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B(0,b)
M(x,y)
a a
b
A’(-a,0) A(a,0)
c
F’(-c,0) F(c,0) x
y
B’(0,-b)
2010
Ao Aluno,
Caro aluno. Esta apostila foi elaborada com o propósito de otimizar e facilitar o
acompanhamento da primeira parte do programa da disciplina Geometria
Analítica ministrada nos cursos de engenharia da FEA-FUMEC. Por se tratar de
um assunto extenso e complexo, foram aqui omitidas algumas formalidades
matemáticas com o intuito de tornar o texto mais amigável possível, sem perder a
lógica e o rigor necessários. Contudo é desejável que você tenha acesso a outras
bibliografias relacionadas ao assunto, algumas das quais serão indicadas em sala
de aula. Espero que este texto o ajude no entendimento e assimilação desta
fantástica ferramenta matemática que é a Geometria Analítica.
Bons estudos.
2
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
3
Introdução
O que é Geometria Analítica?
Capítulo 1
Espaços Dimensionais; Sistemas de Referência; Sistema de Coordenadas
Retangulares.
2
− 3 3 π
-3 -2 -1 0 1 2 3
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
5
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
considerado uma reta, eles precisam estar alinhados e obedecer a uma regra do
tipo ax + by + c = 0 que é uma equação em relação ao sistema de coordenadas
retangulares. Cada curva tem uma equação bem definida em relação a um
sistema de referência. Ao mudarmos o sistema de referência mudamos também a
equação da curva. Às vezes uma curva possui uma equação mais simples, ou
mais apropriada, em relação a um determinado sistema de referência. Por isso
existem vários, e são utilizados de maneira conveniente.
2
1
-3 -2 -1 0 1 2 3 x
-1
-2
-3
Figura 1.1
6
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
B (−1,2)
2
1 A( 2,1)
-3 -2 -1 0 1 2 3 x
-1
-2
C ( −2, − 2)
-3
D(2,−3)
Figura 1.2
7
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Capítulo 2
Distância entre dois pontos; Coordenadas do ponto médio.
Q " (y 2 ) Q (x 2 , y 2 )
“A menor distância entre dois
pontos é o comprimento do
segmento de reta que os une”
R( x 2 , y1 )
P " ( y1 )
P( x1 , y1 ) r
0 P ' ( x1 ) Q' ( x 2 ) x
Figura 2.1
8
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Como P e Q são pontos genéricos, podemos utilizar a fórmula acima para calcular
a distância entre dois pontos quaisquer do plano, por isso substituímos
dPQ por d .
9
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Exercício resolvido:
A (-7,2)
d AB = (3 + 7) 2 + (−4 − 2) 2 = 100 + 36 = 136
d AC = (1 + 7) 2 + (4 − 2) 2 = 64 + 4 = 68
d BC = (1 − 3) 2 + (4 + 4) 2 = 4 + 64 = 68
B (3,-4) C (1,4)
Um segmento de reta é definido por dois pontos, que são suas extremidades.
O Ponto Médio de um segmento de reta qualquer, é o ponto que o divide em
duas partes congruentes (de mesma medida).
Podemos determinar as coordenadas de tal ponto. Vamos então deduzir uma
fórmula para este fim, utilizando para isso pontos genéricos representados no
Plano Cartesiano. Veja a figura 2.2.
Q ( x2 , y 2 )
Q ' ' ( y2 )
β s
M "( y)
M ( x ; y) S ( x2 , y )
P' ' ( y1 ) α r
P( x1 , y1 ) R( x ; y1 )
x
P' ( x1 ) M ' ( x) Q' ( x2 )
Figura 2.2
10
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
α ≅ β (correspondentes)
∆ P R M ≅ ∆ M SQ PM ≅ MQ ( M é ponto médio)
ˆ
R ≅ Sˆ (retos )
x − x1 = x2 − x
x + x = x1 + x2
2 x = x1 + x2
x1 + x2 y1 + y2
x= analogamente: y=
2 2
11
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Concluindo:
x + x y + y2
M 1 2 , 1
2 2 Ponto médio
Exercícios resolvidos:
1) A mediana de um triângulo é um segmento de reta que une um vértice ao ponto médio do lado
oposto. Ache o comprimento das medianas do triângulo cujos vértices são: A(2,3) ; B(3,-3) e
C(-1,-1)
A (2, 3)
3 −1
xA ` = =1
2
A` (1, − 2) mAA ` = (1 − 2) 2 + (−2 − 3) 2 = 1 + 25 = 26
− 3 −1
yA ` = = − 2
2
2 2
` 1 2 −5 2
2 −1 1 mBB = − 3 + (1 + 3) = +4
xB ` = = 2 2
2 2
1 25 89 1
3 −1 B ` ,1 = + 16 = = 89
yB ` = =1 2
2 4 4 2
2 2
2 + 3 5 ` 5 2 7
+ 1 + (0 + 1) = + 1
`
xC = = mCC =
2 2 2 2
5
3−3
`
yC = = 0 C ' ,0 49 53 1
2 2 = +1 = = 53
4 4 2
12
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
M (7,-3)
A (1, 2) B (x, y)
x +1 y+2
7= −3 =
2 2
x + 1 = 14 y + 2 = −6
x = 13 y = −8
B (13, − 8)
13
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Respostas:
1) 5
4) C1(-6,-6) e C2(10,6)
5) x = −4 ou x = 14
9) (6,-7) e (6,-1)
11) (9,9)
67 67
12) − ,
13 13
14
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Capítulo 3
Retas em R²; Coeficiente angular; Equações da reta; Interseção de retas;
Paralelismo; Perpendicularismo; Ângulo entre duas retas; Distância entre
ponto e reta.
Para que tenhamos uma reta bem definida num plano, basta conhecer dois de
seus infinitos pontos, ou seja, conhecendo apenas dois pontos de uma reta
podemos determinar sua equação.
r
Q
Figura 3.1
15
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
∆y
A tangente do ângulo α é calculada por: tgα = .
