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Compulsão

Comer sem limites quando não se tem fome, pode ser um indício de compulsão alimentar.

Compulsão pode ser definida como o desejo exagerado de comer algo.

'Quem sofre desse transtorno não pára de comer até que o alimento acabe'. Em geral, o compulsivo
come sem ter fome e não se satisfaz. Tem a impressão de ser um saco sem fundo. e, na maioria das
vezes, prefere os doces.

A compulsão pode ser causada por fatores fisiológicos, como regimes repetidos e os muito
restritivos. Mas, em grande parte, deve-se a fatores psicológicos. Por isso, medicamentos só devem
ser usados em caso de obesidade mórbida ou para dar um estímulo inicial ao tratamento, que deverá
continuar com reeducação alimentar orientada por um nutricionista, um endocrinologista e um
psicólogo.

Para a psicóloga Olga Inês Tessari, ansiedade, tensão tédio, perdas (de namorado ou emprego, por
exemplo), planos que não dão certo e excesso de obrigações são as causas psicológicas causadoras
da compulsão mais frequentes. 'É comum que as pessoas procurem no alimento uma forma de
aliviar o sofrimento. A compulsão é causada pelo desejo de preencher um vazio comendo, não pela
fome', esclarece.

A pessoa não mastiga direito, nem sente o gosto do que está comendo. Movido por questões
emocionais e não por fome, o compulsivo tenta engolir os problemas.

No transtorno compulsivo, a sensação de remorso não leva a pessoa a tentar reverter a comilança
com atitudes agressivas, por isso, a compulsão alimentar é um dos grandes causadores da
obesidade.

