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UNIVERSIDADE DA REGIÃ0 DA CAMPANHA – URCAMP

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

ORGANIZAÇÕES DO SISTEMA DE SAÚDE


A SAÚDE NA FRANÇA.

Samantta wdson

BAGÉ, JUNHO DE 2009.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 03

2 UM POUCO SOBRE A FRANÇA..................................................................................... 04


2.1 Sistema De Saúde Na França........................................................................................... 06
2.2 Hospitais e Leitos............................................................................................................. 07
2.3 Atenção Ambulatorial...................................................................................................... 08
2.4 Custos Para os Usuários Do Sistema Público.................................................................... 08
2.5 Os Três Setores Da Atividade Médica................................................................................ 09
2.6 Protocolos........................................................................................................................... 09
2.7 Tendências Atuais.............................................................................................................. 10

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................. 11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................... 12
INTRODUÇÃO

De acordo com GOUBERT & REY (1993) Mudanças abruptas ocorreram com a
França em um século, tais como: Uma sociedade que era 85% rural, tornou-se 93% urbana.
Antes majoritariamente pobre, agora a França possui um nível de vida entre os mais elevados
no mundo, mesmo no mundo ocidental. O que era uma monarquia de direito divino, a França
se tornou uma democracia republicana.

Outrora precária e frágil, o nível da saúde dos franceses se tornou um dos mais
elevados do mundo, o segundo depois do Japão, levando em conta a esperança de vida no
nascimento que dobrou em dois séculos.
2 UM POUCO SOBRE A FRANÇA

DADOS PRINCIPAIS:

Nome oficial: República Francesa (République Française).


Nacionalidade - francesa.
Data nacional - 14 de julho (Queda da Bastilha).
Capital: Paris.
Cidades principais: Paris (aglomerado urbano: 9.469.000 em 1995; cidade: 2.156.766 em
1991); Marselha (797.700), Lyon (416.263), Toulouse (390.712), Nice (341.016, Nantes
(268.683), Estrasburgo (263.896) - 1999.
Idioma: francês (oficial), línguas regionais (bretão, basco).
Religião: cristianismo 79,2% (católicos 76,3%, protestantes 2,9%), islamismo 6,3%, outras
14,5% (1992).

GEOGRAFIA:

Localização: oeste da Europa.


Hora local: +4h.
Área: 543.965 km2.
Clima: temperado oceânico, mediterrâneo (S).
Área de floresta: 150 mil km2 (1995).

POPULAÇÃO:

Total: 59,1 milhões (2000), sendo franceses 93,6%, outros europeus 2,9%, outros 3,5%
(1996).
Densidade: 108,65 hab./km2.
População urbana: 75% (1998).
População rural: 25% (1998).
Crescimento demográfico: 0,4% ao ano (1995-2000).
Fecundidade: 1,71 filho por mulher (1995-2000).
Expectativa de vida M/F: 74/82 anos (1995-2000).
Mortalidade infantil: 6 por mil nascimentos (1995-2000).
Analfabetismo: menor do que 5% (2000).
IDH (0-1): 0,917 (1998).

POLÍTICA:

Forma de governo: República com forma mista de governo.


Divisão administrativa: 21 regiões administrativas subdivididas em departamentos.
Principais partidos: União pela República (RPR), União pela Democracia Francesa (UDF),
Socialista (PS).
Legislativo: bicameral - Senado, com 321 membros eleitos pela Assembléia Nacional e por
delegados departamentais e municipais (1/3 renovável a cada 3 anos); Assembléia Nacional,
com 577 membros eleitos por voto direto. Com mandatos de 9 e 5 anos, respectivamente.
Constituição em vigor: 1958.
Territórios administrados: Guadalupe, Guiana Francesa, Ilhas Wallis e Futuna, Martinica,
Mayotte, Nova Caledônia, Polinésia Francesa, Reunião, Saint-Pierre e Miquelon.

ECONOMIA:

Moeda: Euro.
PIB: US$ 1,4 trilhão (1998).
PIB agropecuária: 2% (1998).
PIB indústria: 26% (1998).
PIB serviços: 72% (1998).
Crescimento do PIB: 1,5% ao ano (1990-1998).
Renda per capita: US$ 24.210, Incluindo Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica e Reunião
(1998).
Força de trabalho: 26 milhões (1998).
Agricultura: trigo, beterraba, milho, cevada.
Pecuária: bovinos, suínos, ovinos, aves.
Pesca: 829,9 mil t (1997).
Mineração: carvão, petróleo, gás natural, minério de ferro, gipsita.
Indústria: alimentícia, equipamentos de transporte, química, máquinas, metalúrgica, bebidas,
tabaco.
Exportações: US$ 304,8 bilhões (1998).
Importações: US$ 286,3 bilhões (1998).
Principais parceiros comerciais: Alemanha, Itália, Bélgica, Luxemburgo, Reino Unido,
EUA.

