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INTRODUÇÃO À

ENGENHARIA NAVAL
Disciplina MEM 1001
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica
Universidade Federal de Pernambuco

2011
Introdução à Engenharia Naval
Programa de Pós Graduação em Engenharia Mecânica
Universidade Federal de Pernambuco

Introdução:
• A indústria da construção naval pesada foi instalada no Brasil no bojo do Plano de Metas, dentro da
Meta 28 no governo JK, a partir da vinda do Estaleiro Ishibrás, de origem japonesa, e do Estaleiro
Verolme, de origem holandesa.

• O financiamento da Meta 28 foi possível mediante a aprovação da Lei 3.381 de 24 de abril de 1958,
que criou o Fundo da Marinha Mercante (FMM) e a Taxa de Renovação da Marinha Mercante
(TRMM). Os recursos destas duas fontes arrecadadores, depositadas no Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico (BNDE), eram administrados pela Comissão da Marinha Mercante
(CMM), que arquitetou os planos de estímulo à construção naval.

• Outro fator determinante foi a disponibilidade no mercado nacional de aço e componentes elétricos,
ofertados pelas recém-inauguradas siderúrgicas estatais e pela indústria eletro-metal-mecânica.

• Junto com as duas multinacionais também foram incluídos nos planos de estímulo à
construção naval pesada o Estaleiro Só, fundado em 1850, o Estaleiro Caneco, 1886, o Estaleiro
Mauá, 1907, e o Estaleiro EMAQ, 1914. Todos de capital nacional, sendo que o primeiro localizava-
se no Rio Grande do Sul e os demais no Rio de Janeiro.
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Introdução:
• O bom desempenho da indústria da construção naval está associado ao desenvolvimento
da marinha mercante, que por sua vez está condicionada ao fluxo mercantil gerado pelo
sistema nacional de economia.

• O aumento na participação da frota mercante nacional no longo curso e a constante


modernização da frota destinada à cabotagem rebatia no aumento das encomendas junto
aos estaleiros. Este foi o mecanismo, amparado pelas políticas públicas de proteção e
financiamento, que possibilitou ao Brasil chegar aos anos de 1980 como umas das maiores
potências da indústria naval do mundo.

• Porém, as condições materiais que possibilitaram ao país fazer esta escolha e dar
saltos, iniciado em 1958, foram forjadas no século XIX e início do XX. O aglomerado de
estaleiros navais presente desde o início do século XIX nas cidades do Rio de Janeiro e
Niterói, construindo e reparando embarcações, criou um sistema propício para o
fortalecimento e a integração inter-setorial entre estabelecimentos comerciais, pequenas
fundições e estaleiros.
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Introdução:

• Mauá e Lage, empreendedores privados, assumiram iniciativas pioneiras e ousadas na


navegação e na construção naval.

• Na Fábrica de Ponta d’Areia, adquirida pelo Barão de Mauá, em 1847, foram


construídos, até 1857, 72 navios. A fábrica representou a mais importante indústria pesada
e de bens de capital no Brasil e na América Latina.

• Em 1917, foi instalado o Estaleiro da Ilha do Viana por Henrique Lage, na época o maior e
mais bem equipado centro de construção e reparos navais em toda a América do Sul, com
oficinas de processamento de chapas, máquinas ferramentas, fundição, eletricidade,
fábricas de oxigênio e acetileno, usina termelétrica, além de carreiras e diques secos para
construção e reparos.

• Somente, em 1956, o problema marítimo foi devidamente atacado de maneira


integrada com a Construção Naval e a Marinha Mercante inseridas em um plano
estratégico nacional de desenvolvimento, inclusive com a provisão de recursos de
sustentação.
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Introdução:
• O Plano de Metas do Governo Juscelino Kubitschek contemplou entre outras:
• – Renovação da Marinha Mercante
• – Implantação da Construção Naval

• Lei 3381, instituindo o Fundo de Marinha Mercante e a Taxa de Renovação da Marinha


Mercante.

• Os objetivos específicos foram definidos pelo GEICON – Grupo Executivo da Indústria de


Construção Naval para alavancar a implantação industrial dos estaleiros no País.

• Foram aprovados pelo GEICON os projetos de instalação dos estaleiros da CCN, da


ISHIBRÁS, da EMAQ, da VEROLME , do SÓ e do CANECO.

