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CETEPES - Centro Territorial de Educação Profissional de Extremo Sul.

Disciplina: O.P.T. (Organização dos Processos de Trabalho).


Professora: Siméia Souza Damasceno Série: 1º semestre Ano: 2011

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

CONCEITO DE TRABALHO:

É toda atividade desenvolvida pelo homem, seja ela física ou mental, da qual resultam
bens e serviços.

REGIMES DE TRABALHO:

Trabalho Temporário: Visa atender necessidade transitória de substituição de pessoal


regular e permanente ou de acréscimo extraordinário de serviços na empresa. Pode ser
aplicado na substituição de trabalhadores que estejam em férias, em auxílio-
previdenciário, licença-maternidade ou para fazer frente à sazonalidade. O prazo para
prestação de serviços é o máximo de três meses, podendo ser prorrogado por igual
período, desde que obtida autorização em uma das Delegacias Regionais do Trabalho. O
trabalhador temporário tem os Direitos trabalhistas semelhantes aos previstos na CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho), exceto o aviso prévio que não é previsto no
trabalho temporário e os 50% de multa do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de
Serviços).

Trabalho por Prazo Determinado: Pode ser adotado apenas para acréscimo do
número de empregados na empresa, limitadas as novas admissões pelo número de
funcionários da empresa: até 50% do pessoal, para empresa com até 49 empregados e
mediante convenção ou acordo coletivo. Permite a contratação de pessoal com redução
de encargos, tal como a redução de 50% nas alíquotas das contribuições sociais
destinadas ao “Sistema S” (SESI, SESC, SEST, SENAC, SENAT E SEBRAE) e ao
Incra.

Cooperativas de Trabalho: Constituídas para prestar serviços a seus associados, que


são ao mesmo tempo donos e usuários da cooperativa, uma vez que administram e
utilizam os serviços prestados pela cooperativa:
. Sociedade de pessoas físicas
. Mínimo 20 pessoas (Lei 5.764/71) e 09 pessoas (novo Código Civil)
. Sem objetivo de lucro.

Trabalho Autônomo: Trata-se de pessoa física que exerce, por conta própria, atividade
econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não, assumindo os riscos de sua
atividade econômica.
Requisitos básicos:
. Prestação de serviços por tempo certo ou por obra determinada, de caráter eventual;
. Sem subordinação hierárquica, salarial e de horário, não estando sujeito ao poder de
direção do empregador, nem horário de trabalho.
. O trabalho autônomo libera a empresa contratante do serviço de pagamento de
encargos trabalhistas.

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)

Estatui as normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho. A versão


original da legislação trabalhista brasileira foi criada em um contexto da economia em
que as empresas não tinham tanta concorrência e, por isso, podiam repassar os encargos
ao preço final de seus produtos.

Direitos dos Trabalhadores

A Constituição Federal em seu Artigo 7º garante direitos que visam proporcionar


melhores condições de vida e trabalho a todos os trabalhadores urbanos e rurais. São
eles:

1. A carteira de trabalho e Previdência Social.


2. Salário Mínimo: o salário deverá ser pago até o quinto dia útil do mês
subseqüente ao vencido;
3. Horas extras: adicional mínimo de 50% da hora normal. Domingos e feriados
100% da hora normal;
4. Jornada de trabalho de 8 horas;
5. Trabalho noturno com remuneração 20% superior do trabalho diurno na área
urbana, e 25% na área rural;
6. Repouso semanal remunerado;
7. Férias anuais remuneradas gozo de férias anuais com pelo menos 1/3 a mais que
o salário normal. As férias terão que ser concedidas para os funcionários até o
11º mês subseqüente ao do período aquisitivo.

.Período Aquisitivo é o período que o empregado precisa cumprir para ter


direito às férias ( um ano de serviços prestado equivale a um mês de férias);

. Período Concessivo é o período que o empregador tem para conceder as férias


ao empregado. A concessão das férias depende dos interesses do empregador, na
época que melhor lhe convier. E deverá ser notificado por escrito com
antecedência mínima de 30 dias.

. Abono Pecuniário consiste na faculdade que tem o empregado de converter


1/3 de suas férias em dinheiro. Deverá requerê-lo até 15 dias antes do término do
período aquisitivo.

8. Décimo terceiro salário também conhecido por gratificação Natalina é devido a


todos os empregados regidos pela CLT. A gratificação de Natal corresponde a
1/12 da remuneração integral do empregado. A fração igual ou superior a 15
dias de trabalho considera um mês integral. Assim como somente poderão ser
deduzidas as faltas não justificadas. Entre os meses de fevereiro e novembro de
cada ano, o empregador deve pagar de uma só vez como adiantamento da
Gratificação de Natal, metade do salário recebido pelo empregado no mês
anterior. O pagamento da primeira parcela do 1/3º salário, corresponde à metade
da remuneração percebida pelo empregado no mês anterior, e pode ser efetuado
por ocasião das férias do empregado. Para isso é necessário que o empregado o
requeira à empresa durante o mês de janeiro subseqüente. O pagamento da 2ª
parcela deve ser realizado até o dia 20 de dezembro. Na 1ª parcela não é feito
nenhum desconto, portanto paga integralmente. Porém, sobre o valor da 1ª
parcela incide o depósito de 8% (Simples) e 8,5% (Normal) FGTS, até o dia sete
do mês subseqüente. O mesmo ocorre na 2ª parcela.
No adiantamento da 1ª parcela não há retenção de IR/Fonte. As retenções do
imposto devem ser pagas sobre o valor total, aplicando a tabela progressiva
vigente no período. O INSS não incide sobre a 1ª parcela. O empregado
admitido no ano em curso recebe os valores proporcionais, e a primeira parcela
corresponde à metade de 1/12.

