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ISSN 1984-9354
2 - OBJETIVO DO ESTUDO
OBJETIVO GERAL
OBJETIVO ESPECIFICO
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VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Energia, Inovação, Tecnologia e Complexidade para a Gestão Sustentável
Niterói, RJ, Brasil, 5, 6 e 7 de agosto de 2010
3 . METODOLOGIA
Como estratégia metodológica, a presente pesquisa adota o estudo de caso, estando
circunscrita no detalhamento da realidade de órgão público específico – a Fundação Oswaldo
Cruz (FIOCRUZ), instituição definida como amostra dentro do universo constituído pelas
organizações públicas que compõem o Poder Executivo Federal.
Considerando o critério de classificação proposto por Vergara (2000), quanto aos fins
a pesquisa caracteriza-se como exploratória, pois é realizada em área na qual há pouco
conhecimento sistematizado, haja vista ser fato recente a decretação do Sistema Integrado de
Saúde Ocupacional do Servidor Público (SISOSP) no âmbito do Executivo Federal (Decreto
no 5.961 de 13 de novembro de 2006). Também se revela como descritiva ao expor as
características dos riscos no ambiente de saúde em instituição que alia, em função de sua
missão, as atividades de pesquisa biológica, assistência médica, produção, ensino e
informação científica.
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Niterói, RJ, Brasil, 5, 6 e 7 de agosto de 2010
Administraçã com manuseio de papéis, documentos, acondicionados em pastas, caixas e/ou depositados
o de Serviços em estantes e com manuseio de material biológico como: sangue urina, líquido e outras
L3
de Saúde e secreções para exame e atendimento ambulatorial em contato direto com pacientes
Laboratórios portadores de doenças infecto-contagiosas.
Atividades
de Pesquisa e
em nível de bancada de pesquisa e/ou desenvolvimento, utilizando microorganismos
desenvolvim
comprovadamente infecto-contagiosos e manipulando substâncias químicas
L5 ento
carcinogênicas, hepatotóxica, corrosiva, inflamável, explosiva e neurotoxina e substâncias
tecnológico
radioativas H3T e ou I125 e ou P32 e ou S35.
em
laboratório
Atividades
de
montagem, desmontagem, operação e conservação de medidores, relê, chaves, disjuntores,
Manutenção
L7 cabo de força, ferramentas, baterias, corredores, e instalações de equipamentos eletrônicos,
- engenheiro
eletromecânicos e eletro-eletrônicos nas oficinas, laboratórios e/ou hospitais.
e técnico em
eletrotécnica
Atividades
tratamento odontológico com atendimento aos pacientes e seus dependentes da
L8 Odontológica
comunidade local, executando trabalho com exposição a Raios X.
s
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VIGILÂNCIA E
trabalho em bancada de laboratório com análises químicas de alimentos, medicamentos e
PRODUÇÃO
vacinas. Desenvolvendo e/ou fabricando medicamentos ou vacinas, com manipulação e
L11 EM
manuseio de substância química e/ou matéria prima (princípio ativo, insumos), fazendo
LABORATÓRI
parte da linha de produção.
O
Atividades
de Operação
L12 em postos de operações em postos de serviço e bombas de abastecimento de combustíveis.
Abasteciment
o-Frentista
ATIVIDADES
ENVOLVENDO
L13 troca de óleo, revisão, manutenção elétrica das viaturas e troca de baterias.
MECÂNICA DE
AUTOS
ATIVIDADE
DE
atividades típicas de carpintaria e marcenaria, operação de máquinas (Serra circular e
L14 CARPINTARIA
Tupia), fabricação de peças, mobiliário, conserto e envernizamento de móveis.
E
MARCENARIA
ATIVIDADE
DE
OPERAÇÃO trabalhos executados com exposição a Raios X para fins diagnósticos dos pacientes
L15
DE (adultos e crianças).