• Simultaneamente, foram implantados os Cursos de Engenharia Naval na USP e na UFRJ,


estabelecendo um grande diferencial em relação às tentativas anteriores de capacitação
tecnológica, dotando o país de centros de formação de recursos humanos.
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Introdução:
• Houve grande empenho por parte da Marinha do Brasil, atuando diretamente na
implantação do curso de engenharia naval USP e na criação do tanque de provas do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo, em 1956, além de intensa
colaboração de seus engenheiros navais, nos cursos em São Paulo e no Rio de Janeiro.

• Em março de 1963, foi fundada a SOBENA – Sociedade Brasileira de Engenharia Naval,


tendo como membros fundadores um grande contingente de engenheiros navais já
formados no país.

• Em 1961 foram entregues os primeiros navios construídos dentro do Plano de Metas do


Governo JK – o Ponta d’Areia pela CCN e o Volta Redonda pela ISHIBRÁS, iniciando a
trajetória progressiva de capacitação tecnológica na construção e na concepção e
elaboração de projeto.

• Nessa fase da construção naval brasileira, participaram Engenheiros Navais da Marinha e


recém-formados das Universidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, além de engenheiros
mecânicos e eletricistas, nas atividades multidisciplinares do projeto, da produção, da
inspeção e do suprimento nos estaleiros CCN, ISHIBRÁS, EMAQ, VEROLME, CANECO e
SÓ.
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Introdução:

• Simultaneamente, as sociedades classificadoras, os armadores e fabricantes, também,


passaram a admitir engenheiros e técnicos formados no país, em função da demanda do
novo mercado.

• Sucessivos saltos tecnológicos proporcionados pelos desafios nos projetos sob aspectos
como hidrodinâmico, estrutural, propulsivo, de manobrabilidade, de comunicação, de
carregamento e de severas condições de segurança e de proteção ambiental conferiram à
engenharia naval brasileira conceito e confiablilidade, projetando-a no cenário técnico
nacional e internacional.
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Histórico da Construção Naval no Brasil


• Alguns fatos relevantes:

• 1964 - Navios de 12.700 tpb de carga geral exportados para a TMM Transportacion Marítima
Mexicana, inserindo a construção naval brasileira no mercado internacional e familiarizando-
nos com fiscalização da construção por inspetores europeus a serviço dos armadores.

• 1968 - Em sintonia com o empenho dos engenheiros dos estaleiros na padronização de


componentes navais, a ABNT instituí o CB 7 - Comitê Brasileiro de Construção Naval,
visando principalmente a compatibilização dos padrões adotados pela origem de
procedência de equipamentos e acessórios importados e os adotados por empresas
nacionais e estrangeiras que se instalaram no Brasil.

• Construção do primeiro conjunto empurrador-barcaça de longo curso, entregue pela


ISHIBRÁS para a NORSUL.

• É projetado e construído pela ISHIBRAS para a MARINHA DO BRASIL o petroleiro de
esquadra Marajó de 10.500 tpb, ensejando a familiarização de nossos engenheiros com os
requisitos de navios militares e com a montagem e operação do complexo sistema de
transferência de óleo no mar fornecido pela Marinha Americana.
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• 1969 - Consciente da necessidade de desenvolver tecnologia própria a EMAQ cria o seu
escritório de projetos, a PROJEMAR, para que seja criado um núcleo de desenvolvimento e
capacitação tecnológica do estaleiro. A EMAQ, nessa época, é o primeiro estaleiro a utilizar
programas de computador no projeto do navio, utilizando um computador IBM 1130 (na
época, com a fantástica memória de 16 kbytes!).

• 1970 - Construção de 24 navios de carga geral, do tipo liner de alta velocidade, pelos
estaleiros CCN, ISHIBRÁS e VEROLME, viabilizando o empenho do Governo no
posicionamento mais significativo de nossa marinha mercante nas conferências de frete.

• 1971 - A EMAQ inicia a construção para o Lloyd Brasileiro do primeiro liner de 8000 TDW
inteiramente projetado no Brasil pela PROJEMAR, sem nenhuma assistência técnica ou
projeto básico estrangeiro. A ISHITEC desenvolve no país o projeto do primeiro petroleiro
de esquadra para a MARINHA DO BRASIL, construído pela ISHIBRAS.

