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O PAPEL DA PACIÊNCIA NA NOSSA VIDA


(UM FRUTO DO ESPÍRITO)

Vítor Quinta
Fevereiro de 2007

Quando olhamos à nossa volta vemos muitas coisas que nos podem irritar ou aborrecer.
Tal pode suceder no seio da nossa família, no nosso trabalho ou mesmo entre amigos.
Quando tal sucede, o homem tem a tendência carnal de se irritar com o seu semelhante,
não o desculpabilizando, chegando até a cortar relações de amizade de muitos anos.

Todos temos tendência a ver o cisco no olho do nosso próximo, sem vermos a trave que
está no nosso. Tais atitudes são fruto da nossa incompreensão acerca do sentimento ou
do pensamento alheios, ou mesmo intolerância para com aqueles que não pensam ou
agem como nós.

Tudo isto vem a propósito de termos ou não a capacidade de cultivar um dos dons
espirituais que O Senhor YHWH propõe que cada filho Seu adquira na sua vida – a
paciência.

A verdadeira paciência é a que se traduz num grau de elevada espiritualidade e que leva
o filho de Deus a saber encontrar um equilíbrio tal que lhe permite encarar as coisas desta
vida como elas verdadeiramente são: passageiras.

O filho de Deus ora insistentemente Áquele que pode transformar o seu coração, limando
as arestas vivas que ainda ali se encontram, de forma a que a sua vida possa ser cada
vez mais santificada Nele e nos Seus preceitos de vida – a Sua Lei/Torá. No processo de
santificação, sem a qual o crente não poderá um dia ver a Deus (Hebreus 12:14), o crente
vai adquirindo, cada dia, uma maior presença do Espírito Santo e uma mais profunda
compreensão do sentido desta vida. E é esse mesmo Espírito que o capacita para coisas
mais excelentes e o prepara para o Reino de Deus, a vida eterna.
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Através de uma presença viva do Espírito Santo em nós, a paciência dá-nos o


entendimento para a justa medida das coisas deste mundo, i.e. para a medida das suas
imperfeições e injustiças e, a par da fé e obediência, leva-nos a suportá-las, a sofrê-las,
sabendo que almejamos alcançar uma condição mais excelente que a que hoje
possuímos, ainda que, agora, não a possamos compreender em toda a sua dimensão
futura:

1.João 3:2 –“ Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é


manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se
manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos”.

Esta semelhança futura com O Filho do Homem, O Rei Eterno, em toda a Sua glória, dá-
nos o alento necessário a sabermos esperar, i.e. a termos paciência, e capacidade de
sofrimento nesta vida, sabendo que a nossa redenção está próxima. E Fiel é Aquele que
nos promete estas coisas.

O sentido da palavra paciência conduz-nos à ideia de que devemos ser tolerantes e até
saber suportar o sofrimento. Devemos exercitar o nosso coração para sabermos suportar
a adversidade, tal como aconteceu com os filhos de Deus no passado e souberam sair
vitoriosos, com fé, e com a ajuda do Espírito de Deus:

2.Coríntios 1:6 – “Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e


salvação é; ou, se somos consolados, para vossa consolação é, a qual se
opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também
padecemos”.

A nossa tolerância tem que estar apoiada numa visão de (muito) longo prazo, que nos
advém do conhecimento das promessas de Deus e do mérito do sangue inocente
derramado pelo nosso Salvador Yeshua, O Messias, traduzindo-se também em amor a
Deus e amor fraternal para com os irmãos na fé, para com as suas insuficiências e deles
em relação às nossas

2.Coríntios 1:4 – “Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que
também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a
consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus”.

Quando a nossa confiança está alicerçada no Deus Eterno, Senhor YHWH, então, temos
plena consciência que nada podemos esperar nesta vida, neste mundo. Porquê? Porque
aquele que reina neste mundo é Satanás, o inimigo de Deus e do homem. Esta é uma
batalha espiritual na qual é envolvido todo aquele que vem ao mundo. Por isso o homem
sofre tribulações (provas) nesta vida.

Perante a tribulação como em todos os processos da vida, o ser humano é chamado a


tomar decisões, a fazer escolhas. É do somatório das decisões que tomamos
individualmente, ao longo da nossa vida, que construímos aquilo a que podemos chamar
“a nossa vida”. Se essas decisões tiverem por base e orientação o verdadeiro
conhecimento que nos advém da interiorização da Palavra de Deus, então “a nossa vida”
está a ser encaminhada para o bem, pelo Espírito de Deus, i.e. para a salvação por

A PACIÊNCIA 2
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Yeshua. Ao contrário, quando as nossas decisões são tomadas de forma desligada desse
conhecimento verdadeiro que vem do Alto e Sublime, então o risco de erro é enorme, pois
passamos a deixar-nos guiar por nós próprios, pois passamos a aplicar a auto-suficiência,
desligados da fonte da vida.

