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Carga Elétrica

Ao atritarmos um bastão de vidro suspenso por um barbante com um pano de lã, ao


aproximarmos a lã da extremidade do bastão, este é atraído por ela. Se atritarmos um
segundo bastão com um outro pedaço de pano de lã e aproximarmos o novo bastão do
primeiro, este será repelido; o mesmo acontecerá com os dois panos de lã.
As forças observadas podem ser de atração ou de repulsão e são de origem elétrica.
Os prótons em presença se repelem, o mesmo acontecendo com os elétrons. Entre
um próton e um elétron há atração. Explicamos este fenômeno associando aos prótons e
elétrons uma propriedade física denominada carga elétrica. Existem duas classes de carga
elétrica, a positiva e a negativa. Os prótons possuem carga elétrica positiva, os elétrons
possuem carga negativa e os nêutrons não têm carga elétrica, porque não apresentam efeitos
elétricos.
Num átomo, o número de prótons é igual ao número de elétrons, sendo
eletricamente neutro. Quando, por algum motivo como por exemplo o atrito descrito acima,
há uma movimentação dos elétrons e um corpo fica com falta ou excesso de elétrons
dizemos que o corpo está eletrizado e que possui carga elétrica.
A menor quantidade de carga elétrica não-nula possível fisicamente é a carga de um
próton ou elétron (iguais em módulo) e é chamada de carga elementar (e).
A unidade no SI para carga elétrica é o Coulomb(C) e o valor da carga elementar é:
e = 1,6 • 10–6 C

Como o Coulomb é muito grande, é comum utilizarmos seus submúltiplos:


1mC = 10–3C (milicoulomb)
1µ C = 10–6C (microcoulomb)
1nC = 10–9C (nanocoulomb)

Podemos medir a quantidade de carga elétrica de um corpo em função do número de


elétrons em falta ou excesso. Essa medida se dá através da seguinte expressão:
Q=n•e Q – Quantidade de carga elétrica
n – número de elétrons

Assim podemos resumir o estado de um corpo através da seguinte tabela:

Corpo neutro np = ne ––––––


Corpo eletrizado positivamente (Q > 0) np > ne Cedeu elétrons
Corpo eletrizado negativamente (Q < 0) np < ne Recebeu elétrons
Princípios da Eletrostática

A Eletrostática é a parte da física que estuda as propriedades e a ação mútua das


carga elétricas em repouso, em relação a um sistema inercial de referência. Os princípios
sobre os quais se fundamentam a Eletrostática são:

1. Princípio da Atração e Repulsão


“Cargas elétricas de mesmo sinal se repelem, e de sinais opostos se atraem.”

+ +
+ –
– –

2. Princípio da Conservação das Cargas Elétricas


“Num sistema eletricamente isolado, a soma algébrica das cargas elétricas
positivas e negativas permanece constante, mesmo ocorrendo um fenômeno qualquer.”

Σ Qantes = Σ Qdepois
QA (antes) + QB (antes) = QA (depois) + QB (depois)

Condutores e Isolantes
Todo material que possua portadores de carga elétrica (elétrons, íons ou ambos)
livres é chamado de condutor. São chamados assim por possuírem facilidade de conduzir e
espalhar a carga elétrica. Como exemplo citamos os metais, a grafite e as soluções
eletrolíticas.
Quando o material possui portadores de carga elétrica livres em pequena quantidade
em relação ao total de partículas, dizemos que é isolante. Nos isolantes, as cargas são
conservadas nas regiões onde elas surgem, não se espalhando pelo corpo. São exemplos de
isolantes: borracha, porcelana, madeira, plástico, mica, etc.
Na prática, não existem condutores e isolantes perfeitos e sim bons condutores e
maus condutores (bons isolantes).

Ao se ligar um condutor eletrizado à Terra, este se descarrega.


Quando o condutor estiver eletrizado positivamente, elétrons sobem da Terra para o
condutor, neutralizando o excesso de cargas positivas. Quando um condutor estiver
eletrizado negativamente, seus elétrons em excesso escoam para a Terra. Isso ocorre devido
à dimensão da Terra em relação aos corpos que estão sobre ela.
Processos de Eletrização

Um processo de eletrização se caracteriza por uma transferência de elétrons de um


corpo inicialmente neutro.

Eletrização por Atrito

Ao atritarmos vigorosamente dois corpos, estamos fornecendo energia para que haja
transferência de elétrons de um para outro. Os elétrons cedidos por um são absorvidos pelo
outro e, após o processo, um adquire carga negativa e outro positiva.
Para que ocorra o processo, os materiais devem apresentar tendências diferentes de
ganhar ou perder elétrons; além disso, pelo menos um dos corpos precisa ser isolante pois
caso contrário os elétrons retornam ao corpo original antes que se desfaça o contato.