• 1973 - A CCN entrega o Serra Verde, primeiro de uma série de 42 cargueiros de 14.500 /
15.000 tpb, projeto SD-14, a maior quantidade já comercializada por estaleiros nacionais,
proporcionando condições excepcionais de eficiência gestora, de produtividade industrial e
de lucratividade
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• 1974 - O Brasil atinge o 2º lugar na estatística mundial com uma carteira de
encomendas de 3.272.380 tpb de navios contratados, incluindo parcela significativa para
exportação.

• O CANECO constrói 2 navios frigoríficos de 10.195 m³ de capacidade com equipamentos e


porões frigorificados obedecendo padrões exigentes de precisão e isolamento.

• 1975 - Em plena vigência do 2º PCN e severa diligência do CDI – Conselho de


Desenvolvimento Industrial, o índice de nacionalização na construção de navios
superou a marca de 90%. Significativos investimentos foram realizados pelos estaleiros e
indústria subsidiária.

• ISHIBRAS, e VILLARES ampliaram capacidade em Máquinas marítimas e na fabricação de
eixos propulsores. LIPS e HELISTONE instalaram fábricas de hélices no Rio de Janeiro.
CCN iniciou a produção de escotilhas e equipamentos de convés na CEC, em Niterói. CBC,
em Varginha, passou a produzir caldeiras. ALFA LAVAL, SEMCO e SULZER, aumentaram a
capacidade de fabricação e de nacionalização de purificadores e bombas de uso naval.
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Histórico da Construção Naval no Brasil


• 1976 - A ISHIBRAS cria o Departamento dos Novos Projetos, estimulando a fabricação de
novos produtos e o aumento do índice de nacionalização de equipamentos, além do
licenciamento para fabricação de motores diesel marítimos de última geração.

• A EMAQ inicia a utilização de máquinas de oxi-corte de controle numérico utilizando


sistemas de CAD/CAM totalmente desenvolvidos no Brasil pela PROJEMAR.
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• 1978 - Construídos uma série de minero-petroleiros de 130.000 e 135.000 tpb para a
DOCENAVE e para a PETROBRAS, inserindo, na ocasião, o Brasil entre os poucos países
capazes de construir navios de grande porte.

• O VEROLME instalou um pórtico de 660 t, o CANECO instalou linha de panelização, O


EMAQ instalou pórticos para movimentação de blocos, a ISHIBRAS desenvolveu processo
de one-side welding para chapas grossas, instalou sistema de posicionamento para
fabricação de perfilados de abas desiguais e implantou as unidades de trabalho móveis em
substituição aos andaimes estáticos.
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Histórico da Construção Naval no Brasil


• 1978 - O estaleiro EBIN adquiriu as instalações fabris do Estaleiro SÓ, de Porto Alegre RS.
O estaleiro CORENA, em Itajaí SC, adotou o sistema “synchro-lift” de movimentação de
blocos e lançamento, proporcionando ao engenheiro brasileiro a familiarização com mais
uma alternativa de planejamento e de produção de navios. O estaleiro CANECO inicia o seu
primeiro projeto totalmente desenvolvido no Brasil, sem nenhuma assistência técnica ou
projeto básico estrangeiro, o navio multipurpose de 18.000 TPB “VARICARGO”, com o qual
foram construídos três navios para armadores gregos.

• Construídos 4 navios petroleiros VLCC – Very Large Crude Carriers de 277.000 tpb,
para a PETROBRAS, com particularidade de propulsão por turbina a vapor, requerendo o
aprendizado de segurança e severidade na tolerância de fabricação e montagem de
equipamentos, acessórios e tubulação para vapor superaquecido.

• Normas administrativas e sistemas de controle e de segurança no trabalho foram


adequadas ao efeito de escala dimensional. As usinas siderúrgicas passaram a laminar
chapas de aço de maiores dimensões, em parte restringida pelo problema logístico de
transporte ferroviário.

• 1979 - Entrega recorde de navios pelos estaleiros brasileiros, totalizando 1.394.980 tpb no
ano, registrando o avançado estágio de projeto, em sincronia com as etapas de aquisição e
de produção alcançadas.
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• 1980 - EMAQ recebe o maior prêmio de tecnologia daquela época no Brasil, o Prêmio
Tecnologia pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo como reconhecimento pelo
pioneirismo no desenvolvimento e na aplicação de sistemas CAD-CAM na indústria
nacional.