APARELHOS
DE RAIOS X
ATIVIDADE
DE
ARMAZENAM
ENTO DE
MATERIAL DE recebimento, armazenamento, controle, acondicionamento e distribuição de material de
L16 ESCRITÓRIO E escritório, consumo, limpeza, higiene e manuseio direto com substâncias químicas: matéria
DE prima (princípio ativo, insumo).
SUBSTÂNCIAS
QUÍMICAS.
ALMOXARIFA
DO
GESTÃO DE
inspeção, manuseio, retenção, deposição, acondicionamento, armazenamento e liberação
REJEITOS
dos rejeitos químicos (líquidos e sólidos), reciclagem de resíduos sólidos e/ou coleta
L18 QUÍMICOS
seletiva (papel, plástico e carcaça de animais contaminados) que foram utilizados nas
(LÍQUIDOS E
pesquisas da Instituição.
SÓLIDOS)
ANÁLISE,
INVESTIGAÇÃ trabalho em bancada de laboratório para análise, investigação ou diagnóstico de doenças,
OE utilizando animais de laboratórios e/ou silvestres, manipulando substâncias químicas ou
L19 DIAGNÓSTICO materiais biológicos (sangue, fezes, urina, secreções) de pacientes com patologia
S comprovadamente infecto-contagiosas e/ou fabricando, analisando, devolvendo tipos de
LABORATORI medicamentos e/ou vacinas utilizando microorganismos patogênicos.
AIS
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Processament
o final de atividades executadas na área de processamento final de medicamento e/ou vacinas
L22
medicamento bacterianas e/ou virais, com manipulação de substâncias químicas.
e/ou vacinas
Gestão de
Projetos e de Gestão de Projetos e de Recursos Humanos, atividades técnico-administrativas realizadas
L28
Recursos em escritórios localizados em ambientes fechados com ventilação mecânica.
Humanos
L29 TRANSPORTE dirigir viaturas transportando trabalhadores da instituição em missões externas aos campi.
DE VIATURAS
Atividades
envolvendo
administraçã atividades administrativas com manuseio de papéis, realizadas em ambiente fechado com
L30
o com ar condicionado. Disponível para atividades didáticas e de pesquisa de campo.
manuseio de
papéis
ATIVIDADES
ADMINISTRAT administrativas informatizadas com manuseio de arquivo de papéis e documentos,
L31
IVAS acondicionados em pastas e caixas depositadas em estantes.
(TERAPEUTA
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OCUPACIONA
L,
ODONTÓLOG
O,
ARQUIVISTA)
FISIOTERAPE
UTA, triagem de pacientes, visitas domiciliares e hospitalares com finalidade de restaurar
L32
FONOAUDIÓL desenvolver e conservar a capacidade física do paciente.
OGO
Atividade
envolvendo atividade ambulatorial em contato direto com pacientes portadores de doenças infecto-
L33
Assistência contagiosas
Ambulatorial
ATIVIDADES
ENVOLVENDO
A AVALIAÇÃO
avaliação de risco de laboratório de pesquisa biológica para determinação dos níveis de
DE NÍVEIS DE
L34 biossegurança. Elaboração dos planos de radio-proteção dos laboratórios dos campi da
BIOSSEGURAN
FIOCRUZ, com avaliação local.
ÇA EM
LABORATÓRI
OS
Atividades
de inspeção sanitária em laboratório, recebendo, manipulando, fracionando, cadastrando,
envolvendo
distribuindo e coletando amostras para encaminhamento aos laboratórios de:
L35 Inspeção
medicamentos, alimentos, sangue e hemoderivados, vacinas virais e bacterianas, soros
Sanitária em
antipeçonhentos, inseticidas, cosméticos.
laboratório
4. ESTUDO DE CASO
4.1 - CONHECENDO ALGUMAS UNIDADES DA FIOCRUZ
BIO-MANGUINHOS (INSTITUTO DE TECNOLOGIA EM IMUNOBIOLÓGICOS)
No contexto desta Unidade, (Gráfico 1), observa-se uma alta prevalência de servidores
enquadrados no Laudo 19 (deste ponto em diante, L para Laudo), no qual predominam os
riscos biológicos e químicos, além dos riscos de acidentes presentes nos outros laudos.