∆x
Então o coeficiente angular de uma reta pode ser calculado através da expressão:
Ora, se retas são crescentes, o ângulo entre elas e o sentido positivo do eixo x
π
pode variar no intervalo 0 < α < . Os ângulos neste intervalo possuem
2
tangentes positivas e consequentemente as retas terão coeficientes angulares
positivos (m > 0) . Lembre-se: m = tgα .
16
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
π
Se retas são decrescentes, o ângulo α estará no intervalo < α < π . Os
2
ângulos neste intervalo possuem tangentes negativas, logo, essas retas terão
coeficientes angulares negativos (m < 0) .
π
As retas verticais, por sua vez, são perpendiculares ao eixo x. Então α = .
2
π
Essas retas não possuem coeficiente angular, pois não existe tg .
2
y y
m>0 r
m<0
α
α
x x
s
y y
u
π
α=
α =0 2
x x
Figura 3.2
17
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Observe a figura 3.3 onde estão representados, uma reta e dois de seus pontos
com coordenadas genéricas.
r
B ' ' ( y2 )
B( x2 , y2 )
A' ' ( y1 ) s
A( x1 , y1 ) R
α
A' ( x1 ) B' ( x2 ) x
Figura 3.3
RB y2 − y1
tgα = ou tgα =
AR x2 − x1
18
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
y2 − y1
m=
x2 − x1
Exercício resolvido:
A4 (−3; 4) A5 (2; − 3)
r4 r5
B4 (2;4 ) B5 (2; 4)
y
r1 )
y2 − y1
m=
x2 − x1
B1
3 −1 2
m= =
5−2 3 A1
2
m=
3 α
x
r2 ) B2
y2 − y1
m=
x2 − x1
2−0 A2 α
m= =1
2−0
19
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
y
r3 )
y2 − y1
m= B3
x2 − x1
2 +1 3 α
m= = = −1
− 2 −1 − 3 x
A3
r4 ) y
y2 − y1
m=
x2 − x1
4−4 A4 B4
m= =0
2+3
m = 0 , para todas as
retas paralelas ao eixo x. x
Retas constantes.
r5 )
B5
y − y1
m= 2
x2 − x1
4+3 7
m= = ∃/
0 0 x
Obs: Logicamente o coeficiente angular de uma reta pode ser obtido tomando-
se quaisquer pares de pontos pertencentes à mesma.
20
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Como vimos uma reta fica bem determinada num plano, se conhecemos dois de
seus pontos ou se conhecemos um de seus pontos e seu coeficiente angular. A
partir desses elementos podemos definir uma equação matemática, ou seja, uma
regra que nos fornece ou representa todo o infinito conjunto de pontos que
pertencem a uma reta. Para isso precisamos, como já sabemos, de um sistema
de referência que irá nos possibilitar identificar os pontos por meio de
coordenadas. Se utilizarmos o plano cartesiano, teremos para as retas, equações
do 1º grau com duas variáveis.
y
r
M ( x, y )
B( x2 , y2 )
A( x1 , y1 )
x
Figura 3.4
21
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
mAM = mAB
y − y1 y − y1
= 2
x − x1 x2 − x1
y2 − y1
y − y1 = ( x − x1 )
x2 − x1
temos :
y 2 − y1
y − y1 = ( x − x1 )
x 2 − x1
mas :
y 2 − y1
=m
x 2 − x1
então :
y − y1 = m( x − x1 )
22
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
É interessante trabalhar com a equação reduzida de uma reta, pois deste modo
podemos visualizar facilmente seu coeficiente angular e seu coeficiente linear
(intercepto do eixo y). A equação reduzida tem um formato característico como
veremos a seguir:
y
temos :
y − y1 = m( x − x1 )
B (0, b)
x
Se o ponto conhecido for B(0, b), então:
y − b = m ( x − 0) Figura 3.5
y = mx + b
B (0,b)
A (a,0)
x
Figura 3.6
23
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
y2 − y1
y − y1 = ( x − x1 )
x2 − x1
b−0
y−0= ( x − a)
0−a
b
y=− ( x − a)
a
b
y=− x+b
a
b
y + x = b → dividindo tudo por b
a
y bx b
+ =
b ab b
y x x y
+ =1 ⇒ + =1 a e b≠ 0
b a a b
a é o intercepto eixo-x
onde b é o intercepto eixo-y
ax + by + c = 0
24
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Para relembrar:
Seja y = mx + b
Exercício resolvido:
1) Ache a equação da reta que passa pelos pontos A(8,-8) e B(12,-16) nas formas reduzida,
geral e segmentária:
Sol:
Cálculo de m
y2 − y1 − 16 + 8 8
m= m= = ⇒ m = −2
x2 − x 12 − 8 4
y − y1 = m ( x − x1 )
y + 8 = − 2 ( x − 8)
y + 8 = −2 x + 16 2x + y = 8
2x y 8
+ =
8 8 8
y = −2 x + 8 Eq. reduzida
x y
+ = 1
4 8 Eq. segmentária
2x + y − 8 = 0 Eq. geral
25
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Figura 3.7
sol:
3 x + 4 y − 12 = 0
2 x − 4 y + 7 = 0
somando as equações temos :
5x − 5 = 0
x =1
levando o valor de x na primeira equação, temos :
3 × 1 + 4 y − 12 = 0
4 y = 12 − 3
9 9
y= ⇒ I 1,
4 4
26
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
r
s
αr = αs (corresp.)
tg αr = tg αs
⇓
αr αs
x mr = ms
Figura 3.8
y
r s
αr
αs t
αr
αs
x
Figura 3.9
27
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Pelo ponto de interseção das retas, traçamos uma reta t, paralela ao eixo-x. Com
isso podemos identificar os ângulos correspondentes de αs e αr entre as retas r e
s e a reta t.
