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27 – ADVOCACIA
27.1 – NOÇÕES GERAIS
O advogado, integrante da categoria dos juristas, tem, perante a
sociedade, a sua função específica de promover a observância da ordem
jurídica e o acesso dos seus clientes à ordem jurídica justa.
A Constituição de 1988 deu, pela primeira vez, estatura
constitucional à advocacia, institucionalizando-a no Cap. IV de seu Título IV
(denominado "da organização dos Poderes"), entre as "funções essenciais à
Justiça", ao lado do Ministério Público e da Advocacia-Geral da União. Assim,
a seção III desse capítulo trata "da Advocacia e da Defensoria Pública",
prescrevendo, no art. 133: "O advogado é indispensável à administração da
justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da
profissão, nos limites da lei".
A indispensabilidade do advogado à administração da justiça
também é reafirmado pelo art. 2º da Lei 8.906, de 4 de julho de 1994 - Estatuto
da Advocacia.
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OBS: Ante o ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade relativa a
vários dispositivos da Lei nº 8.906/94, tem-se que o Supremo Tribunal Federal
suspendeu liminarmente a eficácia do artigo que prescreve a obrigatoriedade do
advogado perante os juizados especiais, vislumbrando na prescrição legal
ofensa ao princípio constitucional de amplo acesso à justiça.
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constitucional ao lado do Ministério Público e da Advocacia-Geral da União
(Tít. IV, Cap. IV, arts. 127 ss.).
As Defensorias são essenciais, a teor do disposto no art. 134 da
Constituição, perante todos os juízos e tribunais do país. Daí tanto União como
os Estados deverão estruturar as suas respectivas defensorias.
Advocacia-Geral da União:
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27.4 – NATUREZA JURÍDICA DA ADVOCACIA
Exceções:
a) processos de habeas corpus (CPP, art. 654 e art. 1º, § 1º, Est).
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interesses do necessitado é a própria Instituição e não cada um de
seus integrantes. Daí a dispensa de outorga de poderes. Mas
quando a indicação recai sobre advogado no exercício de
profissão liberal, ao provimento há de seguir-se a outorga do
mandato ad judicia.
PROCURAÇÕES:
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27.5 – ABRANGÊNCIA DA ATIVIDADE DE ADVOCACIA E
HONORÁRIOS
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27.6 – DIREITOS E DEVERES DO ADVOGADO
DEVERES DO ADVOGADO:
a) intitulados como “Da Ética do Advogado” (arts. 31 a 33);
b) o art. 33 faz remissão expressa à obrigatoriedade de se
cumprirem rigorosamente os deveres consignados no
Código de Ética e Disciplina;
c) São deveres do advogado:
1) proceder de forma que o torne merecedor de respeito
e que contribua para o prestígio da classe e da
advocacia;
2) manter a independência em qualquer circunstância, no
exercício da profissão;
3) não deter-se, no exercício da profissão, pelo receio de
desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade,
nem de incorrer em impopularidade;
4) responsabilizar-se pelos atos que, no exercício
profissional, praticar com dolo ou culpa, sendo
solidariamente responsável com seu cliente em caso
de lide temerária, desde que com ele coligado para
lesar a parte contrária, o que será apurado em
processo específico;
5) obrigar-se a cumprir rigorosamente os deveres
consignados no Código de Ética e Disciplina (arts. 31,
32 e 33).
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CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA: regula os deveres do advogado para
com a comunidade, o cliente, o outro profissional, e, ainda, a publicidade, a
recusa do patrocínio, o dever de assistência jurídica, o dever geral de
urbanidade e os respectivos procedimentos disciplinares.
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domiciliar. A prisão em flagrante, com as cautelas acima descritas, só pode
dar-se em caso de crime inafiançável (§ 3,1 do art. 711).
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personalidade jurídica própria, são criadas pelos Conselhos
Seccionais que contarem com mais de mil e quinhentos inscritos
(§§ 1º ao 5º do art. 45).
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c) da chamada capacitação profissional, que inclui as condições
especiais exigidas para o desempenho da profissão, em acréscimo
à formação universitária adequada.
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