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PLATAFORMA MONDEGO VIVO

MINI-HIDRICA NO RIO MONDEGO – NÃO!


MOVIMENTO DE CIDADÃOS, INSTITUIÇÕES E EMPRESAS CONTRA
A CONSTRUÇÃO DE MINI-HIDRICAS E AÇUDES NO RIO MONDEGO

ARGUMENTOS CONTRA A CONSTRUÇÃO DA MINI-HIDRICA


Perspectiva do Turismo:
- Animação turística:
A canoagem no rio Mondego é a actividade de animação turística mais comercial de Portugal, com 30.000 turistas
por ano, um volume de negócios directo anual de cerca de meio milhão de euros, acrescido de toda a actividade
turística a montante, autocarros, restaurantes e hotéis. O valor da licença (3 milhões e meio de euros) corresponde
assim a 7 anos de produto destas empresas. O Estado encaixou este montante, mas irá implicar a falência destas
empresas e criar desemprego.
- Restaurantes: Penacova é a capital da Lampreia em Portugal. A construção do paredão irá impedir a subida
desta espécie para a zona de excelência da desova entre Penacova e Coimbra. Pensamos ser impossível
continuar a investir num produto turístico-gastronómico quando o alvo não existe na região. Serão os restaurantes
os principais afectados
- Praia Fluvial de Palheiros (Torres do Mondego) – a flutuação da água com as turbinagens irá inviabilizar o bom
funcionamento da praia e prejudicar a qualidade da água nesta zona balnear.

Perspectiva do Ambiente: destruição da flora ripícola, alteração dos habitats, implicações no ambiente local (mais
humidade), obstáculo à circulação de peixes e animais. Contraria os resultados da escada de peixe no Açude-
Coimbra. Mesmo que uma escada de peixe seja colocada nesta Mini-hídrica, os peixes vão encontrar um
ecossistema completamente alterado. O sector alvo é precisamente o único troço sem açudes e sem barragens
que existe no rio Mondego desde a nascente até á foz.

Perspectiva do Económica: a construção da Barragem só vai criar postos de trabalho temporários durante a
construção, porque o funcionamento será automatizado. Em contrapartida, destrói-se toda uma economia baseada
no rio, com empresas e postos de trabalho locais. O rendimento da produção eléctrica será canalizado para fora da
região. A região não beneficiará em nada com este empreendimento, que apenas foi criado para reduzir o défice
orçamental, sendo terem sido acautelados os interesses locais. A região de Penacova já contribuir excessivamente
para a produção hidroeléctrica nacional com as barragens das Fronhas, Raiva 1 e 2 e Aguieira. Este projecto irá
produzir menos de 1% da produção regional e uma ínfima parte da produção nacional. O retorno hidroeléctrico
deste projecto é ínfimo, face aos impactos económicos que terá no tecido empresarial e familiar local e regional.

Perspectiva das populações ribeirinhas: as populações ribeirinhas terão os seus terrenos de cultivo inundados e
inutilizados entre Foz do Caneiro e a Ronqueira, com Carvoeira, Louredo e Rebordosa incluídos, e criará fortes
restrições aos terrenos a jusante da Barragem na zona de Palheiros e Torres do Mondego. Estamos a falar de
terrenos com elevado potencial agrícola, que em altura de crise, serão uma excelente oportunidade de rendimento
familiar. Por outro lado, as povoações ribeirinhas de Rebordosa, Louredo e Foz do Caneiro ficarão na orla da
albufeira, constituindo um perigoso iminente para crianças e idosos, visto que com a subida do nível da água, as
margens serão bastante inclinadas. A existência de uma bacia volumosa de água irá alterar o clima local,
provocando humidade e neblinas durante a maior parte do ano, como aliás já acontece junto noutras infra-
estruturas semelhantes da região.

Interrogamo-nos sobre os motivos que levaram o Estado a definir este local.


Não poderiam existir outras alternativas na Barragem das Fronhas, Raiva ou Açude-Ponte de Coimbra,
aumentando o potencial de produção destes locais, visto que as infraestruturas já existem e os ecossistemas já
estão destruídos.
Daqui apenas podemos concluir que esta licença só foi atribuída para reduzir o défice do Estado e não existe uma
preocupação real na produção eléctrica sustentável, não só em termos energéticos, como ambientais, económicos
e sociais.

POR ESTES MOTIVOS SOMOS TOTALMENTE CONTRA A


CONSTRUÇÃO DA MINI-HIDRICA ENTRE PENACOVA E COIMBRA.

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