π
αr = αs + ou ,
2
π
αr − αs = segue,
2
π tga − tgb
t g (αr − αs ) = tg usando a identidade : tg (a − b) =
2 1 + tga ⋅ tgb
tg αr − tg αs π
= tg mas :
1 + tgαr . tgαs 2
π
∃ tg então : 1 + tgαr.tgαs = 0
2
1 + tgαr. tgαs = 0
1 + mr. ms = 0
1
mr. ms = − 1 ⇒ mr = −
ms
Concluindo:
1
Duas retas r e s distintas são perpendiculares, se e somente se, mr = − ,
ms
o que equivale a dizer que, se duas retas são perpendiculares, o coeficiente
angular de uma é igual ao da outra invertido e com o sinal oposto.
28
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Com a ajuda da figura 3.10, podemos deduzir uma fórmula para o cálculo do
ângulo entre duas retas quaisquer, também utilizando seus coeficientes
angulares.
r θ s
αr αs
αr
αs
x
Figura 3.10
θ = αr −αs
tgθ = tg (αr − αs )
tgαr − tgαs mr − ms
tgθ = ⇒ tg θ =
1 + tgαr × tgαs 1 + mr ⋅ ms
Exercício resolvido:
Q(-1, 8)
r: x – y – 3 = 0
M
P(x, y)
29
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
x− y −3 = 0 Concluindo:
y = x − 3 ⇒ mr = 1
então : m PQ = −1 x1 + x2 y1 + y2
x= y=
2 2
Equação da reta PQ
−1 + x 8+ y
5= 2=
y − y1 = m ( x − x1 ) 2 2
y − 8 = − 1( x + 1) − 1 + x = 10 8+ y=4
y − 8 = − x −1 x = 11 y = −4
x+ y−7=0
Determinação do ponto M ⇒ r ∩ PQ
x − y −3=0
x + y −7=0
⇓
2 x − 10 = 0
2 x = 10 P (11, − 4)
x=5
5 − y −3 = 0
y=5−3
y=2 ⇒ M (5,2)
30
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
P( x0 , y0 )
r : ax + by + c = 0
Figura: 3.11
ax 0 + by 0 + c
d Pr =
a2 + b2
Exercício resolvido:
1) Calcular a medida da altura AH do triângulo cujos vértices são: A(1,1), B(-1,-3) e C(2,-7).
A(1, 1)
B(-1,-3) H C(2,-7)
A (1,1)
reta BC : 4 x + 3 y + 13 = 0
4.1 + 3.1 + 13
dpr =
16 + 9
20
20
dpr = = =4
25 5
31
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
x = 7 ⇒ 7.7 + 24 y − 1 = 0
24 y = 1 − 49
48
y=− ⇒ y = −2
24
então, P(7,−2) ∈ r
logo:
7.7 + 24.(−2) + 49 50
drs = dPs = = = 2 , ou seja: a distância entre r e s é de 2 unidades
49 + 576 25
32
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
33
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Respostas:
1)
a) 3 x − y + 9 = 0 13) (-2,2)
b) 3 x + y − 5 = 0 14) 9 x + y − 7 = 0
c) x − y = 0 5 5
15) ,
2 2
d) 2 x + 3 y = 0
16) x − y − 13 = 0
2)
17) P1 (−7,−12) e P2 (5,12)
a) sim
18) C(-1,4)
b) sim
19) B(2,4) e C(-2,11)
3) 2 x − 3 y + 8 = 0
20) sim
4) 2 x + y − 1 = 0
21) sim
5) A(1,2), B(-3,-2) e C(4,-3)
22) x = 1
67 29
6) B ,
13 13 23) G(0,0)
8) k=8 24) 3 2
9) 3
10) 13
11) 2 x + 3 y − 12 = 0
1
12) ,2
2
34
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Capítulo 4
Circunferência.
4.1 Definição.
A circunferência é uma curva plana que, como a reta, também é formada por um
conjunto de infinitos pontos de R 2 .
Sua definição matemática, ou seja, a regra que define como esses pontos
devem estar posicionados no plano para que descrevam uma circunferência é a
seguinte:
π
M1 Mn Q
r
P c
M3
M2
Figura 4.1
35
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
A distância do ponto Q ao centro é maior que o raio e portanto ele não pertence à
circunferência, (Q é um ponto exterior), assim como o ponto P também não
pertence à circunferência pois sua distância ao centro é menor que o raio, (P é
um ponto interior).
M(x,y)
c(h,k)
Figura 4.2
( ( x − h) + ( y − k ) ) = r
2 2
2
2
36
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
5
2
de centro 3 ,− e raio 17 .
5
Exercício resolvido:
sol:
37
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
fazendo :
− 2h = D
− 2 k = E
h 2 + k 2 − r 2 = F , temos :
temos : ( x + 3) 2 + ( y − 4) 2 = 36
x 2 + 6 x + 9 + y 2 − 8 y + 16 − 36 = 0
Esta equação está na forma Geral.
centro : c(h, k )
D
D = −2h ⇒ h=−
2
E D E
E = −2 k ⇒ k =− ∴ C − , −
2 2 2
38
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
raio : r
F = h2 + k 2 − r 2
2 2
D E
r2 = − + − − F
2 2
D2 E 2
r2 = + −F
4 4
D 2 + E 2 − 4F D 2 + E 2 − 4F
r2 = ∴ r=
4 2
Obs :
se ( D 2 + E 2 − 4 F ) < 0 ⇒ ∃ circunferência (conjunto vazio)
se ( D 2 + E 2 − 4 F ) = 0 ⇒ a circunferência é apenas um ponto
se ( D 2 + E 2 − 4 F ) > 0 ⇒ a circunferência é real
Exercício resolvido:
D E
C − ,− D 2 + E 2 − 4F
2 2 r=
2
9 + 36 − 4 × (−7)
−3 6 r=
C − ,− 2
2 2
9 + 36 + 28
r=
2
3
C , −3 r=
73
2 2
39
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
b) 3 x 2 + 3 y 2 − 3 x − 18 y + 9 = 0
c) x 2 + y 2 + 7 x − 10 y + 31 = 0
d) x 2 + y 2 − 2 y − 3 = 0
e) 3 x 2 − 2 y 2 + 2 x − 4 y + 3 = 0
f) − x 2 − y 2 + 9 = 0
g) x 2 + y 2 + 4 = 0
h) x 2 + y 2 + x − 2 y + 8 = 0
2) Determine a equação geral da circunferência cujo centro é o ponto C(3,-5) e é
tangente à reta r : 3 x − 4 y + 1 = 0 .