2.Coríntios 4:17-18 – “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz


para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas
coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são
temporais, e as que se não vêem são eternas”.

É isto que o mundo não compreende. Porque não busca a Deus e a excelência de uma
vida orientada pelo Espírito Santo, em fé, obediência, paciência, amor e paz.

Porém, tal paciência não deve ser entendida como tolerância em relação ao pecado que
nos rodeia. O exemplo de Yeshua é em si mesmo a expressão que O Cristo foi
tolerante/paciente com os pecadores mas não com o pecado que estava neles, pois Ele
condenou sempre o pecado. Simplesmente, após revelar o pecado, Yeshua despedia o
pecador dizendo-lhe: “Vai e não peques mais”.

Lembremos as palavras de Paulo quando também condena o pecado em:

Romanos 2:3-4 – “E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas
que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus? Ou desprezas tu as riquezas
da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a
benignidade de Deus te leva ao arrependimento?

Paulo afirma claramente a benignidade, a paciência e a longanimidade de YHWH. É


devido a todas estas características que O nosso Deus não castiga de imediato o pecador
quando ele comete a ofensa, a desobediência aos Seus preceitos eternos, a Sua
Lei/Torá. Antes dá-lhe tempo a que chegue ao conhecimento da Verdade e se arrependa
e venha à Salvação, ao Cristo. Ao contrário do homem carnal que se deixa facilmente
dominar pela ira, Ele é longânimo e tardio em irar-se:

Joel 2:13 – “E rasgai o vosso coração [chorai, pranteai, com sinceridade], e


não as vossas vestes, e convertei-vos a YHWH vosso Deus; porque ele é
misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade,
e se arrepende do mal”.

Ele dá-nos tempo para nos arrependermos e voltarmos para Ele.

Em oposição a estas, as características humanas, carnais, levam o homem a agir


impensadamente, no imediato, a vingar-se ou a condenar aqueles que são diferentes dele
ou que o afrontaram de alguma maneira. A melhor ilustração do que aqui fica dito são as
guerras, as porfias e toda a sorte de desavenças que são próprias do homem terreno que
não se deixa governar pelo Espírito de Deus.

A PACIÊNCIA 3
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Em oposição a estes, vejamos o que Paulo nos ensina em:

Romanos 5:1-5 – “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus,
por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a
esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória
de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações [em
Nome de Yeshua]; sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência
a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão,
porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito
Santo que nos foi dado”.

Este Espírito Santo é a presença do poder de YHWH em nós. É neste encadeamento de


experiências que vemos que a tribulação produz a paciência. Em que medida é que isso
acontece? À medida que amadurecemos no caminho da fé e afirmamos a nossa
esperança perante o mundo, aumenta a presença de YHWH em nós e, através do Seu
Espírito Santo, alcançamos maior resistência para enfrentarmos as provações, para nos
desviarmos do pecado, sabendo que esse amadurecimento espiritual é um processo de
santificação e conquista no caminho que Yeshua nos propõe. Retenhamos pois os
conselhos de Paulo que estão em:

Romanos 12:12-21 – “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação,


perseverai na oração; comunicai com os santos nas suas necessidades,
segui a hospitalidade; abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não
amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que
choram; sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas
acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos; a ninguém
torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens.
Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Não
vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira [de Deus] porque
está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto,
se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber;
porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te
deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”.

“Ter a mente de Cristo” e “andar como Ele andou”, é isso que Paulo nos propõe nas
suas palavras. Só nos resta transformarmos estas palavras em acção. Em tudo devemos
ser imitadores do Cristo – Efésios 5:1. A prova da nossa fé é constantemente testada,
nomeadamente através da paciência com que enfrentamos as dificuldades desta vida.
Quando esticamos um elástico estamos a testar a sua resistência. De igual modo,
também nós somos testados pelas provações desta vida (Tiago 1:3), para que a paciência
e a esperança abundem em nós. Falando não só para os que ministram a Palavra, ficam
os conselhos que se devem aplicar nas nossas vidas como servos fiéis do Altíssimo:

2.Coríntios 6:3-10 – “Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o
nosso ministério não seja censurado; antes, como ministros de Deus,
tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas
necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos
trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade,

A PACIÊNCIA 4
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na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da


verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda, por
honra e por desonra, por infâmia e por boa fama; como enganadores, e sendo
verdadeiros; como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como
morrendo, e eis que vivemos; como castigados, e não mortos; como
contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a
muitos; como nada tendo, e possuindo tudo”.

