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Jogos Matemáticos como Recursos Didáticos

Por: EDNA ALVES NEVES

Ensinar matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento


independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Nós como
educadores, devemos procurar alternativas para aumentar a motivação para a
aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, concentração, atenção,
raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo, estimulando a socialização e
aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas.

Os jogos, se convenientemente planejados, são um recurso pedagógico eficaz para a


construção do conhecimento matemático.
O uso de jogos no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com que os estudantes
gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o
interesse do estudante. A aprendizagem por meio de jogos, como dominó, palavras
cruzadas, memória e outros permite que o estudante faça da aprendizagem um processo
interessante e até divertido. Para isso, eles devem ser utilizados ocasionalmente para
sanar as lacunas que se produzem na atividade escolar diária. Neste sentido verificamos
que há três aspectos que por si só justificam a incorporação do jogo nas aulas. São estes:
o caráter lúdico, o desenvolvimento de técnicas intelectuais e a formação de relações
sociais.

Jogar não é estudar nem trabalhar, porque jogando, o aluno aprende, sobretudo, a
conhecer e compreender o mundo social que o rodeia (Moura, 1996).

Já que os jogos em sala de aula são importantes, devemos ocupar um horário dentro de
nosso planejamento, de modo a permitir que o professor possa explorar todo o potencial
dos jogos, processos de solução, registros e discussões sobre possíveis caminhos que
poderão surgir.

Os jogos podem ser utilizados para introduzir, amadurecer conteúdos e preparar o


estudante para aprofundar os itens já trabalhados. Devem ser escolhidos e preparados
com cuidado para levar o estudante a adquirir conceitos matemáticos de importância.

'' Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a


possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos estudante
que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da
situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande,
notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam
também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos
de aprendizagem. '' (Borin, 1996)

Segundo Malba Tahan, 1968, ''para que os jogos produzam os efeitos desejados é
preciso que sejam de certa forma, dirigidos pelos educadores''. Partindo do princípio que
as crianças pensam de maneira diferente dos adultos e de que nosso objetivo não é
ensiná-las a jogar, devemos acompanhar a maneira como as crianças jogam, sendo
observadores atentos, interferindo para colocar questões interessantes (sem perturbar a
dinâmica dos grupos) para, a partir disso, auxiliá-las a construir regras e a pensar de
modo que elas entendam.
Devemos escolher jogos que estimulem a resolução de problemas, principalmente
quando o conteúdo a ser estudado for abstrato, difícil e desvinculado da prática
diária, não nos esquecendo de respeitar as condições de cada comunidade e o
querer de cada aluno. Essas atividades não devem ser muito fáceis nem muito
difíceis e ser testadas antes de sua aplicação, a fim de enriquecer as experiências
através de propostas de novas atividades, propiciando mais de uma situação.

SUGESTÕES DE JOGOS

1. POR UM TEMPO

Jogo que mistura um pouco de habilidade manual e poder de observação. Peças de


desenhos parecidos devem ser encaixadas em um "tabuleiro" e a criança tem um tempo
determinado. “Ao final desse tempo, ela deverá ter colocado o maior número possível
de peças iguais”.

2. QUANTOS? QUANTAS?

Brinque com os alunos, perguntando: “Quantos narizes você tem?” (Coloque o dedo na
ponta do nariz e peça aos alunos para imitarem.); “Quantas bocas?” (Coloque o dedo
nos lábios e faça os alunos imitarem).
Prossiga assim perguntando e indicando com as mãos: “Quantas orelhas?”; “Quantos
braços?”; “Quantas mãos?”; “Quantos dedos em cada mão?”.

3.FORMANDO GRUPOS

Uma atividade que pode ser utilizada como aquecimento é a brincadeira Formando
grupos:

a) Converse com os alunos: “Vamos contar juntos até 3: um, dois, três”; “Agora, vamos
contar até 3 levantando os dedos: um, dois, três”.

b) Prepare previamente a sala de aula com 3 bolas semelhantes, 3 lápis semelhantes, 3


flores num vaso, etc.

c) Explore, de forma semelhante, grupos de 4 e grupos de 5.