Definição
As compulsões, comportamentos compulsivos ou aditivos são hábitos aprendidos e seguidos por
alguma gratificação emocional, normalmente um alívio de ansiedade e/ou angústia. São hábitos mal
adaptativos que já foram executados inúmeras vezes e acontecem quase automaticamente.
Diz-se que esses comportamentos compulsivos são mal adaptativos porque, apesar do objetivo que
têm de proporcionar algum alívio de tensões emocionais, normalmente não se adaptam ao bem estar
mental pleno, ao conforto físico e à adaptação social. Eles se caracterizam por serem repetitivos e
por se apresentarem de forma frequente e excessiva. A gratificação que segue ao ato, seja ela o
prazer ou alívio do desprazer, reforça a pessoa a repeti-lo mas, com o tempo, depois desse alívio
imediato, segue-se uma sensação negativa por não ter resistido ao impulso de realizá-lo. Mesmo
assim, a gratificação inicial (o reforço positivo) permanece mais forte, levando a repetição.
Por exemplo:
1. Se a pessoa é acometida pela ideia (contra sua vontade) de que está se contaminando através
de alguma sujeita nas mãos, terá pronto alívio em lavar as mãos. Entretanto, se tiver que
lavar as mãos 40 vezes por dia, ao invés de adaptar essa atitude acaba por esgotar.
2. Se a pessoa é acometida pela ideia de que seus pais sofrerão algum acidente fatal, poderá
conseguir alívio da angústia gerada por esses pensamentos se, por exemplo, bater 3 vezes na
madeira... Mas tiver que bater na madeira 40 vezes por dia, ao invés de aliviar, essa atitude
acaba por constranger e frustrar.
3. Se a pessoa tem um pensamento incômodo de que aquilo que acabou de comer poderá
engordá-la, terá alívio dessa sensação provocando o vômito, ou tomando laxantes....
Causas
Não há uma causa bem estabelecida para a ocorrência de comportamentos compulsivos. Pode-se
falar em vulnerabilidades e predisposições, seja de elementos familiares, tais como os hábitos
consequentes à extrema insegurança e aprendidos no seio familiar, seja por razões individuais e
relacionados às vivências do passado e a ao dinamismo psicológico pessoal, seja por razões
biológicas, de acordo com o funcionamento orgânico e mental.
Assim, comportamentos compulsivos ou aditivos podem ser entendidos como atitudes (mal-
adaptadas) de enfrentamento da ansiedade e/ou angústia, trazendo consequências físicas,
psicológicas e sociais graves. Algumas pessoas apresentam
comportamentos com caráter compulsivo, que levam a consequências negativas em suas vidas,
como por exemplo, recorrer ao uso abusivo do álcool, das drogas, à fuga do convívio social, ao
hábito intempestivo do vômito e às mais variadas atitudes.
Essas pessoas podem ainda comprar compulsivamente, sem levar em conta o saldo bancário, comer
compulsivamente, mesmo quando não se tem fome, jogar, praticar atividades físicas em excesso,
etc.
Complicações
Normalmente nesse tipo de problema, classificados em sob o título de transtornos do espectro
obsessivo-compulsivo (TOC), a pessoa acaba tornando-se dependente dessas atitudes, as quais
ocupam um espaço importante no seu cotidiano. Em alguns casos ocorrem-se danos físicos, como
na pessoa com vigorexia, que precisa malhar (exageradamente) todos os dias e por longas horas, ou
lesões na pele das mãos devido aos rituais de lavar continuadamente, ou escoriações quando há
auto-escoriações, calvície quando há tricotilomania, ou desnutrição quando a compulsão é por
vômitos (bulimia) e assim
por diante.
Normalmente essas pessoas sentem desconforto emocional se não fizerem esses comportamentos,
apresentam grande angústia ou ansiedade na ausência ou na impossibilidade em realizar a atividade
compulsiva. Socialmente a ocorrência de tais comportamentos pode resultar em prejuízo no
trabalho, na conclusão de tarefas, na liberdade de
sair de casa, na vergonha do contacto com outras pessoas, etc.
A repetição desses comportamentos e o aumento gradual da frequência deles acabam caracterizando
um verdadeiro processo de dependência. Alguns buscam o alívio do desprazer das emoções de
angústia e ansiedade, do afastamento de pensamentos incômodos. Quando se pretende a busca do
prazer pode haver adicção química, que é o consumo exagerado de substâncias.
Didaticamente podemos dizer que existe uma grande semelhança entre comportamentos
compulsivos e dependência química: a angústia provocada pela ausência, os sintomas emocionais
da abstinência, tais como tremores, sudorese, taquicardia, etc, o caráter compulsivo e repetitivo, a
importância que essa atitude ocupa na vida da pessoa, o comprometimento na qualidade da vida
familiar, profissional, afetiva e social. É assim que, por exemplo, o ato de jogar tem praticamente o
mesmo papel que a droga, ou álcool, a cocaína e outras substâncias psicoativas.
Tipos
Jogar Compulsivo
A característica essencial do Jogo Patológico é um comportamento de jogo mal adaptativo,
recorrente e persistente, que perturba os empreendimentos pessoais, familiares e/ou ocupacionais. A
pessoa com esse transtorno pode manter uma preocupação com o jogo, tais como, planejar a
próxima jogada ou pensar em modos de obter dinheiro para jogar.
A maioria dessas pessoas com Jogo Patológico afirma que está mais em busca de "ação" do que de
dinheiro e, por causa dessa busca de ação, apostas ou riscos cada vez maiores podem ser necessários
para continuar produzindo o nível de excitação desejado. Os indivíduos com Jogo Patológico
frequentemente continuam jogando, apesar de repetidos esforços no sentido de controlar, reduzir ou
cessar o comportamento.
Através do reforço emocional intermitente, onde ganhar é um reforço positivo imediato e perder é
“apenas” uma circunstância
aleatória, o indivíduo apresenta o comportamento compulsivo de jogar. Está sempre na expectativa
de ganhar, como foi
conseguido anteriormente. Existe ainda uma sensação especial no comportamento de risco, o que
ocupa a mente do jogador
fazendo que passe a repetir o comportamento (dependência). O jogo pode tornar-se uma grande
fonte de prazer, podendo vir a ser a única forma de prazer para algumas pessoas. O jogador
compulsivo costuma se tornar inconsequente, gastando aquilo que não tem, perdendo a noção de
realidade. A síndrome de abstinência pode estar presente.
Atividade Física Compulsiva
A escravização que as pessoas das sociedades civilizadas se submetem aos padrões de beleza tem
sido um dos fatores sócio culturais associados ao incremento da incidência do comportamento
compulsivo para a prática de exercícios. É hábito que o ser humano moderno esteja moderadamente
