EXERCICIO PRÁTICO Nº.

O património da Soc. Industrial A. Peça. SA. em 31 de Dezembro de 2009 é representado pelo

seguinte Balanço Sintético:

(Valores em 000’s €
ACTIVO................................................. 5.210
Não Corrente
Investimentos 2.010
Corrente
Inventários 450
Contas a Receber e a Pagar 1.520
Meios Financeiros Liquidos 1.230
-SIT. LIQUIDA........................................ - 158
Capital 100
Reservas 65
Resultados ( 323)
PASSIVO.............................................. 5.368
Não Corrente
Contas a Pagar MLP 1 218
Corrente
Contas a Pagar CP 4 150

Como Auditor procedeu ao exame da informação que suporta as referidas peças financeiras e
identificou as situações seguintes:

1. Estão registados como dívidas de médio e longo prazo os empréstimos à tesouraria (a 6

meses) no valor de 100 mil €. Entretanto, está em fase de negociação o processo de
reestruturação desta dívida para médio e longo prazo.

2. Foram registadas como Gastos (custos) do exercício as despesas de publicidade

contratadas em 25 de Maio de 2008, no valor global de 795 mil €, efectuadas com o objectivo
de relançar a imagem de marca de alguns produtos, prevendo-se que o seu efeito irá
repercutir-se nos dois exercícios seguintes.

3. À semelhança dos anos anteriores, não foram constituídas quaisquer provisões para
encargos com assistência pós-venda que, em 2008, se cifraram em 187 mil €. Para fazer face
ao valor de uma acção movida pelo cliente Soc. Ind. Rama Kurta, SA, que se prevê envolver o
valor de 12.500€, foi constituída uma provisão específica de igual montante. Em 15 de
Fevereiro de 2010 foi conhecida a decisão final sobre a referida acção, tendo a empresa sido
ilibada de qualquer pagamento.

4. A Empresa procedeu à amortização do imobilizado corpóreo de acordo com as taxas

mínimas em vigor ao contrário do procedimento dos anos anteriores durante os quais foram
praticadas as taxas máximas. A alteração de critério originou uma redução de 75.000 € em
relação aos valores registados como as amortizações do exercício.
O Edifício na Rua de Santos adquirido em 2008 por 750.000€, está classificado como
investimento financeiro e encontra-se alugado à embaixada do Japão desde Março do mesmo
ano. As respectivas rendas mensais de 2.000€ e amortizações estão a ser classificadas
contabilisticamente como Rendimentos (proveitos) e Gastos (custos) operacionais,
respectivamente.

5. No que respeita à divida do cliente Soc. Comercial J. Benevides, SA no valor de 800.000€,

que se encontra classificada como divida de cobrança duvidosa, foi encontrada documentação
que suporta a existência de um contrato de garantia recebida suportada no edifício dos
armazéns avaliado em 900.000€. Face à situação a empresa tem constituídas provisões no
montante de 425,000€.

1
6. A empresa realizou em 30 de Setembro de 2008 uma aplicação financeira em obrigações de
Caixa do BCP no valor de 100,000€ à taxa de 10% e recebimento de juros semestrais. A
aplicação, que se encontra registada como disponível, está dada como garantia de um crédito
de 200,000€ obtido em 30 de Novembro junto da mesma instituição à taxa de 15% e
pagamento de juros trimestrais. Em relação ao valor dos juros só é registado na data do
recebimento/pagamento.

7. As compras de produtos para a Secção de Moldagem são feitas telefonicamente para a

respectiva Área de Compras não existindo qualquer suporte documental que justifique a
formalização dessas requisições que no ano de 2008, envolveram o valor de 350.000€, quando
em 2004 o total do mesmo tipo de transacções se ficou pelos 53.000€.

8. A conta DO no Chase Bank apresenta o saldo credor no montante de 122.000€ e, da sua

análise, concluiu-se que este valor diz respeito a uma linha de crédito em conta corrente
negociada junto da referida instituição.
As contas bancárias são movimentadas com a autorização de dois responsáveis com poderes
para tal, sendo uma delas a do tesoureiro.
Os cheques recebidos pós-datados, que envolvem o montante global de 83,000€, são
registados contabilisticamente como um valor de caixa sendo prática a empresa eliminar a
divida a receber no momento em que o cliente emite o cheque.
Não são feitas avaliações cambiais dos Depósitos em moeda estrangeira pelo que se mantêm
registados pelo câmbio em vigor no momento da sua contratação. À data de 31 Dezembro de
2009 existiam depósitos em USD, dos quais resultava uma diferença cambial favorável no valor
de 2,000€.

9. Das verificações realizadas junto da Área de Reconciliações Bancárias constatou-se

existirem cheques emitidos em 2008 Contas a Receber e a Pagar, no valor de 92.000€, que
ainda não foram apresentados nos Bancos respectivos.

Das situações identificadas pretende-se que:

a), Apresente a sua opinião sobre as potenciais implicações, em termos de

reclassificações e ajustamentos, que podem resultar para a estrutura e valor do
patrimonio da Empresa. Suporte as suas recomendações nos normativos contabilísticos
(princípios) que conhece.

b) Elabore um Balanço corrigido e comente a nova situação patrimonial da Empresa.

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 AJUSTAMENTOS E RECLASSIFICAÇÕES

Nº PCGAs Investimentos Contas a Meios Resultados MLP CP

Receber e a Financeiros (Gastos e
Pagar Liquidos Rendimentos)

SALDO INICIAL
1
2
3
4
5
6
7
8
9
7

VALORES A CORRIGIR

SALDO CORRIGIDO