4.OS NÚMEROS MÁGICOS

Folha com várias retas numéricas e dois conjuntos de cartões numerados (deve-se usar
no inicio apenas números de 1 a 5 – posteriormente, acrescente valores maiores).

Conte uma estória ou proponha: “Agora, brincaremos com objetos mágicos, dentre eles
os números”. Peça a um aluno que sorteie um cartão numerado. Este primeiro número
sorteado indica o número de saltos que a criança dará obedecendo ao número mágico.

Peça a outro aluno que sorteie um cartão numerado. Este segundo número sorteado
indica o comprimento de cada pulo. Inicialmente, desenha uma “reta” graduada no chão
(ou uma faixa de papel). Um terceiro aluno, brincando de ser possuidor de um número
mágico, dará pulos sobre a “reta”, e a turma verificará o número no qual ele parou.
O animador pode dividir a turma em duas equipes e propor que disputem quem recebeu
o número mágico e que levou mais longe.

5.DIREITA ESQUERDA

Procure explorar os conceitos de direita e esquerda com a brincadeira de pular corda


com dois batedores. Os alunos podem fazer a mímica de bater corda em duplas:

a) Cada aluno da dupla pega a ponta d corda de mentirinha com a mão direita;

Atenção: os dois têm de fazer os movimentos para cima e para baixo ao mesmo tempo.

b) Depois, cada aluno da dupla pega a ponta da corda de mentirinha com a mão
esquerda, não se esquecendo de fazer os movimentos para cima e para baixo ao mesmo
tempo.

Converse com os alunos sobre os possíveis acidentes que podem ocorrer quando
brincamos: “Quem já sofreu algum acidente (tombo, queda, etc) enquanto brincava?
Como foi?”; “Que cuidado devemos tomar quando estamos brincando?”.

6. DESCUBRA O INTRUSO

Este jogo além de trabalhar os conceitos de pertence e não pertence, explora a memória,
a reflexão, a lógica, a observação e o vocabulário.

Apresente um conjunto de 3 elementos (objetos ou figuras em cartões) entre os quais


um é “intruso”. Inicialmente, apresente um conjunto de 3 elementos simples: figuras de
laranja, banana e ovo.

Diga aos alunos que, como pequenos detetives, descubram qual o “intruso”. Peça que
expliquem por que o elemento é intruso.

Continue a brincadeira com outros conjuntos de 3 figuras, enquanto a turma mostrar


interesse. Quando os alunos se acostumarem com a brincadeira, aumente o número de
elementos para 4, 5 ou 6.

7. FORMANDO TRIÂNGULOS

Este jogo leva os alunos a conhecer e fixar o conceito de triângulo.

a) Entregue para cada grupo de 3 ou 4 alunos uma folha com vários pontos distribuídos
ao acaso, um pouco separados uns dos outros. Se preferir, peça que os próprios alunos
salpiquem as folhas de pontos. Peça que cada aluno do grupo escolha uma cor diferente
de lápis.

b) O jogo é assim: cada aluno, na sua vez, liga 3 pontos, de modo a formar um
triângulo, e, depois, pinta-o com a cor escolhida. Para que os alunos entendam melhor o
jogo, faça uma demonstração com alguns pontos feitos na lousa.
c) Ganha o jogo quem conseguir pintar mais triângulos com a sua cor. Não importa o
tamanho dos triângulos desenhados, desde que os triângulos não se sobreponham.

Uma variação dessa brincadeira é “Formando quadriláteros”. As regras são as mesmas.


A única diferença é que os alunos terão de ligar 4 pontos para formar uma figura de 4
lados.

Edna Alves Neves


Pedagoga e Pós Graduada em Psicopedagogia Institucional Pela FTC - Salvador - Bahia

BIBLIOGRAFIA

BORIN,J. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de


matemática. São Paulo: IME-USP;1996.

BRASIL. SECRETARIA DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros


Curriculares Nacionais: Matemática - Brasília: MEC / SEF, 1998.

CENTURIÓN, M. et al. Jogos, Projetos e Oficinas para educação Infantil. São


Paulo: FTD, 2004.

MOURA, M. O. de. A construção do signo numérico em situação de ensino. São


Paulo: USP,1991.

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