Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
DE
PRÁTICA DE ENSINO
Professor - Marcelo Saldanha da Gama
UCAM
PROFESSOR
Módulo 1
1
• Currículo
• Enfoque tradicional
• Enfoque abrangente currículo além do ambiente
acadêmico
• A Relação Pedagógica
Módulo 2
• O Planejamento e seus princípios
• Tipos de Planejamento : Planejamento Educacional
Planejamento Curricular
Planejamento de Ensino
• Objetivos
• Como elaborar um : Plano de Curso
Plano de Unidade ou Módulo
Plano de Aula ou Conferência.
Seleção de conteúdos
Seleção de recursos
Módulo 3
• Condições para a Prática de Ensino Objetivos
• Aprendizagem e Competências
• O professor como um comunicador
• As Técnicas de Ensino
• Estratégias para o processo ensino / aprendizagem
• Fases de aprendizagem
• Aprendizagem Criativa
• Auto avaliação - o professor reflexivo
Módulo 4
• Realização da Prática de Ensino
• Elaboração de planos de aula
• A Prática de Ensino individual
• Discussão dos procedimentos didáticos utilizados pelos futuros
docentes.
2
Breve comentário sobre o programa
3
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, R. A alegria de Ensinar. Ars Política, São Paulo, SP, 1998.
BOK, Derek. Ensino Superior. Forense Universitária. Rio de Janeiro, RJ, 1999.
CANDAU, Vera Regina. Magistério, construção cotidiana. Editora Paz e Terra, Rio
de Janeiro, RJ, 1976.
4
Professor Marcelo Saldanha da Gama
UCAM - A Vez do Mestre
Prática de Ensino
Prof. Marcelo Saldanha da Gama
Relação Pedagógica
5
2. Submeter os conteúdos sempre à crítica isenta. É impossível pois não
há isenção no ato de ensinar. Se há orientação por parte do professor
não há isenção.
6
• Ritualismo = expresso em decoreba e comportamentos pré
determinados
• Mediocridade = A conseqüência mais cruel do ritualismo. O produto
final da aprendizagem acaba por se caracterizar pela superficialidade.
• Submissão = Aluno apático, sem iniciativa para a pesquisa e/ou
produção de saber.
7
DIMENSÃO DIALÉTICA
ou seja
DEVE ESTAR EM RUPTURA E EM CONTINUIDADE
COM A SOCIEDADE.
8
que os colégios menores – pseudo modernos – são os falsos
democráticos, irresponsáveis, pagam mal seus professores e têm um
controle de qualidade trabalho abaixo do esperado.
9
ação modificadora. É necessário que haja um critério para
que a decisão seja racional e tenha base científica.
A Educação se define a partir de 3 tipos de planejamento:
10
Previsão inteligente e calculada de todas as etapas do
trabalho escolar (atividades docentes e discentes) visando a
segurança, a eficiência e economia na aprendizagem.
• PLANO DE CURSO
delineação global de toda ação a ser desempenhada.
11
OBJETIVOS
• Um resultado que se pretende alcançar.
• Descrição de um desempenho desejado.
12
VERBOS NÃO RECOMENDADOS:
VERBOS RECOMENDADOS:
13
É MUITO COMUM NOTARMOS NAS FORMULAÇÕES
DOS OBJETIVOS EDUCACIONAIS UMA ÊNFASE MAIOR
NO DOMÍNIO DO COGNITIVO. ENTRETANTO É
INTERESSANTE NOTAR QUE ELES NÃO SE SEPARAM.
PLANO DE CURSO
1- CABEÇALHO
- Nome da escola
- Localidade
- Curso
- Série
- Turma
- Disciplina
- Nome do professor
- Ano letivo ou período letivo
3- DISTRIBUIÇÃO DO TEMPO
- Número de aulas por ano ou período letivo (semestre)
- Número de aulas por semestre, bimestre, mês, semana e dia
14
*obs. – É imprescindível que haja uma margem de segurança para que o programa não
fique incompleto. Esta margem de segurança deve prever provas, feriados, faltas e outros
acontecimentos que possam influenciar o desenvolvimento do programa.