( )
9) Dada a circunferência x 2 + y 2 − 2 y − 3 = 0 e os pontos M − 1,1 − 3 e N (2,1) que
pertencem a mesma. Calcular o comprimento da corda MP, sabendo que N e
P são os extremos de um diâmetro.
40
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Respostas:
1)
a) r=2, c(1,2)
5 1
b) r= , c ,3
2 2
5 7
c) r= , c − ,5
2 2
d) r= 2 , c (0,1)
e) não é circunferência
f) r= 3 , c (0,0)
g) conjunto vazio
h) conjunto vazio
2) x 2 + y 2 − 6 x + 10 y − 2 = 0
3) 5 x + 4 y − 40 = 0
4) ( x − 4 ) + ( y − 2 ) = 17
2 2
5) x 2 + ( y − 5) = 25 e (x − 8)2 + ( y − 5)2 = 25
2
6) (3,2) e (1,4)
7) ( x + 1) + y 2 = 2 e (x − 3)2 + y 2 = 2
2
8) ( x + 1) + ( y − 1) = 4 e (x + 1)2 + ( y + 3)2 = 4
2 2
9) d MP = 2
10) ( x + 3) + ( y − 4 ) = 9 e ( x − 3)2 + ( y − 4 )2
2 2
=9
11) x 2 + y 2 + 4 x − 8 y − 45 = 0
41
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Capítulo 5
O Estudo das Cônicas.
Seções Cônicas.
42
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
5.1 A Elipse.
π
M2
M1
F’ F
Mn
Figura 5.1
Mn ∈ elipse ⇒ dM n F ' + dM n F = k
A figura 5.2 mostra uma elipse com centro na origem do sistema cartesiano.
y
B(0,b)
B(0;
’
2c b)
A (-a,0) A(a,0)
’
F (-c,0) F(c,0) x
’
B (0,-b)
2a
Figura 5.2
43
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
• Focos: são os pontos fixos F ' (−c,0) e F (c,0) , a distância focal (entre focos)
mede 2c;
• Os pontos B' (0,−b) e B(0, b) são as extremidades do eixo menor.
Importante:
Então: k = 2a
Podemos provar esta afirmação utilizando o ponto A' ( −a,0) que pertence à elipse e por
y
de fato:
B(0,b)
M(x,y)
dA' F ' = a − c
a a
dA' F = a + c
’ b
então, A (-a,0) A(a,0)
’ c
a−c+a+c = k F (-c,0) F(c,0) x
K = 2a
y
’
B (0,-b)
2. Relação entre a, b e c.
a2 = b2 + c2
44
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Vamos agora determinar a equação de uma elipse específica, cujos focos são
F ' (−3,0) e F (3,0) e cujo eixo maior 2a mede 10 unidades. Lembrando que 2a = k .
Esta elipse está representada na figura 5.3
M(x, y)
’
A (-5,0) A(5,0)
’
F (-3,0) F(3,0) x
2a = 10
Figura 5.3
então:
45
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
( x + 3) 2 + y 2 + ( x − 3) 2 + y 2 = 10
( ( x + 3) 2
+ y2 ) = (10 −
2
( x − 3) 2 + y 2 )
2
x 2 + 6 x + 9 + y 2 = 100 − 20 ( x − 3) 2 + y 2 + x 2 − 6 x + 9 + y 2
6 x = 100 − 20 ( x − 3) 2 + y 2 − 6 x
12 x − 100 = − 20 ( x − 3) 2 + y 2 ( ÷ 4)
(
(3 x − 25) 2 = − 5 ( x − 3) 2 + y 2 )
2
9 x 2 − 150 x + 625 = 25 ( x 2 − 6 x + 9 + y 2
9 x 2 − 150 x + 625 = 25 x 2 − 150 x + 225 + 25 y 2
625 − 225 = 16 x 2 + 25 y 2
400 = 16 x 2 + 25 y 2 (÷400)
2 2
400 16 x 25 y
= +
400 400 400
2 2
x y x2 y2 Equação reduzida da elipse na sua
1= + ou + =1
25 16 25 16 forma característica após simplificação.
Podemos determinar uma equação genérica reduzida para todas as elipses com
focos e vértices sobre um dos eixos coordenados e simétricos em relação à
origem. A figura 5.4 mostra uma elipse cujos elementos estão com coordenadas
genéricas em relação ao sistema cartesiano. Determinaremos sua equação
aplicando a definição matemática.
y
M(x,y)
’
A (-a,0) A(a,0)
’
F (-c,0) F(c,0) x
y
Para lembrar:
Figura 5.4 a2 = b2 + c2
46
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
( x + c) 2 + y 2 + ( x − c ) 2 + y 2 = 2a
( ( x + c) + y ) = (2a −
2 2
2
( x − c) 2 + y 2 )
2
x/ 2 + 2cx + c/ 2 + y/ 2 = 4a 2 − 4a ( x − c) 2 + y 2 + x/ 2 − 2cx + c/ 2 + y/ 2
2cx = 4a 2 − 4a ( x − c) 2 + y 2 − 2cx
4cx − 4a 2 = − 4a ( x − c) 2 + y 2 ( ÷ 4)
(
(cx − a 2 ) 2 = − a ( x − c) 2 + y 2 )
2
c 2 x 2 − 2a 2cx + a 4 = a 2 ( x 2 − 2cx + c 2 + y 2 )
c 2 x 2 − 2a 2cx + a 4 = a 2 x 2 − 2a 2cx + a 2c 2 + a 2 y 2
a 4 − a 2c 2 = a 2 x 2 − c 2 x 2 + a 2 y 2
a 2 (a 2 − c 2 ) = x 2 (a 2 − c 2 ) + a 2 y 2
fazendo a 2 − c 2 = b 2
a 2b 2 = b 2 x 2 + a 2 y 2 ( ÷ a 2b 2 )
a 2b 2 b2 x2 a2 y2
= +
a 2b 2 a 2b 2 a 2b 2
Analogamente, temos:
y
A(0,a)
F(0,c)
x2 y2
’
B (-b,0) B(b,0)
+ =1
x b2 a2
’
F (0,-c) Eq. genérica reduzida de uma elipse com
focos e vértices sobre o eixo-y e simétricos
em relação à origem.
