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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO

ALUNO: PEDRO EUGENIO SILVA DE OLIVEIRA

DISCIPLINA: QUALIDADE E RACIONALIZAÇÃO DAS CONSTRUÇÕES

Trabalho
apresentado
referente à
totalidade da nota
do 1ºGQ da
disciplina
Qualidade e
Racionalização das
Construções
RECIFE, 17 de setembro de 2010

INTRODUÇÃO

Durante o curso da disciplina Qualidade e Racionalização das


Estruturas, foram vivenciados conteúdos programáticos variados, desde a
história da qualidade no mundo e tópicos preliminares de encargos sociais até
certificações estaduais, nacionais e internacionais acerca do ambiente
construído.
Neste contexto de certificações, como as da família ISO 9001, surge a
idéia de programas de qualidade como o Programa Brasileiro de Qualidade e
Produtividade do Hábitat (PBQP-H), instrumento do governo Federal, que tem
por meta “organizar o setor da construção civil em torno de duas questões
principais: a melhoria da qualidade do habitat e a modernização produtiva”
(http://www4.cidades.gov.br/pbqp-h/pbqp_apresentacao.php).
De posse da vivência de sala de aula, associada aos conhecimentos
acerca do programa nacional de qualidade, foi proposta a apresentação do
tema: Programa Pernambucano da Qualidade em obras públicas – PROPERQ,
sendo exposto em sala de aula no dia dez de setembro de dois mil e dez, pelo
aluno Pedro Eugenio Silva de Oliveira.
Vale salientar que o material utilizado como consulta para a
apresentação foi o Manual do Properq cedido pelo professor em ocasião de
aula.
PROPERQ – GENERALIDADES

O PROPERQ consiste em um programa criado em 24 de março de 2004


pelo governo do estado de Pernambuco por meio do decreto nº 26.540,
alterado pelo decreto nº 26.812 de 10 de junho de 2004, com a finalidade de
aumentar a competitividade, melhorar a qualidade, reduzir custos e aperfeiçoar
os investimentos públicos na indústria da construção civil. O programa originou-
se de uma parceria público privada com objetivos de compartilhar a gestão do
mesmo, tendo em vista a participação de representantes do Governo do
Estado, da cadeia produtiva e de entidades de apoio científico e tecnológico.
A implantação do Programa se deu com a participação de seis
secretarias, enunciadas abaixo:
• Infra-Estrutura;
• Saúde;
• Defesa Social;
• Educação;
• Cultura;
• Desenvolvimento e Administração e Reforma do Estado.

Sendo coordenado pela Secretaria de Infra-Estruturas do estado, a qual


se utiliza de um Comitê Setorial para gerenciar a ação integrada de 21
entidades ligadas à cadeia produtiva da construção, que distribuídas em 4 sub-
comitês atuam desde o financiamento até a fiscalização de programas de
qualidade.
Os sub-comitês são:
• Materiais, componentes e Sistemas construtivos (SMCS);
• Obras e serviços de construção (SOSC);
• Arquitetura e engenharia consultiva (SAEC);
• Contratação e gestão de obras públicas (SCGOP).
OBJETIVOS

O objetivo geral do Programa consiste em otimizar a qualidade de


materiais bem como de componentes e sistemas construtivos por meio de
implantação de processos de qualificação (e constante otimização dos
existentes) e certificação de produtos tendo em vista a possibilidade de
melhoria das propriedades do produto final da construção civil, ver figura 01.
Esses objetivos visam obter benefícios a curto e longo prazo com
retorno tripartido entre o governo, que regula e toma a iniciativa do programa,
do setor empresarial que eleva o padrão de seus produtos por meio de políticas
de racionalização diminuindo seus custos, e para a sociedade que se apropria
de construções mais compatíveis com a necessidade comum.