RELAÇÕES EXTERIORES:

Organizações: Banco Mundial, FMI, G-7, OCDE, OMC, ONU, Otan, EU.
Embaixada: Tel. (61) 3312-9100, fax (61) 3312-9108, e-mail: france@ambafrance.org.br -
Brasília, DF.

2.1 Sistema De Saúde Na França

Na França, a saúde é um dos componentes do Sistema de Seguridade Social, de


solidariedade social e de natureza pública, instituído no século 20, sob a base da cotização
obrigatória de empregados e empregadores. Tem como princípios de organização a
coexistência do setor público de prestação de serviços ao lado do privado, com ou sem fins
lucrativos; a livre escolha de profissionais e estabelecimentos de saúde; a autonomia para a
instalação de consultórios; o pagamento direto, pelos usuários, aos profissionais e serviços de
saúde, com reembolso parcial das despesas; a liberdade de prescrição; e o segredo
profissional.
Na prática, representa um programa de seguro público compulsório, que tanto
remunera médicos particulares pela assistência, quanto exerce relativo controle regulador
sobre o valor de consultas e procedimentos. Por sua característica mista, disponibiliza, ainda,
serviços de natureza pública e privada aos usuários.

Trata-se de um sistema com alto nível de recursos e prestação de serviços, cobrindo a


assistência médico-odontológica, farmacêutica, domiciliar de enfermagem, transportes
sanitários, curas termais e fornecimento de órteses e próteses, incluindo óculos.

2.2 Hospitais e Leitos

A rede de saúde possuía 3.075 estabelecimentos hospitalares (475.725 leitos) em


2000, sendo 1.010 públicos (311.006 leitos) e 2.055 privados (164.720 leitos).

Entre os privados, predominavam os hospitais lucrativos, com 1.164 estabelecimentos


(93.818 leitos), coexistindo com 902 sem fins lucrativos (70.902 leitos) – estes últimos os
responsáveis por boa parte dos cuidados de média e longa durações, geralmente originários de
congregações religiosas. No entanto, nos anos 90, os leitos tenderam à diminuição – na época,
considerados excessivos e de custos desnecessários.

Entre 1991 e 1998 foram suprimidos 35.352 leitos públicos e 18.474 privados. Desde
os anos 90, o país experimenta o aumento da hospitalização domiciliar, de hospitais-dia e
hospitais-noite, voltados principalmente aos cuidados de pessoas portadoras de transtornos
mentais. E, diferentemente de outros países europeus – por exemplo, a Inglaterra –, na França
praticamente não há filas de espera para intervenções cirúrgicas.

2.3 Atenção Ambulatorial


A atenção ambulatorial compreende cuidados médicos, odontológicos, fisioterápicos,
exames laboratoriais e radiológicos, assistência de enfermagem e curas termais, entre outros.A
tabela de honorários dos profissionais de saúde é negociada pelas estruturas sindicais com os
órgãos da Seguridade Social, e baseia-se em pagamento por atos realizados, o que tende ao
incremento dos custos.

Em 2000, como exemplo, uma consulta médica efetuada por generalista custava 20
euros; por cardiologista, 46 euros; e por psiquiatra, 36 euros.

2.4 Custos Para os Usuários Do Sistema Público

Desde a implantação do tíquete moderador, instrumento destinado ao controle de


despesas e à responsabilização parcial do usuário pelos custos do sistema, fica a cargo do
usuário:

→ 30% do valor das consultas médicas,

→ 40% dos atos dos auxiliares,

→ 40% dos exames laboratoriais,

→ 35% dos gastos com transportes sanitários e óculos,

→ além de um montante variável de 0 a 100% com medicamentos prescritos, conforme a


natureza do medicamento e da patologia envolvida.

2.5 Os Três Setores Da Atividade Médica


A remuneração da atividade médica é dividida em três setores que interferem tanto no
pagamento como no reembolso a ser realizado.

No setor 1, os honorários são fixados pelos acordos estipulados com a Seguridade


Social.

No setor 2, os médicos, principalmente os das grandes cidades e devido às suas


especializações e títulos, negociam os honorários com a Seguridade Social acrescidos de um
adicional. Esse plus é de inteira responsabilidade do usuário. Em 2000, 13,8% dos
generalistas e 37% dos especialistas seguiam as normas do setor 2.

Por último, há um pequeno grupo de médicos no setor 3 que pratica honorários livres.

A regulação estatal no setor saúde abrange diferentes campos. Por exemplo, o controle
e limitação do número de profissionais de determinadas especialidades em exercício no país,
mediante a instituição de um numerus clausus, a partir de 1971. Na época de sua implantação,
havia 8.588 de estudantes/ano de Medicina no país, número que caiu para quatro mil no início
do novo século.