• CCN entrega, no ano, 13 navios: 6 graneleiros projeto PRI 26/15 de 26.500 tpb, 3 navios
de carga geral PRI 121 de 14500/14.900 tpb e 5 de projeto SD 14.

• Construção do petroleiro Aframax de 80.600 tpb, Brazil Glory, de uma série de 3 exportados
pela ISHIBRAS e o projeto aprovado para a construção da série Bicas de 3 petroleiros
Aframax de 83.300 tpb para a PETROBRAS. O mesmo projeto foi negociado pela
INTERBRÁS, trading da Petrobrás, para a exportação de uma série desses navios para a
PDVSA.

• 1983 - EMAQ vence concorrência internacional e exporta sistema de CAD/CAM para


processamento de aço, desenvolvidos pela PROJEMAR, comprovando o alto nível da
tecnologia de projeto naval desenvolvida no Brasil.
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Histórico da Construção Naval no Brasil


• 1986 - Construídos os mínero-petroleiros
ULOO - Ultra Large Ore-Oil de 305.000
tpb Docefjord e o Tijuca pela ISHIBRÁS
para a WILSEA – joint-venture
WILLIAMSEN (Noruega) e SEAMAR –
braço internacional da DOCENAVE.

• 1991 - O estaleiro CANECO entrega o


Intrépido navio de 17.000 tpb, o primeiro
Ro-Ro/Lo-Lo construído no país, para a
TRANSROLL. Este navio foi considerado
como um dos “Significant Ships” de 1991
pelo “Royal Institution of Naval Architects
(UK)”.
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• 1991 - A ISHIBRAS constrói o petroleiro de
esquadra Gastão Moutinho de 6.160 TPB
para a MARINHA DO BRASIL, já com a
experiência adquirida no Marajó.

• 1992 - Construídas as corvetas Júlio de


Noronha e Frontin com projeto básico
desenvolvido pela Diretoria de Engenharia
Naval da MARINHA DO BRASIL,
familiarizando a nossa engenharia com os
severos requisitos e duplicidade de sistemas
exigidos nos navios militares.

• O estaleiro VEROLME para capacitar-se à


construção dessas corvetas investiu em um
estaleiro militar com ponte rolante de 50 t,
sistema de “load-out” e dique flutuante com
controle de lastro computarizado.
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• 1992 - Construídos os navios Ro-Ro/Lo-Lo
Betelgeuse e o Belatrix de 33.600 tpb pela
EMAQ para a TRANSROLL, com projeto
PROJEMAR, considerados como um dos
“Significant Ships” de 1992 pelo “Royal
Institution of Naval Architects (UK)”.

• A instalação de rampas de acesso e bow


thruster, dimensionamento para alta
concentração de carga e amplo vão livre
constituíram-se, entre outros, em altos
desafios de projeto e de produção.

• Entregue o navio petroleiro Suezmax James


N. Sullivan, o primeiro de uma série de oito
navios exportados para a CHEVRON CORP.
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Histórico da Construção Naval no Brasil


• 1994 - Evidência da atualidade,
confiabilidade e qualidade de nossos projetos
foi a reversão da escolha pelo armador
HAMBURG-SUD do projeto de graneleiro
Panamax da BURMEISTER & WAIN, em
destaque na mídia internacional, pelo projeto
brasileiro da PROJEMAR, mais atual,
moderno, econômico e eficiente para as
exigências severas do cliente alemão.

• O navio multipurpose container de 660 TEU,


FROTABELEM, construído pela EMAQ para
a FROTA AMAZÔNICA é considerado como
um dos “Significant Ships” de 1994 pelo
“Royal Institution of Naval Architects ”.
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• 1996 - O navio container de 1250 TEU,
FROTASANTOS, construído pela VEROLME
para a FROTA OCEÂNICA, com projeto
PROJEMAR, foi considerado como um dos
“Significant Ships” de 1996 pelo “Royal Institution
of Naval Architects (UK)” e como um dos “Great
Ships” de 1996 pela conceituada revista
especializada americana “Maritime Report and
Engineering News”.