’
Figura 5.5 A (0, -a)
47
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Importante:
Notemos que no caso da elipse, a > b então a 2 > b 2 sendo a, b > 0 , ou seja:
o a 2 que nos indicará a posição dos focos e vértices será sempre o maior
denominador na equação reduzida.
5.1.4 Excentricidade.
c
Excentricidade é a razão e = que nos informa o quão achatada é uma elipse.
a
Como a > c ⇒ 0 < e < 1
a 2 − c2 = b2
c2 = a 2 − b2
c = a2 − b2
a2 − b2
e=
a
a2 − b2 b2
e= ∴ e = 1−
a2 a2
Observações:
Uma elipse com uma excentricidade próxima de zero, é uma elipse menos
achatada, ou mais arredondada, quanto menor a excentricidade mais
arredondada será a elipse. No caso limite onde c = 0 e, portanto e = 0 teremos
uma circunferência de raio a.
48
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Exercício resolvido:
2a = 12
I.
2c = 8
sol:
a=6 e c=4
c2 = a 2 − b2
16 = 36 − b 2
b 2 = 36 − 16
x2 y 2
b 2 = 20 ∴ + =1
36 20
2b = 6
II. e = 1
2
sol:
b=3
9 3
=
b2 a 2
4
e = 1− 2
a
3a 2 = 36
2
1
2
9 x2 y2
= 1 − 2 a 2 = 12 ∴ + =1
2 a 12 9
1 9
=1− 2
4 a
9 1
2
=1−
a 4
49
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
5
c) 2b = 12; e = , com focos no eixo x
4
2) Determinar os elementos da elipse:
x2 y2
a) + =1
1 4
b) 2 x 2 + 10 y 2 − 5 = 0
x2 y 2
3) Determinar na elipse + = 1 os pontos cujas abscissas são iguais a -3.
25 4
x2 y2
4) Determinar os pontos da elipse + = 1 cujas distâncias ao foco direito
100 36
medem 14.
5) Determinar os pontos de interseção da reta x + 2 y − 7 = 0 com a elipse
x 2 + 4 y 2 − 25 = 0 .
6) Determinar a equação reduzida da elipse, cujo eixo maior está sobre o eixo y,
sabendo que passa pelos pontos P(1, 14 ) e Q(2,−2 2 ) .
7) Determinar a equação reduzida da elipse, com eixo maior sobre o eixo x,
1
excentricidade e que passa pelo ponto P(2,3).
2
8) Determinar as equações das circunferências inscrita e circunscrita à elipse
16 x 2 + y 2 − 16 = 0 .
1
9) Um satélite de órbita elíptica e excentricidade viaja ao redor de um planeta
3
situado num dos focos da elipse. Sabendo que a distância mais próxima do
satélite ao planeta é de 300 km, calcular a maior distância.
10) O teto de um saguão com 10m de largura na base, tem a forma de uma semi-
elipse com 9m de altura no centro e 6m de altura nas paredes laterais. Calcule a
altura do teto a 2m de cada parede.
50
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Respostas:
1) 9) d = 600 km
x2 y 2 10) h = 8,4 m
a) + =1
25 9
x2 y2
b) + =1
144 169
x2 y2
c) + =1
576 36
11
2)
A' (0,−2) e A(0,2)
B' (−1,0) e B(1,0 )
a) F ' (0,− 3 ) e F (0, 3 )
e = 3
2
5 5
A' − ,0 e A ,0
2 2
B' 0,− 1 e B 0, 1
b) 2 2
F ' ( − 2 ,0 ) e F ( 2 ,0 )
2
e =
5
8 8
3) − 3,− e − 3,
5 5
( ) (
4) − 5,− 27 e − 5, 27 )
3
5) 4, e (3,2 )
2
x2 y2
6) + =1
8 16
x2 y2
7) + =1
16 12
8) x 2 + y 2 = 16 e x 2 + y 2 = 1
51
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
5.2 A Hipérbole.
Assim como a elipse, a hipérbole também é uma curva plana, formada por um
conjunto de infinitos pontos de R 2 .
Sua definição matemática é a seguinte:
y π
Mn
M1
’
F F x
M2
Figura 5.6
Mn ∈ hipérbole ⇒ dM n F ' − dM n F = k
52
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
A figura 5.7 mostra uma hipérbole com centro na origem do sistema cartesiano.
y
Obs:
b
y=− x y=
b
x Os focos estão sobre o
a a
eixo x e simétricos em
relação à origem
B(0,b) y=b
A’(-a,0) A(a,0)
F’(-c,0) F(c,0) x
y = −b
B’(0,-b)
x = −a x=a
Figura 5.7
• Eixo transverso (ou real): é o segmento A’A, cuja medida vale 2a;
• Eixo conjugado (ou imaginário): é o segmento B’B, cuja medida vale 2b;
• Vértices: são os pontos A' (− a,0) e A(a,0) ;
• Focos: são os pontos fixos F ' (−c,0) e F (c,0) , a distância focal (entre focos)
mede 2c;
b b
• Assíntotas: são as retas y=− x e y= x.
a a
53
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Importante:
Então: k = 2a
Podemos provar esta afirmação utilizando o ponto A(a,0) que pertence à
hipérbole e por isso deve satisfazer à condição:
de fato:
Vamos determinar uma equação genérica reduzida para todas as hipérboles com
focos e vértices sobre um dos eixos coordenados e simétricos em relação à
origem. A figura 5.8 mostra uma hipérbole cujos elementos estão com
coordenadas genéricas em relação ao sistema cartesiano. Determinaremos sua
equação aplicando a definição matemática.