4- CONTEÚDO
- Seleção dos pontos fundamentais dispostos em seqüência de aprendizagem
- Devem ser apresentados em forma de UNIDADES ou MÓDULOS
5- OBJETIVOS
- Formulados em termos gerais (objetivos do currículo)
Ex. Ao final DO CURSO o aluno deverá ser capaz de...
6- PROCEDIMENTOS – (técnicas de ensino)
- Seminários
- Painéis
- Grupos
- Passeios
- Aulas expositivas
7- RECURSOS
- Retroprojetor
- Flip Chart / Álbum Seriado
- Vídeo
- Slides
- Data Show
- Quadro Negro (lousa)
- Textos
- Giz
8- AVALIAÇÃO
- Quais os instrumentos que indicarão se os objetivos foram alcançados
(provas, testes, freqüência, participação).
15
Os planos de UNIDADE ou MÓDULO e os planos de AULA
ou CONFERÊNCIA são derivados do PLANO DE CURSO.
1- Cabeçalho (igual)
2- Dados sobre a população (igual)
3- Distribuição do tempo
Muda de acordo com a duração da unidade/módulo ou de acordo
com a duração da aula/conferência.
4- Conteúdo
O conteúdo deve ser especificado no plano de unidade/módulo.
Por exemplo: Unidade I – Planejamento
O que é um planejamento
Tipos de Planejamento
- Planejamento Educacional
- Planejamento Curricular
- Planejamento de Ensino
Obs. – O mesmo se aplica na aula ou conferência. O conteúdo deve
ser especificado detalhadamente.
5- Objetivos.
Formulados em função da Unidade ou Módulo:
16
Formulados em função da Aula ou Conferência:
Ao final da Aula/Conferência o aluno deverá ser
capaz de...
6- Procedimentos
Devem ser definidos em função da natureza da atividade que se
pratica.
7- Recursos
A mesma observação do item anterior
8- Avaliação
Cada momento do curso necessita de uma avaliação. Desta forma
cada unidade ou módulo e cada aula ou conferência devem ter
uma forma de avaliação. Cabe ao professor defini-la de forma
clara nos seus planos.
ATIVIDADES DE ENSINO
É necessário que o professor leve em conta os objetivos, o tipo de
alunos e o tempo disponível. Para tanto ele deve:
17
A elaboração dos objetivos, invariavelmente, se confunde com o
desenvolvimento das competências e vice-versa. Por este motivo
vamos ler o texto a seguir em pequenos grupos - máximo de três
componentes - para realizarmos uma atividade prática sobre
COMPETÊNCIAS.
APRENDIZAGEM E COMPETÊNCIAS
Philippe Perrenoud
Construindo Competências
O OBJETIVO DA ESCOLA NÃO DEVE SER PASSAR
CONTEÚDOS, MAS PREPARAR TODOS PARA A VIDA
NUMA SOCIEDADE MODERNA
Competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos
(saberes, capacidades, informações etc) para solucionar com pertinência e
eficácia uma série de situações. Eis alguns exemplos de Competências:
• Saber orientar-se em uma cidade desconhecida. Uma vez que mobiliza
as capacidades de ler um mapa, localizar-se, pedir informações ou
conselhos e os saberes ligados à noção de escala, elementos da
topografia ou referências geográficas.
• Saber curar uma criança doente. Posto que são postas em prática
capacidades de observar sinais fisiológicos, medir a temperatura,
administrar um medicamento e os saberes ligados à identificação de
patologias e sintomas, primeiros socorros, terapias, os riscos, os
remédios, os serviços médicos e farmacêuticos.
• Saber votar de acordo com seus interesses. Nesse caso, mobilizamos as
capacidades de nos informar, de preencher a cédula e os saberes ligados
ao conhecimento de instituições políticas, processo de eleição,
candidatos, partidos, programas políticos, políticas democráticas etc.
18
de fato a intenção de colocá-las em sinergia nas situações complexas. Nos
primeiros anos escolares, aprendemos a ler, a escrever, a contar, mas também
a raciocinar, explicar, resumir, observar, comparar, desenhar e muitas outras
capacidades gerais. Assimilam-se conhecimentos disciplinares, como
matemática, história, ciências, geografia etc. Ocorre que a escola não tem a
preocupação de ligar esses recursos a certas situações da vida. Quando se
pergunta porque se ensina isso ou aquilo, a justificativa baseia-se nas
exigências da seqüência do curso : ensina-se a contar para resolver problemas,
aprende-se gramática para redigir um texto. Quando se faz referência à vida,
apresenta-se um lado muito global : aprende-se para se tornar um cidadão,
para se virar na vida, ter um bom trabalho, cuidar da sua saúde.