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Gráfico 01 – Distribuição dos servidores por tipo de laudo na Unidade Bio-Manguinhos nos anos de 2002, 2005
e 2007
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L1 ASSISTENTE /TECNICO C&T -
0 ADMINISTRATI
TÉCNICO
4 VO
L11
5 VIGILÂNCIA E PRODUÇÃO EM
0 9 PESQUISADOR/TECNOLOGISTA/TECNICO
LABORATÓRIO
C&T
L16 -
4 ADMINISTRATIVO/TECNICO/TECNOLOGISTA/A
ASSISTENTE
C&T -
NALISTA
0 L19
ALMOXARIFADO
ANÁLISE
TÉCNICO/PESQUISADOR/TECNOLOGISTA
3 2 LABORATORIAIS
9 C&TTÉCNICO/TECNOLOGISTA
L22 - C&T -
0 2 INSU
PRODUÇÃO DE
4 MO
2 1 L25 TECNOLOGISTA C&T - SERVIÇO DE
SAÚD
ATENÇÃO À
0 1 1 8 E
4 4 1 L30
1 PESQUISA/PESQUISADOR/TECNOLOGISTA/
1 8 8 ANALISTA/ASSISTENTE DE
5 6 5 6
1 0 7 C&
MEDICO
0 3 3 3 L5
T TECNICO/PESQUISADOR E
1 1 1 1 1 PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
TECNOLOGISTA C&T -
0 LABORATÓR
TECNOLÓGICO EM
S/N SEM
IO
200 200 200
LAUDO
2 5 7
Gráfico 02 – Distribuição dos servidores por tipo de laudo na Unidade Far-Manguinhos nos anos de 2002, 2005
e 2007
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L 10 TE C NO L O G IS TA C &T - P S IC O L O G O
S /N S E M L A UDO
G ráfic o 19 - Dis trib u iç ão d os s ervid ores p or tip os d e lau d o n a u n id ad e IF F n os an os 2002, 2005 e 2007
Gráfico 03 – Distribuição dos servidores por tipo de laudo na Unidade Instituto Fernandes Figueira (IFF) nos
anos de 2002, 2005 e 2007
Gráfico 04 – Distribuição dos servidores por tipo de laudo na Unidade Diretoria de Recursos
Humanos (DIREH) nos anos de 2002, 2005 e 2007
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L 10 TE C NO L O G IS TA C &T - P S IC O L O G O
225
L 11 P E S QUIS A DO R /TE C NO L O G IS TA /TE C NIC O C &T - V IG IL Â NC IA E P R O DUÇ Ã O E M
L A B O R A TÓ R IO
L 14 A S S IS TE NTE A DMINIS TR A TIV O /TE C NIC O C &T - C A R P INTE IR O
200
L 15 TE C NIC O /ME DIC O /TE C NO L O G IS TA C &T - MÉ DIC O E TÉ C NIC O DE R A IO X
L 9 TE C NO L O G IS TA C &T - A S S IS TE NTE S O C IA L
G ráfic o 11 - Dis tribuiç ão dos s ervidores por tipos de laudo na unidade E NS P nos anos 2002, 2005 e 2007
S /N S E M L A UDO
Gráfico 5– Distribuição dos servidores por tipo de laudo na Unidade Escola Nacional de Saúde
Pública Sérgio Arouca (ENSP) nos anos de 2002, 2005 e 2007
12
11
0
4 L1 ASSISTENTE /TECNICO C&T -
10 ADMINISTRAT
TÉCNICO
10 9 2 IVO
L11
0 8 VIGILÂNCIA E PRODUÇÃO EM
PESQUISADOR/TECNOLOGISTA/TECNICO
LABORATÓRIO
L16 -
C&T
ADMINISTRATIVO/TECNICO/TECNOLOGIST
ASSISTENTE
8 TA C&T -
A/ANALIS
L18 TECNOLOGISTA/TECNICO C&T -