54
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
M(x,y)
Relação importante:
c2 = a2 + b2
Figura 5.8
( x + c) 2 + y 2 − ( x − c) 2 + y 2 = 2a
c2 − a 2 = b2
encontramos:
x2 y2
− =1 Eq. genérica de uma hipérbole com focos e vértices
a2 b2
sobre o eixo-x e simétricos em relação à origem.
55
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Analogamente:
A’ y 2 x2
− =1 Eq. genérica de uma hipérbole com focos e vértices
a2 b2
F’ sobre o eixo-y e simétricos em relação à origem.
Importante:
5.2.3 Excentricidade.
c
Também é calculada pela razão e = que nos dá a abertura dos ramos da
a
hipérbole.
c 2 − a 2 = b2
c2 = a2 + b2
c = a2 + b2
a 2 + b2
e=
a
a 2 + b2 b2
e= ∴ e = 1+
a2 a2
56
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Exercícios resolvidos:
a) 4 x 2 − 9 y 2 = 36
b) y2 − x2 = 8
c) 2x2 − y2 = 2
sol:
4 x 2 9 y 2 36
a) − =
36 36 36
x2 y2
− =1
9 4
c2 = a2 + b2
c2 = 9 + 4 ∴
( )
F ' − 13 ,0 e F 13,0 ( )
A' (− 3,0) e A(3,0)
c 2 = 13 ⇒ c = 13
y2 x2 8
b) − =
8 8 8
y 2 x2
− =1
8 8
c2 = a2 + b2
c 2 = 16
c=4 ∴ F ' (0,−4) e F (0,4)
A' (0,− 8 ) e A(0, 8 )
57
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
2x2 y2 2
c) − =
2 2 2
x2 y2
− =1
1 2
c2 = a2 + b2
c2 = 1+ 2
c= 3 ∴ F ' (− 3 ,0) e F ( 3 ,0)
A' (−1,0) e A(1,0)
2) Obter a equação da hipérbole, com centro na origem do sistema cartesiano, nos casos:
2
2c = 10 ⇒ c = 5 ⇒ c = 25
O eixo transverso está contido no eixo x.
2 2 2
c =a +b
2 2 2 x2 y2 x2 y2
b =c –a − =1 ⇒ − =1
a 2 b2 16 9
2
b = 25 – 16
2
b =9
2
2b = 2 ⇒ b = 1 ⇒ b = 1
O eixo transverso está contido no eixo x.
2
2c = 4 ⇒ c = 2 ⇒ c = 4
x2 y2 x2 y2
− =1 ⇒ − = 1
2
c =a +b
2 2 a2 b2 3 1
2 2 2
a =c –b
2
a =4–1
2
a =3
58
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
2
2a = 6 ⇒ a = 3 ⇒ a = 9
2
2c = 10 ⇒ c = 5 ⇒ c = 25
2 2 2
c =a +b
O eixo transverso está contido no eixo y.
2 2 2
b =c –a
y 2 x2 y2 x2
2
b = 25 – 9 − =1 ⇒ − =1
a2 b2 9 16
2
b = 16
x2 y 2
− = 1.
20 5
5) Esboçar o gráfico da hipérbole eqüilátera x 2 − y 2 = 9 .
59
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Respostas:
1)
2 2
a) y − x = 1
36 324
2 2
b) y − x = 1
9 16
2) Pertence
3)
2 2
a) x − y = 1
32 8
2 2
b) x − y = 1
18 8
4) 14 ,− 2 e (6,2)
3 3
60
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
5.3 A Parábola.
Uma das curvas planas mais conhecidas e com várias aplicações na matemática
e na engenharia é a parábola cuja definição matemática é:
y π
Mn
(d) diretriz
Figura 5.9
Mn ∈ parábola ⇒ dM n F = dM n (d )
61
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
A figura 5.10 mostra uma parábola com vértice na origem do sistema cartesiano,
concavidade voltada para a direita e foco sobre o eixo x.
v F(p,0)
-p x
(d)
x=-p
Figura 5.10
* alguns autores consideram o parâmetro p como sendo a distância entre o foco e a diretriz.
62
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
M(x,y)
v F(p,0)
-p x para lembrar :
d = ( x2 − x1 ) 2 + ( y2 − y1 ) 2
ax0 + by0 + c
dpr =
(d) a 2 + b2
x = − p ou
x + 0y + p = 0
63
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
dMF = ( x − p ) 2 + y 2
dM (d ) = 1.x + 0. y + p = x + p
12 + 0
então
( x − p) 2 + y 2 = x + p
( ( x − p) 2
+ y2 )
2
= x+ p
2
x 2 − 2 px + P 2 + y 2 = x 2 + 2 px + p 2 ∴ y 2 = 4 px
Eq. genérica reduzida de uma parábola com
a concavidade voltada para a direita.
podemos concluir por analogia que temos quatro tipos de equações reduzidas
para as parábolas.
y y
x=-p x=p
F(p,0) F(-p,0) p
-p
x x
y 2 = 4 px y 2 = −4 px
y
y
p y=p
F(0,p) x
x 2 = 4 py 2
x = −4 py
F(0,-p)
x
y=-p
-p
64
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Exercícios resolvidos:
y2 − 4x = 0
sol:
y2 = 4x
y2 = 4x
2
y = 4 px ⇒ 4p = 4
p =1
y
x=-1
-1 F(1,0)
y2 = 4x
1
2) Determine a equação da parábola cujo foco é F − ,0 e a diretriz é a reta 2 x − 1 = 0
2
sol:
1
a equação da diretriz pode ser escrita como x=
2
pela posição do foco e da diretriz podemos concluir que trata-se de uma parábola com vértice na
65
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
b) y 2 = 6 x
c) y 2 = −8 x
d) x 2 + y = 0
e) y 2 − x = 0
f) y 2 + 3 x = 0
g) x 2 − 10 y = 0
h) 2 y 2 − 9 x = 0
x2
i) y =
16
y2
j) x = −
12
2) Determinar a equação da parábola com vértice na origem, eixo sobre o eixo y
e que passa pelo ponto M(6,3).
3) Um arco parabólico tem uma altura de 2,0m e uma largura de 3,6m na base.
Se o vértice da parábola está no topo do arco, a que altura sobre a base o
arco tem uma largura de 1,8m?
