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O computador no qual você está lendo esta página utiliza um microprocessador para fazer este
trabalho. O microprocessador é o coração de qualquer computador normal, seja um computador de
mesa, seja um servidor, seja um laptop. Possivelmente a marca do seu processador é Intel ou AMD, e o
tipo, Atom, Core 2 Duo, Celeron, Phenon, Turyon ou Athlon. Todos fazem praticamente a mesma coisa
de maneira bastante semelhante.
Um microprocessador (também conhecido como CPU ou unidade central de
processamento) é uma máquina completa de computação embutida em um
único chip. O primeiro microprocessador foi o Intel 4004, lançado em 1971. O
i4004 não era muito poderoso, já que ele só podia somar e subtrair 4 bits por
vez. Mesmo assim, era incrível ver tudo isso em um único chip naquela época.
Antes do 4004, os engenheiros construíram computadores com vários chips
(transistores ligados um a um). O 4004 foi utilizado em uma das primeiras
calculadoras eletrônicas portáteis (que, na verdade eram um trambolhão).
Chip 4004, o primeiro
Você já se perguntou o que o microprocessador do seu computador faz? Você processador do
sabe as diferenças entre os tipos de microprocessadores? Neste artigo, vai mundo, criado pela
compreender como as técnicas simples de lógica digital permitem que o Intel
computador realize o seu trabalho, seja jogando, seja verificando a ortografia
de um documento.
Fundada em 1968 pelos norte-americanos Gordon Moore e Robert Noyce, a Intel (sigla de Integrated
Electronics) começou fabricando memórias para computadores de grande porte antes de entrar no
mercado de microprocessadores (o primeiro processador Intel foi feito para calaculadoras digitais da
Texas Instruments). Quarenta anos depois, a empresa domina o mercado, produzindo processadores
específicos para notebooks e desktops. Para notebooks, a Intel produz as linhas Core2 Duo e Core2
Solo, que têm dois núcleos de processamento e baixo consumo de energia graças à tecnologia de
fabricação de 65 nm (nanometros) e 45 nm, e Core Solo e Core Duo, processador com um único núcleo
fabricado em 65 nm.
Criada em 1969 para atender às necessidades da Intel – produzir chip de memória para a empresa de
Mooore e Noyce – a Advanced Micro Device resolveu fabricar sua própria linha de produtos e concorrer
com o ex-cliente. Apesar de estar mais centrada na produção de processadores para desktops, a
empresa também tem suas linhas para notebooks, fabricadas com tecnologias de 65 nm (Turion X2 Ultra
e Mobile Sempron) e 90 nm (Turion64 X2).
Recentemente, os processadores Intel ganharam uma nova família, a Core i7, baseada na arquitetura
Nehalem, com novo desenho interno do processador e fabricação de 45 nm. O que coloca o i7 no topo
da cadeia dos processadores é a quantidade de transistores existentes em uma microárea de 263
nanometros quadrados – são 731 milhões. Para se ter uma idéia, o top de linha da AMD, o Phenom, tem
463 milhões de transistores em uma área de 283 nanometros quadrados. Com tudo isso de transistor
nesse espaço minúsculo, os i7 são poderosos e podem simular até 8 núcleos ao mesmo tempo – o
dobro do número real.
A tabela a seguir vai ajudar você a entender as diferenças entre os processadores que a Intel lançou
nos últimos anos.
Velocidade Largura
Nome Data Transistores Mícrons MIPS
do clock de dados
16 bits
8088 1979 29.000 3 5 MHz 0,33
8 bits
32 bits
Pentium 1993 3.100.000 0,8 60 MHz 100
64 bits
32 bits
Pentium II 1997 7.500.000 0,35 233 MHz 300
64 bits
32 bits
Pentium III 1999 9.500.000 0,25 450 MHz 510
64 bits
32 bits
Pentium 4 2000 42.000.000 0,18 1,5 GHz 1,700
64 bits
Pentium 4 32 bits
2004 125.000.000 0,09 3,6 GHz 7,000
"Prescott" 64 bits
2,8 GHz
Pentium D 2005 230.000.000 90nm 32 bits
3,2 GHz
1,33
Core2 2006 152.000.000 65nm 32 bits 26,000
2,33 GHz
2,66 GHz
Core i7 2008 731.000.000 45nm 64 bits 76,000
3,2 GHz
A data é o ano em que o processador foi lançado. Muitos processadores são relançados com
maiores velocidades de clock anos depois do lançamento original.
Transistores é o número de transístores no chip. Nos últimos anos, o número de transistores
em um chip cresceu bastante.
Mícrons é a largura, em mícrons, do menor fio do chip. Para você ter uma idéia, o fio de
cabelo humano tem a espessura de 100 mícrons. Os chips diminuem de tamanho e o número
de transistores aumenta.
Velocidade do clock é a taxa máxima do clock do chip. A velocidade do clock será explicada
na próxima seção.
