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Fevereiro

Março 2011 2011


Panorama Mensal Econômico

Encerramos o mês de fevereiro acumulando ligeira alta, mesmo com todos os conflitos geopolíticos no Oriente Médio e
nas regiões ao redor do Egito. A economia americana continuou mostrando dados favoráveis e na Europa a recuperação
também continua evidente. No entanto, os países desenvolvidos estão começando a se deparar com mais uma
preocupação – como enfrentar possíveis pressões inflacionárias decorrentes do recente aumento nos preços do
petróleo?

Esse tema foi o fator de risco que pautou o mês de fevereiro, em meio a um momento de recuperação da economia
global, aonde os países ainda precisam de políticas “frouxas”. Vale notar que taxas de juros baixíssimas não combinam
com um cenário inflacionário pressionado – ou seja, em breve devemos ver as autoridades americanas e europeias se
debatendo, divididas entre recuperação econômica e contenção do aumento nos preços. Além da alta na cotação do
petróleo, que encarece os custos da energia, a valorização excessiva das commodities agrícolas no ano passado já está
dando certa dor de cabeça para as autoridades.

Índice Fevereiro 2011


Estados Unidos Dow Jones 2,81% 5,60%
Brasil Ibovespa 1,21% -2,77%
Reino Unido FTSE 2,24% 1,59%
Alemanha DAX 2,75% 5,18%
França CAC 2,62% 8,03%
Japão Nikkei 3,77% 3,86%
China Shangai Co 4,10% 3,45%

Para março, devemos ter um mês cheio de informações. Aqui, os negócios podem sofrer na primeira semana, com os
investidores se preparando para sair no feriado de carnaval, mas na volta das festas teremos que correr atrás das
movimentações dos mercados internacionais.

Esta primeira semana do mês será cheia. Aqui tem a definição da Selic, cuja nossa expectativa é de aumento de 50bps,
que passará para 11,75%. No entanto, destacamos que o mercado tem falado na possibilidade de alta de 75bps na taxa
de juros, reflexo de um Banco Central visando conter o aumento das expectativas. Ainda no âmbito doméstico, a
primeira semana será marcada pela divulgação do PIB brasileiro do quarto trimestre, no qual esperamos alta de 0,8% em
relação ao terceiro trimestre de 2010, fechando o ano com alta de 7,5%.

No âmbito internacional, tem a decisão de juros pelo Banco Central Europeu. Não deve vir aumento ainda, mas o
mercado deve ficar volátil na expectativa para o pronunciamento do presidente da instituição, já que as autoridades
europeias estão bem preocupadas com a inflação. Paralelamente, a semana é de Payroll nos Estados Unidos. No mês
passado o dado veio ruim por causa de questões climáticas, mas a expectativa é de recuperação do mercado de
trabalho no mês de fevereiro, o que pode ser um trigger para os mercados acionários.

Na segunda semana do mês, a China deve marcar presença, sendo recordista de divulgações. Têm dados de balança
comercial, inflação, vendas no varejo e produção industrial. Os dados servirão como termômetro para o mercado avaliar
como as medidas contracionistas estão impactando na maior economia asiática.

Na última semana é a vez do FOMC decidir suas políticas monetárias. Não é esperado aumento na taxa, mas o mercado
vai estar a procura de sinalizações de quando o aperto vai começar. Aqui, a produção industrial deve ser destaque - já
que está estagnada há alguns meses e estima-se que esta tendência tenha continuado janeiro adentro. O comércio
varejista, que também terá divulgação de dados nesta semana, deve ter sofrido um revés importante no primeiro mês do
ano, já que mostrarão os efeitos das medidas macroprudenciais adotadas pelo Banco Central Brasileiro sobre a
demanda.
Panorama Mensal Corporativo

No âmbito coorporativo, destacamos para o mês; (i) compra do Banco Panamericano pelo BTG Pactual; (ii) anúncio da intenção de se
criar uma nova bolsa de valores no país, previamente denominada de Bats Brasil; (iii) aquisição da UNX Energy no valor de R$ 1,3 Bi
pela HRT via emissão de novas ações; (iv) corte de 40% no orçamento para o programa minha casa minha vida (MCMV) em 2011;

Ressaltamos também que o mês foi marcado por divulgações de resultados referentes ao 4T10, incluindo blue chips como; Petrobras,
Vale, CSN, Usiminas, ItaúUnibanco, Banco do Brasil, dentre outros.