2.6 Protocolos

Desde 1993 vêm sendo instituídas as Références Médicales Opposables (RMOs), que
são protocolos para o acompanhamento de patologias, execução de determinadas técnicas e
tratamentos médicos. Havia 200 RMOs orientadoras para os médicos generalistas e 250 para
os especialistas em 2000, dirigidas ao uso de medicamentos e à realização de exames
complementares. Desde esse ano, os médicos, assalariados ou liberais, estão obrigados a
desenvolver a educação continuada, sendo submetidos à avaliação de instituições específicas
para essa tarefa.

Também existe o tiers payant” (terceiro local ou terceiro pagador), que são
documentos entregue nas farmácias, onde permite que obtenha medicamentos prescritos,
gratuitamente, dependendo da patologia e do medicamento. No caso brasileiro quem está
nesta posição de terceiro pagador é o Estado, mas pode ser uma companhia de seguros.

2.7 Tendências Atuais

Desde 2005, todo segurado maior de 16 anos deve escolher um médico de referência,
inclusive para orientá-lo a consultas em outras especialidades e à realização de exames
complementares. O médico de referência pode ser generalista ou especialista, de acordo com
a escolha do paciente. O segurado pode até optar por não indicar um médico de referência,
mas isso implicará menor reembolso por suas consultas. E, se consultar um especialista sem
passar pelo médico de referência, deverá arcar com os custos adicionais das consultas, que
não serão reembolsadas. Exceção se faz para situações caracterizadas como de urgência e para
o atendimento ginecológico com objetivo de contracepção, exames ginecológicos periódicos,
consultas pediátricas, psiquiátricas e oftalmológicas para prescrição de óculos ou pesquisa de
glaucoma.

Ainda que ocorressem desigualdades de acesso entre as diferentes categorias sociais e


as diversas regiões do país, o sistema de saúde francês se manteve nas primeiras posições nos
indicadores de satisfação de clientela entre os países europeus desenvolvidos, até meados da
década de 2000.

Em, 2006, por exemplo, a organização sueca Health Consumer


Powerhouse considerou o sistema de saúde francês o melhor dos 25 Estados membros da
União Européia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento do poder do Estado, a realização de um sistema de previdência


social (1945) e de uma legislação social contribuiu largamente para o crescimento da França.
Em conseqüência, o nível de vida média melhorou consideravelmente. Contudo, as
diferenças sociais existem ou mesmo se aprofundam entre os mais favorecidos e os mais
desfavorecidos. RAUCH (1995).

Assim, a cidade de Paris tornou-se inacessível à imensa maioria dos habitantes da


região em razão do preço elevado das moradias. No domínio médico, um fosso existe segundo
o preço das consultas ditas do setor 1 e as do setor II, os honorários dos especialistas podem
variar de uma a três vezes, por exemplo, para os oftalmologistas e dentistas.

Também os mais desprovidos, em caso de doença, procuram o Pronto Socorro dos


hospitais públicos, que asseguram gratuitamente os cuidados necessários, mesmo quando não
se trata de uma emergência em sentido literal. Outro índice dessas diferenças sociais, a
esperança de vida dos grupos sociais é diferente segundo se trata da população operária ou da
burguesia. Em média, os operários têm uma esperança de vida de cerca de 12 anos a menos do
que a dos grupos favorecidos, entre os quais figuram os padres e os professores.

Contudo, deve-se ressaltar a importância do Sistema de Seguridade Social para os


cidadãos franceses, que é revelada no conteúdo do discurso proferido pelo ex-ministro da
Saúde Jean-François Mattei, eminente bioeticista, em conferência realizada em setembro de
2003:
“A Seguridade Social está no coração de nosso contrato social. Ela é a
principal garantia de justiça social e solidariedade em nosso país”.
Jean-François Mattei.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Originais:

ARIÈS P, DUBY G. Histoire de la vie privée. Paris: Seuil; 1986

GOUBERT J-P, REY R. Atlas de la révolution française. Vol. 7 : Médecine et santé. Paris:
éd. de l'E.H.E.S.S. ; 1993.

RAMSEY M. Professional and popular medicine in France, 1770 – 1830. New York:
Cambridge University Press; 1988.

RAUCH A. Histoire de santé. Paris: P.U.F.; 1995.

Versão traduzida:

ARIÈS P, DUBY G. História da Vida Privada. Paris: Seuil, 1986.

GOUBERT J-P, REY R. Atlas da Revolução Francesa. Vol. 7: Saúde e Medicina. Paris: ed. o
E. H.E.S.S. 1993.

RAUCH A. História da Saúde Paris: P.U.F. 1995.

RAMSEY M. Professionais e medicina popular na França, 1770 - 1830. Nova Iorque:


Cambridge University Press 1988.

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