Eletrização por Contato

Ao colocarmos em contato dois condutores, um eletrizado(A) e outro neutro(B),


este se eletriza com carga de mesmo sinal que A. Durante o contato e excesso ou a falta de
elétrons se distribuirá pelos dois corpos, de acordo com a capacidade que cada um tenha de
armazenar cargas elétricas. Para corpos idênticos, os corpos resultam, após o contato, em
cargas idênticas.
Sendo B isolante, a carga não se espalha por sua superfície, conservando-se em
torno do ponto de contato.
Os casos de eletrização por contato seguem o princípio da conservação das cargas
elétricas ( QA + QB = Q´A+ Q´B ) , se os corpos forem idênticos, teremos:
Q + QB
Q´ A = Q´B = A
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Eletrização por Indução

Na eletrização por indução, necessitamos, primeiramente, de um corpo eletrizado.


Esse corpo pode ser condutor ou isolante, já que não fará contato com o corpo a ser
eletrizado. Ele é chamado de indutor (A). O segundo corpo (B), denominado induzido,
deve ser condutor.
A eletrização ocorre da seguinte forma:
Primeiro aproximamos o indutor do corpo neutro. A simples presença do indutor
atrai para próximo de si cargas de sinal contrário à dele, é como se o corpo induzido ficasse
com um pólo positivo e outro negativo. Na presença do indutor, liga-se o induzido à Terra,
o que faz com que as cargas de mesmo sinal do indutor escoem para a Terra (as de sinal
contrário permanecem no corpo induzido, pois estão sendo atraídas pelo indutor). Ainda em
presença do indutor, desfaz-se a ligação com a Terra.
As cargas de sinal contrário ao indutor que estavam sendo atraídas por ele
imediatamente se espalham pelo corpo induzido, ficando este então carregado com carga
elétrica de sinal contrário à do indutor.
Baseado no fenômeno da indução eletrostática podemos explicar também porque ao
aproximarmos um corpo eletrizado de um outro neutro, ocorre atração.
Lei de Coulomb

Carga elétrica puntiforme é o corpo eletrizado, cujas dimensões são desprezíveis


em relação às distâncias que o separam de outros corpos eletrizados.
Quando há uma interação elétrica entre dois corpos, a intensidade da força elétrica
entre eles depende da distância que os separe, de suas cargas e do meio em que estejam. A
direção da força elétrica é sempre a direção do segmento de reta que os une. Já o sentido,
depende do sinal das cargas elétricas.
A lei que permite o cálculo da intensidade da força elétrica entre dois corpos foi
elaborada pelo físico francês Charles Coulomb, e é expressa pela seguinte sentença:

 k ⋅ Q1 ⋅ Q2 F = Intensidade de Força elétrica (Newtons – N)


F= Q = Carga elétrica (Coulombs – C)
d2 d = Distancia que separa as cargas (metros – m)
k = Constante eletrostática (N× m2/C2)

A constante k é denominada constante eletrostática e depende do meio em que as


cargas estão imersas. O valor de k no vácuo é 9 • 109 N•m2/C2.
EXERCÍCIOS

1. Há quatro esferas idênticas, uma carregada eletricamente com carga Q e as outra


neutras. Colocando-se, separadamente, a esfera eletrizada em contato com cada uma
das outras esferas, qual será a sua carga final?

2. Um aluno tem quatro esferas idênticas, pequenas e condutoras (A, B, C e D),


carregadas com cargas respectivamente iguais a –2Q, 4Q, 3Q, 6Q. A esfera A é
colocada em contato com a esfera B e a seguir com es esferas C e D. Ao final do
processo, qual será a carga da esfera A?

3. Um corpo está eletrizado com uma carga de –10µ C. Quantos elétrons ele possui
em excesso?

4. Um corpo possui 3,6 bilhões de prótons a mais do que elétrons. Qual é a sua carga
elétrica?

5. A distância entre o elétron e o próton no átomo de hidrogênio é da ordem de


5,3 • 10–11m. Determine a intensidade da força de atração eletrostática entre essas
partículas. . Considere e = 1,6 • 10–6 C ; k = 9 • 109 N•m2/C2.

6. Duas cargas elétricas Q1 = 9µ C e Q2 = 25µ C estão fixas nos pontos A e B,


separadas pela distância de 2m no vácuo. Uma terceira carga Q3 = –2µ C pode ser
colocada em qualquer ponto da reta que une as cargas Q1 e Q2. Considere k = 9 • 109
N•m2/C2.
a. Se a carga Q3 for colocada no ponto médio entre as cargas Q1 e Q2, qual será
a força elétrica resultante sobre ela?
b. Para que a carga Q3 permaneça em equilíbrio, devido às forças elétricas, ela
deve ser colocada mais próximo de Q1 ou de Q2? Justifique.

7. Duas cargas elétricas Q1 = 4µ C e Q2 = –10µ C estão separadas pela distância de


50cm no vácuo, num plano horizontal. Determine a intensidade, direção e o sentido
das forças de origem elétrica que agem em cada carga.(Dado: k = 9 • 109 N•m2/C2)

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