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29/07/08 - terça-feira

Direito Civil – Família


Rômulo

Toda e qualquer obra atualizada com a CF/88 e o CC/02.


Carlos Roberto Gonçalves - conservador
Maria Berenice Diaz – inovadora

01/08/08 - sexta-feira

Direito Civil Constitucional


Constitucionalização do Direito da Família

Art. 226, CF – vários princípios podem ser tirados deste artigo:


§1º:
1º Princípio: Casamento Civil – uma jurisdição canônica em torno
do casamento. O que o Estado ocidental quer, é retirar do casamento
o jugo da igreja católica. Pois quem se casava civilmente tinha o
casamento solúvel, mas o religioso era insolúvel. Mesmo que o
casamento seja religioso ele só se aperfeiçoa quando é civil, isto
significa que o Estado não reconhece o casamento religioso e sim o
civil.
2º Princípio (que o professor também considera um 1º princípio):
Gratuidade – se o casamento é civil ele interessa ao Estado. Uma
pessoa do Estado é responsável pela celebração (celebração é
diferente de habilitação, na habilitação o Estado verifica se você
preenche as condições para se casar, por exemplo, idade, e é paga;
sempre é necessário se habilitar, seja casamento civil ou religioso).

§3º e 4º:
2º Princípio: Liberdade de se casar – No Código Civil/16 para
constituir uma família era necessário o casamento, havia a
exclusividade do casamento. Na CF/88 encontramos a união estável e
encontramos a família mono parental.
Alguns autores entendem que a CF é taxativa, conseqüentemente
qualquer outro núcleo que se forme pode ser valorado na orbita civil,
mas nunca na orbita de direito de família, pois não entra no núcleo
familiar. Geralmente, quando o autor entende que a CF é taxativa ele
entende que existe uma hierarquia superior, respectivamente, da
família matrimonializada, união estável e por último a mono parental.
Mas alguns autores entendem que é exemplificativa, assim,
geralmente ela admite o surgimento de outros núcleos familiares,
como por exemplo, as uniões homo afetivas (existe decisão do STF
que aceitou que uma só pessoa já é considerada família, por que as
uniões homo afetivas não podem ser família? Mas, isso não quer dizer
que seja casamento, pois a Lei é toda formada no sentido de homem
e mulher, como por exemplo, os artigos 1.514, 1.517, 1.723 do CC).

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05/08/2008 – terça feira

3º Princípio: De igualdade entre o homem e a mulher – No


âmbito da administração da vida familiar, possui esse principio um
reflexo imediato e direto no âmbito interno da família, não havendo
supremacia entre homem e a mulher art. 226 §5º CF

4º Princípio: Dissolubilidade Controlada art. 226 §5º CF – No


CC/16 imperava o principio da indissolubilidade absoluta desquite –
separação judicial (Estado exerce maior controle, estabelecendo
causas, prazos, etc.
Dois sistemas:
- Separação judicial – divórcio indireto (mais de um ano)
- Separação de fato (mais de 2 anos) divórcio direto
O sistema jurídico conduz que não se pode dissolver o casamento
após a união (celebração) e o registro do casamento.

5º Princípio: Livre planejamento familiar (art. 226 §7º CF) e


paternidade responsável – o art. 1630 do CC e SS – deveres dos
pais em relação aos filhos.
O direito de família hoje privilegiou a posição, salvaguardando a
posição dos filhos menores.

6º Princípio: Igualdade entre os filhos art. 227 §6º CF

Plano Pessoal – título I – art. 1511 e SS; título III – art. 1723 e SS
(receio de ajudar a união estável ao casamento, não a inseriu no
título I; título IV – art. 1728 e SS – da tutela e da curatela.

Plano Material – Título II – art. 1639 e SS.

Fidelidade – art. 1.566, CC

08/08/08 - sexta-feira

Direito de Família – É o complexo e normas que regula a celebração


do casamento, sua validade e os efeitos que dele resultam, as
relações pessoais e patrimoniais da sociedade conjugal, a dissolução
desta, a reação entre pais e filhos, o vínculo do parentesco e os
institutos complementares da tutela e da curatela. (As relações
decorrentes do direito de família têm por base o afeto).

Direito de família -> Afeto -> União estável (é um casamento que não
tem registro. Mas existe a mesma concepção do casamento que é o
afeto).

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Direito de Família -> Ramo do Direito Privado (a doutrina é unânime
em entender que o direito de família é um ramo do direito privado,
ainda que sobreleve o interesse do Estado em manter a família) ->
Não há como negar que ele é permeado por normas de ordem pública
(não é dado às partes derrogar as normas que regulamentam o direito
de família; o conteúdo do direito de família é de ordem pública –
normas cogentes).

CASAMENTO ATUAL
Possui 3 concepções em torno do casamento:
 Concepção contratualista: começou dentro da igreja católica.
Tinha a finalidade de afastar a desconstituição do casamento
(restringir a possibilidade do divórcio, da anulação...)
independente ou não da cópula. Só existe para o momento da
celebração, pois todo o resto se dá como uma instituição. Um
contrato é desfeito de acordo com o art. 472, CC: O distrato faz-
se pela mesma forma exigida para o contrato; como o
casamento não é desfeito desta maneira entende-se que ele
não é um contrato. O casamento é um contrato especial ou de
direito de família. “O casamento é um contrato, mas não é
igual, nem regido pelas mesmas leis dos outros”. Concepção
bastante prestigiada no ordenamento jurídico.
 Concepção institucionalista: sem o representante do Estado não
há casamento. O casamento é a base da estrutura do Estado. A
finalidade é evitar que o casamento tenha uma roupagem
unicamente contratualista. Deixa de valorar um elemento de
extrema importância, que é a vontade. Por isso o
institucionalismo peca.
 Concepção mista – contratualista e institucionalista: o
casamento é, ao mesmo tempo, um contrato e uma instituição.
Contrato no nascimento e instituição no desenvolvimento.