4) Um telescópio refletor tem um espelho parabólico para o qual a distância do
vértice ao foco é 30cm. Se o diâmetro do espelho é 10cm, qual a sua
profundidade?
5) Admita que a água que escoa do final de um tubo horizontal que está a 2,5m
do chão descreva uma curva parabólica. O vértice da parábola está no final do
tubo. Se em um ponto a 80cm abaixo da linha do tubo o fluxo d’água curvou-
se 1,0m além da reta vertical que passa pelo fim do tubo, a que distância
desta reta a água tocará o chão?
6) A diretriz da parábola y 2 = 4 px é tangente à circunferência que tem o foco da
parábola como centro. Ache a equação da circunferência e os pontos de
interseção das duas curvas.
66
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Respostas:
1)
a) F (0,−1) ; y = 1
3 3
b) F ,0 ; x = −
2 2
c) F (− 2,0) ; x = 2
1 1
d) F 0,− ; y =
4 4
1 1
e) F ,0 ; x = −
4 4
3 3
f) F − ,0 ; x =
4 4
5 5
g) F 0, ; y = −
2 2
9 9
h) F ,0 ; x = −
8 8
i) F (0,4) ; y = −4
j) F (− 3,0 ) ; x = 3
2) x 2 = 12 y
3) 1,5m
4) 0,208cm
5) 1,77 m
6) x 2 + y 2 − 2 px − 3 p 2 = 0 ; ( p,−2 p ) e ( p,2 p )
67
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Capítulo 6
Translação de Eixos Coordenados.
6.1 Objetivo.
A figura 6.1 mostra uma curva plana qualquer e três sistemas de referência num
mesmo plano.
Y’
Y’’
O’ X’
O’’ X’’
O X
Figura 6.1
68
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Em relação aos três sistemas da figura 6.1, nenhum deles nos dará uma equação
reduzida para a curva, que é uma elipse, pois obviamente os focos e vértices da
mesma não estão sobre nenhum eixo.
Para obtermos uma equação reduzida para a elipse acima temos que posicionar
um novo sistema de referência num local que atenda às exigências que vimos no
capítulo 5.
dois sistemas cartesianos XoY e X 'o 'Y ' são transladados quando os eixos
Y
Y’
existe translação ⇔ o ' X ' // oX e o 'Y ' // oY
O’ X’
O X
Figura 6.2
69
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
C(3,4)
O X
( x − h) 2 + ( y − k ) 2 = r 2
( x − 3) 2 + ( y − 4) 2 = 22
x 2 − 6 x + 9 + y 2 − 8 y + 16 − 4 = 0
x 2 + y 2 − 6 x − 8 y + 21 = 0
Y Y’
sol:
2 ( x' )2 + ( y ' )2 = 4
O’ C(3,4) X’
pois o centro da circunferência é o ponto (0,0)
do sistema X 'o 'Y '
O X
70
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Conclusão:
Sistema XoY
dados: Sistema X 'o 'Y '
Ponto P
Y Y’
B’(y’)
( x, y )
B2(y) P
( x' , y' )
A’(x’) X’
B1(k)
(h, k )
o'
(0,0)
O A1(h) A2(x) X
Figura 6.3
os pontos o’ e P possuem dois pares de
coordenadas pois existem dois sistemas
de referência no plano
71
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
então :
x = h + x' ⇒ x = x' + h
Concluindo:
x = x' + h
as relações '
serão utilizadas para determinar a origem (h, k ) do
y = y + k
sistema de referência transladado (X o Y ) .
' ' '
72
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Exercícios resolvidos:
• Identificá-la;
• Determinar seus elementos;
• Fazer um esboço do gráfico.
Esta é a equação de uma elipse, pois podemos identificar dois termos do 2º grau, ambos
positivos. Como sabemos, as equações reduzidas das elipses possuem dois termos do 2º grau e
um termo independente. Então para obter uma equação reduzida, sem os termos do 1º grau, que
represente a mesma curva acima temos que utilizar um sistema de referência transladado.
x = x' + h
'
y = y + k
25( x ' + h) 2 + 16( y ' + k ) 2 + 150( x ' + h) − 128( y ' + k ) − 1119 = 0
25( x ' ) 2 + 50hx ' + 25h 2 + 16( y ' ) 2 + 32ky ' + 16k 2 + 150 x ' + 150h − 128 y ' − 128k − 1119 = 0
ordenando as parcelas
25( x ' ) 2 + 16( y ' ) 2 + (50h + 150) x ' + (32k − 128) y ' + 25h 2 + 16k 2 + 150h − 128k − 1119 = 0
anulando os termos do 1o grau , temos
50h + 150 = 0 ⇒ h = −3
32h − 128 = 0 ⇒ k = 4 ∴ o ' (− 3,4 )
substituindo h e k na equação, fica
25( x ' ) 2 + 16( y ' ) 2 = 1600
ou
(x' )2 ( y ' )2
+ =1
64 100
Equação reduzida de uma elipse em relação ao plano x’o’y’
com focos sobre o eixo-y’.
73
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
b 2 = 64
c2 = a2 −b2
c = 100 − 64 O’(-3,4) X’
c=6
∴
A ' (0,−10) e A(0,10)
F ' (0,−6) e F (0,6) O X
b) 25 x 2 + 16 y 2 + 50 x + 64 y − 311 = 0
5) Determine a equação da hipérbole com centro no ponto C(3,2), um vértice em
A(1,2) e um foco em F(-1,2).
6) Determine a equação da hipérbole com vértices em (3,-2) e (5,-2) e um foco
em (-1,-2).
7) Determine a equação da hipérbole com vértices em (5,-1) e (5,5) e
excentricidade 2.
