14/8/2006. RMS 32.706-SP, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 15/2/2011.

463 PREVI. RENDA CERTA. APOSENTADOS.

Conforme os autos, após três anos de superávit consecutivos, a Previ, em 2006, realizou revisão obrigatória de
seu plano de benefício consoante determina o art. 20, § 2º, da LC n. 109/2001. Entre as providências adotadas
para tal, concedeu benefícios especiais, entre eles a renda certa. Esse benefício previa a devolução das
contribuições pessoais e patronais que excediam a 360 contribuições feitas até a data da suspensão geral,
contudo apenas àqueles que contribuíram com excesso durante o período de atividade. Agora, insurgem-se em
múltiplas ações (mais de mil) aqueles que contribuíram com excesso, mas em período que abrange também a
inatividade. Quanto a isso, é certo que, por força do art. 18, § 1º, da referida LC, a previdência privada fechada
atuante no país deve obedecer ao regime financeiro de capitalização pelo qual só fazem jus a benefícios os que
contribuíram para a formação da fonte de custeio, não se cogitando de isonomia geral e indiscriminada, tal
como se se tratasse de regime estatal de previdência pública (regime geral de repartição singela). Dessarte,
aqueles que se aposentaram antes de contribuir 360 vezes não têm direito à devolução de excesso de
contribuição, isso porque todas as contribuições que realizaram já foram computadas na fixação dos respectivos
benefícios de aposentadoria, quanto mais se constatado que o hipotético excesso, se, por um lado, não lhes foi
devolvido, por outro não compôs o fundo referente à renda certa. Assim, não há falar em quebra de isonomia
entre ativos e inativos pela concessão do referido benefício apenas àqueles que contribuíram por mais de 360
vezes ainda em atividade nas condições previstas no art. 88, caput e § 4º, do Regulamento do Plano de
Benefício 1 daquela entidade. REsp 1.224.594-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 17/2/2011.

Contribuinte de fato não tem legitimidade para pedir restituição de tributo que julga indevido

O “contribuinte de fato” não detém legitimidade ativa para pleitear a restituição de valores pagos a titulo de
tributo indireto recolhido pelo “contribuinte de direito”, por não integrar a relação jurídica tributária pertinente.
INFORMATIVOS STJ ADMINISTRATIVO - PREVIDENCIÁRIO - TRIBUTÁRIO -2011

A decisão é da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) num recurso em que se discute a
legitimidade ativa de pessoa jurídica dedicada à atividade hoteleira em pleitear a repetição de valores
indevidamente recolhidos ao Fisco a título de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 6
incidente sobre o fornecimento de energia elétrica.

A jurisprudência do STJ admitia a legitimidade ativa do consumidor para a discussão relativa ao ICMS sobre
energia elétrica, especificamente quanto à demanda contratada. No julgamento do Recurso Especial 903.394,
no entanto, sob o regime dos repetitivos, a Primeira Seção modificou o entendimento. Ao analisar o pedido de
uma distribuidora de bebida relativo ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), afastou a legitimidade
ativa, ao argumento de que somente o “contribuinte de direito” tem essa prerrogativa.

“Contribuinte de direito” é o sujeito passivo que tem relação pessoal e direta com fato gerador, nos termos do
artigo 121, parágrafo único, I, do Código Tributário Nacional. Na cadeia tributária, é quem recolhe o tributo ao
Fisco. O “contribuinte de fato”, por sua vez, é quem suporta o ônus econômico do tributo, ou seja, a quem a
carga do tributo indireto é repassada, normalmente o consumidor final. Tributos indiretos são aqueles que
comportam transferência do encargo financeiro.

O ministro Castro Meira, no julgamento do Resp 983.814, explica que a caracterização do chamado
“contribuinte de fato” tem função didática e apenas explica a sistemática da tributação indireta, não se
prestando a conceder legitimidade para que o “contribuinte de fato” ingresse em juizo com vistas a discutir
determinada relação jurídica da qual não faça parte. Assim, decidiu que, arcando com o ônus financeiro do
tributo na condição de consumidores, as autoras da ação não tinham legitimidade para repetir o indébito, pois
não se encontravam na condição de contribuintes nem de responsáveis tributários

De acordo com a Primeira Turma, em se tratando de tributos indiretos – aqueles que comportam transferência
do encargo financeiro – a norma impõe que a restituição somente se faça ao contribuinte que houver arcado
com o referido encargo ou que tenha sido autorizado expressamente pelo terceiro a quem o ônus foi transferido.
“O ICMS e o IPI são exemplos de tributos indiretos, razão pela qual sua restituição ao ‘contribuinte de direito’
reclama a comprovação da ausência de repasse do ônus financeiro ao ‘contribuinte de fato”, ressaltou o
ministro relator, à época.

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