preocupado com seu corpo, sem que essa preocupação se converta numa obsessão. Mas, alguns
complexos de feiura ou de estar em desacordo com os padrões desejáveis podem levar à obsessão
pela beleza física e perfeição.
Inicialmente essa atividade física pode proporcionar prazer, relaxar, fazer com que a pessoa se sinta
mais saudável e bonita. Este comportamento libera substâncias em nosso cérebro responsáveis pelo
prazer e bem-estar (veja mais). Quando isso se
transforma num comportamento compulsivo, exercitar-se em excesso pode resultar em prejuízo
físico, atingindo as articulações, aparelho respiratório e o coração.
O sistema emocional pode ficar comprometido quando se apresenta um comportamento
compulsivo, constante, comprometendo a realização satisfatória de outras atividades da vida da
pessoa e proporcionando sofrimento significativo em outros aspectos.
A atividade física compulsiva deve ser considerada um transtorno da linhagem obsessivo
compulsiva, tanto pela obsessão em musculatura, pela compulsão aos exercícios e ingestão de
substâncias que aumentam a massa muscular, quanto pela fragrante distorção do esquema corporal
que essas pessoas experimentam.
Comprar Compulsivo
Assim como os demais comportamentos compulsivos ou aditivos, o comprador compulsivo é,
praticamente, um dependente do comportamento de comprar, precisando fazê-lo sem limites para se
sentir bem, pelo menos bem naquele momento (para depois arrepender-se).
O comprador compulsivo acaba por consumir coisas pelo fato de consumir e não mais pela
necessidade do objeto que é consumido. Ir ao shopping sem realizar algumas compras parece
tornar-se quase impossível. Muitas vezes sente-se culpado, porém, como em qualquer
comportamento aditivo, o mais comum é perder o controle da situação. Entretanto, é fundamental
fazer a diferença entre o simples hábito pelas compras do comportamento compulsivo às compras.
"Os hábitos de consumo são mais emocionais que racionais", afirma Dílson Gabriel dos Santos, que
leciona comportamento do consumidor na USP. O professor esclarece que comprar por impulso,
mas não por compulsão, é adquirir um bem por sentir uma atração instantânea pelo produto, seja
por causa da embalagem, do preço ou do apelo publicitário.
Essas pessoas impulsivas pelas compras cometem as "... pequenas loucuras que se cometem ao
passar pelas gôndolas de supermercados", diz. "Leva-se uma garrafa de bebida, um iogurte ou um
pacote de biscoitos a mais", observa. Já o compulsivo vai às compras como um viciado que sai de
casa para jogar ou em busca das drogas, e a compulsão acaba sendo uma atitude que exclui logo o
prazer pela aquisição do novo produto.
Trabalhar Compulsivo
Com o objetivo de vencer profissionalmente, ganhar dinheiro, sobressair-se socialmente, tem sido
glorificado pelo sistema cultural que a pessoa procure dar o melhor de si trabalhando. O trabalho
pode ser utilizado como uma ocupação mental capaz de tomar o espaço de outros sentimentos ou
pensamentos mais difíceis de serem vivenciados. Quando a atividade funciona como uma forma de
esconder-se, fugir ou não ter que sentir ou pensar em outros problemas, enfim, quando alivia a
angústia da vida de relação, o trabalhar pode tornar-se compulsivo, constante, enfim aditivo.
Neste caso, o trabalhar perde sua função natural passando a ser prejudicial ao bem estar físico,
familiar psicológico e social do indivíduo. Na compulsão pelo trabalho a pessoa vai de casa para o
trabalho, do trabalho para a casa, excluindo-se de sua vida as opções do lazer, as pausas nos finais
de semana, o convívio descontraído com a família, etc. A pessoa com compulsão pelo trabalho
frequentemente exige dos outros o mesmo ritmo que tem para si, costuma criticar demais esses
outros, exige perfeição, dedicação e devoção ao trabalho, tal como elas próprias se comportam. E o
próprio compulsivo para
o trabalho sofre com sua situação.
Normalmente são pessoas severas, isoladas, inflexíveis, perfeccionistas, amargas e exageradamente
“realistas”. Por causa dessas características os workaholics racionalizam tudo na vida, ocultam seus
próprios sentimentos, têm um contato mínimo com eles próprios e mantêm abafados seus conflitos
íntimos. Para essas pessoas o trabalho é seu escudo protetor e, melhor que isso, trata-se de uma
atitude fortemente enaltecida pelos valores sociais. Mas, na realidade, o workaholic também sofre,
normalmente é um insatisfeito consigo mesmo, alimenta a fantasia de ser potente e meritoso. Na
verdade, toda essa voracidade para o trabalho pode estar aliviando sentimentos de angústia por se
acreditar um pai omisso ou uma mãe ausente, um companheiro fugidio, etc.
Comer Compulsivo
Os transtornos alimentares constituem uma verdadeira "epidemia" que assola sociedades
industrializadas e desenvolvidas acometendo, sobretudo, adolescentes e adultos jovens. Vivemos
em uma sociedade na qual existe o culto da magreza. Assim, comer, um comportamento
universalmente tido como prazeroso, torna-se alvo de preocupação de muitas pessoas. Como
usufruir deste prazer sem sentir-se fora dos padrões sociais de saúde e beleza? Quais serão os
sintomas dessa epidemia emocional? De um modo geral, o pensamento falho e doentio das pessoas
portadoras dessas patologias se caracteriza por uma obsessão pela perfeição do corpo. Na realidade,
trata-se de uma "epidemia de culto ao corpo".
Essa "epidemia" se multiplica numa população patologicamente preocupada com a perfeição do
corpo e que está sendo afetada por alterações psíquicas caracterizadas por distúrbios na
representação pessoal do esquema corporal. Os transtornos alimentares veem aumentando sua
incidência perigosamente e já começa a alarmar especialistas médicos, sociólogos, autoridades
sanitárias. Essa busca obsessiva da perfeição do corpo tem várias formas de se manifestar e,
algumas delas, diferem notavelmente entre si. Existem os transtornos alimentares mais tradicionais,
que são a anorexia e bulimia nervosa mas, não obstante, existem outros que se estimulam e
desenvolvem na denominada "cultura do esbelto".
Todos estes transtornos alimentares compartilham alguns sintomas em comum, tais como, desejar
uma imagem corporal perfeita e favorecer uma distorção da realidade diante do espelho. Isto ocorre
porque, nas últimas décadas, ser fisicamente perfeito tem se convertido num dos objetivos
principais (e estupidamente frívolos) das sociedades desenvolvidas. É uma meta imposta por novos
modelos de vida, nos quais o aspecto físico parece ser o único sinônimo válido de êxito, felicidade
e, inclusive, saúde.

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