Que riqueza de ensinamentos. Meditemos neles e ponhamo-los em prática nas nossas


vida…para que sejamos ricos no Espírito de Deus.

Na realidade, O Senhor Yeshua foi paciente em todos os aspectos da Sua vida dando-nos
o exemplo em tudo. Ele revelava o Seu amor e paciência chamando os que se tinham
desviado do caminho que conduz a Seu Pai. E esse caminho é Ele próprio: “Eu Sou o
Caminho, a Verdade e a Vida”. Ele diz-nos a todos:

Mateus 11:28-30 – “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e


eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou
manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

Eis pois a prova da grande paciência do Deus Criador para com a Sua criatura: Ele
espera que nos arrependamos a tempo de O podermos achar e Nele achemos o conforto
espiritual necessário para as nossas vidas e tribulações neste mundo. Se o homem quiser
encontrará em Yeshua e no Seu Espírito o alimento que necessita para viver em paz com
Deus e com o seu semelhante. Não necessitará de consultar videntes ou psicólogos.

Salmo 40:1 – “Esperei com paciência em YHWH, e ele se inclinou para mim, e
ouviu o meu clamor”.

Como nos ensina a Sua Palavra, Ele é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente
na angústia. Ainda que a terra se mude e os montes se transportem para o meio dos
mares (Salmo 46:1-3), é No Eterno que devemos colocar a nossa confiança e esperar,
com paciência a redenção que nos está prometida através do Seu Filho Yeshua. Por isso
é apropriado dizermos como disse Paulo e o autor da carta aos Hebreus:

Romanos 8:24-25 – “Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que


se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? Mas, se
esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos”.

Hebreus 12:1c-4 – “corramos com paciência a carreira que nos está proposta,
olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe
estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à
destra do trono de Deus. Considerai, pois, aquele que suportou tais
contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais,
desfalecendo em vossos ânimos. Ainda não resististes até ao sangue,
combatendo contra o pecado”.

A PACIÊNCIA 5
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Continuemos ainda no ensino de Paulo a respeito da paciência que deve também presidir
nas nossas vidas, sabendo que a promessa de Deus não falha para os fiéis que hão-de
herdar o Seu Reino:

Romanos 15:4-5: “Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi
escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos
esperança. Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo
sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus”.

Aprendamos então a ser pacientes e a esperar a vinda do Senhor Yeshua, O Cristo para
podermos ser revestidos da Sua glória.

Por último, lembremos as palavras de Paulo em:

Efésios 4:29-32 – “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a
que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.
E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia
da redenção. Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfémia e toda a
malícia sejam tiradas dentre vós, antes sede uns para com os outros
benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também
Deus vos perdoou em Cristo”.

Eis palavras de grande sabedoria que devem presidir à condução da nossa vida no dia a
dia. Não nos esqueçamos que quando Pedro pergunta a Yeshua: “Até quantas vezes
pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?”. A resposta de Yeshua
é bem elucidativa: “Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete”. Isto é,
pode não haver limite, tal é o amor com que Deus nos amou primeiro a nós, sendo ainda
pecadores/transgressores. Esse amor, como o de um pai que ama o seu filho, levou
YHWH a entregar O Seu Próprio Filho, Senhor Yeshua, estando nós numa condição de
filho pródigo, que antes havia abandonado a casa de seu pai devido à sua rebeldia.

Por tudo o que foi aqui dito, revistamo-nos de paciência que é um dos frutos do Espírito.
Sejamos longânimos e tardios em irar-nos. A ira destrói-nos, mas o exercício do amor, da
fé, da paz e da paciência edifica-nos.

Tiago 5:7-8 – “Sede pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o
lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até
que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei
os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima”.

Não nos esqueçamos do exemplo do próprio Senhor YHWH que tem sido extremamente
paciente para com os filhos da rebeldia e da desobediência esperando, ainda, que estes
se arrependam dos seus maus caminhos e voltem para Ele, a Vida (eterna).

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