Figura 01 – Objetivo geral do PROPERQ

Já o objetivo em longo prazo consiste em promover um ambiente de


isonomia competitiva (principio de igualdade perante a lei, descrito no artigo 5º
da constituição federal) com a vocação de propiciar soluções construtivas de
maior qualidade minimizando os custos das mesmas.
BENEFÍCIOS

Tendo em vista o cumprimento dos objetivos anteriormente citados, cria-


se um ambiente propício à proliferação de soluções de engenharia mais
racionais, e desprovidas dos vícios construtivos marcantes na indústria da
construção civil. Aperfeiçoam-se processos e converge-se para um maior
padrão na escala evolutiva da qualidade dos produtos.
Com a melhoria dos materiais, obras e serviços de engenharia, diminui-
se o abismo entre a infra-estrutura adequada e as obras públicas,
possibilitando o acesso da população a construções de desempenho
satisfatório. Ao passo que com o aperfeiçoamento dos processos envolvidos
direta ou indiretamente na construção, desde extração de matéria-prima e
seleção de materiais até procedimentos construtivos, diminui-se o desperdício
nas obras acarretando a diminuição do custo final das mesmas. Sendo o
programa um veículo de obtenção de produtos com maior nível de
confiabilidade em troca de um menor custo.
Mas esse contexto de melhoria é função do investimento inicial
desprendido pelos setores envolvidos que pode ser adquirido frente
financiamento, estando o órgão investidor também envolvido dentro da cadeia
do programa, como será explicitado mais a frente.
Com base nesses investimentos, e nesse contexto de convergência para
produtos mais qualificados, obtém-se um maior controle dos processos e
prazos para a execução de determinado serviço. O que reflete no
aperfeiçoamento dos cronogramas, e elevação das condições de trabalho em
cada setor. Associado à melhoria do ambiente coletivo está o fenômeno do
envolvimento dos recursos humanos frente à assimilação das culturas de
racionalização dos processos, o que é de essencial importância na busca da
qualidade total.
Por outro lado ainda há a criação de um ambiente propício para a
inovação tecnológica vital para manutenção e continuação do processo de
racionalização, tendo em vista a participação de entidades técnico-científicas
no programa, com a finalidade de dar apoio técnico para o desenvolvimento de
novas tecnologias e métodos de otimização.
Em contrapartida, ainda vale salientar o benefício do passivo ambiental
onde por meio da redução dos desperdícios viabiliza-se a minimização do
impacto ambiental final gerado pelo setor, tendo em vista a ação antrópica da
indústria da construção como uma das mais acentuadas.

ESTRUTURA DO PROPERQ

O Programa Pernambucano da Qualidade em Obras Públicas


(PROPERQ) consiste num macro conjunto de 21 entidades que se inter-
relacionam com o objetivo de promover a integração da cadeia produtiva
construtora tendo por visão elevar o nível do produto gerado pela construção
civil pernambucana. Essas entidades se organizam em 4 subcomitês
coordenados por um comitê setorial. O programa absorve diretrizes do PBQP-
H, transferindo esses princípios para os subcomitês através do comitê setorial.
As funções do comitê setorial compreendem:

• A coordenação da relação das entidades, realizando o controle


interno do programa;
• Estabelecimento das estratégias;
• Avaliação e Fiscalização;
• Meio de interação entre o PROPERQ e as entidades interessadas
em realizar acordos setoriais;
• Divulgação.

Funções dos subcomitês:

• Definir a política da qualidade em cada setor;


• Estabelecer acordos setoriais;
• Acompanhar o programa.
Segue-se abaixo um fluxograma da estrutura do PROPERQ, retirado do
manual do programa, onde está evidenciada a ligação do mesmo com o
PBQP-H e a distribuição hierárquica do processo.

