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Protecção de estruturas

metálicas

Elsa Vaz Pereira


Degradação de estruturas metálicas

O aço não protegido quando em contacto com a atmosfera, a


água e o solo está sujeito a corrosão, pelo que as estruturas
de aço são normalmente protegidas

Protecção de estruturas metálicas 2


Protecção da corrosão

EUROCÓDIGO 3 Design of steel structures (EN 1993-1-1)

EN 1090-1:2009 Execution of steel structures and


aluminium structures:

>Part 1: Requirements for conformity assessment of


structural components

>Part 2: Technical requirements for steel structures

>Part 3: Technical requirements for aluminium structures

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Protecção da corrosão

EN 1090-2:2008 Execution of steel structures and aluminium structures


Part 2: Technical requirements for steel structures

Ponto 10 e Anexo K (normativo) - Protecção da corrosão

 Revestimentos de Zn (galvanização por imersão a quente)


o EN ISO 14713 – Guidelines and recommendations for the protection
against corrosion of iron and steel in structures – Zinc coating
 Revestimentos por projecção térmica
o EN 14616:2004 Thermal spraying - Recommendations for thermal
spraying
 Revestimentos por pintura
o EN ISO 12944 - Tintas e vernizes. Protecção anticorrosiva de estruturas
de aço.

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Protecção da corrosão
> Isolando o metal do meio envolvente:
 revestimentos metálicos
 revestimento por pintura

> Concepção da estrutura:


 evitando locais de retenção de água (vértices, juntas) e
superfícies horizontais
 prever drenagem e ventilação, etc.

> Actuando sobre o meio envolvente:


 abrigos
 ventilação e secagem (ambiente interior)

> Actuando sobre o metal:


 protecção catódica

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Protecção de estruturas metálicas

>1. Introdução
>2. Principais factores de degradação do aço
>3. Categorias de corrosividade do ambiente de
exposição
>4. Protecção da corrosão
 4.1 Concepção da estrutura
 4.2 Revestimentos metálicos
o 4.2.1. Galvanização por imersão a quente
o 4.2.1. Metalização por projecção térmica
 4.3 Revestimentos por pintura

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Corrosão do aço
A corrosão é um processo
electroquímico que ocorre por
várias fases:

>Ataque inicial do aço em alguns locais


denominados ”anódicos” (-) onde o
ferro atómico passa à forma iónica
(Fe2+).

>Ocorre uma movimentação de e- no


interior do metal para locais da
superfície denominados “catódicos” (+)
onde estes e- se combinam com
oxigénio e água para formar iões OH-.

>Estes iões reagem com os iões Fe2+ do


ânodo para formar hidróxido de ferro
(Fe(OH)2) que se oxida no ar para
formar oxido de ferro (Fe2O3) – a vulgar
“ferrugem”.

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Velocidade de corrosão - Vcorr

Velocidade de corrosão (Vcorr)

Perda de massa do material


metálico por unidade de área
em função do tempo

g m-2 ano-1 ou µm ano-1

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Ambiente de exposição

Dado que os mecanismos de corrosão do aço no ar, em água


e no solo são distintos bem como os factores que determinam
a Vcorr, é habitual dividir o ambiente de exposição em três
categorias principais:

 Exposição atmosférica

 Exposição em águas

 Exposição em solos

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Velocidade de corrosão – Vcorr
Exposição atmosférica
A velocidade de corrosão (Vcorr) depende:

>Tempo de humedecimento (τ)


 Período durante o qual a superfície metálica está coberta por
uma película de electrolito que é capaz de causar corrosão
atmosférica.
 τ = soma das horas durante as quais HR>80% e T>0ºC.
o Chuva, condensação, etc. – Vcorr elevadas
o Ambientes secos interiores - Vcorr baixa

>Contaminantes atmosféricos (agentes agressivos)


 Iões Cl- - ambiente marítimo
 Dióxido de enxofre (SO2) – ambiente industrial.

