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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Faculdade de Arquitetura
Departamento de Expressão Gráfica

Professoras: Anelise Todeschini Hoffmann


Jocelise Jacques de Jacques
Coordenador: Fábio Gonçalves Teixeira

Porto Alegre, julho de 2008.


Departamento de Expressão Gráfica ARQ 03317 - Geometria Descritiva II A
Faculdade de Arquitetura

1. NOÇÕES DE UTILIZAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE DESENHO

A utilização correta dos esquadros em geometria descritiva é de


fundamental importância para a obtenção da precisão necessária na solução dos
problemas.
Estes são utilizados para o traçado de linhas horizontais e verticais e
serve também como apoio, permitindo o traçado de linhas em ângulos
determinados (30º, 45º, 60º e outros).

90º

30º 45º

60º

Um recurso para o traçado de linhas com ângulos diferentes é a


combinação dos esquadros, apoiados, como nos exemplos.

15º

75º

O traçado de retas paralelas ou perpendiculares a determinada direção


pode ser realizado movendo-se um esquadro apoiado sobre o outro que
permanece fixo.

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2. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE GEOMETRIA DESCRITIVA

Fonte: www.revistagalileu.globo.com

No final do século XVIII, o Exército Francês era o único que dispunha de


métodos de cálculo para determinar as melhores posições para escapar do fogo
da artilharia inimiga.
Para fugir dos complicados cálculos usualmente empregados nesse e em
outros problemas da engenharia militar, o matemático Gaspar Monge (1746-
1818) desenvolveu uma técnica onde era possível representar as manobras
militares, de tal forma que nada ficasse sob a mira do inimigo, porém ela era tão
simples que não recebeu atenção dos superiores.
Assim começou a Geometria Descritiva de Monge, que hoje é estudada
nos primeiros anos de todas as áreas de engenharia e se aplica não somente a
desenhos e projetos técnicos, mas também nas artes e na fotografia devido a
sua aplicação no estudo das perspectivas (Kawano, 2003). Portanto é de
enorme importância do ponto de vista tecnológico e, segundo Caldonazo (1999),
sem ela a engenharia não teria progredido tanto no séc. XX.
No método de Monge, todo objeto ou figura no espaço é representado por
duas projeções em um plano só, colocando em uma folha de papel plana o que
é visualizado no espaço de três dimensões (Kawano, 2003).
A Geometria Descritiva é a ciência que permite representar sobre um
plano os elementos do espaço, tornando possível a resolução de problemas
referentes à sua forma, grandeza e posição, graficamente (Borges,Barreto &
Martins, 1991). O esquema desenvolvido por Monge, facilita a visualização de
relações espaciais e se constitui em método para a resolução gráfica de
problemas (Caldonazo, 1999).

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Para a representação de um objeto (3 dimensões) sobre um plano (2


dimensões) utilizam-se os Sistemas Projetivos, que são compostos pelos
seguintes elementos:
¨ objeto,
¨ plano de projeção,
¨ projetantes,
¨ centro de projeção, e
¨ projeção do objeto.

SISTEMA DE PROJEÇÃO CÔNICO

As projetantes são convergentes ao centro de projeção.

SISTEMA DE PROJEÇÃO CILÍNDRICO OBLÍQUO

As projetantes são paralelas entre si e oblíquas ao plano de projeção.

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SISTEMA DE PROJEÇÃO CILÍNDRICO ORTOGONAL

As projetantes são paralelas entre si e perpendiculares ao plano de


projeção.

A Geometria Descritiva une a compreensão do espaço tridimensional e os


conceitos do Sistema de Projeções Cilíndrico Ortogonal através do método
idealizado por Gaspar Monge no século XVIII.

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3. SISTEMA MONGEANO

Monge imaginou dois planos que se interceptam perpendicularmente


dividindo o espaço em quatro diedros, numerados de forma anti-horária (no
sentido trigonométrico). Nestes planos os objetos estudados são projetados
ortogonalmente e então, o sistema é planificado.

z
o
2 Diedro
1o Diedro

Linha de terra
y
Plano
x horizontal de
projeção
3o Diedro
4o Diedro
Plano frontal
de projeção

Que objeto está sendo Inserção de mais um Assim, através da análise


projetado nos planos plano de projeção – plano conjunta das três projeções
horizontal e frontal de auxiliar ou π0. é possível determinar a
projeção? forma, a grandeza e a
posição dos elementos do
espaço.

O emprego do plano auxiliar é, muitas vezes, indispensável à solução de


problemas.

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4. PLANIFICAÇÃO DO SISTEMA MONGEANO

Para que este método alcançasse o objetivo de analisar os objetos


tridimensionais obtendo as facilidades da geometria plana tornou-se necessária
a transposição destes conceitos para um meio bidimensional, decorrendo a
planificação do Sistema Mongeano. Para tanto, faz-se girar o plano horizontal
em torno da linha de terra de modo que a parte posterior do mesmo coloque-se
sobre a parte inferior do plano frontal.
Z Z Z

X Y X Y X
Y
Y

Assim, tem-se a épura, a qual é o sistema de representação criado por


Monge, obtida através do rebatimento do plano horizontal de projeção sobre o
plano frontal de projeção. A épura apresenta diferentes projeções de um mesmo
objeto, portanto, a épura é a planificação do sistema X,Y,Z.
Z Z

Y
X Y
X
Y Y

É importante ressaltar que no Brasil a épura é a planificação do 1o Diedro,


enquanto em outros países trabalham com a planificação do 3o Diedro.
Z

X Y

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Planificação simplificada do Sistema Mongeano

X
Y

Convenções (BORGES, BARRETO & MARTINS, 1991)

NOTAÇÃO
PONTOS Letras latinas maiúsculas A, B, C, D, ...
RETAS Letras latinas minúsculas a, b, c, r, s, ...
PLANOS Letras gregas minúsculas α, β, λ, µ, ...
PROJEÇÕES HORIZONTAIS Índices ímpares A1, r1, α1, ...
PROJEÇÕES FRONTAIS Índices pares A2, r2, α2, ...
TRAÇADO
LINHA TIPO EMPREGO
grossa Soluções
média Linha de terra
Linhas não visíveis
fina Linhas de chamada e auxiliares
Eixos de simetria

Importante: Deve-se arbitrar as espessuras de forma que fiquem nitidamente distintas entre si.
Uma vez escolhida a espessura da linha grossa, a linha média é fixada como a metade da
primeira e a fina a metade da segunda, aproximadamente.