15/08/08 - sexta-feira

Finalidade do Casamento – procriar, regularizar as relações


sexuais, união patrimonial, constituir família, legitimar o nome... Entre
outros, mas os principais considerados pela doutrina são:
 Plena comunhão de vida – art. 1.511, CC - O casamento
estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de
direitos e deveres dos cônjuges.
 Afeto ou Amor – toda relação de família esta pautada no afeto.
A finalidade é perpetuar o afeto.
 Liberdade de constituir família – não há nada que imponha a
obrigação de se casar.
O casamento no Brasil, no nosso sistema jurídico é monogâmico. Só é
possível ter reconhecido o casamento com uma esposa.
Nem todos os autores aceitam que o casamento tenha um plano de
existência, a maioria entende que tem apenas um plano de validade.
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 Plano de existência – só causa prejuízo aos filhos e ao cônjuge
enganado. Mas a doutrina nacional entende válido que tenha
um plano de existência (que não está previsto em Lei). O
casamento inexistente é uma hipótese de não-casamento.
Necessários 3 requisitos fundamentais para a existência de
casamento, a saber:
o Diversidade de sexo (art. 1514, CC - O casamento se
realiza no momento em que o homem e a mulher
manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer
vínculo conjugal, e o juiz os declara casados; art. 226,
CF). Está implícito na Lei, ela não fala isso diretamente.
o Consentimento livre e espontâneo – é imprescindível a
vontade das partes (art. 1514 e 1535, CC). Se há um
vício, se não há consentimento válido, o casamento é
inexistente.
o Autoridade competente – absolutamente incompetente, e
não relativamente.
Uma pessoa que casa com outra que fez uma cirurgia de mudança de
sexo o casamento é inexistente, válido, mas anulável, ou nulo? Não é
inexistente, pois possui todos os requisitos. Não é nulo, é apenas
anulável por erro na identidade de um dos cônjuges.
Há 2 correntes no judiciário com relação a mudança de sexo (trans):
1) liberal – autoriza a mudança de sexo e de nome e não permite que
se faça qualquer observação no documento de identidade.
2) é conhecida como reacionário por ferir os princípios da pessoa
humana. Aceita a mudança de sexo e coloca a observação no
documento. STJ adotou esta posição.
Conseqüências da inexistência:
1) A inexistência por ser tão grave, importa efetivamente em uma
questão de não casamento. Não dependendo de uma ação
direta para que o casamento se consume, pois o que não existe
não precisa ser declarado. É recomendável para as partes uma
declaração de inexistência, para se tornar passível, e possuir
segurança. Pois será uma sentença retro-operante, ou seja,
deverá retroagir.

19/08/08 - terça-feira

Casamento putativo: é aquele que reúne as características de um


casamento nulo ou anulável, porém pelo fato dos sujeitos acreditarem
na eficácia o casamento é válido. O regime da inexistência é um
regime que tem toda uma seqüência lógica e aceitá-lo significa
aceitar a melhor doutrina da teoria geral do casamento civil.

Casamento Civil: casamento do homem, e era por este


regulamentado  está submetido à Jurisdição civil. O decreto 181
concebeu a estrutura do casamento única e exclusivamente civil –
regulamentou o casamento civil.  a autoridade celebrante também
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é uma autoridade civil (art. 1.514, CC), se ele não estiver presente
não há casamento.
Art. 98, CC. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados
criarão:
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo
voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e
competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de
ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de
habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter
jurisdicional, além de outras previstas na legislação.
Casamento Religioso: o casamento era divino. Ocorreu a
securalização (o casamento deixou de ser divino e passo a ser civil,
do homem, e por ele regulamentado).  a transformação de um
casamento religioso em civil necessita de uns requisitos:
 Atender as formalidades do casamento civil (adequação)  Art.
1.515, CC - O casamento religioso, que atender às exigências
da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este,
desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a
partir da data de sua celebração.  O casamento religioso deve
se adequar ao casamento civil.
 Registro  parte final do art. 1.515, CC - ...desde que registrado
no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua
celebração.  Sem registro não há possibilidade de transformar
o casamento religioso para civil.
 Passarem por um processo de Habilitação – vai ser analisado se
a pessoa é apta para casar.
No casamento religioso a autoridade competente é um Ministro
religioso. Fundamentalmente a nossa Lei reconhece duas espécies de
casamento religioso:
 Com prévia habilitação (chega pra celebração já habilitado) –
1.516, §1º, CC - O registro civil do casamento religioso deverá
ser promovido dentro de noventa dias de sua realização,
mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou
por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido
homologada previamente a habilitação regulada neste Código.
Após o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação.
o casamento culminou com uma certidão de habilitação  a
celebração religiosa acontece  registro  assim, o ocorre a
transformação do casamento religioso para o civil (a única
diferença é que a autoridade celebrante é um ministro religioso
e não um juiz).
 Posterior habilitação (se habilita após a celebração) – 1.516,
§2º, CC - O casamento religioso, celebrado sem as formalidades
exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a requerimento do
casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil,
mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e
observado o prazo do art. 1.532.

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Art. 1.532. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a
contar da data em que foi extraído o certificado  celebração
religiosa  certidão de habilitação (possui 90 dias para
registrar)  registro.
Este tipo de casamento é pouco visto e utilizado.
Art. 1.516, §3º - Será nulo o registro civil do casamento religioso se,
antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem
casamento civil.

22/08/08 - sexta-feira

1) Capacidade para o matrimônio


o Idade exigível: 16 anos (não pode fazer atos civis de
modo autônomo);
o Maioridade civil: 18 anos.
o Os menores de 16 anos só podem se casar mediante
autorização de ambos os genitores (no caso de só
conhecer o pai/mãe como em família mono parental basta
a autorização de um dos genitores). Sem a autorização o
casamento não se realiza.
o Recusa dos pais relativamente à autorização (os dois ou
um dos genitores não aceita a autorização). Em primeiro
lugar a recusa deve ser motivada, pois o menor em idade
núbil poderá pleitear o suprimento judicial da autorização
(caso o motivo não seja suficiente para suprir a não-
autorização) – art. 1.631, §único, CC. O suprimento não é
de consentimento, neste caso é para suprir a idade, é
judicial, menor aquém da idade núbil. Casamento
depende de suprimento judicial que somente será
concedido para evitar imposição de pena criminal ou em
caso de gravidez. (art. 1.517, CC – a idade núbil é igual
para os sexos; 1.520).

Impedimentos Matrimoniais (Dirimentes)

Absoluto, ou de ordem pública. Não se admite de maneira alguma


(art. 1.521, CC). Essas pessoas possuem capacidade para se casar,
mas não podem se casar com aquela pessoa.
Não podem casar (se o casamento ocorrer será NULO):
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco
natural ou civil (pai, avô, bisavô, trisavô, nesta linha o
impedimento vai até o infinito... art. 1.591, CC) – pode ser filho
adotivo;
II - os afins em linha reta (parentes do cônjuge. Art. 1.595 – este
impedimento não desaparece nunca, mesmo que haja o
divórcio);

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III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado
com quem o foi do adotante (este preceito é desnecessário, inc.
II);

26/08/08 - terça-feira

IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até


o terceiro grau inclusive (forma correta de ler para continuar o
artigo: (desde que não exista laudo médico, determinado em
Decreto-Lei 3.200/41 que ateste que não há risco para a futura
descendência – ler também jornada de direito civil STJ);
V - o adotado com o filho do adotante (desnecessário, pois o
adotado se torna filho normalmente, conforme inc. I);
VI - as pessoas casadas (as separadas não tem o vínculo
matrimonial desfeito e este vínculo que gera o impedimento,
que só é conseguido com a morte ou o divórcio) – aquelas que o
vínculo matrimonial não foi desfeito;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou
tentativa de homicídio contra o seu consorte (homicídio culposo
não gera impedimento algum, por toda a doutrina; condenado –
sentença penal condenatória transitada em julgado; se casar
antes da sentença e depois ele for condenado o casamento é
nulo).
Se o casamento ocorrer em algum desses casos ele será NULO.

Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da


celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz (o casamento
interessa a todos, ele é de ordem pública, por isso pode ser alegado
por qualquer pessoa; pessoa pode opor impedimento, mas de
maneira fundamentada, com alguma prova, ou indício de prova).
Parágrafo único - Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver
conhecimento da existência de algum impedimento, será obrigado
a declará-lo.

Impedimento dirimente – alguns impedimentos são mais sérios e


outros não. Se forem impedimentos absolutamente dirimentes o
casamento é nulo, se são relativamente o casamento é anulável. Isso
está sendo abandonado pela Lei atual.

29/08/08 - sexta-feira

Causas Suspensivas (impedimentos impedientes)


A Lei aconselha que não se casem, mas, se casarem o casamento é
válido (não é nulo nem anulável). São somente impedidos que se
estabeleça entre eles a comunicação patrimonial.
 Ordem patrimonial: Art. 1.523, CC. Não devem casar:

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I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto
não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
50% para o cônjuge; 50% para os herdeiros (para não causar
prejuízo aos herdeiros; para resguardar o patrimônio).
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter
sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da
dissolução da sociedade conjugal; dar certeza quanto à prole
(descendência, família...).
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida
a partilha dos bens do casal; Art. 1.581. O divórcio pode ser
concedido sem que haja prévia partilha de bens.
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes,
irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada,
enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas
as respectivas contas. (resguardar o patrimônio do curatelado).

Penalidade (não importa o regime que eles convencionaram, pois é


obrigatório o regime de separação):
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no
casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas
suspensivas da celebração do casamento;
Tendo em vista a mutabilidade motivada do regime de bens, após
sanada a causa suspensiva, ele podem mudar o regime (artigo 1.639,
§2º, CC – É admissível alteração do regime de bens, mediante
autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges,
apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos
de terceiros).

Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento


podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um dos
nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em
segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins. – Embora este
rol seja amplo, ainda assim este é bem mais restrito do que os
impedimentos absolutos ou de ordem publica.

A conseqüência prática que nós temos para as causas suspensivas é


o regime de separação de bens obrigatória (art. 1.641).
A conseqüência prática que nós temos para a inobservância das
causas impeditivas absolutas é a nulidade (art. 1.548, II) – a causa é
muito mais grave do que quando há a infringência das causas
suspensivas.

Casamento inexistente:
Diversidade de sexo
Autoridade competente
Consentimento livre (art. 1.548, I – enfermo mental; o ato não é
nulo, é inexistente; é um dos requisitos para o casamento existir, mas
o artigo diz que o casamento é nulo)
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02/09/08 - terça-feira

HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO


O único objetivo é verificar quem são as partes, o parentesco entre
eles, se há alguma outra situação que impeça o casamento. Vai dizer
por meio da certidão de habilitação que os nubentes estão aptos para
casar.

Art. 1.525 – Art. 1.528

Art. 1.529 – Tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas


serão opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as
provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser
obtidas.
(A pessoa que opõe um impedimento sem fundamento, querendo
apenas atrapalhar os nubentes, poderá responder por danos
materiais e por danos morais, pode, ainda, ser considerada uma
figura de orbita criminal).

Art. 1.530 – Art. 1.532

CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO

Art. 1.533 – Art. 1.537

Art. 1.538 – A celebração do casamento será imediatamente


suspensa se algum dos contraentes:
I - recusar a solene afirmação da sua vontade;
II - declarar que esta não é livre e espontânea;
III - manifestar-se arrependido.
Parágrafo único - O nubente que, por algum dos fatos
mencionados neste artigo, der causa à suspensão do ato, não será
admitido a retratar-se no mesmo dia.

Nos caso deste artigo, o ideal é que se algum destes casos ocorrer é a
suspensão da celebração. Igualmente em caso de silêncio. Na prática
é admitido se retratar no mesmo dia, e o juiz reabre a celebração
(mas, se isso ocorrer o casamento deve ser considerado inexistente).
A Lei não diz qual o prazo máximo para a retratação, mas entende-se
que é até o período de validade da habilitação.

Art. 1.539 – No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o


presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo
urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler
e escrever.
§ 1º A falta ou impedimento da autoridade competente para
presidir o casamento suprir-se-á por qualquer dos seus substitutos

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legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo
presidente do ato.
§ 2º O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, será registrado
no respectivo registro dentro em cinco dias, perante duas
testemunhas, ficando arquivado.

Casamento in extreminis – criação canônica. O que se utiliza com


freqüência é o casamento urgente (in extreminis). É necessária a
presença do representante do Estado, ele é obrigado a ir (único caso
em que há esta obrigatoriedade). Os nubentes devem estar
previamente habilitados.

Art. 1.540 – Quando algum dos contraentes estiver em iminente


risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba
presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser
celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes
não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo
grau.

Pode estar ou não habilitado. Mas o juiz deve verificar se ele


poderiam ter se habilitado na forma ordinária (art. 1.541, §1º) –
habilitação posterior; para haver a validação do casamento,
retroagindo à data em que foi feito.

Art. 1.541 – Realizado o casamento, devem as testemunhas


comparecer perante a autoridade judicial mais próxima, dentro em
dez dias, pedindo que lhes tome por termo a declaração de:
I - que foram convocadas por parte do enfermo;
II - que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo;
III - que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e
espontaneamente, receber-se por marido e mulher.
§ 1º Autuado o pedido e tomadas as declarações, o juiz
procederá às diligências necessárias para verificar se os contraentes
podiam ter-se habilitado, na forma ordinária, ouvidos os interessados
que o requererem, dentro em quinze dias.
§ 2º Verificada a idoneidade dos cônjuges para o casamento,
assim o decidirá a autoridade competente, com recurso voluntário às
partes.
§ 3º Se da decisão não se tiver recorrido, ou se ela passar em
julgado, apesar dos recursos interpostos, o juiz mandará registrá-la no
livro do Registro dos Casamentos.
§ 4º O assento assim lavrado retrotrairá os efeitos do
casamento, quanto ao estado dos cônjuges, à data da celebração.
§ 5º Serão dispensadas as formalidades deste e do artigo
antecedente, se o enfermo convalescer e puder ratificar o casamento
na presença da autoridade competente e do oficial do registro.

Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por


instrumento público, com poderes especiais.

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§ 1º A revogação do mandato não necessita chegar ao
conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que
o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação,
responderá o mandante por perdas e danos.
§ 2º O nubente que não estiver em iminente risco de vida
poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo.
§ 3º A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias.
§ 4º Só por instrumento público se poderá revogar o mandato.

09/09/08 - terça-feira

PROVA DO CASAMENTO

Em Roma o casamento era um fato social, por isso era difícil provar a
sua existência. A utilização o anel veio daí, por eles acharem que o
braço esquerdo está diretamente ligado ao coração. Após criaram um
documento que dizia os bens da noiva. A igreja católica continuou
com estes mesmos costumes, e então se criou a Certidão de
Casamento (registro), que é a forma e provar o casamento. Não há
outra situação que possa suprir, se nenhuma anomalia aconteceu.
Registro – art. 1.543, CC – o meio de prova por Excelência, ou seja,
não existe outra forma de você provar o casamento que não seja a
comprovação através do registro. Salvo se acontecer uma justa causa
(ex.: o cartório, em que está a certidão e o livro, pegar fogo
destruindo as certidões), que a comprovação será por meios
supletivos (ex.: testemunhal, outros documentos, indiciais...). A Lei é
explícita em aceitar meios supletivos (meio de prova indireto).
É possível provar o casamento também com a:
Posse no Estado de Casado – art. 1.545, CC – só tem importância
quando efetivamente os cônjuges não puderem ratificar a existência
do casamento. A doutrina identifica como sendo, nome, fama e
tratactos, ou seja, a pessoa recebe um nome do cônjuge, estamos a
falar da boa fama, ela é reconhecida como uma pessoa casada, e o
tratamento, eles são socialmente tratados como mulher de fulano e
ele como marido de fulana. O que mais preocupava a Lei eram os
filhos, pois ele não perdia diante da lei o status de ser fruto de um
casamento. Mas isto perdeu a importância, pois um filho fruto do
casamento possui os mesmos direitos de um filho fora do casamento.
Antes do CC e CF vigentes, era comum encontrar acórdãos que
diziam que era um filho matrimonial, mas hoje em dia não tem
utilidade alguma. Só terá importância para os filhos de casais
falecidos, ou que não possam manifestar a vontade (raramente terá
proveito para o cônjuge). É muito proveitoso como um precioso meio
supletivo de prova de casamento. Possui relevância para gera
casamento. Não pode haver nenhum impedimento para que seja
reconhecida.
Não possui nada haver com a união estável, que é outro núcleo
familiar.

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Invalidade do Casamento – Nulidade e Anulação (MUITO
IMPORTANTE SABER)

Sistema (textual) de nulidade que é próprio, não é mesmo sistema


dos negócios jurídicos.
Art. 1.561 – tem efeitos ex tunc, salvo se o juiz entender que houve
a boa-fé (sentença declaratória).
No caso de anulação (sentença desconstitutivas), por erro, por
exemplo, possui efeitos ex tunc, sendo o casamento tão ligado a
pessoa humana pouco importa se é algo grave ou não, o mais
sensato é possibilitar que o casamento não seja reconhecido, é
considerado um não-casamento. Alguns doutrinadores (minoria)
entendem que possui efeitos ex nunc. O que não impede que o juiz
reconheça o efeito putativo (vem da boa-fé).
O que distingue no direito de família a nulidade da anulabilidade? Na
anulabilidade, teoricamente, pode sanar o vício, pois, possui uma
potencialidade ofensiva menor.

12/09/08 - sexta-feira

Invalidade:
 Nulo: os vícios que determinam a nulidade são vícios de maior
gravidade, pois comprometem a ordem pública. Em função
deste comprometimento da ordem pública, temos a ampliação
do rol dos legitimados ativos (cônjuges, interessados e o
representante do MP). Acarretando a imprescritibilidade dentro
do direito e família. Não há nenhuma possibilidade de
ratificação ou convalidação.
o Impedimento
o Sem discernimento
 Anulável: os vícios são de menor gravidade que não causam
comprometimento a ordem pública. Diminuição do rol de
legitimados ativos (no máximo os cônjuges e seus
representantes). É passível de ratificação como de
convalidação. Está submetido a prazos decadenciais
(prescritibilidade é o gênero de decurso de prazo, não está
ligado à prescrição), conta-se da ocorrência do fato para frente,
por isso será sempre decadencial e não prescricional; não existe
uniformidade, uns prazos de 6 meses e outros de 3 anos, por
exemplo (art. 1560).
Art. 1.550, CC:
o I - de quem não completou a idade mínima para casar;
(16 anos) – está correlacionado com os artigos 1.552,
1.553 (ratificação) e §1º do art. 1.560.
Art. 1.552. A anulação do casamento dos menores de
dezesseis anos será requerida:

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I - pelo próprio cônjuge menor; (ele pode entrar com a
ação, pois após haver o casamento ele está emancipado).
Caso um menor de 16 anos tenha se casado com um
menor COM 16 anos (ou qualquer idade entre 16 e 18),
este último não poderá entrar com a ação de anulação
contra o menor de 16.
Menor de 16 anos  suprimento de idade  mas, pode o
próprio menor, demandar a anulação.
II - por seus representantes legais; (são as pessoas que
estão submetidas a uma representação, tutores,
curadores)
III - por seus ascendentes

Art. 1.553. O menor que não atingiu a idade núbil


poderá, depois de completá-la, confirmar seu casamento,
com a autorização de seus representantes legais, se
necessária, ou com suprimento judicial.
(Este casamento possibilita a ratificação).

Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de


anulação do casamento, a contar da data da celebração,
é de:
§ 1º Extingue-se, em cento e oitenta dias, o direito de
anular o casamento dos menores de dezesseis anos,
contado o prazo para o menor do dia em que perfez essa
idade; e da data do casamento, para seus representantes
legais ou ascendentes. (prazo para ação de anulação –
Decadencial, 180 dias. Não é prescricional, pois
prescricional se trata da prestação da obrigação de dar,
fazer ou não fazer, a ação é condenatória – sempre será
efeitos ex-tunc, e sempre que for ex-tunc é prescricional.
O decadencial é um direito potestativo, e a parte maneja
uma ação de natureza (des) constitutiva, sendo estas
ações sujeitas à decadência – sempre será efeitos ex-
nunc, e sempre que for ex-nunc será decadencial.
Contados, para quem esta aquém de 16 anos, a a partir
do dia em que ele perfez esta idade; e da data do
casamento para seus representantes).