Largura de dados é a largura da Unidade Lógico-Aritmética (ALU). Uma ALU de 8 bits pode
somar/subtrair/multiplicar/etc dois números de 8 bits. Uma ALU de 32-bit pode manipular
números de 32 bits. Uma ALU de 8 bits teria que executar quatro instruções para somar dois
números de 32 bits, enquanto que uma ALU de 32 bits precisa de apenas uma instrução. Em
muitos casos, o barramento externo de dados é da mesma largura que a ALU. O 8088 tinha
uma ALU de 16 bits e um barramento de 8 bits. Os cips mais recentes buscam dados de 64
bits de uma vez para as suas ALUs de 32 bits.
A partir dessa tabela, você pode perceber que existe uma relação entre a velocidade do clock e o MIPS.
A velocidade máxima do clock é uma função do processo de fabricação e dos atrasos internos. Também
existe uma relação entre o número de transistores e o MIPS. Por exemplo, o 8088 tinha um clock de 5
MHz, mas tinha MIPS de 0,33 (cerca de uma instrução para cada 15 ciclos do clock). Os processadores
modernos executam milhões instruções por ciclo. Essa melhoria está diretamente relacionada ao
número de transistores no chip. Vamos falar sobre isso na próxima seção.
A lógica do microprocessador
O microprocessador pode fazer coisas muito complicadas, mas as três atividades citadas acima são as
suas principais ações. O diagrama a seguir mostra um microprocessador extremamente simples que é
capaz de fazer estas três coisas:
Vamos supor que os barramentos de endereços e de dados tenham 8 bits neste exemplo. Os
componentes deste microprocessador simples são:
os registradores A, B e C são simples latches simples formados de flip-flops (para obter mais
informações, consulte a seção sobre "latches disparados por borda", em Como funciona a
lógica booleana;
o latch de endereços é igual aos registradores A, B e C;
o contador do programa é um latch com as habilidades extras de incrementar de 1, quando
solicitado e de ser zerado, quando solicitado;
a ALU pode ser um simples somador de 8 bits (para obter mais informações, consulte a seção
sobre somadores em Como funciona a lógica booleana) ou pode somar, subtrair, multiplicar e
dividir valores de 8 bits. Vamos supor que ela faça parte do segundo grupo;
oregistrador de teste é um latch especial que armazena valores das comparações realizadas
na ALU. A ALU pode comparar dois números e determinar se eles são iguais ou se um é maior
do que o outro. O registrador de teste também pode armazenar um bit de carry (carry-out) do
último estágio do somador. Ele armazena esses valores em flip-flops e o decodificador de
instruções pode usar os valores para tomar decisões;
existem seis caixas no diagrama com a indicação "3-state". Estes são os buffers tri-state.
Um buffer tri-state pode deixar passar 1, 0 ou pode se desconectar da saída (imagine uma
chave que se desconecta totalmente da linha de saída). Um buffer tri-state permite múltiplas
saídas conectadas a um fio, mas somente uma delas leva 1 ou 0 para a linha;
o registrador de instrução e o decodificador de instrução são responsáveis pelo controle de
todos os outros componentes.
Dentro do decodificador de instruções entram os bits do registrador de teste e do sinal de clock line,
além dos bits do registrador de instruções.
A memória do microprocessador
Na página anterior falamos sobre endereçamentos e barramentos de dados, assim como as linhas RD e
WR. Esses barramentos e linhas se conectam com as memórias RAM e ROM. No nosso
microprocessador de exemplo, nós temos um barramento de endereços de 8 bits e um barramento de
dados de 8 bits. Isso significa que o microprocessador pode endereçar (28) 256 bytes de memória e ler
ou escrever 8 bits da memória por vez. Vamos supor que este microprocessador simples tenha 128
bytes de ROM que começa no endereço 0 e 128 bytes de RAM que começa no endereço 128.
Memória ROM
ROM significa memória apenas para leitura (read-only memory). Um chip ROM é programado com uma
coleção permanente de bytes pré-definidos. O barramento de endereçamento diz ao chip ROM qual byte
pegar e colocar no barramento da dados. Quando a linha RD muda o estado, o chip ROM apresenta o
byte selecionado ao barramento de dados.
RAM significa memória de acesso aleatório (random access memory). A
memória RAM contém bytes de informação e o microprocessador pode
ler ou escrever nestes bytes, dependendo da linha de comando
utilizada: RD ou WR. Um dos problemas dos chips RAM é que eles
esquecem tudo uma vez que a energia é desligada. É por isso que o
computador precisa de ROM.