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5. ESTUDO DO PONTO

Para determinarmos a posição de um ponto no espaço, é necessário


projetá-lo sobre os dois planos de projeção ortogonais – plano de projeção
horizontal (X,Y) e plano de projeção frontal (X,Z). O ponto é representado por
suas coordenadas descritivas. z

P2
P0
P (x, y, z) P

x P1

P2 P0
P1 (x, y) – projeção de P no plano horizontal
Cota

X P2 (x, z) – projeção de P no plano frontal


Y
Afastamento

Abscissa
P0 (y, z) – projeção de P no plano auxiliar

P1

LINHA DE TERRA – interseção do plano horizontal e frontal de projeção


PROJEÇÕES ORTOGONAIS DE P Æ P1, P2, P0
PROJETANTE - é a perpendicular traçada do ponto do espaço à sua projeção
ortogonal ( PP2, PP1, PP0)

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LINHA DE PROJEÇÃO OU LINHA DE CHAMADA - é toda linha perpendicular a


linha de terra, que une as projeções de um mesmo ponto, ou seja, é a projeção
das projetantes.

Coordenadas descritivas do ponto: P (x, y, z)

Abscissa (X) Afastamento (Y) Cota (Z)

é a distância do ponto é a distância do ponto é a distância do ponto (objeto)


(objeto) ao plano auxiliar de (objeto) ao plano frontal de ao plano horizontal de
projeção. Ou seja, o quanto o projeção. Ou seja, o quanto projeção. Ou seja, é a altura
ponto se afasta da origem do o ponto se afasta do plano do ponto em relação ao plano
sistema. frontal. horizontal.

Estas coordenadas descritivas dos elementos na geometria descritiva


correspondem a largura, profundidade e altura de um objeto.

2º Diedro z
2º Diedro z
1º Diedro
1º Diedro

B H
A -y
-y
P 0
0
y
y
x F
x
C D
3º Diedro T
3º Diedro -z 4º Diedro
-z 4º Diedro

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z z
B1 P1
B2 H2
C1
A2
P2 T1 F2
x x
H1
D2
A1 T2
C2
D1 F1
y y

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6. ESTUDO DA RETA

Uma reta é determinada pelo


deslocamento de um ponto em uma B
determinada direção. Pode-se representá-la por A
r
dois pontos e é identificada por letras latinas
minúsculas.

Uma reta no espaço pode ocupar três posições distintas em relação a um


plano de projeção, sendo que cada uma delas resulta em um tipo de projeção
particular:

reta paralela ao plano de reta perpendicular ao reta oblíqua ao plano de


projeção ( // ) plano de projeção (⊥) projeção ( ∠ )

projeção em verdadeira projeção acumulada projeção reduzida


grandeza (VG) (PA) (PR)
a projeção é igual a reta a projeção da reta é um ponto projeção é menor que a reta

De acordo com o método mongeano, determina-se a posição de uma reta


no espaço através de suas projeções sobre dois planos de projeção ortogonais:
plano de projeção horizontal, plano de projeção frontal.
A reta pode ocupar 7 posições distintas com relação aos planos horizontal
e frontal de projeção.
¨ Reta fronto-horizontal
¨ Reta horizontal
¨ Reta frontal
¨ Reta vertical
¨ Reta de topo
¨ Reta de perfil
¨ Reta oblíqua ou qualquer

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7. POSIÇÕES DA RETA EM RELAÇÃO AOS PLANOS HORIZONTAL E


FRONTAL DE PROJEÇÃO

RETA FRONTO-HORIZONTAL

¨ Paralela ao plano
horizontal e frontal de
projeção: (VG)
Z ¨ Perpendicular ao plano
X
auxiliar: (PA)
Y ¨ Possui cotas (z) e
afastamentos (y) iguais.

RETA HORIZONTAL

¨ Paralela ao plano
horizontal de projeção: (VG)
¨ Oblíqua ao plano frontal
Z e auxiliar de projeção: (PR)
X faz ângulo com estes planos
Y de projeção.
¨ Possui cotas (z) iguais e
afastamentos (y) diferentes

RETA FRONTAL

¨ Paralela ao plano frontal


de projeção: (VG)
¨ Oblíqua ao plano
Z horizontal e auxiliar de
projeção:(PR)
X faz ângulo com estes planos
Y
de projeção.
¨ Possui cotas (z)
diferentes e afastamentos
(y) iguais.

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RETA DE TOPO

¨ Paralela ao plano
horizontal e auxiliar de
projeção: (VG)
Z ¨ Perpendicular ao plano
frontal de projeção :(PA)
X
Y ¨ Possui cotas (z) iguais e
afastamentos (y) diferentes.

RETA VERTICAL

¨ Paralela ao plano frontal


e auxiliar de projeção: (VG)
¨ Perpendicular ao plano
Z horizontal de projeção :(PA)
X
¨ Possui cotas (z)
Y diferentes e afastamentos
(y) iguais.

RETA DE PERFIL

¨ Paralela ao plano auxiliar


de projeção: (VG)
¨ Oblíqua ao plano
Z horizontal e frontal de
X
projeção:(PR)
Y faz ângulo com estes
planos de projeção.
¨ Possui cotas (z) e
afastamentos (y) diferentes.