9. Licença à gestante, sem prejuízo de emprego e do salário, com a duração de


cento e vinte dias e com estabilidade no emprego desde a confirmação da
gravidez, até cinco meses após o parto;

10. Licença-paternidade 05 dias corridos;

11. Vale transporte para o empregado cuja despesa de deslocamento residência e


local de trabalho e vice versa, seja inferior a 6% do seu salário-base e pode optar
pelo recebimento antecipado do vale-transporte. Para tanto faz a solicitação por
escrito citando além do nome, endereço e detalhes do deslocamento inclusive o
valor da passagem;

12. Programa de Integração Social (PIS);

13. Adicional de insalubridade/periculosidade: Variável de acordo com a função,


local e empresa;

- Atividade insalubre: são operações cuja natureza, condições ou métodos de


trabalho, expõem os empregados a agentes nocivos a saúde acima dos padrões
de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade, a que o agente fica
exposto a seus efeitos 40% grau máximo, 20% grau médio e 10% grau mínimo
sobre o salário mínimo;

-Adicional de periculosidade: 30% do salário-base. São consideradas


atividades perigosas as operações cuja natureza ou métodos de trabalho
exponham seus agentes ao contato permanente com inflamáveis ou explosivos
em condições de risco acentuado;

14. Proteção em caso de acidente de trabalho-Afastamento por acidente de trabalho,


ou serviço militar: a empresa continua com a obrigação de depósito do FGTS;

15. Aviso prévio: a lei exige que nos contratos por prazo indeterminado, à parte que
quiser recindí-lo sem justa causa, terá que avisar a outra com antecedência
mínima prevista em lei que é de 30 dias. Durante o período de aviso prévio
cumprido pelo empregado em razão de dispensa do empregador haverá redução
de 2 horas na jornada de trabalho ou serão concedidas essas horas em dias
corridos iguais a sete dias;
16. Rescisão Contratual;

17. Salário-Família: O salário é devido ao empregado contratado até o valor de R$


560,81 mensais e que tiver filho, enteado, menor sob sua tutela na idade de até
14 anos. O valor a ser recebido é de R$ 13,48;

18. Reclamações na Justiça do Trabalho;

19. Seguro desemprego e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço ( FGTS);

20. Auxílio doença: o auxílio doença é um benefício devido ao segurado


(empregado ou empregador) que ficar incapacitado para sua atividade habitual
por mais de 15 dias. Os primeiros 15 dias serão pagos normalmente mediante a
apresentação de atestado médico.

-História dos direitos trabalhistas no Brasil-

Os avanços mais significativos no campo dos direitos trabalhistas no Brasil


aconteceram durante o governo de Getúlio Vargas, iniciado em 1930. Isso porque,
nos períodos Colonial e Imperial, em que predominava a mão-de-obra escrava, as
relações de trabalho praticamente não foram regulamentadas. No final do século
XIX, a abolição da escravatura contribuiu para que os trabalhadores estrangeiros,
em sua maioria europeus e japoneses, viessem ao Brasil. Parte deles foi para zona
rural, nas plantações de café. A outra parte formou uma massa de trabalhadores
assalariados na zona urbana, para abastecer a nascente indústria nacional.
Trabalho infantil, discriminação das mulheres, baixos salários, longas jornadas,
ameaças, demissões sem justa causa e nenhum apoio do Estado marcou o período
em que os operários se organizaram para cobrar seus direitos dos empregadores e do
governo.
Espanhóis e italianos, que trouxeram na bagagem ideais políticos novos ao país,
influenciaram bastante parte dos trabalhadores brasileiros na época. Adeptos do
anarquismo e do comunismo, eles defendiam a organização da classe operária para
lutar por uma sociedade sem classes e sem propriedade privada, em que as riquezas
seriam distribuídas de acordo com as necessidades de cada um. Sindicatos e
associações foram criados e paralisações realizadas para reivindicar melhores
condições e salários. Dessa forma, a elite do país se viu obrigada a fazer algumas
mudanças para manter seu poder e seus privilégios.
No inicio do século XX o governo de Vargas começou a fazer concessões, como a
criação de direitos trabalhistas. A legislação trabalhista nada mais é que um contrato
que estabelecem direitos e deveres para patrões, de um lado, e empregados, do
outro. Em 1943, essas leis foram reunidas sistematizadas na Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT). Esses direitos foram garantidos somente para a população
urbana, numa época em que 60% dos brasileiros viviam no campo, sem nenhuma
garantia. Somente em 1973, a Lei nº. 5.889 instituiu normas reguladoras do trabalho
rural. E, em 1988, a nova Constituição Federal assegurou os mesmos direitos a
todos os trabalhadores, rurais e urbanos.
Durante o governo de Vargas, ao mesmo tempo em que eram concedidos direitos
trabalhistas, os operários sofreram forte repressão por parte do Estado: as greves
foram proibidas, comunistas e anarquistas foram presos, sindicatos obrigados a se
subordinar ao Estado. Alternando dominação e agrados, era eliminada qualquer
liderança que quisesse atuar de forma independente em relação ao governo e era
tirada de grande parte do operariado a capacidade de lutar por seus direitos.

Referências:

CHIAVENATO, Idalberto-Introdução à Teoria Geral da Administração, Editora.


Campus, 6ª Edição, 2000.
SINCLAYR, Luiz-Organização e Técnica Comercial, Editora Saraiva, 15ª, 1993.

Complementar:

escravonempensar@reporterbrasil.org.br

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