Toda a tendência atual de competências está ancorada em duas
constatações :
1. A transferência e a mobilização das capacidades e dos conhecimentos são
conquistadas. Isto requer treino e esforço. É um trabalho que exige tempo,
etapas didáticas e situações apropriadas.
2. A escola não trabalha suficientemente este dois aspectos. Não se dá tanta
importância a essa prática. O treinamento, então, é insuficiente. Os alunos
acumulam saberes, passam nos exames, mas não conseguem mobilizar o que
aprenderam em situações reais, no trabalho e fora dele (família, cidade, lazer
etc).
Isso não é dramático para quem faz estudos longos. É mais grave para
quem freqüenta a escola somente por alguns anos. Formulando-se mais
explicitamente os objetivos da formação em termos de competência, luta-se
abertamente contra a tentação da escola :
• de ensinar por ensinar, de marginalizar as referências às situações da
vida ;
• de não investir tempo treinando a mobilização dos saberes para
situações complexas.
A abordagem por competências é uma maneira de levar a sério, em outras
palavras, uma problemática antiga, qual seja, a de transferir conhecimentos.
Podemos, então, pensar em quais competências o aluno deveria ter
adquirido ao termo de sua escolarização. A resposta é simples pois esta é uma
escolha da sociedade, que deve ser baseada em um conhecimento amplo e
atualizado das práticas sociais. Elaborar um conjunto de competências não é
uma questão de se ter uma redação bem feita. No lugar de "ensinar o teorema
de Pitágoras", devemos esperar que o aluno "sirva-se do teorema de Pitágoras
para resolver problemas de geometria". A descrição de competências parte da
19
análise de situações, da ação, e daí derivam-se conhecimentos. Há uma
tendência em ir rápido demais na elaboração de programas sem dedicar tempo
em observar as práticas sociais, identificando situações nas quais as pessoas
viverão de fato.
O que sabemos verdadeiramente das competências de que precisam, no
dia-a-dia, um desempregado, um portador de deficiência, uma mãe solteira,
um filho de pais hostis, um jovem da periferia ? Se o sistema educativo não
dedicar tempo à reconstrução da transposição didática, ele não questionará as
finalidades da escola e se contentará em verter antigos conteúdos dentro de um
novo recipiente. Na formação profissional, se estabelece uma análise de
situações de trabalho para, depois, haver uma elaboração ou um referencial de
competências, que fixa os objetivos da formação. Nada disso acontece na
formação geral. Por isso, sob a capa de competências, dá-se ênfase a
capacidades sem contexto. Resultado : conserva-se o essencial dos saberes
necessários aos estudos burocráticos que só reforçam um modelo submisso de
pouca produção, pouca aspiração e pouca criatividade.
20
CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS DA
APRENDIZAGEM
21
Características do Processo de Aprendizagem
Dependente do interesse.
FATORES DA APRENDIZAGEM
22
Cada aluno é peculiar. No entanto sugerimos dividi-los em 3
categorias:
*Bons alunos – Aprendem bem, estudam mas são dependentes dos
professores.
*Maus alunos – Não estudam, aprendem mal e são rebeldes.
*Alunos independentes – São autônomos, seguros, aprendem bem
mas tendem a ser rebeldes.
2o- Inteligência.
Não é sinônimo de boa escolaridade. A inteligência se expressa na
capacidade de aprender coisas novas (formal ou informalmente) e de
se adaptar a novas situações.
3o- Memória.
Capacidade de fixar o que se aprende. Aprender implica a
possibilidade de recordar.
Quando há o esquecimento quer dizer que a aprendizagem foi mal
feita.
É recomendável para uma boa retenção:
• Motivar o conteúdo.
• Associá-lo à realidade do aprendiz.
• Realçar os pontos importantes.
• Exercitar o conteúdo.
• Aproveitar o aluno descansado.