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RETA OBLÍQUA

¨ Oblíqua ao plano
horizntal, frontal e
auxiliar de
Z projeção:(PR)
Projeção Reduzida
X
Y ¨ Faz ângulo com estes
planos de projeção.

b2
c2
a2
Z Z Z

X X X
Y Y Y
a1 b1
c1
FRONTO-HORIZONTAL FRONTAL HORIZONTAL

g2
d2 e2 f2

Z Z Z Z

X X X X
Y Y Y Y
e1 f1 g1
d1
DE TOPO VERTICAL DE PERFIL OBLÍQUA

8. PERTINÊNCIA - PONTO E RETA

Um ponto pertence a uma reta quando suas projeções coincidem com as


projeções de mesmo nome da reta.

u2
A2 ≡ B2
f2 D1 h2
C2
Z

X
A1 Y

u1 ≡ C1 D2 h1
f1 B1

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9. POSIÇÃO RELATIVA ENTRE RETAS

Duas retas no espaço podem estar contidas em um mesmo plano, sendo


chamadas de coplanares, ou podem estar contidas em planos diferentes, sendo
chamadas de não coplanares.
As retas coplanares podem ser: coincidentes, paralelas ou
concorrentes. E as retas não-coplanares são chamadas reversas.

RETAS COINCIDENTES

¨ São coplanares
¨ Possuem mesma direção
¨ São retas de mesmo nome (horizontal, frontal,...)
¨ Possuem dois ou mais pontos em comum

f2=g2

X
Y

f1=g1

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RETAS PARALELAS
¨ São coplanares ¨ Não possuem ponto em comum
¨ Possuem mesma direção ¨ Mantêm distância constante
entre sí
¨ São retas de mesmo nome
(horizontal, topo,...)

Projeções de
mesmo nome r2
r0
são paralelas s2
s0

r1 s1

Duas
projeções de r2 ≡ s2 r0 ≡ s0
mesmo nome
são
coincidentes
e as outras
duas são s1
paralelas
r1

Duas r0 s0
s2 r2
projeções de
mesmo nome
são paralelas
e as outras
duas são r1
s1
acumuladas

Obs: a verificação de paralelismo entre retas de perfil é feita por intermédio da


projeção no plano auxiliar.

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RETAS CONCORRENTES

¨ São coplanares ¨ Possuem ponto em comum


¨ Não possuem mesma direção ¨ Poderão ser perpendiculares ou
oblíquas
¨ Podem ou não serem retas de
mesmo nome

As projeções de
mesmo nome se s0
cortam, e as
s2
projeções deste r2
ponto de r0
interseção
pertencem a
mesma linha de s1 r1
chamada.

s2 s0 ≡ r0
As projeções de r2
mesmo nome são
concorrentes e as
do outro plano de
projeção são
coincidentes. s1 ≡ r1

As projeções de s2 ≡ r2 s0 ≡ r0
um plano são
concorrentes e as
do outro, são
coincidentes,
sendo que uma s1
delas é um ponto. r1

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RETAS REVERSAS

¨ Não são coplanares ¨ Não mantêm distância


constante entre sí
¨ Fazem entre si um ângulo
¨ Poderão ser ortogonais ou
qualquer
oblíquas (jamais serão
¨ Não possuem ponto em
perpendiculares)
comum (ponto de
concorrência)

r2
s0 r0
s2

s1
r1

Quando as retas formam ângulos de 90º :

RETAS ORTOGONAIS
o
¨ São retas reversas que fazem entre sí um ângulo de 90 .

r2
r0
s2 s0

r1

s1

RETAS PERPENDICULARES
o
¨ São retas concorrentes que fazem um ângulo de 90 entre sí.

r2
r0
s2 s0

r1
s1

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10. ESTUDO DO PLANO


r

Um plano é gerado a partir do deslocamento


de uma reta em uma determinada direção e é β
representado por letras gregas.

Um plano pode ser definido através dos seguintes elementos:

Três pontos Uma reta e um ponto Duas retas Duas retas


não-colineares não pertencente a paralelas concorrentes
mesma

Um plano no espaço pode ocupar três posições distintas em relação a um


plano de projeção, sendo que cada uma delas resulta em um tipo de projeção
particular:

Plano paralelo Plano perpendicular Plano oblíquo

Verdadeira Grandeza (VG) Projeção Acumulada (PA) Projeção Reduzida (PR)


É a situação de eqüidistância É a situação em que os É a situação em que os
entre planos. planos formam um ângulo de planos formam ângulos,
90º entre si. diferentes de 90º, entre si.

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Traço de um plano: Traço de um plano são as interseções deste plano com os


planos horizontal e frontal de projeção. O traço de um plano é uma reta e é
designado por uma letra do alfabeto grego que caracteriza o plano considerado e
o índice do plano de projeção em que o mesmo se projeta (1- horizontal e 2-
frontal).

Exemplo de traço vertical Exemplo de traço horizontal

O plano pode ocupar 7 posições distintas com relação aos planos


horizontal e frontal de projeção.
¨ Plano horizontal
¨ Plano frontal
¨ Plano de topo
¨ Plano vertical
¨ Plano de perfil
¨ Plano de de rampa
¨ Plano oblíqua ou qualquer

Plano horizontal (ou de nível)


• paralelo ao plano horizontal
de projeção - VG
• perpendicular aos planos
frontal e auxiliar de projeção - PA
As retas que podem estar contidas
em um plano horizontal são:
- fronto – horizontal;
- horizontal;
- de topo.
Representação do plano horizontal:
B2 s2 t2 h2
A2 B2 C2 r2 ≡ s2 α2
Z

X
A1 Y
r1 s1
C1 t1 h1
s1
B1
B1
3 pontos 1ponto + 1 reta retas paralelas retas concorrentes traço do plano

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Plano Frontal
• paralelo ao plano frontal de
projeção - VG
• perpendicular aos planos
horizontal e auxiliar de projeção -
PA
As retas que podem estar contidas
em um plano frontal são:
- vertical;
- fronto – horizontal;
- frontal.
Representação do plano frontal:
B2
B2
r2

s2 t2 h2
s2
A2
C2 Z

r1 ≡ s1 α1 X Y
A1 B1 C1 s1 B1 t1 h1

retas retas traço


3 pontos 1ponto + 1 reta paralelas concorrentes do plano

Plano de Topo
• perpendicular ao plano frontal de
projeção - PA
• oblíquo aos planos horizontal e
auxiliar de projeção - PR
As retas que podem estar contidas
em um plano de topo são:
- frontal;
- topo;
- oblíqua.