• 2000 - É entregue o Metaltanque III, primeiro


navio para transporte de gás liquefeito
construído no Brasil, destinado ao transporte de
etileno a -104ºC, construído pelo estaleiro
ITAJAÍ, com projeto da PROJEMAR,
incorporando tecnologia e processos de
fabricação e montagem com a participação
efetiva de nossos engenheiros e técnicos.
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Histórico da Construção Naval no Brasil


• 2003 - Construído pelo estaleiro EISA para a
NORSUL o empurrador Norsul Caravelas de
4.000 kw e a barcaça Norsul II de 5.200 tpb,
iniciando uma série de conjuntos integrados
empurrador-barcaça para o transporte
oceânico de madeira, de celulose e de bobinas
de aço.

• O projeto totalmente desenvolvido no Brasil


pela PROJEMAR incorpora diversos
aperfeiçoamentos e recursos para a barcaça,
como bow thruster, O acoplamento para
empurrador-barcaça requer severo controle de
qualidade e precisão de montagem e enseja a
familiarização com o sistema operacional
conjugado.
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Histórico da Construção Naval no Brasil


• O Promef foi lançado em 2004. O programa revitaliza a indústria naval, tornando os
estaleiros brasileiros internacionalmente competitivos. Ao assegurar sustentabilidade para o
setor, o Promef faz o Brasil retomar o seu papel de player mundial na construção de navios
de grande porte. O Plano foi dividido em duas fases:

• Promef 1 - Na primeira fase do Programa de Modernização e Expansão da Frota estão


sendo construídos os seguintes navios, pelas empresas ganhadoras do processo licitatório:

• • Estaleiro Atlântico Sul (PE): 10 Suezmax, Preço global: US$ 1,2 bilhão

• • Estaleiro Atlântico Sul (PE): 5 Aframax, Preço global: US$ 693 milhões

• • Estaleiro Ilha S.A. (Eisa) (RJ): 4 Panamax, Preço global: US$ 468 milhões

• • Estaleiro Mauá (RJ): 4 de Produtos, Preço global: US$ 277 milhões


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Histórico da Construção Naval no Brasil


• Promef 2 - Na segunda fase do Programa de Modernização e Expansão da Frota serão
construídos os seguintes navios, pelas empresas ganhadoras do processo licitatório:

• • Estaleiro Atlântico Sul (PE): 4 Suezmax DP (Aliviadores de Posicionamento Dinâmico),


Preço global: US$ 746 milhões

• • Estaleiro Atlântico Sul (PE): 5 Aframax DP (Aliviadores de Posicionamento Dinâmico),


Preço global: US$ 477 milhões

• • Estaleiro Promar (PE): 8 navios Gaseiros , Preço global: US$ 536 milhões

• • Estaleiro Superpesa (RJ): 3 navios de Bunker , Preço global: US$ 46,5 milhões

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Histórico da Construção Naval no Brasil


• Em 2010, foram lançados três navios, sendo um construído no estado de Pernambuco e
dois no Rio de Janeiro. Batizados com nomes relevantes da história brasileira, as
embarcações homenagearam João Cândido, Celso Furtado e Sérgio Buarque de Holanda.
Para 2011, está prevista a entrega de cinco navios e o lançamento ao mar de outros seis
para acabamentos finais.
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Histórico da Construção Offshore no Brasil


• A engenharia naval brasileira, consolidada nos projetos e na construção de navios
mercantes de vários tipos, ampliou com mérito seu universo de atuação no projeto e
construção de plataformas auto-eleváveis marítimas para a construção civil e para offshore,
barcos de apoio para serviços no mar, plataformas semi-submersíveis e outras estruturas
fixas e móveis para exploração e produção de petróleo em águas rasas e profundas.

• Em comportamento idêntico ao da constru’cão naval, nossas universidades, também,


estenderam a abrangência de seu currículo à engenharia oceânica e, posteriormente, o
novo e promissor mercado offshore atraiu os estaleiros JURONG e KEPPEL FELS, ambos
de Cingapura, que se instalaram nos canteiros do MAUÁ, em Niterói, e da IVI, em Angra dos
Reis.

