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O pâncreas produz enzimas digestivas e insulina. O risco de câncer de pâncreas aumenta após os 50 anos e é maior em homens. Os principais fatores de risco são tabagismo, obesidade e pancreatite crônica. A cirurgia oferece a única chance de cura, mas geralmente é diagnosticado tarde demais.
O pâncreas produz enzimas digestivas e insulina. O risco de câncer de pâncreas aumenta após os 50 anos e é maior em homens. Os principais fatores de risco são tabagismo, obesidade e pancreatite crônica. A cirurgia oferece a única chance de cura, mas geralmente é diagnosticado tarde demais.
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O pâncreas produz enzimas digestivas e insulina. O risco de câncer de pâncreas aumenta após os 50 anos e é maior em homens. Os principais fatores de risco são tabagismo, obesidade e pancreatite crônica. A cirurgia oferece a única chance de cura, mas geralmente é diagnosticado tarde demais.
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O QUE É PÂNCREAS? E O RISCO DE DESENVOLVER UM CÂNCER?
O pâncreas é uma glândula do aparelho digestivo, localizada na parte
superior do abdome e atrás do estômago. É responsável pela produção de enzimas, que atuam na digestão dos alimentos, e pela insulina - hormônio responsável pela diminuição do nível de glicose no sangue. É dividido em três partes: a cabeça (lado direito); o corpo (parte central) e a cauda (lado esquerdo). A maior parte dos casos de câncer de pâncreas localiza-se na região da cabeça do órgão. O risco de desenvolver o câncer de pâncreas aumenta após os 50 anos de idade, principalmente na faixa entre 65 e 80 anos, havendo uma maior incidência no sexo masculino. A maior parte dos casos da doença é diagnosticada em fase avançada, e portanto, é tratada para fins paliativos. O tipo mais freqüente é o adenocarcinoma com 90% dos casos. O câncer de pâncreas é raro antes dos 30 anos de idade, sendo mais comum a partir dos 60 anos. Segundo a União Internacional Contra o Câncer (UICC), os casos da doença aumentam com o avanço da idade: de 10/100.000 casos entre 40 e 50 anos para 116/100.000 entre 80 e 85 anos. No Brasil, o câncer de pâncreas representa 2% de todos os tipos de câncer, sendo responsável por 4% do total de mortes por neoplasias. A taxa de mortalidade por câncer de pâncreas é alta, devido principalmente a ser uma doença de difícil diagnóstico e extremamente agressiva. Entre os fatores de risco, destaca-se principalmente o consumo de tabaco. Os fumantes possuem três vezes mais chances de desenvolver a doença do que os não fumantes. Dependendo da quantidade e do tempo de consumo, o risco fica ainda maior. Outro fator de risco é o consumo excessivo de gordura, de carnes e de bebidas alcoólicas. Como também a exposição a compostos químicos, como solventes e petróleo, durante longos períodos. Há um grupo de pessoas que possui maior chance de desenvolver a doença, e estas devem estar atentas aos sintomas. Pertencem a este grupo indivíduos que sofrem de pancreatite crônica ou de diabetes melitus, que foram submetidos a cirurgias de úlcera no estômago ou duodeno ou sofreram retirada da vesícula biliar. Algumas medidas preventivas podem ser adotadas, como por exemplo, evitar o consumo de tabaco e a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e adotar uma dieta balanceada com frutas e vegetais. Para indivíduos submetidos a cirurgias de úlcera no estômago ou duodeno ou que retirada da vesícula biliar, recomenda-se a realização de exames clínicos regularmente, como também para aqueles com histórico familiar de câncer. Pessoas que sofrem de pancreatite crônica ou de diabete melitus devem também realizar exames periódicos. A localização do pâncreas na cavidade mais profunda do abdome, atrás de outros órgãos, dificulta a detecção precoce do câncer de pâncreas. O tumor normalmente desenvolve-se sem sintomas, sendo difícil diagnosticá- lo na fase inicial. Quando detectado, já pode estar em estágio muito avançado. O câncer de pâncreas não apresenta sinais específicos, o que dificulta o diagnóstico precoce. Os sintomas dependem da região onde está localizado o tumor, e os mais perceptíveis são: perda de apetite e de peso, fraqueza, diarréia e tontura. O tumor que atinge a cabeça do pâncreas possui como sintoma comum a icterícia causada pela obstrução biliar. Quando a doença está mais avançada, um sinal comum é a dor, que no início é de pequena intensidade, podendo ficar mais intensa, localizada na região das costas. Outro sintoma do tumor é o aumento do nível da glicose no sangue, causado pela deficiência na produção de insulina. O diagnóstico é realizado através do relato dos sintomas e de exames de laboratório, como de sangue, fezes e urina. Outros exames podem ser solicitados, como: tomografia computadorizada do abdome; ultrassonografia abdominal; ressonância magnética de vias biliares e da região do pâncreas, e por último a biópsia do tecido. Podemos falar em cura do câncer de pâncreas quando este for detectado em fase inicial. Nos casos passíveis de cirurgia, o tratamento mais indicado é a ressecção, dependendo do estágio do tumor. Em pacientes cujos exames já mostraram metástases à distância