Representação do plano de topo:

B2 t2
A2 r2 ≡ s2 h2

C2
B2 s2
α2
Z

B1 X
C1 r1 Y
s1
s1 t1 h1

A1 B1 retas retas traço


3 pontos 1ponto + 1 reta paralelas concorrentes do plano

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Plano Vertical
• perpendicular ao plano horizontal
de projeção - PA
• oblíquo aos planos frontal e
auxiliar de projeção - PR
As retas que podem estar contidas
em um plano vertical são:
- vertical;
- horizontal;
- oblíqua.
Representação do plano vertical:
B2 B2
r2
t2
A2 s2 s2 h2

C2 Z

X
s1 Y
A1
B1 α1
B1 C1 t1
r1 ≡ s1
h1

retas retas traço


3 pontos 1ponto + 1 reta paralelas concorrentes do plano

Plano de Perfil
• perpendicular aos planos
horizontal e frontal de projeção -
PA
• paralelo ao auxiliar de projeção -
VG
As retas que podem estar contidas
em um plano de perfil são:
- perfil;
- vertical;
- topo.

Representação do plano de perfil:


B2 B2 t2

A2 s2
r2
h2
α2
s2
C2 Z

X
C1 h1 Y
B1
B1
s1
t1
α1
r1 ≡ s1
A1

3 pontos 1ponto + 1 reta retas paralelas retas concorrentes traço do plano

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Plano de Rampa
• oblíquo aos planos horizontal e
frontal de projeção - PR
• perpendicular ao plano auxiliar de
projeção - PA
As retas que podem estar contidas
em um plano de rampa são:
- perfil;
- fronto - horizontal;
- oblíqua.

Representação do plano de rampa:


B2
A2 r2 t2
α2
s2 h2
s2
B2 C2 Z

B1 X
C1 Y
t1
s1 r1 α1
h1
A1 s1
B1
retas retas traço
3 pontos 1ponto + 1 reta paralelas concorrentes do plano

Plano Oblíquo
• oblíquo aos planos horizontal,
frontal e auxiliar de projeção - PR
As retas que podem estar contidas
em um plano oblíquo são:
- perfil;
- horizontal;
- frontal;
- oblíqua.

Representação do plano oblíquo:

A2 B2 s2 r2
t2
s2
h2
C2 Z
B2
A1 X
t1 Y
s1 r1
B1 h1
s1
C1
B1

3 pontos 1ponto + 1 reta retas paralelas retas concorrentes

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11. PERTINÊNCIA

PONTO E PLANO RETA E PLANO


Um ponto pertence a um plano quando Uma reta pertence a um plano quando
pertencer a uma reta contida no plano. dois pontos da reta pertencerem ao
plano.

C2
C2
P2
A2
A2

B2 Z B2 Z

X X
Y Y
C1 C1

A1 A1
P1

B1 B1

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12. MÉTODOS DESCRITIVOS

Em alguns casos, a solução de problemas em geometria descritiva é


possível somente com a utilização de métodos descritivos. Estes são
procedimentos que tornam possível trabalhar com aqueles elementos
geométricos oblíquos aos planos de projeção. Estes métodos são utilizados, por
exemplo, quando houver a necessidade de obtenção da verdadeira grandeza ou
projeção acumulada de retas, ângulos, de figuras planas, de distâncias.
Estes métodos descritivos correspondem à modificação da posição da figura
em relação ao sistema em que a representamos, seja deslocando a figura, seja
substituindo um dos planos de projeção.
Existem dois métodos descritivos e cada um deles corresponde a uma
maneira de alterar a posição relativa da figura e do sistema projetivo:
ƒ Método de Mudança de Sistema de Referência - Consiste em conservar
o objeto imóvel e substituir um dos planos de projeção (ou ambos, em
seqüência).
ƒ Método das Rotações - Consiste em conservar o sistema de projeção,
girando o objeto em torno de um eixo convenientemente escolhido.

13. MUDANÇA DE SISTEMA DE REFERÊNCIA

Consiste na substituição de um dos planos de projeção (horizontal e/ ou


frontal), de um dado sistema ou mesmo substituir sucessivamente os dois planos
a fim de obter posição favorável à resolução do problema.
Neste método ocorre o deslocamento do observador para posições ideais
de observação sobre os novos planos de projeção, sem alterar a posição dos
objetos que nele se projetam.
A interseção do plano horizontal de projeção com o novo plano frontal de
projeção, ou do plano frontal de projeção com o novo plano horizontal de
projeção, gera uma nova linha de terra acompanhada de um novo sistema de
eixos x’, y’, z’. Caso o problema exija duas mudanças de sistema de referência, a
segunda gera uma nova linha de terra acompanhada de um novo sistema de
eixos x”, y”, z”.

MSR FRONTAL MSR HORIZONTAL


ƒ A COTA é transportada ƒ O AFASTAMENTO é
para o NOVO plano de projeção transportado para o NOVO plano
frontal. de projeção horizontal.