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Categorias de corrosividade
Exposição atmosférica

É habitual classificar os vários ambientes de exposição em


função do seu grau de corrosividade (ISO 9223 e EN ISO 12944-2)

Categorias de Vcorr
corrosividade g m-2 ano-1 µm ano-1
Aço carbono
C1 – Muito baixa < 10 < 1,3
C2 – Baixa > 10 a 200 > 1,3 a 25
µm ano-1
C3 – Média > 200 a 400 > 25 a 50
C4 – Alta > 400 a 650 > 50 a 80
C5 – Muito alta > 650 a 1500 > 80 a 200
C5-I (industrial)
C5-M (marítima)

>C5 - > 0,2 mm ano -1


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2 mm em 10 anos
Categorias de corrosividade - Exemplos
Exposição atmosférica
EN ISO 12944-2
Categorias de Exemplos de ambientes típicos em climas temperados
corrosividade (apenas informativo)
Aço carbono
Exterior Interior
C1 Muito baixa - Edifícios aquecidos, com atmosferas limpas
(escritórios, lojas, escolas, hotéis)

C2 Baixa Atmosferas com baixo nível de Edifícios não aquecidos onde a condensação
poluição. Principalmente áreas rurais pode ocorrer (depósitos, pavilhões desportivos)

C3 Média Atmosferas urbanas e industriais com Salas de produção com alta humidade e
poluição moderada de SO2. alguma poluição (instalações de processamento
Áreas costeiras com baixa salinidade de alimentos, lavandarias, fábricas de cervejas
e de lacticínios)
C4 Alta Áreas industriais e áreas costeiras com Industrias químicas, piscinas, estaleiros navais
elevada salinidade
C5 Muito alta Áreas industriais com alta humidade e Edifícios e áreas com condensação quase
(industrial) atmosfera agressiva permanente e com alta poluição

C5 Muito alta Áreas costeiras e “offshore” com alta Edifícios e áreas com condensação quase
(marítima) salinidade permanente e com alta poluição

>C5 (Cx) Protecção de estruturas metálicas 12


Classificação das atmosferas
segundo a ISO 9223
Viana do Castelo Alto Rabagão
C3 C2
Macedo de
Aço
Matosinhos Maia
Cavaleiros Categoria de corrosividade
C4 C2
>C5

Leixões C1 – Muito Fraca


>C5
Seia C2 – Fraca
C2 C3 – Média
Lavos
C4 C4 – Elevada
Vila Velha de
Ródão
C5 – Muito elevada
C2/C3
Lumiar
C3 Farol de Alfanzina - Algarve
Pego
Lisboa C2/C3
C3 Reguengos de
Barreiro Monsaraz
C3/C4 C2

Sines
>C5

Alfazina Protecção de estruturas metálicas 13


C3
Velocidade de corrosão – Vcorr
Águas e solos
A corrosão é normalmente de natureza localizada, as categorias de
corrosividade são difíceis de definir.

Vcorr depende entre outros factores:

>Águas: composição (doce, salobra, mar), presença de O2, T, velocidade de


escoamento.

>Solos: composição (espécies agressivas, pH, resistividade), presença de O2,


água, T.

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Velocidade de corrosão – Vcorr
Águas e solos

> Norma EN ISO 12944-2 define 3 categorias de


corrosividade:

Categoria Ambiente Exemplo de ambientes em estruturas

Im 1 Água doce Instalações de rio, centrais hidroeléctricas

Im 2 Água do Áreas portuárias com estruturas tais como portas de


mar ou comportas, diques, quebra-mares, estruturas de
salobra plataforma

Im 3 Solo Tanques enterrados, condutas de aço e vigas de aço

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Categorias de corrosividade
> Numa mesma estrutura a velocidade de corrosão do aço pode
variar significativamente de local para local devido à criação de
zonas micro-climáticas:
 efeitos de condensação de água localizados
 orientação dos ventos

 etc.

> Existem normalmente vários locais com diferentes velocidades


de corrosão.

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Concepção da estrutura
Localização

Sempre que possível evitar a


exposição a agentes agressivos

Protecção de estruturas metálicas 17


Concepção da estrutura
EN ISO 12944-3

> Critérios básicos sobre concepção para fins de protecção


anticorrosiva:

 Acessibilidade (aplicação, inspecção e manutenção dos esquemas de


protecção)
 Tratamento de juntas (selagem com produtos apropriado)
 Precauções para prevenir a retenção de sedimentos e água
 Arestas (arredondadas)
 Soldadura (isentas de imperfeições)
 Ligações roscadas (cuidados especiais)
 Elementos das caixas e componentes ocos (cuidados especiais)
 Entalhes/chanfros (cuidados especiais)
 Reforços (concepção adequada)
 Prevenção da corrosão galvânica
 Manuseamento, transporte e montagem
Protecção de estruturas metálicas 18
Concepção da estrutura
EN ISO 12944-3

