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Introdução

A internacionalização de investimentos e seus fluxos de capitais se dão em


resposta direta à globalização dos sistemas e produções ao redor do mundo. O
estímulo ao investimento internacional e sua consequente movimentação de capital
estão diretamente relacionados às diferenças nas taxas de juros e câmbio entre os
países em questão, o que tem resultado na taxa de remuneração do capital destes
países.
Existem três processos econômicos distintos que, em ocorrência simultânea,
correspondem à globalização especificamente financeira: expansão de fluxos
financeiros internacionais; acirramento nos mercados internacionais; e integração entre
os sistemas financeiros internacionais. A expansão de fluxos financeiros internacionais
alcança tanto países desenvolvidos quanto os países em desenvolvimento, e considera
a emissão de títulos e ações, empréstimos e financiamentos. O acirramento da
concorrência internacional refere-se à disputa de bancos e instituições financeiras não
bancárias por transações internacionais. Por fim, o terceiro processo econômico
característico da internacionalização de investimentos lida com a diferença entre taxas
de crescimento das transações financeiras internacionais e nacionais, uma vez que tem
como resultado a inversão da posse de ativos financeiros entre residentes e não
residentes.
Existe uma série de variáveis econômicas que determinam e influenciam a
movimentação estratégica dos investimentos internacionais, tais como expectativas,
riscos e incertezas. Estas três variáveis tratam de especulações sobre acontecimentos
futuros, sendo a incerteza uma especulação sobre um acontecimento com
probabilidades desconhecidas, enquanto o risco – objeto de estudo deste trabalho – por
sua vez especula sobre probabilidades conhecidas e esperadas. Riscos estes que
acabam por reafirmar a instabilidade do fluxo deste sistema.
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1. Riscos em Investimentos Estrangeiros

• Por que investir no exterior?

Ao atuar em seu próprio país, uma empresa conta com a vantagem de estar
familiarizada com a cultura, os costumes, as preferências, a legislação e as instituições
da região. O capitalismo prega a competitividade e maximização dos lucros, logo,
juntamente com a tecnologia e a rapidez nas trocas de informação, os negociantes
encontrariam lugares longínquos que os tornariam mais competitivos. O próprio
capitalismo por si só já deixa claro que está em constante expansão e quem quiser
sobreviver deve procurar novos meios de encontrar novos mercados e aproveitar o que
cada região do mundo tem de melhor a oferecer com relação aos mercados.
Como em qualquer outra atividade, quando uma empresa decide operar no mercado
internacional ela o faz porque acredita que existem vantagens que ela tem condições
de conseguir. A oportunidade da empresa se tornar uma EMN (Empresa Multinacional)
é atrativa, pois quando atuando somente no mercado interno a empresa fica refém das
instabilidades que esse mercado, possuidor de exclusividade de seus produtos possam
ter. Alguns dos motivos para a expansão são a busca de novos mercados, com o
objetivo de aumentar as vendas que o comércio doméstico já não suporta; a busca por
recursos, principalmente por fatores de produção mais baratos; busca por
conhecimento especializado, redução de riscos e políticas governamentais de estímulo
ao investimento estrangeiro direto, que visam reduzir o risco-país. A Internacionalização
possibilita uma compensação por períodos de retração no mercado interno. O processo
de se tornar global é difícil, os riscos são altos, mas a possibilidade de se tornar uma
empresa mais competitiva, através da diversificação de mercados faz do processo em
si, uma grande jogada.
Risco, no contexto de comércio internacional, pode ser definido como a
possibilidade que um evento ou ação, afeta a habilidade da organização em atingir seus
objetivos e suas estratégias de negócios. Os principais riscos encontrados pelas EMN
são: Risco-país, Risco comercial Risco intercultural e Risco monetário.
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2. Risco País

O risco país é uma forma de analisar os aspectos internos de um Estado,


levando em conta aspectos políticos, sociais e até mesmo geológicos. Juntamente com
isso vêm fatores econômicos como a taxa de juros e o nível de déficit fiscal que podem
afetar os lucros, ativos, investimentos de uma empresa, entre outros.
Existem empresas especializadas em calcular o risco país, por exemplo, a JP
Morgan, embora esteja longe ser algo exato e mensurável. O índice é calculado como
uma sobretaxa, que se traduz no risco que o investidor estrangeiro está correndo ao
investir no país.
Aspectos como ideologia política de quem está no poder ou quem pode assumir
o poder, greves e problemas sociais, desemprego, garantia de cumprimento das leis
por parte do Estado são alguns fatores que influenciam no risco país.
Um exemplo que se aplica ao Brasil: a transição de poder do governo Fernando
Henrique Cardoso para o governo Lula, que teve uma queda na expectativa de
investimentos no país e receio quanto aos investidores. Essa queda foi devido ao fato
de Lula pertencer ao PT, que historicamente tem tendências de esquerda, mas, uma
vez que o mercado viu que as políticas não mudariam radicalmente, os investimentos
voltaram normalmente.
Um índice ruim do risco país acarreta em uma diminuição de investimento
estrangeiro e consequentemente, um menor crescimento na economia.
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3. Risco Comercial