8) Faça um esboço do gráfico das seguintes hipérboles:
a) 9 x 2 − 4 y 2 − 18 x − 16 y − 43 = 0
b) 16 x 2 − 9 y 2 − 64 x − 18 y + 199 = 0
74
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
b) x 2 − 2 x − 20 y − 39 = 0
c) y 2 + 4 y + 16 x − 44 = 0
d) y 2 − 16 x + 2 y + 49 = 0
Respostas:
1) 5 x 2 + 9 y 2 − 10 x − 72 y − 31 = 0
2) 25 x 2 + 16 y 2 − 100 x − 64 y − 236 = 0
3) 5 x 2 + 9 y 2 + 30 x = 0
4)
a) O' (2,−3)
b) O' (−1,−2)
5) 3 x 2 − y 2 − 18 x + 4 y + 11 = 0
6) 24 x 2 − y 2 − 192 x − 4 y + 356 = 0
7) x 2 − 3 y 2 − 10 x + 12 y + 40 = 0
8)
a) O' (1,−2)
b) O' (2,−1)
9) x 2 + 4 x + 8 y − 20 = 0
10) y 2 + 8 x − 6 y + 49 = 0
11) y 2 + 8 x + 6 y − 23 = 0
12)
a) O' (−2,−1) c) O' (3,−2)
b) O' (1,−2) d) O' (3,−1)
75
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Capítulo 7
Noções do Sistema de Coordenadas Polares.
7.1 Introdução.
π
M
Figura 7.1
Vamos ver então uma outra forma ou um outro sistema para localizar o ponto M:
π
M
O
)θ
X
76
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
• dOM = ρ ;
7.2 Elementos.
raio polar
ρ
ângulo polar
θ
O X
pólo
eixo polar
Figura 7.2
Vejamos:
π π
Seja o ponto A ,5
6 A ,5
6
O X
77
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
π
Como exemplo, vamos verificar que podemos representar o ponto A ,5 de
6
várias formas:
5π
A − , − 5
6
11
A − π , 5
6
π
A π + , − 5
6
π
A + 2π ,5
6
π
A 2kπ + ,5
6
( x, y )
p2 ( y ) P
(θ , ρ ) OX ≡ eixo x
ρ
y
θ
x
O P1 ( x) X
78
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Cartesiano → Polar
x = ρ . cosθ
∆OP1P é retângulo ⇒
y = ρ . sen θ
∴ ( x, y ) → ( ρ cosθ , ρ sen θ )
Polar → Cartesiano
y
θ = arctg
x
ρ = x + y 2
2
y
∴ (θ , ρ ) → arctg , x 2 + y 2
x
Exercícios resolvidos:
sol:
x = ρ cosθ
y = ρ sen θ
então :
2( ρ cosθ ) − 3( ρ sen θ ) + 6 = 0
2 ρ cosθ − 3 ρ sen θ = −6
ρ (2 cosθ − 3 sen θ ) = −6
−6
ρ=
2 cosθ − 3 sen θ
79
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
4
2) Passar a equação polar ρ = para a forma cartesiana.
2 − cosθ
sol:
ρ = x2 + y2
entao :
2 ρ − ρ cosθ = 4
2 x2 + y2 − x = 4
(2 x2 + y2 ) = (4 + x)
2
2
( )
4 x 2 + y 2 = 16 + 8 x + x 2
4 x 2 + 4 y 2 − 16 − 8 x − x 2 = 0
3 x 2 + 4 y 2 − 8 x − 16 = 0
3
3) Passar a equação polar ρ = para a forma cartesiana.
cosθ
sol:
ρ cosθ = 3
x=3
80
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Apêndice I
Álgebra
a m a n = a m+ n ; (ab) m = a m b m ; (a m ) n = a mn ; am/ n = n am
am 1
Se a ≠ 0: n
= a m −n ; a 0 = 1; a −m =
a am
0
Se a ≠ 0: = 0, a 0 = 1, 0a = 0
a
3. Frações
a c ad + bc a c ac a/b a d −a a a
+ = ; ⋅ = ; = ⋅ ; =− =
b d bd b d bd c/d b c b b −b
4. Produtos Notáveis
(a + b) 2 = a 2 + 2ab + b 2
(a + b) 3 = a 3 + 3a 2 b + 3ab 2 + b 3
a 2 − b 2 = (a − b)(a + b)
a 3 − b 3 = (a − b)(a 2 + ab + b 2 )
a 4 − b 4 = (a − b)(a 3 + a 2 b + ab 2 + b 3 )
Se a ≠0, ax 2 + bx + c = 0
− b ± b 2 − 4ac
x=
2a
81
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Apêndice II
Trigonometria
y 1 P(x,y)
Seno: senθ = =
r cos ecθ r
y
x 1 θ
Cosseno: cosθ = =
r secθ 0 x x
y 1
Tangente: tgθ = =
x cot gθ
2. Identidades
tgA + tgB
tg ( A + B) =
1 − tgA tgB
tgA − tgB
tg ( A − B) =
1 + tgA tgB
π π
sen A − = − cos A ; cos A − = senA
2 2
π π
sen A + = cos A; cos A + = − senA
2 2
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GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Apêndice III
Geometria
1. Cevianas
83
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2. Mediatriz
84
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85
GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
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GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
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O interesse de Descartes pela matemática surgiu cedo, no “College de la Fleche”, escola do mais
alto padrão, dirigida por jesuítas, na qual ingressara aos oito anos de idade. Mas por uma razão
muito especial e que já revelava seus pendores filosóficos: a certeza que as demonstrações ou
justificativas matemáticas proporcionam. Aos vinte e um anos de idade, depois de freqüentar
rodas matemáticas em Paris (além de outras) já graduado em Direito, ingressa voluntariamente na
carreira das armas, uma das poucas opções “dignas” que se ofereciam a um jovem como ele,
oriundo da nobreza menor da França. Durante os quase nove anos que serviu em vários exércitos,
não se sabe de nenhuma proeza militar realizada por Descartes. É que as batalhas que ocupavam
seus pensamentos e seus sonhos travavam-se no campo da ciência e da filosofia.
Fonte: Wikipédia
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GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA
Bibliografia.
LEITHOLD, Louis. O Cálculo com Geometria Analítica – São Paulo: Harbra Ltda,
1994, 3ª edição.
REIS, Genésio Lima dos; SILVA, Valdir Lima da. Geometria Analítica – Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1984.
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