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14. MUDANÇA DE SISTEMA DE REFERÊNCIA DE RETAS

Para se efetuar uma mudança de sistema de referência da reta, arbitra-se


sobre ela dois pontos, A e B. Escolhe-se uma nova posição para a linha de terra
de acordo com o problema a ser solucionado e efetua-se a mudança de sistema,
para cada ponto, transferindo para o novo plano de projeção as cotas dos pontos
ou os afastamentos, conforme o caso.

Obtenção da VG de uma reta oblíqua - (Exemplo a seguir de MSR frontal)


ƒ O novo plano de projeção deve ser posicionado PARALELO (ou coincidente)
à reta, para que, assim, ela se projete em verdadeira grandeza (VG).

Este é o aspecto final da épura na qual se


obteve a verdadeira grandeza de uma reta
oblíqua através de uma mudança de
sistema de referência frontal.
Z

X
Y ¨ Mudança de Sistema de Referência
frontalÆ a nova linha de terra será
paralela ou coincidente à projeção
X’ horizontal da reta.
Y’
¨ Mudança de Sistema de Referência
Z’
HorizontalÆ a nova linha de terra será
paralela ou coincidente com a projeção
frontal da reta.

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B2

F MSR Frontal:

Transporte de COTAS (z)


A2 zB para o novo plano de
projeção frontal.
zA Z

X
Y
Y’ MSR Horizontal:
A1
X’
Z’
H Transporte de
zA AFASTAMENTOS (y)
para o novo plano de
A2' projeção horizontal.
B1

θ
zB
(VG)
F
B2’

F
Obtenção da projeção
acumulada de uma reta: A2’’ ≡ B2’’
(PA)
a PA de uma reta só pode ser zB ≡ zA
obtida a partir da VG da reta. X’’ A1’
Z’’
Posiciona-se a nova linha de
terra PERPENDICULAR a VG Y’’
yA
da reta para que, assim, ela se (VG) H
Y’
projete acumulada no novo
plano de projeção. Z’
X’
θ
zA
A2
B1’
F yB
zB

B2
Z

X
yB
Y

yA B1

H
A1

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15. MUDANÇA DE SISTEMA DE REFERÊNCIA - FIGURAS PLANAS

A mudança de sistema de referência de figuras planas pode ter diferentes


objetivos e é freqüentemente aplicada na solução de diversos problemas em
geometria descritiva. Na explicação do método considerou-se que o objetivo da
mudança de sistema de referência é encontrar a verdadeira grandeza das figuras
oblíquas em relação ao sistema original.
Para se obter a verdadeira grandeza de figuras planas através da
mudança de sistema de referência (MSR) deve-se levar em conta as seguintes
situações:
¨ - figuras planas que possuem PA no plano de projeção horizontal ou
frontal:
A obtenção da VG é direta, para isso, posiciona-se a nova linha de terra de forma
que fique PARALELA a PA da figura e, após posicioná-la, transporta-se o valor
dos afastamentos (MSRH) ou das cotas (MSRF) da figura plana.
¨ - figuras planas que possuem PR no plano de projeção horizontal e
frontal:
Neste caso deve-se realizar duas MSR; a primeira é para obtenção da PA da
figura plana, e a partir desta, faz-se a segunda MSR, PARALELA a PA da figura,
obtendo-se assim sua VG.

Existem duas situações de figuras planas com PR sistema original:

Figuras que possuem uma reta em Figuras que não possuem uma reta
VG em VG
¨ A primeira mudança de ¨ Será necessário traçar uma
sistema deve partir da projeção da reta em VG, que pertença à figura
figura onde está a VG da reta. A plana.
nova linha de terra deve ser posi- ¨ Depois de traçada essa reta
cionada de forma que fique em VG, recaímos no caso anterior,
PERPENDICULAR a VG da reta em que, a partir da projeção da
da figura plana, para que se figura onde está a reta em VG, se
obtenha sua PA. obtém a PA da figura e, através de
¨ Na segunda mudança de uma segunda mudança de plano, a
sistema, a nova linha de terra deve VG da figura plana.
ser posicionada de forma que fique
PARALELA a PA da figura e
então, transporta-se as cotas
(MSRF) ou os afastamentos
(MSRH) em relação à linha de
terra anterior, encontrando-se a
VG da figura.

28
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Exemplo de MPP de uma figura plana com reta em VG:

MSR Frontal – é a substituição do plano


frontal de projeção. Deve-se posicionar
o novo plano de projeção perpendicular
a uma reta em VG do plano e encontrar
a PA do plano.

* Para o novo plano frontal de projeção


são transportadas as COTAS (z) do
antigo plano frontal.

MSR Horizontal – é a substituição do


plano horizontal de projeção. Deve-se
posicionar o novo plano de projeção
paralelo a PA do plano e encontrar a VG
do plano.
* Para o novo plano horizontal os
AFASTAMENTOS (y) são transportados
do antigo plano horizontal.

OBS: afastamentos transportados são em


relação à linha de terra do sistema de
referência anterior.

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MSR – Planos com PA MSR – Planos com reta em VG

A2

h2
B2

C2 B2
Z Z

X X Y
Y’ Y
AX’1 h1
Z’
(PA)
B1
Z’’
C1 h2’
(PA) Y’’
X’’
B1 B2’
A2’ C2’
(VG) H1’
X’
(VG)
Y’
Z’
B2’ B1’

MSR – Planos sem reta em VG


B2’
A2’

Z’ Y’
(VG)
X’
A2
A1’

B1’
B2 h2 C2’
(PA)

C2 X’’ Z’’
C1’
Z Y’’

A1 X Y

h1
B1

C1

30
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16. POSIÇÃO RELATIVA ENTRE RETAS E PLANOS

PARALELISMO: Para que exista paralelismo entre retas e planos ou entre


planos é necessário que exista eqüidistância entre os mesmos.