o II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por


seu representante legal; (quando tratamos do menor de
16 anos, tratamos de uma pessoa que casou como
qualquer pessoa, e ele pode se arrepender do casamento.
Mas o menor EM idade núbil (entre 16 e 18 anos) só pode
anular o casamento se ele o fez sem autorização. (art.
1.555 - O casamento do menor em idade núbil, quando
não autorizado por seu representante legal, só poderá ser
anulado se a ação for proposta em cento e oitenta dias,
por iniciativa do incapaz, ao deixar de sê-lo, de seus
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representantes legais ou de seus herdeiros necessários; §
1º O prazo estabelecido neste artigo será contado do dia
em que cessou a incapacidade, no primeiro caso; a partir
do casamento, no segundo; e, no terceiro, da morte do
incapaz; § 2º Não se anulará o casamento quando à sua
celebração houverem assistido os representantes legais
do incapaz, ou tiverem, por qualquer modo, manifestado
sua aprovação.
Menor possui 180 dias para propor com a ação, após
deixar de ser incapaz.
Representante também 180 dias, a contar da data do
casamento.
E o Herdeiro necessário (pode ser ascendentes também)
180 dias a contar da morte. (a crítica da doutrina é que
dependendo de quando o incapaz morrer o herdeiro
poderia anular o casamento mesmo após o prazo do
próprio menor demandar pela anulação. Mas há uma
grande divergência na doutrina. Não há lógica, se por
exemplo, o incapaz se casar e, após 30 anos, morrer,
idade em que nem ele próprio poderia anular o
casamento, se o seu herdeiro puder, ainda, anular o
casamento. Então a doutrina entende que, o herdeiro
pode pedir a anulação até no máximo a data em que o
próprio incapaz poderia anular.

o III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a


1.558;
Art. 1556 – O casamento pode ser anulado por vício da
vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao
consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro.
Art. 1558 - É anulável o casamento em virtude de coação,
quando o consentimento de um ou de ambos os cônjuges
houver sido captado mediante fundado temor de mal
considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra,
sua ou de seus familiares.
Não se diz que pode o dolo, pois “no casamento erra mais
quem pode”, isto é, que as outras coisas podem ser
alegadas como erro.
O art. 1.556, é difícil ocorrência (não é anulável quando
há erro da “identidade social”, por exemplo, a mulher
acha que noivo é rico, e ele é pobre). Há a possibilidade
de ocorrer o art. 1.556, no caso de gêmeas. Erro essencial
– art. 1.557, CC – I – contra a identidade física, da boa
honra, e ECT, e tem que ser anterior ao casamento que se
manifesta posterior ao casamento. E o erro deve tornar
insuportável a vida do cônjuge enganado; II – não tem
necessidade de sentença transitada em julgado, nem
mesmo de processo criminal (a doutrina majoritária
sustenta que como a ação de anulação está sujeita a um
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prazo de decadência – 3 anos – se você admitir que exige
uma sentença condenatória, estaria inviabilizando este
inciso, pois, em regra a sentença penal demora mais do
que 3 anos. Obviamente deve ser um crime relevante
para o casamento. Ex.: estupro, homicídio, pedofilia...); III
– satisfação sexual que o casamento pressupõe,
impotência para o coito. Moléstia grave (ex.: AIDS, sífilis,
hemofilia...), há a presunção absoluta da
insuportabilidade da vida a dois.

o IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo


inequívoco, o consentimento; (incapacidade relativa)
o V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro
contraente soubesse da revogação do mandato, e não
sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
o VI - por incompetência da autoridade celebrante.
O que distingue no direito de família a nulidade da anulabilidade? Na
anulabilidade, teoricamente, pode sanar o vício, pois, possui uma
potencialidade ofensiva menor. Os vícios decorrentes da nulidade
extrapolam, são exagerados.
As ações têm efeitos semelhantes (retro operantes, ex-tunc).

Ação Direta

A  ação de divórcio  B
Se o Juiz percebe a poligamia, ele iria pronunciar a nulidade. Mas
neste ramo não pode, é necessária a ação direta de nulidade ou
anulabilidade. O Juiz não pode incidentalmente, em outra ação,
pronunciar a nulidade ou anulabilidade, sempre terá que haver uma
ação direta.

16/09/08 - terça-feira

Complementação da aula anterior a partir do art. 1.550, inc. I.

PROVA DIA 26/09/08 – CONSULTA A CÓDIGO, CADERNO E 1


DOUTRINA. TODAS AS QUESTÕES OBJETIVAS 4 OPÇÕES CADA
UM.

19/09/08 - sexta-feira

Complementação da aula anterior a partir do Art. 1.550, inc. II.

23/09/08 – terça-feira

Continuação (art. 1.556 – anulação – erro)


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MATÉRIA 2º BIMESTRE

30/09/08 - terça-feira

Pode haver a anulação do matrimônio pela:


Coação (art. 1.558, CC)
 Vis absoluta – estamos diante de um casamento inexistente,
por importar em completa subversão (ausência de
consentimento).
 Vis compulsiva – possibilidade de anular o casamento por
alguma situação em relação ao cônjuge ou seu familiar. O
cônjuge ainda tem a possibilidade de eventualmente optar
pelos efeitos negativos de sua recusa. Ex.: se você não se casar
comigo eu conto pra justiça que seu pai matou alguém e ele vai
para cadeia (a pessoa teve uma escolha).
o Temor reverencial – por exemplo: o rapaz já sabe que o
pai da menina é matador, e após engravidá-la, se casa
por medo do pai matá-lo. Art. 153 – “Não se considera
coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem
o simples temor reverencial”. A opinião majoritária é de
que não é possível a anulação do casamento por mero
temor reverencial.
Prazo decadencial de 4 anos.
Art. 1.560 – O prazo para ser intentada a ação de anulação do
casamento, a contar da data da celebração, é de:
IV - quatro anos, se houver coação.

CASAMENTO PUTATIVO (vem de putare, que vem de imaginar)


Estamos sempre trabalhando com a hipótese do erro justificável,
ERRO ESCUSÁVEL (uma falsa apreciação – a pessoa acha que não há
que obste o casamento, mas na realidade tem). Tratamos sempre
com a boa-fé, que sempre será inicial (a Lei só exige a boa-fé no início
– só produzirá efeitos depois do transito em julgado – efeitos ex-tunc).
Não está no plano de eficácia e sim de validade (qual a validade que
o casamento tem).
A boa-fé deve ser subjetiva ou objetiva? Sempre boa-fé subjetiva (a
boa-fé objetiva tem deveres anexos; na subjetiva a pessoa tinha
razões para ignorar tal erro, por exemplo, a pessoa tinha pouco
conhecimento/estudo e etc...).

Erro de fato ou erro de direito? Erro de fato, embora não seja dado a
ninguém escusar-se o cumprimento da Lei. Mas, o STF na década de
50, já havia reconhecido o erro de direito. Sendo, assim, viável o erro
de direito.