A média diária do volume negociado no mês de Fevereiro foi bastante elevada, ficando em R$ 6,5 bilhões e perdendo apenas para o
mês de Out/10, atual recorde, que foi impactado na época pela capitalização da Petrobras.

Maiores Oscilações* Oscilações Setoriais*


Altas Δ% Baixas Δ% Setores Δ% Peso
PRTX3 13,82% CYRE3 -10,10% Petróleo 7,4% 19,2%
LLXL3 13,50% BTOW3 -9,42% Financeiro 2,4% 18,9%
OGXP3 13,02% ECOD3 -8,79% Telecom 1,0% 3,4%
ELET6 12,28% GOLL4 -7,52% Energia 0,7% 7,1%
PETR3 8,49% FIBR3 -6,72% Aviação e Logística 0,6% 4,2%
KLBN4 8,45% MRVE3 -6,31% Concessões 0,6% 1,1%
MRFG3 7,64% BRAP4 -5,56% Varejo e Consumo 0,4% 10,0%
USIM3 7,32% TAMM4 -4,26% Mineração e Siderurgia -1,7% 24,8%
VIVO4 6,61% HYPE3 -4,23% P&C -2,5% 1,8%
CIEL3 6,14% CESP6 -4,11% Construção -3,0% 9,6%
Fonte: Área de análise XP e Economatica * Empresas que compõem o Ibovespa

Maiores Altas

O setor de Petróleo se descolou da bolsa, tendo uma performance bastante positiva, devido a escalada no preço da commodity, que
por sua vez teve os conflitos no Oriente Médio como estopim. Dentre as empresas, as 3 maiores altas ficaram concentradas em
empresas do grupo EBX. PortX e LLX responderam positivamente as afirmações do presidente do grupo EBX, Eike Batista,
detalhando os próximos passos das empresas, inclusive anunciando a intenção de construir uma grande montadora de automóveis
no entorno de um dos portos, além da possibilidade de construção de uma unidade de tratamento de petróleo no Porto do Açu. OGX
figurou entre as altas, também influenciada pelo discurso de Eike, da alta no preço do barril de petróleo e também devido a forte
queda das suas ações em Jan/11. Petrobras aparece na ponta vencedora devido a sua correlação com o barril de petróleo, que vem
num ritmo bastante ascendente em 2011.

Maiores Quedas

No campo negativo, o setor de Construção foi impactado pelo corte no orçamento do MCMV, uma vez que a maior parte das
empresas tem exposição ao segmento baixa renda. Quanto as empresas, as ações da Cyrela lideraram as quedas devido a notícias
ruins para o setor como aumento da inflação e redução dos recursos destinados ao programa MCMV, além da expectativa de um
fraco resultado no 4T10. B2W também figurou na ponta perdedora devido à incerteza acerca de seu possível fechamento de capital,
que mesmo negada pela Lojas Americanas (sua controladora), o risco intrínseco da operação afastou potenciais investidores.
Ecodiesel voltou a figurar entre as maiores baixas do mês após mais um leilão de biodiesel. Destaque negativo também para Gol
que apesar de um bom resultado no 4T10, deverá sofrer uma pressão de custos devido ao aumento do custo da gasolina para
aviação, naturalmente correlacionada com o petróleo.
Panorama Mensal Agrícola

Café

Fevereiro foi novamente com preços para cima! A escassez de cafés de qualidade segue, acompanhada por uma demanda
que não para. Exportações brasileiras são recordes e, se continuarem neste ritmo, simplesmente não vai ter café para todo
mundo. Também surgiram sustos para a próxima safra. A Somar Meteorologia falou que os estragos provocados pela seca
violenta que vive o sul de Minas podem não ser revertidos. Graficamente segue sua tendência de alta.

Boi

Apesar de ser período de safra, houve valorização para a arroba do boi gordo em fevereiro, comportamento atípico quando se
considera sua sazonalidade. Os preços subiram 2,7% no período. Ocorre que a oferta de animais permanece pequena e a
demanda, apesar de enfraquecida pelos preços altos, consegue absorver facilmente a pouca quantidade de matéria-prima
disponível no mercado. Além de um consumo estabilizado, a demanda internacional reagiu. Os embarques de carne bovina in
natura para a União Europeia permanecem firmes.