4o- Atenção
Condição básica de toda aprendizagem. Sem atenção não se
aprende. Despertar a atenção é motivar o aluno.
23
TÉCNICAS DE ENSINO
A AULA
Aula: Conjunto orgânico de determinado assunto que forma uma
unidade de trabalho.
Organização das atividades pedagógicas articuladas entre
professores e alunos.
24
CONFIANÇA ENTRE AS PESSOAS. COM CLARA
DEFINIÇÃO DE PAPÉIS MAS SEM CONFLITOS
DESNECESSÁRIOS
VERIFICAÇÃO DO ENSINO
A avaliação deve ser baseada em : Freqüência
Participação
Testes e/ou Provas
25
• Devem ser OBJETIVOS (com respostas objetivas)
• Devem ter INSTRUÇÕES INEQUÍVOCAS (evitar duplas
interpretações)
• Devem EXCLUIR O ACASO (sucesso e fracasso não podem ser
casuais)
• Devem SER GRADUADOS (começando com questões simples e
aos poucos ficando mais complexo)
• Devem SER AFERIDOS SOBRE UM GRANDE NÚMERO DE
SUJEITOS (o teste não deve contemplar só um tipo de aluno)
• Devem SER RÁPIDOS (não devem cansar o aluno)
• Devem SER INÉDITOS (evitar que os alunos conheçam as
questões antecipadamente)
MOTIVAÇÃO DA APRENDIZAGEM
A motivação é melhor entendida se pensarmos que está
relacionada ao nosso comportamento. Existem 2 tipos de motivação:
Primária (real) - Partem de impulsos que operam no
organismo (fome, sede, sono, frio etc)
Secundária (fundamental) - Acusam um esforço para se
chegar ao objetivo.
26
Estes dois tipos de Motivação se desenvolvem a partir de:
• Necessidades Psicológicas
• Necessidades Normativas
27
As técnicas de ensino estão associadas à motivação da aprendizagem
e trabalham 3 capacidades do educando:
28
É muito difícil relacionar as necessidades e promover sempre
uma motivação eficiente. Não parece que existem meios totalmente
eficazes para relacionar e trabalhar nossos impulsos motivadores.
Na escola isso é particularmente delicado pois constantemente
os professores apelam para a motivação de cima pra baixo e ignoram
as vontades e iniciativas do aluno.
Por outro lado, em nome da modernidade e sem fundamentos
teóricos para tanto, permitem aos alunos uma conduta de excessiva
liberdade que nada mais é do que a ausência de uma metodologia
adequada ao ensino de qualidade.
Como elemento provocador da motivação podemos citar a arte
de estimular o aluno a ir em direção a um caminho que o estimule.
Neste caso podemos falar da boa formulação de perguntas. Estas,
quando bem feitas, são imprescindíveis para que a aprendizagem
chegue a um bom termo.
PERGUNTAS
29
Relaciona idéias, fatos, conceitos...
Supõe elaboração mental
Abrange o conhecido e encoraja ir além dele
As perguntas visam o desenvolvimento de vários processos mentais
que estão ligados à definição dos objetivos da aprendizagem.
São eles :
30
adequado ao aluno Devemos observar se as perguntas possuem
relevância, adequação e abertura
PROPOSTAS DE MÉTODOS
DE APRENDIZAGEM
31
Tem a preocupação em ‘dosar’ as informações pois isso facilita
o registro permanente de informações.
Aparentemente nosso cérebro precisa de um tempo após cada
evento significativo de aprendizagem. Receber informações de forma
rápida não permite uma boa consolidação de informações.
Por isso é bom descansar entre momentos muito intensos de
aprendizagem.
32
4) LEITURA SILENCIOSA x LEITURA EM VOZ ALTA
FORMAS DE APRENDIZAGEM
Podemos dividir em 3 as formas de aprendizagem:
1- Condicionamento.
Divide-se em Clássico e Operante.
2- Ensaio e erro.
Ocorre por meio de tentativas até que seja atingido o objetivo
desejado. A tendência é que os erros diminuam com o tempo e a
prática.
