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Anápolis, 2010.
INTRODUÇÃO
O cobalto (do alemão Kobold, duende, demônio das minas) é um elemento quí-
mico, símbolo Co, número atômico 27 (27 prótons e 27 elétrons) e massa atômica 59 uma
(unidade de massa atômica), encontrado em temperatura ambiente no estado sólido [1]. Histo-
ricamente, compostos de cobalto têm sido usados como pigmentos de vidros e cerâmicas. E-
xistem registros de cerâmicas egípcias datadas em torno de 2600 A.C. e vidros iranianos em
torno de 2200 A.C. que continham pigmentos à base de cobalto. Porém este elemento foi iso-
lado somente em 1780, por T. O. Bergman. [2]
O cobalto é um metal duro, ferromagnético, de coloração branca azulada. Sua
temperatura de Curie é de 1388 K. Normalmente é encontrado junto com o níquel, e ambos
fazem parte dos meteoritos de ferro. É um elemento químico essencial para os mamíferos em
pequenas quantidades. O Co-60, um radioisótopo, é um importante traçador e agente no tra-
tamento do câncer. O cobalto metálico é normalmente constituído de duas for-
mas alotrópicas com estruturas cristalinas diferentes: hexagonal e cúbica centrada nas faces,
sendo a temperatura de transição entre ambas de 722 K. [1]
O cobalto pertence ao grupo 9 da tabela periódica e está intimamente ligado ao
desenvolvimento da química de coordenação. Foi através de complexos de cobalto que Alfred
Werner desenvolveu parte de sua teoria, que sucumbiu com as hipóteses de Jorgensen-
Blomstrand. Quimicamente este elemento apresenta os estados de oxidação I, II, III, IV, V e
VI, tendo como mais importantes os estados II e III. Os íons Co2+ são muito estáveis e podem
ser encontrados em vários compostos simples, tais como CoCl2, CoSO4, CoCO3, sendo que
todos os sais hidratados apresentam coloração rósea devido ao complexo [Co(H2O)6]2+. Já os
íons Co3+ são bastante oxidantes e relativamente instáveis.
Complexo é um composto químico formado pela adição de uma substância sim-
ples, normalmente um íon metálico que funciona como um receptor de elétrons π com uma ou
várias moléculas de outra substância, chamada de ligante bases de Lewis [4]. Praticamente
todos os complexos de Co (III) possuem 6 ligantes dispostos em um arranjo octaédrico. Mui-
tos deles apresentam formas isoméricas, sendo que os ligantes mais comuns são os doadores
N (amônia, amina e amida). [3]
De acordo com a TLV (Teoria de ligação de valência) o cloreto de pentaaminclo-
rocobalto (III) (figura 01) e o cloreto de hexaaminclorocobalto (III) (figura 02) são complexos
de geometria octaédrica cujo metal, Co3+ apresenta N.C. (número de coordenação) igual a 6,
hibridização sp3d2, camada de valência 3d6, sendo caracterizado como complexos de orbitais
externos.
Figura 01: Fórmula estrutural do cloreto Figura 02: Fórmula estrutural do cloreto de
pentaaminclorocobalto (III). hexaamincobalto (III).
Fonte: própria. Fonte: própria.
Complementando-se com a TCC (Teoria do campo cristalino), os ligantes do clo-
reto de pentaaminclorocobalto (III) e do cloreto de hexaamincobalto (III) são ligantes de cam-
po fraco o que proporciona um baixo desdobramento de energia e, consequentemente, é carac-
terizado como um o complexo de spin alto apresentando EECC (Energia de Estabilização do
Campo Cristalino) igual a -2/5∆o ou -4 Dq (Figura 03).
Figura 03: Remoção parcial da degeneração dos orbitais d do Co3+ em um campo octaédrico.
Fonte: própria.
OBJETIVO
Sintetizar o cloreto de pentaaminclorocobalto (III) a partir do nitrato de tetraamin-
carbonatocobalto (III), ácido clorídrico e hidróxido de amônio. Sintetizar o cloreto de hexa-
mincobalto (III) a partir do cloreto de hexaaquocobalto (III), peróxido de hidrogênio, cloreto
de amônio e hidróxido de amônio; e purificar o cloreto de hexamincobalto (III).
PARTE EXPERIMENTAL
• 2 béquers de 50 mL
• Béquer de 250 mL
• Papel indicador ácido-base
• Balança analítica
• Espátula
• Piceta
• 2 pipetas
• Pró-pipeta
• Chapa elétrica
• Bastão de vidro
• Funil de placa porosa
• Argola metálica
• Suporte universal
• Bomba a vácuo
• Banho de gelo
• Frasco Kitassato
2. Reagentes
3. Procedimento experimental
Em um béquer dissolveu-se 1,0 g de nitrato de tetraamincarbonatocobalto (III) em
10 mL de água destilada. Em seguida, foi adicionado 1,6 mL de ácido clorídrico concentrado,
lentamente e sob agitação. Quando cessou a efervescência, neutralizou-se a solução com hi-
dróxido de amônio concentrado verificando a neutralização com papel indicador universal. O
pH ficou em torno de 7.
Foi adicionado 1,2 mL de hidróxido de amônio concentrado em excesso. Aque-
ceu-se a solução por 20 minutos, mas não deixou-se entrar em ebulição. Resfriou-a ligeira-
mente e adicionou mais 16 mL de ácido clorídrico concentrado.
• Balança analítica
• 5 béqueres de 50 mL
• Chapa elétrica
• 3 espátulas
• Erlenmeyer de 125 mL
• Banho de gelo
• Pipeta
• Pró-pipeta
• Pipeta Pasteur
• Banho-maria
• Termômetro
• Funil de Büchner
• Frasco Kitassato
• 2 argolas metálicas
• Bomba a vácuo
• 2 suportes universais
• Bastão de vidro
• Funil simples
• 2 papéis de filtro
2. Reagentes
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Cálculo do rendimento:
x = 1,006 g de [Co(NH3)5Cl]Cl2
Rend. = 80,52%
Dados:
Massa Molar [Co(H2O)6]Cl2: 237,93 g
Massa Molar NH4Cl: 53,5 g
Para o NH4Cl:
x = 0,09 mol
Para o [Co(H2O)6]Cl2:
x = 0,03 mol
Assim, tem-se que para a reação de NH4Cl com [Co(H2O)6]Cl2 ocorre a propor-
ção de 0.03:0.09, ou seja, 1:3. Obtendo-se a seguinte reação de acordo com o procedimento:
A densidade do H2O2 é 1,476 g/mL, logo a densidade de H2O2 a 20% é de 0,3 g/mL, as-
sim:
0,3 g de H2O2 1 mL
x 15 mL
x = 4,5 g
Dados:
Massa Molar [Co(H2O)6]Cl2: 237,93 g
Massa Molar [Co(NH3)6]Cl3: 267,58 g
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[2] Lee, J. D.; Química Inorgânica não tão Concisa, 5ª ed., Edgard Blücher: São Paulo,
1999.
[3] Cotton, F. A.; Wilkinson, G.; Advanced Inorganic Chemistry, 5th ed., John Wiley & Sons:
New York, 1988.