0 ALMOXARIFADO
REJEITO DE
GESTÃO
QUÍMICO
L19
6 ANÁLISE
TÉCNICO/PESQUISADOR/TECNOLOGISTA
0 LABORATORIAIS
L20
C&T ASSISTENTE
-
PINTO
ADMINISTRATIVO/TECNICO C&T -
R
L21
4 VIGILÂNCIA EM
0 TÉCNICO/TECNOLOGISTA/PESQUISADOR
2 SAÚDE
L22
C&T TÉCNICO/TECNOLOGISTA
- C&T -
2 2 9 2 INSU
2 5 2 PRODUÇÃO DE
2 1 4 4 MO
1 1 0 L23 TÉCNICO/TECNOLOGISTA C&T -
9 1 ATENÇÃO À
0 SERVIÇO DE
2 7 4 7 SAÚDE
1 2 2 3 1 1 1 1 2 2 4
1 1 2 1 3 5 1 1 5 L25 TECNOLOGISTA C&T - SERVIÇO DE
SAÚD
0 ATENÇÃO À
E TECNICO/TECNOLOGISTA C&T -
L27
200 200 200 SAÚD
2 5 7 VIGILÂNCIA EM
EL30
PESQUISA/PESQUISADOR/TECNOLOGISTA/
ANALISTA/ASSISTENTE
C&
MEDICO
DE TÉCNICO/TECNOLOGISTA C&T -
TL7
TÉCNICO EM E
ENGENHEIRO
ELETROTÉCNICA
S/N SEM
LAUDO
Gráfico 6 – Distribuição dos servidores por tipo de laudo na Unidade Instituto Nacional de Controle
de Qualidade em Saúde (INCQS) nos anos de 2002, 2005 e 2007
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60
L1 ASSISTENTE /TECNICO C&T - TÉCNICO
ADMINISTRATIVO
52
50 L16 ASSISTENTE
ADMINISTRATIVO/TECNICO/TECNOLOGISTA/ANALISTA
ALMOXARIFAD
C&T -
O
40 L19 TÉCNICO/PESQUISADOR/TECNOLOGISTA C&T -
LABORATORIAI
ANÁLISE
S
L30 ANALISTA/ASSISTENTE
PESQUISA/PESQUISADOR/TECNOLOGISTA/MEDICO
DE
10 8 C&T
7
5 6 6 5 6 5
2
1 1
0
2002 2005 2007
Gráfico 7 – Distribuição dos servidores por tipo de laudo na Unidade Centro de Criação de Animais
de Laboratório (CECAL) nos anos de 2002, 2005 e 2007
6-CONCLUSÃO
Dada a natureza das atividades da FIOCRUZ, foi demonstrado que seus servidores estão
expostos de modo importante e com alta prevalência a riscos químicos, físicos e biológicos,
ergonômicos e de acidentes, de acordo com suas atividades e a partir da elaboração dos laudos
pela CST.
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7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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nome da Rosa, 2005.
FRANCO T.; DRUCK G. Padrões de industrialização, riscos e meio ambiente. Cienc. Saúde
Coletiva, v.3. n.2, Rio de Janeiro, 1998.
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GRAÇA L. Europa: Uma Tradição Histórica de Proteção Social dos Trabalhadores. II Parte:
O Nascimento da Medicina do Trabalho, 2000.
LAURELL, A C. A saúde-doença como processo social. In: NUNES, E.D. (org.) Medicina
Social. São Paulo: Global, p.133-158.
_____. Relatório de Insalubridade no setor Público: uma questão política, técnica e social.
ODDONE, I. et al. Ambiente de trabalho: A luta dos trabalhadores pela saúde. São Paulo:
Hucitec, 1986.
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