Todos os computadores têm alguma memória ROM, e é possível criar
um computador simples que não tenha memória RAM. Muitos
microcontroladores fazem isso, colocando um pouco de memória RAM
Memória RAM
no próprio chip do processador. Porém, é impossível criar um
computador que não tenha memória ROM. Em um PC, a memória ROM é conhecida como BIOS
(sistema básico de entrada/saída). Quando um microprocessador começa a funcionar, ele executa
primeiro as instruções contidas na BIOS. As instruções da BIOS realizam testes no hardware e depois
vão para o disco rígido para buscar o boot sector (para obter mais informações, consulte Como
funcionam os discos rígidos). O boot sector é outro pequeno programa e a BIOS o armazena na RAM
depois de lê-lo no disco. O microprocessador então começa a executar as instruções do boot sector a
partir da memória RAM. O programa de boot sector manda o microprocessador copiar algo mais do
disco rígido para a memória RAM, que o microprocessador executa posteriormente. Esta é a maneira
pela qual o microprocessador carrega e executa todo o sistema operacional.
As instruções do microprocessador
Mesmo o mais simples dos microprocessadores pode executar uma grande variedade de instruções. As
instruções são implementadas como padrões binários; cada uma delas significa algo diferente quando
são carregadas pelo registrador de instruções. Como pessoas não são tão boas em lembrar padrões
binários, um conjunto de pequenas palavras foi definido para representar os diferentes padrões binários.
Esta coleção de palavras é conhecida como a linguagem assembly do processador. Um assembler
(montador) pode traduzir as palavras para o seu padrão binário e a informação de saída do assembler é
alocada na memória para ser executada pelo microprocessador.
Aqui está uma série de instruções assembly que um projetista poderia criar para este microprocessador
simples:
a=1;
f=1;
while (a <= 5)
{
f = f * a;
a = a + 1;
}
Memória ROM
Agora vem a pergunta: "Como essas instruções vão ser exibidas na ROM?" Cada uma dessas
instruções de linguagem assembly tem de ser representadas por um número binário. Para simplificar as
coisas, vamos supor que cada instrução de linguagem assembly equivale a um único número:
LOADA - 1
LOADB - 2
CONB - 3
SAVEB - 4
SAVEC mem - 5
ADD - 6
SUB - 7
MUL - 8
DIV - 9
COM - 10
JUMP addr - 11
JEQ addr - 12
JNEQ addr - 13
JG addr - 14
JGE addr - 15
JL addr - 16
JLE addr - 17
STOP - 18
Esses números são conhecidos como opcodes (códigos de operação). Na ROM, nosso pequeno
programa estaria assim:
Como você pode ver, sete linhas de código em C se transformaram em 18 linhas de linguagem
assembly e isso se transforma em 32 bytes na ROM.
Decodificação
O decodificador de instrução precisa transformar cada um dos opcodes em um conjunto de sinais que
guiam os diferentes componentes dentro do microprocessador. Vamos pegar a instrução ADD como
exemplo e ver o que ela precisa fazer.
1. Durante o primeiro ciclo do clock, nós precisamos carregar a instrução; depois, o decodificador de
instrução precisa:
2. Durante o segundo ciclo do clock, a instrução ADD é decodificada. Não é necessário muito
trabalho:
3. Durante o terceiro ciclo de clock, o contador de programa é incrementado (em teoria, esse
processo poderia estar acontecendo ao mesmo tempo que o segundo ciclo).
Cada instrução pode ser separada em um conjunto de operações em seqüência, como essas. Elas
manipulam os componentes do microprocessador na ordem adequada. Algumas instruções, como a
ADD, podem levar dois ou três ciclos de clock, outras podem durar cinco ou seis ciclos de clock.
Processador de 64 bits
Uma das razões pela qual o mundo precisa de processadores de 64 bits é o seu grande espaço de
endereçamentos. O limite máximo de acesso à memória RAM em processadores de 32 bits é de 2 ou
4 GB. Parece ser bastante, já que a maioria dos computadores domésticos usa de 512 MB a 1 GB de
memória RAM. Entretanto, um limite de 4 GB pode ser um grave problema para servidores e máquinas
que gerenciam grandes bancos de dados. Em breve, até os computadores caseiros vão precisar de
mais memória do que 2GB ou 4 GB. Um chip de 64 bits não tem restrições pelo fato de um
endereçamento de espaço de memória RAM em 64 bits ser praticamente infinito para um futuro próximo.
2 elevado a 64 bytes de RAM é algo em torno de 1 bilhão de gigabytes de RAM.
Com um barramento de endereçamento e um barramento de dados em alta velocidade operando em
placas-mãe de 64 bits, as máquinas também terão maior velocidade de entrada/saída e isso vai
acelerar os discos rígidos e as placas de vídeo. Estes recursos vão aumentar drasticamente a
performance dos computadores.
Os servidores certamente serão beneficiados com os 64 bits, mas e os usuários comuns? As pessoas
que trabalham com edição de vídeos e com grandes imagens serão beneficiadas por este tipo de
computador. Os jogos modernos também irão melhorar, desde que sejam recodificados para tirar
proveito dos recursos de 64 bits; mas o usuário comum que lê e-mails, navega na Internet e edita
documentos de texto não precisa realmente deste tipo de processador.
Para obter mais informações sobre microprocessadores e assuntos relacionados, verifique os links na
próxima página.
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