Já os embarques para o Egito, Irã e Líbia, que foram prejudicados pelos conflitos no Oriente Médio, foram realocados para a
Rússia, mercado que também prefere comprar dianteiros bovinos. Uma boa solução para o problema. Entretanto, como é
típico do mercado russo, houve negociação do valor da mercadoria realocada, o que reduziu o preço médio da tonelada
embarcada.

De toda forma, as chuvas estão aí e as pastagens encontram-se em boas condições para a engorda dos animais sem a
necessidade de suplementação. Os preços permanecem firmes e sustentados, entretanto, a força de uma safra não pode ser
subestimada. Chama atenção o mercado físico na safra na casa dos R$105,60 e o BGIV11 (vencimento outubro 2011), que
representa o pico da entressafra, sendo cotado abaixo desse patamar.

Milho

O mês foi de intensa volatilidade para o mercado da soja. A oleaginosa iniciou o período em queda refletindo a aversão ao
risco nos mercados financeiros. Fatores direcionadores sinalizaram condição historicamente atrativa à comercialização para o
produtor, de qualquer forma, quadro fundamentalista macro confirma uma postura mais cautelosa ou a preferência por
estratégias flexíveis neste momento, dada boa exposição recomendada até então. Até meados de março, o mercado tende a
manter uma percepção sazonal mais fraca/neutra. As perdas recentes confirmam um dos padrões mais tradicionais do
mercado de grãos e oleaginosas, o February Brake, que se intensificou, no caso da soja, com a confirmação de uma grande
safra na América do Sul. Embora a análise de ciclos denote certa cautela, o padrão sazonal característico do mercado, com
um maior suporte às cotações a partir de meados de março em direção a julho, tende a confirmar-se no atual ano-safra dado
quadro projetado para os estoques finais norte-americanos.

Soja

O mercado de milho passa a referenciar de fato uma maior pressão sazonal. Os consumidores mostram uma postura mais
cautelosa neste momento, pesando sobre os preços no mercado interno. No momento, direcionadores seguem referenciando
condições atrativas à comercialização para o produtor, o que denota atenção especialmente à necessidade de venda pós-
safra. Ao consumidor, atenção para o momento na busca por posicionamento de médio prazo em estoques/futuros/opções.
Historicamente, o mercado permanece vulnerável a uma maior pressão sazonal nas próximas semanas, o qual tenderia a
estender-se até meados de abril. De qualquer forma, mantemos a visão de que o quadro macro do mercado, tanto interno
quanto externo, tende a continuar limitando este quadro sazonal.
Panorama Mensal Gráfico

Ibovespa

O Ibovespa fechou o mês em alta de 1,22%, superando os 67.000 e deixando suportes em 65.900 e 64.000. Caso siga a
recuperação, pode testar resistências em 68.225, 69.700 ou os 71.900 no topo de janeiro.

S&P 500

O SP500 fechou o mês com valorização acima dos 3% redefinindo um canal de alta que pode testar resistências em 1344, 1400 ou
1440 em um topo de maio de 2008, mas se perder a LTA com o suporte em 1300, pode realizar em direção a 1275 ou 1227.
Panorama Mensal Gráfico

Petróleo Futuro

O petróleo futuro estabilizou abaixo dos 100 e pode testar suportes em 95,00, 92,50 ou 88,00 na base do canal de alta, mas se
romper os 100,00, pode acelerar a alta em direção a resistências em 103,40, 110,00 ou 123,00. Pelo lado dos indicadores os sinais
estão ascendentes favorecendo uma continuação do movimento de alta.

Dólar Comercial

O dólar comercial fechou em baixa de 0,54%, se mantendo na formação de triângulo descendente. Pode testar suportes em 1,655,
1,644 ou 1,556, na mínima de julho de 2008. Caso supere os 1,676 pode confirmar reversão de tendência e testar resistências em
1,690 ou 1,720. Os indicadores como IFR e estocástico seguem com sinais descendentes.
Á REA DE ANÁ LISE XP INV ESTIMENTOS

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