PARALELISMO ENTRE RETA E PLANO:

Para que uma reta (r) não α2 ≡ s 2


pertencente ao plano (α) s0
seja paralela a ele, é α0
s α r0
necessário que ela seja r2
paralela a uma reta (s) do
mesmo. s1
r α1

r1

B2
C2

B2 h2 C2
h2
A2
A2
Z Z

X Y X Y
B1 h1 C1 h1

A1

A1 B1
C1

a reta AB é // a h a reta AC é // a h

PARALELISMO ENTRE PLANOS:

s2 n2
Para que dois planos (α e β) r2 m2
sejam paralelos é necessário
que um deles contenha duas s n
r
retas concorrentes (r e s) m
paralelas ao outro (m e n). α β

r // m e s // n r1 s1 m1 n1

31
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F2
B2

C2

E2
A2 D2

X Y
C1
E1
A1 D1 a reta AB é // a reta DF e
a reta AC é // a reta DE
B1
F1

PERPENDICULARISMO: Para que exista perpendicularismo entre retas e planos


ou entre planos têm-se ângulos adjacentes congruentes formando 90o.

PERPENDICULARISMO ENTRE RETA E PLANO

Uma reta é perpendicular a r0


um plano quando é r2
perpendicular ou ortogonal a α
duas retas concorrentes do
plano. r s0
r 2 s2

r1
s1
r1

h2 C2
Obs: só existe uma posição de reta
perpendicular a um determinado plano:
B2
Plano Reta perpendicular
Horizontal Vertical A2
Frontal Topo
Z
Vertical Horizontal
Topo Frontal X Y
Perfil Fronto-horizontal B1
Rampa Perfil
Oblíquo Oblíqua
h1
A1

C1

32
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a reta h é ⊥ ao plano ABC

Y’
Z’
B2
X’ B1’

t1’ h2

B2 f2 C2
t2 r2

A1’ ≡ C1’ A2
C2
Z

X Y
A2 C1
Z f1
r1 A1
X Y
A1 C1

h1
t1 B1
B1
a reta t é ⊥ ao plano ABC a reta r é ⊥ ao plano ABC

PERPENDICULARISMO ENTRE PLANOS :

Dois planos (β e α) são


perpendiculares quando
cada um deles possui
uma reta perpendicular
ao outro. r2
β
r∈β r
men∈aα m2
m e n são concorrentes n2 α
ré⊥amen n1
m1
r1

f2

O plano formado pelas retas f e r é


perpendicular ao plano α , pois
α2 P2
basta que uma reta seja r2
perpendicular ao plano para que os Z
planos que a contenham sejam
X
perpendiculares ao outro. α1
r1 Y

f1
P1

B1 33
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17. DISTÂNCIA

¨ É sempre determinada pela perpendicular comum entre os elementos.


¨ Deve ser representada sempre em VG.

Entre dois pontos: segmento de reta Entre ponto e reta: medida sobre a
que une os dois pontos perpendicular traçada do ponto à reta

A2
A2
d2
d2
B2 f2
Z

X Y
Z
A1
X Y
d1

f1
B1 d1
f 2’
A1
A2’ d2’ (VG)
Y’
X’
d2’ (VG) B2’ Z’
X’

Y’ A2’
Z’

Entre dois planos: somente quando os planos forem paralelos.


A distância é medida sobre a perpendicular traçada entre os planos.

γ2
d2 (VG)

β2

X Y

β1

d1 γ1

34
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Entre retas: é a menor distância existente entre as retas.

Retas concorrentes: a distância Retas paralelas: a distância é


é nula pois existe um ponto de constante, medida sobre a
interseção próprio. perpendicular comum a elas.
r2
f2
r2 d2
I2 s2

Z
Z X Y
X Y r1

s1 d1
I1
r 2’
r1 d2’(VG)
f1
X’ s2’
Y’
Z’

Retas reversas: a distância entre as retas é igual à distância entre os planos


paralelos que passam pelas retas.
Y’
Z’
X’ r 1’

v2
t2
d2 d1’(VG)
r2 s1’

d2
Z

X
s2
Y

Z
t1
X Y
d1(VG)
v1
s1 d1
r1

35
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Entre ponto e plano: a distância é medida sobre a perpendicular traçada do


ponto ao plano.

α2

P2
d2

X Y

α1

d1(VG)
Z’ Y’

P1 X’
A1’
A2

B1’
P1’
B2 P2
d1’(VG)
d2
r2

C1’
C2
Z

X Y

C1 P1
d1

r1
B1

A1

36
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Entre reta e plano: somente quando a reta e o plano forem paralelos. A distância
é medida sobre a perpendicular traçada da reta ao plano.

t2
D2

d2 (VG)
E2
F2
Z

X Y

D1 F2

E1
d1

r2 t1

C2

d2

h2
A2

π1π2 B2 Z

X
B1 Y B2’

h2’≡A2’

h1 A1
d1 d2’ (VG)
r 2’
r1
C2’
C1
X’

Y’ Z’

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18. ROTAÇÃO

É um método descritivo onde os planos de projeção são fixos e o objeto do


espaço é que sofre o deslocamento. Este deslocamento é efetuado através de
uma rotação em torno de uma reta (eixo) de modo que o objeto ocupe uma
posição particular desejada.