Protecção de estruturas metálicas 19


Concepção da estrutura
EN ISO 12944-3

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Concepção da estrutura
EN ISO 12944-3

Protecção de estruturas metálicas 21


Concepção da estrutura
EN ISO 12944-3

Protecção de estruturas metálicas 22


Protecção de estruturas metálicas

>1. Introdução
>2. Principais factores de degradação do aço
>3. Categorias de corrosividade do ambiente de
exposição
>4. Protecção da corrosão
 4.1 Concepção da estrutura
 4.2 Revestimentos metálicos
o 4.2.1. Galvanização por imersão a quente
o 4.2.1. Metalização por projecção térmica
 4.3 Revestimentos por pintura

Protecção de estruturas metálicas 23


Revestimentos metálicos
Os revestimentos metálicos mais comuns para protecção anticorrosiva do aço
são os revestimentos de zinco e ligas Zn-Al.

>Principais processos de aplicação:

 Imersão em banho de zinco fundido - Galvanização por imersão a quente


 Projecção de metal fundido - Metalização por projecção térmica

>Embora menos frequente utiliza-se também (peças pequenas):

 Difusão do metal - Sherardização


 Deposição electroquímica de zinco - Electrodeposição

De uma maneira geral a protecção conferida pelos revestimentos metálicos


depende mais do material metálico seleccionado e da sua espessura do que
do tipo de método de aplicação do revestimento.

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Revestimentos metálicos
Galvanização por imersão a quente

> A galvanização consiste na aplicação de um revestimento de


zinco sobre a superfície do aço.

> O zinco corroi-se a uma velocidade inferior à do aço pelo


que protege o aço actuando como uma barreira protectora.

> Simultaneamente confere protecção catódica ao aço - caso


exista um pequeno defeito no revestimento, como o zinco é
mais anódico do que aço na série galvânica, é ele que se
corrói.

Zn

Aço
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Revestimentos metálicos
Galvanização por imersão a quente
Fases:

>Desengorduramento (70-80º)
>Limpeza
>Remoção de óxidos
>Limpeza
>Pré-tratamento (60-80ºC)
>Banho de galvanização (430-460ºC)
>Arrefecimento
>Passivação da camada de zinco
>Acabamento
Há limitação ao tamanho dos componentes que podem ser
galvanizados e às formas de modo a garantir que toda a peça seja
protegida (requisitos EN ISO 14713)

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Revestimentos metálicos
Galvanização por imersão a quente

> Forma-se um revestimento


constituído por várias
camadas

> Junto ao substracto de


ferro formam-se camadas
de ligas de zinco/ferro

> Estas camadas são


progressivamente mais
ricos em Zn do interior para
a superfície

Protecção de estruturas metálicas 27


Revestimentos metálicos
Galvanização por imersão a quente
A espessura do revestimento de zinco depende das características
do processo de galvanização mas também:
• dimensão e espessura da peça
• preparação da superfície do aço
• composição do aço.

Espessura média Espessura local


Espessura da peça de aço (mínima) do (mínima) do
/ mm revestimento de zinco revestimento de zinco

g/m2 µm g/m2 µm
Aço <1,5 mm 325 45 250 35
Aço >1,5 mm e <3 mm 395 55 325 45
Extraído da norma (NP) EN ISO
Aço >3 mm e <6 mm 505 70 395 55 1461
Aço >6mm 610 85 505 70
Para aços com a seguinte
Peças vazadas <6mm 505 70 430 60 composição típica (exemplo):
Peças vazadas >6mm 575 80 505 70 %Si<0,04 e Si+(2,5x%P)<0,09

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Revestimentos metálicos
Galvanização por imersão a quente

Podem obter-se espessuras superiores:


• aumentando a rugosidade da superfície aço (projecção de abrasivos)

Microestrutura do
revestimento de
zinco

• utilizando aços reactivos - cujo teor em Si e P faz com que no banho a


espessura do revestimento de zinco cresça sempre com o tempo de imersão.
(Estes revestimentos poderão ficar com um aspecto baço, escuro e serem frágeis)

