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ENGENHARIA NAVAL
Disciplina MEM 1001
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica
Universidade Federal de Pernambuco
2011
Introdução à Engenharia Naval
Programa de Pós Graduação em Engenharia Mecânica
Universidade Federal de Pernambuco
Introdução:
• A indústria da construção naval pesada foi instalada no Brasil no bojo do Plano de Metas, dentro da
Meta 28 no governo JK, a partir da vinda do Estaleiro Ishibrás, de origem japonesa, e do Estaleiro
Verolme, de origem holandesa.
• O financiamento da Meta 28 foi possível mediante a aprovação da Lei 3.381 de 24 de abril de 1958,
que criou o Fundo da Marinha Mercante (FMM) e a Taxa de Renovação da Marinha Mercante
(TRMM). Os recursos destas duas fontes arrecadadores, depositadas no Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico (BNDE), eram administrados pela Comissão da Marinha Mercante
(CMM), que arquitetou os planos de estímulo à construção naval.
• Outro fator determinante foi a disponibilidade no mercado nacional de aço e componentes elétricos,
ofertados pelas recém-inauguradas siderúrgicas estatais e pela indústria eletro-metal-mecânica.
• Junto com as duas multinacionais também foram incluídos nos planos de estímulo à
construção naval pesada o Estaleiro Só, fundado em 1850, o Estaleiro Caneco, 1886, o Estaleiro
Mauá, 1907, e o Estaleiro EMAQ, 1914. Todos de capital nacional, sendo que o primeiro localizava-
se no Rio Grande do Sul e os demais no Rio de Janeiro.
Introdução à Engenharia Naval
Programa de Pós Graduação em Engenharia Mecânica
Universidade Federal de Pernambuco
Introdução:
• O bom desempenho da indústria da construção naval está associado ao desenvolvimento
da marinha mercante, que por sua vez está condicionada ao fluxo mercantil gerado pelo
sistema nacional de economia.
• Porém, as condições materiais que possibilitaram ao país fazer esta escolha e dar
saltos, iniciado em 1958, foram forjadas no século XIX e início do XX. O aglomerado de
estaleiros navais presente desde o início do século XIX nas cidades do Rio de Janeiro e
Niterói, construindo e reparando embarcações, criou um sistema propício para o
fortalecimento e a integração inter-setorial entre estabelecimentos comerciais, pequenas
fundições e estaleiros.
Introdução à Engenharia Naval
Programa de Pós Graduação em Engenharia Mecânica
Universidade Federal de Pernambuco
Introdução:
• Em 1917, foi instalado o Estaleiro da Ilha do Viana por Henrique Lage, na época o maior e
mais bem equipado centro de construção e reparos navais em toda a América do Sul, com
oficinas de processamento de chapas, máquinas ferramentas, fundição, eletricidade,
fábricas de oxigênio e acetileno, usina termelétrica, além de carreiras e diques secos para
construção e reparos.
Introdução:
• O Plano de Metas do Governo Juscelino Kubitschek contemplou entre outras:
• – Renovação da Marinha Mercante
• – Implantação da Construção Naval
Introdução:
• Houve grande empenho por parte da Marinha do Brasil, atuando diretamente na
implantação do curso de engenharia naval USP e na criação do tanque de provas do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo, em 1956, além de intensa
colaboração de seus engenheiros navais, nos cursos em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Introdução:
• Sucessivos saltos tecnológicos proporcionados pelos desafios nos projetos sob aspectos
como hidrodinâmico, estrutural, propulsivo, de manobrabilidade, de comunicação, de
carregamento e de severas condições de segurança e de proteção ambiental conferiram à
engenharia naval brasileira conceito e confiablilidade, projetando-a no cenário técnico
nacional e internacional.
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• 1964 - Navios de 12.700 tpb de carga geral exportados para a TMM Transportacion Marítima
Mexicana, inserindo a construção naval brasileira no mercado internacional e familiarizando-
nos com fiscalização da construção por inspetores europeus a serviço dos armadores.
• 1971 - A EMAQ inicia a construção para o Lloyd Brasileiro do primeiro liner de 8000 TDW
inteiramente projetado no Brasil pela PROJEMAR, sem nenhuma assistência técnica ou
projeto básico estrangeiro. A ISHITEC desenvolve no país o projeto do primeiro petroleiro
de esquadra para a MARINHA DO BRASIL, construído pela ISHIBRAS.
•
• 1973 - A CCN entrega o Serra Verde, primeiro de uma série de 42 cargueiros de 14.500 /
15.000 tpb, projeto SD-14, a maior quantidade já comercializada por estaleiros nacionais,
proporcionando condições excepcionais de eficiência gestora, de produtividade industrial e
de lucratividade
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• Construídos 4 navios petroleiros VLCC – Very Large Crude Carriers de 277.000 tpb,
para a PETROBRAS, com particularidade de propulsão por turbina a vapor, requerendo o
aprendizado de segurança e severidade na tolerância de fabricação e montagem de
equipamentos, acessórios e tubulação para vapor superaquecido.
• 1979 - Entrega recorde de navios pelos estaleiros brasileiros, totalizando 1.394.980 tpb no
ano, registrando o avançado estágio de projeto, em sincronia com as etapas de aquisição e
de produção alcançadas.
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• CCN entrega, no ano, 13 navios: 6 graneleiros projeto PRI 26/15 de 26.500 tpb, 3 navios
de carga geral PRI 121 de 14500/14.900 tpb e 5 de projeto SD 14.
•
• Construção do petroleiro Aframax de 80.600 tpb, Brazil Glory, de uma série de 3 exportados
pela ISHIBRAS e o projeto aprovado para a construção da série Bicas de 3 petroleiros
Aframax de 83.300 tpb para a PETROBRAS. O mesmo projeto foi negociado pela
INTERBRÁS, trading da Petrobrás, para a exportação de uma série desses navios para a
PDVSA.
• • Estaleiro Atlântico Sul (PE): 10 Suezmax, Preço global: US$ 1,2 bilhão
• • Estaleiro Atlântico Sul (PE): 5 Aframax, Preço global: US$ 693 milhões
• • Estaleiro Ilha S.A. (Eisa) (RJ): 4 Panamax, Preço global: US$ 468 milhões
• • Estaleiro Promar (PE): 8 navios Gaseiros , Preço global: US$ 536 milhões
• • Estaleiro Superpesa (RJ): 3 navios de Bunker , Preço global: US$ 46,5 milhões
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• Fatos relevantes:
PETROBRAS-19
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FPSO PETROBRAS-57
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