33
Esta aprendizagem envolve 6 elementos básicos:
- necessidade ou motivo determinados por motivos primários
que tenham uma certa relação instintiva: fome, sede, fome, recuo
ante ‘S’ dolorosos, frio etc; ou determina- dos por motivos
secundários que têm caráter social: desejo de prestígio, afeição, auto
valorização etc.
- problema elemento básico em todas as formas de aprendizagem
sistemática. Supõe uma barreira que precisa ser vencida. A partir daí
o sujeito precisa desenvolver novas habilidades, técnicas e assimilar
novas informações.
- ataque aleatório ou variado perante uma situação nova é
comum não haver padrão anterior para enfrentá-la. Sendo assim
costumamos apelar para tentativas experimentais sem uma base
sólida para a solução. Existe discernimento e reflexão de
experiências anteriores mas nem sempre isso é possível.
- sucesso acidental o alcance do objetivo pode ser casual. O
ponto anterior é um indicador de que isso é possível. A aprendizagem
só será considerada atingida se o objetivo for atingido com método e
pode ser repetido.
- seleção e eliminação selecionam-se ou eliminam-se as
respostas de acordo com a necessidade da situação.
- integração e coordenação não está presente em todas as
aprendizagens deste tipo. São necessários quando aprendem-se
movimentos rápidos e precisos (instrumento musical, digitação...)
que, por sua natureza, solicitam integração e coordenação entre eles.
34
Entretanto a aprendizagem pode ser reparada em vários outros
aspectos tais como a aprendizagem incidental ou a aprendizagem por
imitação. Não são sistemáticas mas apresentam elementos que
merecem ser investigados.
FASES DA APRENDIZAGEM
35
Ignorância O sujeito aceita que não sabe e que existe algo que
ele não conhece.
Estar a par do novo O sujeito toma contato com o novo. É o
APRENDIZAGEM CRIATIVA
36
Incerto
37
Originalidade Estimular o sujeito a ter e a manifestar idéias
originais. Por exemplo, torneio de idéias.
Inventividade Um passo além da originalidade, a inventividade se
refere à fluência e à quantidade de idéias. A noção da própria
capacidade inventora desenvolve a auto confiança.
Curiosidade e Pesquisa A curiosidade é a base da pesquisa. Todo
aquele que argumenta e defende um ponto de vista desenvolve sua
capacidade de investigação. Isso estimula a criatividade.
Auto Direção Caracterizada pela livre escolha e iniciativa. É bem
interessante notar que um mesmo assunto tem abordagens variadas
de pessoa para pessoa. Aprender é um mecanismo pessoal.
Percepção Sensorial Capacidade de sentir e perceber. Quanto mais
somos estimulados (leitura, interpretação...) mais chance temos de
desenvolver a criatividade.
...............................................................................................................
PAULO FREIRE
38
O modelo Paulo Freire supera a posição tradicional do sujeito
sobre o objeto. Esta postura implica numa concepção diferente dos
seres humanos e do mundo. Parte do princípio de que todo ser
humano é inacabado e que ninguém é plenamente educado. Apenas
estamos em diferentes fases de maturação.
O ato de educar deve ser entendido em conjunto pois estamos
situados num espaço físico determinado, numa sociedade concreta e
num tempo preciso.
Sofremos os condicionamentos da situação a ponto de nos
modificarmos se a situação se modifica.
É preciso que o povo tome distância da realidade em que vive,
objetive-a e coloque-a a sua reflexão para perceber os
condicionamentos que ela criou e que a envolvem.
39
realidade, procurar a causalidade profunda dos fatos e, finalmente,
transformar.
40
4. Buscar brechas que a realidade apresenta para a sua
transformação
5. Procurar soluções no modo de ser nacional
41
É preciso coragem nos que se propõem a fazer do diálogo o
método de educação popular pois que ser povo emerso é correr
riscos tanto por parte da classe dominante - interessada na
continuação do "estar sendo" quanto da classe popular que,
hospedando o opressor percebe a realidade tal como o
dominador a vê.
Esse pensamento é a base da mudança uma vez que para o
oprimido ser Homem é ser como o opressor.
42
Assim os educadores-educandos se realizam como seres da
práxis, estando de tal modo o método disposto com a finalidade que
é impossível que haja conscientização sem o método dialógico. Isto
é, sem busca de síntese da reflexão e da ação dos sujeitos que
dialogam.
43