O art. 1.617, diz que o filho não possui nada haver com o casamento
putativo o que não é uma realidade na prática – “A filiação materna
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ou paterna pode resultar de casamento declarado nulo, ainda mesmo
sem as condições do putativo”.

07/10/08 - terça-feira

Eficácia do Casamento

Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:


I - fidelidade recíproca;
II - vida em comum, no domicílio conjugal;
III - mútua assistência;
IV - sustento, guarda e educação dos filhos;
V - respeito e consideração mútuos.

I) Fidelidade – o conceito de adultério era apenas o coito, a cópula.


Assim, criou-se o quase-adultério, que não tem a cópula, era para
complementar o conceito de adultério. Após foi criado o adultério
casto, que o cônjuge que doa sêmen, ou recebe sêmen de outra
pessoa sem o consentimento do outro cônjuge. Hoje em dia foi criado
o adultério virtual, que não possui contato físico. Foi a substituição de
um conceito rígido (adultério) por um amplo (infidelidade). Adultério é
espécie do gênero infidelidade. Sendo o adultério a figura mais
marcante da infidelidade, mas não é a única. A infidelidade abarca a
traição homossexual, da mesma maneira.

II) Vida em comum, no domicílio conjugal – depende do contorno de


cada sociedade conjugal. Entende-se que a fixação do domicilio
conjugal é dos cônjuges. Pode renunciar expressa ou tacitamente este
dever, é só não cobrar do cônjuge.

III) Mútua assistência – engloba 2 tipos de assistências:


 Material – o casamento é uma relação de mútua cooperação.
Despesas importantes. Ex.: ajudar a pagar uma dívida que é só
dele; comida, vestuário...
 Imaterial – é uma ajuda sentimental, carinho, atenção,
envolvendo também o comparecimento sexual (existindo um
limite, que não está previsto no Código, é de acordo com a
razoabilidade).

IV) Sustento, guarda e educação dos filhos – serve para o homem e


para a mulher.

V) Respeito e consideração mútuos – engloba todos os incisos.

14/10/2008 - terça-feira

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A sociedade conjugal termina (art. 1556). Tem que ser
pessoas casadas:
 Separação
 Divórcio
 Morte
Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se
houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial
quanto à pessoa do outro.

SEPARAÇÃO/DIVÓRCIO

 Separação Consensual – a lei fixa um período mínimo de 01


ano para a separação consensual. Se quiser fazer a separação
consensual, instrua com tudo que tiver à mão, é necessário:
certidão de nascimento (dos filhos, se tiverem), comprovação
de bens (se tiverem também). Art. 1.121, CPC.
 Separação Consensual extrajudicial – não pode ocorrer se
houver filho menor de idade ou incapazes. Todas as questões
devem estar previamente resolvidas pelo casal. É
importantíssima a participação do advogado. Necessidade de
comprovar o casamento, os bens... E o prazo é o mesmo.
Art. 1.577. Seja qual for a causa da separação judicial e o modo
como esta se faça, é lícito aos cônjuges restabelecer, a todo tempo, a
sociedade conjugal, por ato regular em juízo.
Parágrafo único - A reconciliação em nada prejudicará o direito de
terceiros, adquirido antes e durante o estado de separado, seja qual
for o regime de bens.
Art. 1.124-A. A separação consensual e o divórcio consensual, não
havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os
requisitos legais quanto aos prazos, poderão ser realizados por
escritura pública, da qual constarão as disposições relativas à
descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e,
ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de
solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o
casamento.
(se for uma separação extrajudicial, nada impede que o
restabelecimento seja também pela via extrajudicial).
 Divórcio Direto Consensual – exige como único requisito que
seja comprovada a separação de fato (deixar de morar na
mesma casa) por mais de 02 anos. Não precisa,
necessariamente, passar pelo estágio da separação.
 Divórcio Direto Extrajudicial – a mesma coisa da separação
extrajudicial, mas tem que comprovar o prazo de 02 anos
separados.

17/10/08 - sexta-feira

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 Divórcio Indireto (ou por conversão) – está submetido há
um único requisito, o de prazo de 01 ano de separação judicial.
Art. 1.580, CC. Decorrido um ano do trânsito em julgado da
sentença que houver decretado a separação judicial, ou da
decisão concessiva da medida cautelar de separação de corpos
(todo e qualquer provimento que demonstre que os cônjuges
estão separados pode ser convertido em divórcio, por exemplo,
ação de alimentos, guarda...), qualquer das partes poderá
requerer sua conversão em divórcio.
§ 1º A conversão em divórcio da separação judicial dos
cônjuges será decretada por sentença, da qual não constará
referência à causa que a determinou.
§ 2º O divórcio poderá ser requerido, por um ou por ambos os
cônjuges, no caso de comprovada separação de fato por mais
de dois anos.
Art. 226, §6º, CF. O casamento civil pode ser dissolvido pelo
divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano nos
casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por
mais de dois anos.
Admite o divórcio indireto consensual.
 Divórcio Indireto Extrajudicial –
Art. 1.124-A, CPC - A separação consensual e o divórcio
consensual, não havendo filhos menores ou incapazes do casal
e observados os requisitos legais quanto aos prazos, poderão
ser realizados por escritura pública, da qual constarão as
disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns
e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada
pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do
nome adotado quando se deu o casamento.
Entendia-se que, a princípio, este artigo se tratava do divórcio
direto. Mas hoje está pacificado, que se trata também do
divórcio indireto, desde que preenchidos os requisitos.

21/10/2008 – terça-feira

 Separação Litigiosa (ou culposa):


1) Desamor – se o direito de família tem por base e finalidade
o afeto, não há como negar que quando ele acaba as
pessoas podem se separar, pois não existe a condição
elementar. Resolvendo inúmeros problemas. É adotada a
concepção do processo necessário, que é o processo justo,
pois a parte só tem aquela via, e mais nenhuma, não
podendo cobrar despesas processuais, sucumbência... Sendo
possível, então, a separação com base no desamor, tendo
em vista que o CC é baseado no afeto.
o Hipóteses - Art. 1.573, CC. Podem caracterizar a
impossibilidade da comunhão de vida a ocorrência de
algum dos seguintes motivos:
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 I – adultério (≠ fidelidade);
 II - tentativa de morte (≠ mútua assitência);
 III – sevícia (atos agressivos, ex.: tapa forte) ou
injúria grave (agressão verbal) – (≠ respeito e
consideração mútuos);
 IV - abandono voluntário do lar conjugal, durante
um ano contínuo (≠ coabitação);
 V - condenação por crime infamante (≠ respeito e
consideração mútuos);
 VI - conduta desonrosa – veio para englobar todos
os casos (≠ respeito e consideração mútuos).