• Fatos relevantes:

• 1972 - A ISHIBRÁS constrói, simultaneamente, em seu dique seco, segundo projeto


IHC, 3 plataformas flutuantes auto-eleváveis operadas pela ECEX na construção da
ponte Presidente Costa e Silva.
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Histórico da Construção Offshore no Brasil

• 1982 - Entregue o primeiro de uma série


de 8 plataformas auto-eleváveis, 6
construídas pelo VEROLME dos quais 2
para PETROBRAS e 4 exportados para
ARAMCO e 2 construídas pela ISHIBRAS
para MONTREAL e para PETROBRAS
com transferência de tecnologia pela
LEVINGSTON dos EUA.

• 1997 - Entra em operação na Bacia de


Campos a FPU P-19 com o primeiro
sistema de ancoragem no mundo
utilizando cabos de poliéster e
configuração “taut-leg”, em 800 m de
lâmina d’água.

PETROBRAS-19
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Histórico da Construção Offshore no Brasil

• 1997 - Entra em operação na Bacia de Campos o


FPSO P-34, que bateu naquela época o recorde de
lamina d’água (840 m) com o maior sistema de
ancoragem do tipo “turret” instalado no mundo (34
risers), apesar de ser o primeiro FPSO com “turret”
interno a ser instalado no Brasil.

• 2000 - Entra em operação na Bacia de Campos


o FPSO P-37 com o maior sistema de
ancoragem do tipo “turret” já construído no
mundo (44 risers).
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Histórico da Construção Offshore no Brasil


• 2001 - Entra em operação na Bacia de
Campos a FPU P-40, que nessa época bateu
o recorde mundial de lamina d’água para uma
plataforma semi-submersível (1.080 m).

• O transporte da FPU P-40 de Cingapura para


o Brasil foi naquela época a maior operação
de “dry-tow” realizada no mundo (42.000 t).

• No dia 15 de março de 2001 ocorreu o pior


acidente da história da Petrobrás que
culminou com o óbito de onze
trabalhadores e com o afundamento da Acidente
plataforma P-36, no dia no dia 20 de da
março, em uma profundidade de 1200 Plataforma
metros e com estimados 1500 toneladas de P-36
óleo ainda a bordo.
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Histórico da Construção Offshore no Brasil


• 2004 - Entra em operação na Bacia de
Campos o FPSO P-43, a primeira
instalação de um sistema de ancoragem
do tipo DICAS em unidade de produção
permanente (820 m).
• A concepção do Sistema Híbrido de
Ancoragem (HYPO) é apresentada na
“Deep Offshore Technology Conference”
pela PROJEMAR. FPSO PETROBRAS-43
• 2007 - Entram em operação a P-52 e a
P54, esta última construída a partir da
conversão do navio Barão de Mauá,
pertencente à frota da Petrobras, a P-54
tem capacidade para comprimir 6
milhões de metros cúbicos por dia de
gás e estocar até 2 milhões de barris de
óleo.
FPSO PETROBRAS-54
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Histórico da Construção Offshore no Brasil


• 2006 - Elaboração do projeto básico
FEED – Front End Engineering Design da
plataforma P-57. Cerca de 100
profissionais do CENPES - Centro de
Pesquisas da Petrobrás e das empresas
brasileiras CHEMTECH e KROMAV e a
norueguesa AKER KVAERNER, através
de sua divisão brasileira AKER
KVAERNER ENGINEERING &
TECHNOLOGY BRASIL desenvolvem
projeto pioneiro de uma das maiores
FPSOs –unidades flutuantes de FPSO PETROBRAS-57
produção, estocagem, processamento e
transbordo de petróleo no mundo. Entrou
em operação em 2010.
Introdução à Engenharia Naval
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Histórico da Construção Offshore no Brasil


• 2009 – Entra em operação a FPU P-53, na Bacia de
Campos, utilizando pela primeira vez o conceito do
sistema de ancoragem do tipo “Very Large Turret”
(75 risers).

• 2010 – Entra em operação a P-57, constrída pela FPSO PETROBRAS-53


Brasfels. Essa unidade inaugura uma nova
geração de plataformas, concebidas e montadas
a partir do conceito de engenharia que privilegia
a simplificação de projetos e a padronização de
equipamentos. Um modelo que será referência
para as futuras plataformas da Petrobras, como
a P-58 e P-62.

FPSO PETROBRAS-57
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Histórico da Construção Offshore no Brasil


• 2011 – Previsão de entrega do Casco da P-55,
construído pelo EAS que irá receber os módulos do
convés no Rio Grande – RS e da P56, construída pela
Brasfels

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