ou em estado clínico precário, o tratamento paliativo imediato mais indicado é a colocação de endoprótese. A radioterapia e a quimioterapia, associadas ou não, podem ser utilizadas para a redução do tumor e alívio dos sintomas. Fatores de Risco: O risco de desenvolver o câncer de pâncreas aumenta após os 50 anos de idade, principalmente na faixa entre 65 e 80 anos e há uma maior incidência nas pessoas do sexo masculino. Entre os fatores de risco, destaca-se principalmente o uso de tabaco e de seus derivados. O maior fator de risco para o câncer de pâncreas conhecido é o cigarro. Os fumantes têm três vezes mais chances de desenvolver o câncer pancreático do que os não fumantes. Dependendo da quantidade e do tempo de consumo de tabaco, o risco de vir a surgir uma neoplasia de pâncreas aumenta mais ainda. O tabaco causa o câncer de pâncreas porque as nitrosaminas tabaco-específicas chegam ao pâncreas tanto pelo sangue quanto pela bile, que entra em contato com o ducto pancreático. Outro fator de risco para os tumores de pâncreas é o consumo de bebidas alcoólicas excessivo de gordura e de carnes. Há suspeita de que uma dieta rica em gordura e excesso de proteínas pode estimular a liberação de colecistoquinina que causa alteração das células pancreáticas. No entanto, a associação entre o consumo de determinados alimentos e de bebidas alcoólicas com o câncer de pâncreas não foi ainda comprovada. Outro fator de risco para o câncer pancreático é a exposição a compostos químicos e a certos produtos químicos usados em fábricas de borracha ou automotivas, como solventes e petróleo, durante longo tempo. Há um grupo de pessoas que tem maior chance de desenvolver a doença e estas devem estar atentas aos sintomas. O grupo de indivíduos que sofre de pancreatite crônica ou de diabetes melitus, que foi submetido à cirurgia de úlcera no estômago ou duodeno, ou sofreu a retirada da vesícula biliar é um grupo considerado de risco, assim como pessoas muito obesas. Portanto, pancreatite crônica, diabetes melitus e obesidade aumentam o risco de uma pessoa desenvolver o câncer de pâncreas. Aparentemente não há relação entre o câncer de pâncreas e a pancreatite aguda, mas há uma correlação entre o câncer de pâncreas, os cálculos biliares e a cirrose hepática. O câncer de vias biliares, especialmente o tipo conhecido como colangiocarcinoma, apresenta alguns fatores que aumentam o risco de se desenvolver neoplasia de pâncreas. São eles:
• Infecções parasitárias crônicas das vias biliares;
• Má-formação congênita das vias biliares; • Colangite Esclerosante e • Retocolite Ulcerativa. Há também associação entre o câncer de pâncreas e doenças como a síndrome de Gardner, a polipose familial, a pancreatite hereditária, síndrome de von Hippel-Lindau, síndrome de Lynch e ataxiatelangectasia.
O TRATAMENTO?
O câncer de pâncreas, na maioria dos casos, é muito difícil de ser
tratado. A cura só é possível quando detectado precocemente, mas, pela ausência de sintomas na sua fase inicial, geralmente o câncer de pâncreas se espalha antes de ser feito um diagnóstico. Para estes casos, há tratamentos paliativos, que visam à melhora da qualidade de vida do paciente. Cirurgia
A cirurgia é ainda o único tratamento curativo no câncer de pâncreas. O
procedimento cirúrgico dependerá de fatores tais como sintomas do paciente, tipo, localização e estádio do câncer. A cabeça do pâncreas, o duodeno, parte do estômago e tecidos circunvizinhos podem ser removidos na cirurgia. A pancreatectomia total consiste na remoção completa do pâncreas, do duodeno, do ducto biliar, vesícula biliar, baço e gânglios linfáticos próximos.Na maioria das vezes, o câncer não pode ser removido totalmente. Mesmo assim, a cirurgia pode aliviar sintomas muito dolorosos e desagradáveis, que ocorrem quando o tumor comprime o duodeno ou bloqueia o ducto biliar. Dependendo do resultado da cirurgia, pode ser aconselhável se submeter posteriormente a tratamento quimioterápico e radioterápico. Radioterapia A radioterapia pode ser utilizada para atacar as células cancerosas, impedindo que o tumor cresça ou mesmo como um recurso pré-cirúrgico, para fazer com que o tumor diminua de tamanho a ponto de poder ser removido. Quimioterapia A quimioterapia pode ser empregada isoladamente ou junto com a radioterapia, para redução do tumor, alívio de sintomas e, também, como tratamento pós-cirúrgico. Quando não há condições de cirurgia, o tratamento de câncer de pâncreas é paliativo e inclui além da quimioterapia, o uso de medicações e procedimentos para alívio dos sintomas. Em alguns casos de câncer pancreático se utiliza a radioterapia; ela pode ser usada de forma concomitante à quimioterapia. O tratamento de pacientes com câncer de pâncreas avançado tem progredido nos últimos anos com o surgimento de medicações eficazes e de ótima tolerância. Considerando-se que na maioria das vezes enfrentamos um tipo de câncer incurável, é muito importante que se evite ao máximo a morbidade associada ao tratamento sem comprometer o sucesso terapêutico. Apesar de ainda não permitirem a cura, as opções disponíveis permitem um bom equilíbrio entre eficácia e poucos efeitos colaterais, o que possibilita melhor qualidade de vida.