Elementos para a rotação:


• Plano de movimento: perpendicular ao eixo passando por A
• Centro do movimento: interseção do eixo com o plano de movimento
• Raio do movimento: distância (em VG) do ponto A ao centro

Para rotacionar uma figura em


torno de um eixo, todos os pontos A
da mesma descrevem arcos de θ
circunferência (A A’) de ângulos
A’
centrais iguais (θ), em planos e
perpendiculares ao eixo (β). β

ROTAÇÃO DE UM PONTO EM RELAÇÃO A UM EIXO

• Eixo perpendicular ao plano horizontal de projeção (eixo ´ reta vertical)

e2
A’2 A2 A’’2 A’’’2

X
A’’1 Y

A’1 A’’’1
e1

A1

38
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• Eixo perpendicular ao plano frontal de projeção (eixo ´ reta de topo)

A2

e2
A2’’’ A2’

A2’’ Z

X Y

A1’’’ A1’’ A1 A1’’


e1

• Eixos paralelos ao plano horizontal ou frontal de projeção

A’’2

e2 A2’
A2’’’
A2
A2iv Z

A1’’’ X Y

A1
e1
A1iv A2’ A2’’’
A1’’ A2’iv

A1’

X’
A2’’’
Y’
A2’’
Z’

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ROTAÇÃO DE UMA RETA EM RELAÇÃO A UM EIXO

¨ Quando o eixo passa por um dos pontos extremos da reta (Ex.: Encontrar a
VG da reta AB). A2

B2

B2’ B2 B2’’
e2
e2 ≡A2 +
B2’ Z

Z X Y
X Y
B1

A1

+
B1’ e1 ≡A1 B1’’
B1 B1’
e1

¨ Quando o eixo passa por um ponto ¨ Quando o eixo está afastado da reta:
qualquer da reta: (Ex.: Tornar a reta AB uma reta de topo.)
(Ex.: Tornar a reta AB vertical.)
B’2
e2
A2 A2’≡B2’ B2
B2
d2 ≡ d2’

+ Z
e2
A2 X Y

A2’ Z A1’
X A1
Y

d1
A1’ ≡ B1’ +
e1 d1’
A1 B1
B1
e1

B1’
40
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Rebatimento é o nome utilizado para a rotação de figuras planas quando se


deseja obter sua verdadeira grandeza, e consiste em girar um plano (projeção
acumulada) em torno de um eixo nele contido até que ocupe uma posição
especial em relação aos planos de projeção.

REBATIMENTO DE PLANOS
COM PROJEÇÃO ACUMULADA C2

B2

C2’’ B2’’ B2’ C2’


+
e2 ≡ A2
Z

X Y
B1’’ B1 B1’

A1
C1’’ C1’
C1

REBATIMENTO DE PLANOS e1
COM PROJEÇÕES REDUZIDAS

B1’ B1’’
B2

B2’
A2 C2 C1’≡f1’ C1’’

B2
Z A1’≡e1’+
f2
X Y
e1
A1 X’ A2
C2’
C1 Y’
Z’ e2
e2≡A2’≡C2’ C2
B1
Z

X Y
B1’ B2’
X’ A1
B2’’
Y’
Z’ f1 C1
41
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ROTAÇÃO DE UM PLANO EM RELAÇÃO A UM EIXO

9 Ex.1: Determinar as projeções de um quadrado, pertencente ao plano ABC,


utilizando dupla rotação e alçamento.

f2
B2’ B2’’
Determinar as projeções de um
A2 quadrado pertencente a ABC

1ª etapa: ROTAÇÃO
Acumular o plano ABC
A2’ A2’’
e2 C2 C2’ C2’’
Escolher uma reta em VG
B2 (B2C2) para acumular
Z

X Y Escolher eixo (e)


C1 C1’ B1’ (Reta de topo que
B1 passa por C)

Girar ponto B2 em
relação a e2 até que
A1 C2B2 fique
A1’ A1’’ B1’’ C1’’ perpendicular ao
e1
plano horizontal de
f1 projeção

2ª etapa: REBATIMENTO
Encontrar a VG do plano ABC Girar A2 o mesmo
ângulo que B2
Determinar A2’ e A1’ B1’
Escolher eixo (f)
(reta vertical que Encontrar a PA do plano ABC
passa por A)

Girar ponto C1’ e B1’ em relação a


f1 até que a PA do plano fique 3ª etapa: ALÇAMENTO DO
paralela à linha de terra QUADRADO

Representar o
Determinar B1’’ e C1’’ quadrado na VG
do plano
Encontrar os pontos C2’’ e
B2’’ - determinando a VG
do plano ABC Fazer o caminho
inverso, levando42
os pontos por
pertinência.
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9 Ex. 2: Encontrar a distância de Q ao triângulo ABC.


B2’
Q2
B2 C2’ Encontrar a distância de Q ao
triângulo ABC
Q2’ X2
d2

Acumular o plano ABC

e2 ≡A2+ C2
Escolher uma reta em VG
(A1C1 ou A2B2) no ex A2B2
Z

X Y
B1 Escolher eixo
B1’ ≡ A1 (Reta de topo que
X1 passa por A)

d1 (VG)
Girar ponto B2 em
relação a e2 (B’2)
(Até que A2B’2 fique
+Q1
Q1’ perpendicular a π1)
C1’ ≡ C1
e1 Encontrar B’1

Girar ponto C2 em relação a e2 (C’2)


(mesmo ângulo que B2)

Encontrar C’1

Girar ponto Q2 em relação a e2 A1 B’1 C’1


Encontrar Q’1 (Q’2) Plano
(mesmo ângulo que B2) Acumulado

Distância de Q ao triângulo
ABC em VG: segmento de Onde d1 corta o Para d1 estar em VG d2
reta perpendicular ao plano plano acumulado deve ser paralela a L.T.
acumulado ABC até Q’1 (d1) (X1) (X2 Q’2)

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19. INTERSEÇÃO ENTRE RETA E PLANO

A interseção entre reta e plano é um ponto (I), que pertence


simultaneamente ao plano e à reta. Este ponto estabelece duas zonas de
visibilidade para reta, a partir dele um lado da reta é visível, ou seja, está a frente
do plano, e o outro lado é invisível, pois o plano esconde a reta. Na zona não
visível dentro dos limites da figura plana, a representação da reta deve ser
tracejada. Para identificar o ponto de interseção em épura, existem duas
situações:

PLANOS QUE POSSUEM PROJEÇÃO ACUMULADA

Neste caso a solução é dita imediata e é encontrada diretamente na


projeção acumulada (PA) do plano. E a outra projeção do ponto de interseção é
encontrada através de uma linha de chamada ao outro plano de projeção, levando
em consideração que a projeção do ponto de interseção sempre estará sobre a
projeção da reta.