24/10/2008 - sexta-feira

PARTILHA DE BENS (Art. 1.022 e ss, do CPC; e 2.013 e ss do


CC)

Sendo a separação consensual por que não fazer a partilha


consensual? Assim, é melhor para a as partes, já resolvem dois
assuntos com apenas uma processo. Mas se a separação é litigiosa, a
situaçao recomendada é que a partilha também se faça por essa via,
utilizando as regras do inventário. Se o divórcio foi decretado e
partilha não foi feita, a única explicação para que eles tenam
patrimônio em comum é havendo entre eles uma situação de
condôminos.

REGIME DE BENS
Art. 1.639, CC. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o
casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.
§ 1º O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a
data do casamento.

O casamento pode ser visto como híbrido (parte instituição, parte


contrato), mas quando ao regime de bens ele é um contrato. O
melhor regime é o que atende aos cônjuges (comunhão universal,
comunhão parcial, separação de bens e participação final nos
aquestos; mas é possível criar outros regimes, pegando parte de
alguns criando um regime híbrido). Pode estipular o regime de bens
antes do casamento, o que a lei quer é que, seja como for, qualquer
tipo de estipulação só passa a ter validade após ocorrido o
casamento, ou seja, o regime tem caráter acessório, não terá efeito
se o casamento, que é o principal, não ocorrer.

Art. 1.639, § 2º, CC – É admissível alteração do regime de bens,


mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os

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cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados
os direitos de terceiros.

Mudamos de regime de imutabilidade de regime de bens para o de


mutabilidade motivada. É necessário um pedido formulado pelos
cônjuges (se o pedido de ambos, não é contencioso, sendo assim,
será um pedido de jurisdição voluntária – só vai existir se houver o
pedido voluntário de ambos os cônjuges). Por exemplo:
Art. 1.641, III, CC. É obrigatório o regime da separação de bens no
casamento: III - de todos os que dependerem, para casar, de
suprimento judicial. (quando a pessoa era obrigada a se casar com
regime de separação de bens, por ser, por exemplo, menor de idade,
depois que passou a ser maior quer modificar o regime de bens);

Alguns autores de renome sustentam que o motivo poderia ser


íntimo, em respeito ao princípio da pessoa humana (como por
exemplo, se o cônjuge possui uma anormalidade de gastar muito,
seria constrangedor ao outro cônjuge falar isso para todos). Mas
quando o artigo 1.639, §2º diz que tem que ser motivado, e como se
motiva algo que é íntimo? Ou seja, que a pessoa não irá falar (seria
uma forma de burlar a Lei). E a redação da Lei é clara quando diz que
tem que ser motivada e mediante autorização judicial.

28/10/08 - terça-feira

Regime supletivo – Comunhão parcial

Art. 1.640, CC. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou


ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da
comunhão parcial.

É impossível, no Brasil, a pessoa não possuir regime de bens, pois


quando não é convencionado ou não está prescrito em Lei, será o de
comunhão parcial.

Art. 1.640, Parágrafo único, CC - Poderão os nubentes, no


processo de habilitação, optar por qualquer dos regimes que este
código regula. Quanto à forma, reduzir-se-á a termo a opção pela
comunhão parcial, fazendo-se o pacto antenupcial por escritura
pública, nas demais escolhas.

Comunhão parcial – termo no próprio registro.


Comunhão universal, separação de bens e participação final nos
aquestos – pacto antenupcial.
Regimes que a nossa Lei conhece. A doutrina mais liberal entende
que podem ser criados regimes híbridos pegando parte de cada
regime e criando um totalmente diferente. Mas há grande
divergência.

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Art. 1.639, CC. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o
casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.

Existe a separação convencional, e o regime de separação legal:


Convencional – Legal – art. 1.641, CC (separação obrigatória) –
Optam por esse muitos entendiam que neste regime haveria a
regime por uma comunicação dos bens adquiridos na constância
convenção (pacto do casamento. Súm. 377, STF - No regime de
antenupcial). Não separação legal de bens comunicam-se os
há comunicação adquiridos na constância do casamento. (ou seja,
de bens é a separação parcial, pois antes do casamento
adquiridos nem os bens não se comunicam, mas depois se
antes nem depois comunicam – desta forma desfigurou o regime de
do casamento separação de bens) mas hoje em dia, entende-se
(regra da que não existe mais o regime de separação legal.
incomunicabilida Existe o de separação de bens, que é o do art.
de). 1.641, CC – não existindo mais a diferença
entre separação de bens convencional e
separação de bens legal (acabando com a
súmula 377), havendo somente o regime de
separação de bens.

Art. 1.641, CC. É obrigatório o regime da separação de bens no


casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas
suspensivas da celebração do casamento;
Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido,
enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der
partilha aos herdeiros; (é necessário que a viúva faça o
inventário antes de se casar novamente, para não prejudicar
os herdeiros)
II - da pessoa maior de sessenta anos; (por possuírem algumas
limitações. Alguns dizem ser inconstitucional, mas a jurisprudência diz
que não)
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial
(por exemplo, menor de idade, depois que passou a ser maior quer
modificar o regime de bens).

31/10/2008 - sexta-feira

Orientação da petição

04/11/2008 - terça-feira

Correção de prova.
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11/11/2008 – terça-feira – PROVA DIA 02/12 – CONSULTA
SOMENTE AO CÓDIGO – PROVA OBJETIVA.

Art. 1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido


quanto a mulher podem livremente:
I - praticar todos os atos de disposição e de administração
necessários ao desempenho de sua profissão, com as limitações
estabelecidas no inciso I do art. 1.647;
II - administrar os bens próprios (bens que não pertencem à
comunhão);
III - desobrigar ou reivindicar os imóveis que tenham sido gravados
ou alienados sem o seu consentimento ou sem suprimento judicial;
IV - demandar a rescisão dos contratos de fiança e doação, ou a
invalidação do aval, realizados pelo outro cônjuge com infração do
disposto nos incisos III e IV do art. 1.647;
V - reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou
transferidos pelo outro cônjuge ao concubino/amante, desde que
provado que os bens não foram adquiridos pelo esforço comum
destes, se o casal estiver separado de fato por mais de cinco anos; (o
que está consolidado na doutrina e jurisprudência é que tudo que um
cônjuge adquiriu no período da separação de fato, pertence somente
à ele. Nunca houve esse prazo de 5 anos citado no artigo, ele pode
dispor quando quiser dos bens adquiridos na separação de fato).
VI - praticar todos os atos que não lhes forem vedados
expressamente.

Art. 1.643. Podem os cônjuges, independentemente de autorização


um do outro:
I - comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à economia
doméstica;
II - obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas
possa exigir.