Dentre a diversidade de riscos que uma empresa pode enfrentar ao


internacionalizar seus negócios, o risco comercial compreende a probabilidade de uma
das partes não honrar seu compromisso em virtude de insolvência ou recusa de
pagamento.
Existe também a possibilidade de não haver demanda suficiente do produto para
gerar receitas e liquidar as obrigações assumidas. Essa característica do risco
comercial é denominada conjuntura econômica e, consequentemente, afeta toda a
segmentação da economia em que atua.
O risco comercial está também relacionado à má gestão, fraudes, sistemas
inadequados, controles internos inexistentes, ineficientes ou ineficazes. São não
apenas consequentes das falhas humanas, mas principalmente da má qualidade dos
controles internos adotados para prevenção e reparação tempestivas destas mesmas
falhas. O nível do risco comercial de operação, como é denominado, é usualmente
ligado à qualidade da gestão ou administração da entidade.
Por fim, o risco comercial quando relacionado à exportação/ importação é
também consequência da não produção ou embarcação da mercadoria.
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4. Risco Intercultural

Cada país tem diferentes costumes, poder aquisitivo, preferências alimentares,


tradições, expressões culturais e religiosas, manifestações sociais, estágio tecnológico
dentre outros, que precisam ser compreendidos e respeitados. Desconhecer ou ignorar
essas diferenças é um risco que pode levar as negociações ao fracasso. Tais fatores
estão inseridos no chamado Risco Cultural, ou Intercultural. Noções sobre o que é ético
ou não; formas de se trabalhar e negociar e facilidade em lidar com estrangeiros são
alguns desses dos fatores de risco que um investidor tem ao entrar em um negócio
onde estão envolvidas pessoas de diferentes nacionalidades.
Para qualquer empresa que queira adentrar no ambiente internacional de
comércio, conhecer bem esses ambientes e saber os melhores meios de introduzir
seus produtos e serviços é fundamental para o sucesso do negócio.
Sendo assim, para obter sucesso nesse tipo de transações comerciais, faz-se
necessário que os profissionais e a própria empresa estudem as particularidades dos
“mercados-alvos”, tornando-se cada vez mais multiculturais, ou seja, habituados a uma
grande quantidade de culturas diferentes da sua própria.
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5. Risco monetário

O risco monetário diz respeito à todo e qualquer risco que considera as


variações cambiais e relação entre as moedas. A movimentação internacional de
capital se dá em resposta às diferentes taxas de rentabilidade e juros. No caso do
risco monetário, a especulação sobre futuro que resulta em expectativas, riscos e
incertezas tem sua maior relevância sobre as taxas de juros e câmbio.
Por exemplo, para um investidor considerado doméstico (aquele que investe na
própria economia interna), o indicador utilizado é o de taxas de juros real, enquanto
que para um investidor estrangeiro, a taxa de juros relevante é a taxa de juros
nominal corrigida pela variação da taxa de câmbio.
Dentro dos cenários possíveis de risco monetário, o investidor pode se esperar
duas consequências, sendo uma em relação à evolução futura da taxa de juro
nominal e outra em relação ao comportamento da taxa de câmbio.
O risco monetário, que juntamente com a crise da década de 1970, provocou a
ruptura do sistema de Bretton Woods teve como consequência a liberalização do
movimento internacional, resulta na opção dos governos por adotar uma política
monetária restritiva. Dessa forma, países desenvolvidos puderam conter a inflação
nos anos 80 e estimular o deslocamento de capitais da esfera produtiva para a
financeira.
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Conclusão

Para se comercializar no âmbito internacional existem mais variáveis em


comparação com o mercado doméstico, logo, existem mais riscos.

Como tendência do capitalismo e busca por maior competitividade, o investidor


procura mercados, mão-de-obra, matéria prima e novas tecnologias em diversos países
com o intuito de fazer a melhor combinação que lhe possa garantir lucros.

Quanto maior o risco, maior pode ser o retorno, porém o que o mercado busca é
certa estabilidade econômica e política no Estado a ser investido, mas sempre com
algum arrojamento e a tentativa de ser pioneiro. Utiliza-se então, de análises como o
risco país, a fim de ter um mínimo de segurança.

O equilíbrio entre o risco e certa garantia por parte do Estado, pode ser a chave
para a opção de se investir ou não em um determinado país.
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Bibliografia

CONFIANÇA EM UM CENÁRIO DE RISCOS. A visão de empresas e investidores


sobre um mercado em profundas mudanças.Brasil

BAUMANN, R.; CANUTO, O.; GONÇALVES, R. Economia Internacional. Rio de


Janeiro: Elsivier/Campus, 2004.

KEEGAN, Warren J. Marketing global. São Paulo: Prentice Hall, 2005

KRUGMAN, P. R.; OBSTFELD, M. Economia Internacional: Teoria e Política. São


Paulo: Pearson Addison Wesley, 2005.
LOPEZ, José Manoel Cortinas. Exportação brasileira: a real participação das
empresas. São Paulo: Lex Editora: Aduaneiras, 2005.
KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento,
implementação e controle. Tradução de Ailton Bonfim Brandão. São Paulo: Atlas,
1996.

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