Na verificação da visibilidade, basta analisar qual objeto tem maior cota (se
a PA estiver no plano frontal de projeção) ou maior afastamento (se a PA estiver
no plano horizontal de projeção), para que este seja visível.

B2

I2
+ r2 r2 r2 B2≡D2
I2 α2
A2 +
+
C2 A2 I2
Z

D1 X Y
I1
+ C1
A1 B1 r1
+ +I ≡ r
r1 I1 A1 1 1
α1
B1

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PLANOS QUE POSSUEM PROJEÇÕES REDUZIDAS

Neste caso a solução é dita genérica e pode ser encontrada através de métodos
descritivos – mudança de sistema de referência ou rotação - ou do método dos
planos auxiliares.

Solução através de métodos descritivos:


Para a solução através de métodos descritivos é necessário obter a PA da figura
plana, para tanto, pode ser utilizado qualquer método descritivo, porém o mais
indicado nos casos de interseção é a mudança do sistema de referência. Depois
proceder como na solução anterior.

B2

I2 r2

A2 C2
Z

X Y
Y’ C1
Z’
X’

A1 I1 r1
A2’≡C2’
B1
Y’
I 2’
Z’ r 1’
X’
A1’

r 2’
B2’ r2 C1’
I 1’
C2

A2
I2
B1’

B2 Z

B1 X Y
r1

I1 C1

A1

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Solução através do método dos planos auxiliares:

Neste caso utiliza-se um plano auxiliar (ω) que projeta-se coincidente a


uma das projeções da reta r, e é , por conveniência, um plano com projeção
acumulada. Da interseção de α e ω tem-se a reta i, que pertence aos dois planos.
A interseção da reta i com a reta r é a procurada interseção do plano α com a reta
r.

r2 ≡ ω2

α2 I2

X Y
r1

I1
α1

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20. INTERSEÇÃO ENTRE PLANOS

A interseção entre planos é uma reta (i), que pertence simultaneamente


aos dois planos. Esta reta determina duas zonas de visibilidade nos planos
(visível e invisível) o que ira depender do elemento com maior afastamento ou
maior cota. Nas representações em épura , considera-se as figuras planas que
representam os planos, para fins de visibilidade, portanto os limites não visíveis
das figuras aparecem tracejados e a visibilidade pode ser ressaltada através de
hachura.

Solução através de métodos descritivos:

Para identificar a reta de interseção em épura, existem quatro situações:

Os planos têm PA no mesmo plano de projeção

α2
β2
Se os dois planos apresentam i2
projeção acumulada no mesmo plano
de projeção, a reta interseção
aparece como um ponto. A outra Z
projeção da reta interseção é
X
encontrada através de uma linha de Y
chamada. A visibilidade dependerá
da maior cota ou afastamento que um
plano apresenta em relação ao outro. i1
α1
β1

Os planos têm PA em planos de projeção diferentes

β2 ≡ i2

Se os dois planos apresentam


projeção acumulada em planos de
projeção diferentes, a reta interseção α2
Z
coincide com a projeção acumulada
de cada plano. Não havendo parte de X Y
nenhum plano invisível.

α1≡ i1
β1

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Somente um dos planos tem PA

α2
Se um dos planos apresenta projeção β2 ≡ i2
acumulada, uma das projeções da
reta interseção coincide com a
projeção acumulada deste plano, e a
outra projeção é encontrada por Z
pertinência. A análise da visibilidade X Y
do plano com projeções reduzidas
dependerá da parte do plano que α1
apresentar maior cota ou maior
afastamento, sendo sempre visível. i1
β1

Os planos têm PR

α2

i2

Se os dois planos apresentam β2


projeções reduzidas, torna-se
Z
necessário encontrar a projeção
acumulada de um dos planos, o X Y
que pode ser feito utilizando-se
qualquer método descritivo (MSR
ou rotação), porém o mais β1
indicado nestes casos é o de
mudança de sistema de i1
referência. A análise da
visibilidade dependerá da parte do α1 α 2’
plano que apresentar maior cota i2’
ou maior afastamento, sendo
sempre visível.

X’

Y’
Z’

β2’

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Solução através do método dos planos auxiliares:

Neste caso utilizam-se dois planos auxiliares cortando os planos dados, com
projeção acumulada e, de preferência, paralelos entre si, determinando dois
pontos da reta de interseção.

φπ2 ≡ r2 ≡ s2
i2

ϕπ2 ≡ m2 ≡ n2
β2
α2
Z

X Y
m1
s1
r1

i1
n1

β1 α1

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21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORGES, G., BARRETO, D., MARTINS, E. Noções de Geometria Descritiva -


teoria e exercícios. Ed. Sagra Luzzato, 2001.

CALDONAZO, L. Educação artística desenho e geometria. In:


www.colegiocatanduvas.com.br

DI PIETRO, Geometría Descritiva, Alsin, 1989.

KAWANO, C. O revolucionário projetista do exército de Napoleão. In:


www.revistagalileu.globo.com

MACHADO,A. Geometría Descritiva. Mc Graw Hill, 1983.

MONTENEGRO, G. A. Geometria descritiva. V. 1 Ed. Edgard Blücher Ltda.,


1991.

PRINCIPE JR., A. R. Noções de geometria Descritiva. V. 2, 1970.

WELLMAN, B. L. Geometria descriptiva. V. 2, Editorial Reverté, SA. Espanha,


1987.

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