Figura 02 – Estrutura do PROPERQ

PARTICIPAÇÃO DAS ENTIDADES

O Programa envolve todos os segmentos produtivos da construção civil


pernambucana, desde empresas fornecedoras de matéria prima até o
consumidor final. Tendo o setor público como regulador e mediador entre os
demais participantes.
Inicialmente está a classe das empresas fornecedoras que atua por meio
de Programas Setoriais de Qualidade. Este programa consiste em uma
iniciativa, voluntária, das empresas de assumirem o compromisso da melhoria
da qualidade de seus produtos, sendo elaborado, operacionalizado e
acompanhado pela parceria público-privada.
Em seguida está o patamar das empresas de obras e serviços que se
baseiam e normas e diretrizes preconizadas no SiAC (Sistema de avaliação de
conformidade de empresas construtoras e de empresas de consultoria), tendo
os prazos os metas para a qualificação definidos nos Acordos Setoriais
(Acordos elaborados e assinados pelas entidades estatais, pelas empresas da
classe produtiva em avaliação, bem como associações nacionais e os agentes
financiadores. Com o objetivo de colocar em prática as atribuições dos PSQs).
Ainda participam os órgãos de fomento utilizando o poder de compra
como indutor da melhoria da qualidade e produtividade na construção civil, bem
como os órgãos de fiscalização, combatendo produção fora dos conformes e
estimulando a divulgação e o respeito acerca do Código de Defesa do
Consumidor.
No fim da cadeia produtiva a mais interessada é a sociedade que exerce
seu direito de cidadania, julgando os melhores produtos e utilizando seu poder
de compra como forma de exigir melhores padrões de qualidade.
Figura 03 – Entidades participantes.
AÇÃO

O programa como foi pensando consistia num sistema equalizado e bem


encaixado de intercomunicação entre diversos setores (ver Figura 04)
componentes da indústria da construção.
Para que houvesse uma real mudança intrínseca adquirida como parte
da cultura da população, seria necessário atuar em todos os graus envolvidos
no processo. Sendo de suma importância mobilizar diversas entidades do
estado com a finalidade de modificar o conceito produtivo das obras públicas.
Exigindo níveis de certificação e compromisso com a idéia de racionalização
por parte das empresas candidatas. O que impulsionou a associação do
PROPERQ com entidades de capacitação técnica e científica possibilitando
atuar na geração de recursos humanos devidamente treinados, qualificando
construtores, projetistas e mão de obra. Bem como revisão e criação de
normas técnicas; capacitação de laboratórios; aprovação de novas tecnologias
e troca de informações entre os diversos setores. Enunciando o progresso da
gestão de projetos e obras.
O programa atua em diversas esferas, como:
• Qualificando empresas prestadoras de serviços e obras, por meio de por
meio de acordos setoriais promove a capacitação das empresas tanto
de projetos como de construção com a implantação de sistemas de
qualidade (SGQ) definidos em dois documentos:
o SiAC – Projetistas – PROPERQ;
o SiAC – Contrutoras - PROPERQ;
• produtoras e de comercialização por meio de programas setoriais de
qualidade coordenados pelo SENAI;
o prevendo mobilizar o segmento visando alcançar 90% de
conformidade de produtos, bem como criar grupos de trabalho
como de Gesso e de Concreto Dosado em Central;
• Qualificação de órgãos cpúblicos contratantes;
o Por meio de acordos setoriais, promove-se a capacitação dos
órgãos públicos e implantação de sistemas de gestão de
qualidade;
Figura 04 – Ação do Properq

ATUAL REALIDADE DO PROGRAMA E CONSIDERAÇÕES FINAIS

A exemplo de outros programas estaduais vinculados ao PBQP-H, como


o QUALIOP da Bahia, o PROPERQ vem perdendo força e ação nos últimos
anos. Tendo em vista a ausência de encontros e de exigência de certificação
em licitações. Sendo esta o grande objeto de atração das empresas para a
certificação frente o programa.
Segundo o Decreto Estadual nº 28.471 de 12 de outubro de 2005 e o
Acordo Setorial firmado entre as entidades representativas de todos os
segmentos do processo, o calendário evolutivo do SiAC para fins de
participação em licitações definia que a partir de primeiro de julho do ano de
2008 para concorrência pública e tomada de preços todas as empresas
candidatas deveriam apresentar nível A de certificação e compromisso com a
racionalização e com qualidade. Isto quer dizer que a partir da referida data
todas as obras públicas seriam realizadas por empresas com o maior nível de
certificação.
O descumprimento deste calendário renega à sociedade ônus no
tocante ao padrão de execução das obras estatais encenando um contexto
propício ao surgimento de empresas descomprometidas com a veracidade de
seus orçamentos e distantes do princípio de bem servir a comunidade.

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