Art. 1.644. As dívidas contraídas para os fins do artigo antecedente


obrigam solidariamente ambos os cônjuges.

Art. 1.645. As ações fundadas nos incisos III, IV e V do art. 1.642


competem ao cônjuge prejudicado e a seus herdeiros.

Art. 1.646. No caso dos incisos III e IV do art. 1.642, o terceiro,


prejudicado com a sentença favorável ao autor, terá direito regressivo
contra o cônjuge, que realizou o negócio jurídico, ou seus herdeiros .

13/11/08 - quinta-feira

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Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos
cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da
separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos
que possam integrar futura meação.
Parágrafo único - São válidas as doações nupciais feitas aos filhos
quando casarem ou estabelecerem economia separada.

Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a


outorga, quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe
seja impossível concedê-la.

Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando


necessária (art. 1.647), tornará anulável o ato praticado, podendo o
outro cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois de
terminada a sociedade conjugal.
Parágrafo único - A aprovação torna válido o ato, desde que feita
por instrumento público, ou particular, autenticado.

Art. 1.650. A decretação de invalidade dos atos praticados sem


outorga, sem consentimento, ou sem suprimento do juiz, só poderá
ser demandada pelo cônjuge a quem cabia concedê-la, ou por seus
herdeiros.

Art. 1.651. Quando um dos cônjuges não puder exercer a


administração dos bens que lhe incumbe, segundo o regime de bens,
caberá ao outro:
I - gerir os bens comuns e os do consorte;
II - alienar os bens móveis comuns;
III - alienar os imóveis comuns e os móveis ou imóveis do consorte,
mediante autorização judicial. (para tudo é necessária autorização
judicial)

Art. 1.652. O cônjuge, que estiver na posse dos bens particulares do


outro, será para com este e seus herdeiros responsável:
I - como usufrutuário, se o rendimento for comum;
II - como procurador, se tiver mandato expresso ou tácito para os
administrar;
III - como depositário, se não for usufrutuário, nem administrador.
Todas as posições se convalidam em precaristas se eles não
cumprirem a função que eles têm que desempenhar.

14/11/2008 - sexta-feira

PACTO ANTENUPCIAL

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Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura
pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento.
O negócio nulo é insuscetível de convalidação – art. 166.
(inexistente – Possui um vício de tanta gravidade que é como se
nunca tivesse existido, precede o plano da validade; anulável – os
vícios já não são tão graves, e podem ser convalidados).
Ineficaz – é aquele que vale inter-partes, mas não vale em relação a
terceiros.
Formalidade da substância do ato, ou seja, se não houver escritura
pública é nulo. Se for por escritura particular é nulo.
Como a Lei não diz um prazo para ocorrer o casamento, após a
escritura pública, teremos que suprir com a analogia juris (dentro da
estrutura do casamento um caso que se adéqüe), que se entende ser
o mesmo prazo da habilitação, qual seja: 90 dias.

Art. 1.654. A eficácia do pacto antenupcial, realizado por menor, fica


condicionada à aprovação de seu representante legal, salvo as
hipóteses de regime obrigatório de separação de bens.
Se o representante do menor pode autorizar um casamento, quanto
mais o pacto antenupcial.

Art. 1.655. É nula a convenção ou cláusula dela que contravenha


disposição absoluta de lei.
Uma parte da doutrina diz que o pacto antenupcial se destina apenas
a regulamentação de aspectos patrimoniais, a outra parte da doutrina
diz que pode regulamentar outros aspectos da vida pessoal, como a
forma de educar os filhos, religião e etc. Desde que não seja contra a
Lei.

Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de


participação final nos aqüestos, poder-se-á convencionar a livre
disposição dos bens imóveis, desde que particulares.
Participação final nos aquestos – Durante o casamento o regime é de
separação de bens (eles possuem bens próprios), e com o fim do
casamento, o regime é de comunhão, ou seja, os cônjuges terão
direito à metade dos bens adquiridos pelo casal.

Art. 1.657. As convenções antenupciais não terão efeito perante


terceiros senão depois de registradas, em livro especial, pelo oficial
do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges.
O pacto que não é registrado vale somente perante os cônjuges, e
somente após o registro ele valerá perante terceiros.

Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens


que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as
exceções dos artigos seguintes.
É um regime híbrido. Além dos bens comuns eles levam para o
casamento bens particulares (ele só pode administrar os bens

ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES –


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particulares e não dispor, só é possível dispor com autorização do
outro cônjuge).

Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:


I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar (bens particulares), e os
que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou
sucessão, e os sub-rogados em seu lugar (aquisição gratuita, ex.:
doação, herança...);

18/11/2008 – terça-feira

APRESENTAÇÃO DE TRABALHO: MÔNICA, ALAOR E MARIANA.

21/11/08 - sexta-feira

COMUNHÃO PARCIAL (continuação)

Art. 1.659, CC: Excluem-se da comunhão:


II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a
um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares; (Sub-rogação
real);
III - as obrigações anteriores ao casamento; (dívidas);
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em
proveito do casal; (Ex.: dirigir em alta velocidade e colidir com algum
carro. O cônjuge não responderá por nada);
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas
semelhantes.

25/11/08 – terça-feira

Art. 1.660. Entram na comunhão:


I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso,
ainda que só em nome de um dos cônjuges;
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de
trabalho ou despesa anterior;
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de
ambos os cônjuges;
IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge,
percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de
cessar a comunhão.

Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título
uma causa anterior ao casamento.

ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES –


suelencmm@hotmail.com
Art. 1.662. No regime da comunhão parcial, presumem-se adquiridos
na constância do casamento os bens móveis, quando não se provar
que o foram em data anterior.

Art. 1.663. A administração do patrimônio comum compete a


qualquer dos cônjuges.
§ 1º As dívidas contraídas no exercício da administração obrigam os
bens comuns e particulares do cônjuge que os administra, e os do
outro na razão do proveito que houver auferido.
§ 2º A anuência de ambos os cônjuges é necessária para os atos, a
título gratuito, que impliquem cessão do uso ou gozo dos bens
comuns.
§ 3º Em caso de malversação dos bens, o juiz poderá atribuir a
administração a apenas um dos cônjuges.

silveiraromulo@uol.com.br

Art. 1661 – resposta com 1 dispositivo de uma código estrangeiro que


explicitamente dispõe da matéria (diz textualmente se a posse
começou antes do casamento o cônjuge adquire sozinho)
Dispensado da prova com dez
cc português (1.722)

Responder: incomunicabilidade inalienabilidade e impenhorabilidade.


Se td bem incomunicável é inalienável, ou se não tem nada a ver com
aoutra, ou se td bem incomunicável é impenhorável.

ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES –


suelencmm@hotmail.com

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