Protecção de estruturas metálicas 29


Revestimentos metálicos
Galvanização por imersão a quente
Durabilidade - Tempo mínimo/máximo até à primeira manutenção
(ISO 14713-1)
Espessura Categoria de corrosividade
mínima Tempo mínimo/máximo até à primeira manutenção (anos)
(µm) Classe de durabilidade
C3 C4 C5 >C5
85 40/>100 VH 20/40 VH 10/20 H 3/10 M
140 67/>100 VH 33/67 VH 17/33 VH 6/17 H
200 95>100 VH 48/95 VH 24/48 VH 8/24 H

Categoria Zn

Perda de espessura Classe de Tempo


durabilidade (anos)
(µm ano-1)
Aço

X µm Very Low (VL) 0a<2


C3 > 0,7 a 2
ano-1
Low (L) 2a<5
C4 >2a4
Medium (M) 5 a <10
C5 >4a8 High (H) 10 a <20
A Vcorr do zinco na atmosfera é
aproximadamente linear com Cx(>C5) >8 a 25 Very High (VH) > 20
Protecção de estruturas metálicas 30
tempo.
Revestimentos metálicos
Galvanização por imersão a quente

Vantagens Limitações
1. Boa aderência (ligas 1. Dimensão das peças limitada à
intermetálicas) dimensão do banho
2. Uniforme 2. Design adequado (Ex.: furação das
3. Resistente à abrasão peças de secção fechada para exaustão
dos gases durante a imersão) EN ISO
4. Permite obter uma vasta 14713
gama de espessuras 3. Pode ocorrer distorção de
5. Versátil (reveste peças de formas algumas pelas fabricadas
complexas)

Protecção de estruturas metálicas 31


Revestimentos metálicos
Metalização - Projecção térmica
• Micro-particulas do metal são projectadas com ar
comprimido através de um pistola que contém uma fonte
de calor (chama ou arco eléctrico) que funde a matéria
prima (em pó ou em fio)

• Os revestimentos podem ser aplicados em fábrica ou em


obra e não existe limitação para o tamanho da peça

• A superfície do aço permanece fria não apresentando o


inconveniente de provocar dilatações da peça

Arco Arco
Protecção de estruturas metálicas
Chama
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Revestimentos metálicos
Projecção térmica
Microestrutura do revestimento

• O revestimento pode ser de Zn, Al ou ligas de Zn


de zinco metalizado

e Al. O Al confere maior resistência à corrosão do


revestimento, nomeadamente em ambiente
Zinco industrial
• Espessuras típicas variam entre 100-200 µm (Al)
e 100-150 µm (Zn).
• A aderência ao substracto é essencialmente
Aço mecânica (não se forma liga metálica com o aço
da base) e o revestimento é poroso.
• O revestimento é aplicado numa superfície limpa
mas ligeiramente rugosa.
• Normas aplicáveis:
EN ISO 2063, EN ISO 14713 e EN 14616

Protecção de estruturas metálicas 33


Revestimentos metálicos
Projecção térmica
Espessuras mínimas recomendadas - EN ISO 2063
Metal (µm)
Categoria
segundo
Zinco Alumínio AlMg5 ZnAl15
EN ISO 12944-2
Não Pintado Não Pintado Não Pintado Não Pintado
pintado pintado pintado pintado
Im2 NR 100 200 150 250* 200* NR 100

Im3 200 100 200 150 150 100 150 100

C2 e C3 100 50 150 100 150 100 100 50

C4 e C5-I NR 100 200 100 200 100 150 100

C5-M 150 100 200 100 250* 200* 150 100

C1 50 50 100 100 100 100 50 50

NR - não recomendado, * aplicação “offshore”

C5 → Vcorr=> 4 a 8 µm ano-1 Protecção de estruturas metálicas 34


Revestimentos metálicos
Galvanização por imersão a quente+Projecção térmica

• Podem ser usados sem protecção adicional


• Frequentemente, sobretudo em ambientes mais corrosivos (orla costeira, zonas
industriais muito poluídas) é usual recorrer à sua pintura - Sistemas mistos (duplex)

Sistema misto:

1. Beneficia de um efeito sinérgico entre os dois revestimentos

Tmisto > (Tzinco + Ttinta) T = Tempo de vida

2. No entanto o período de manutenção de um sistema mistos é frequentemente inferior ao do


revestimento de zinco uma vez que a durabilidade da tinta é muitas vezes inferior à do
revestimento de Zn

3. Factores a ter em conta (NP EN ISO 12944-5):


• Adequada preparação da superfície galvanizada → garantir boa aderência da pintura
• Pintura com produtos adequados ao revestimento de zinco

Protecção de estruturas metálicas 35

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