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Aula 1:
(1º Bimestre)
I- JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA
II – ATOS PROCESSUAIS (COMUNICAÇÃO)
III – QUESTÕES INCIDENTES
(2º Bimestre)
IV – PRISÃO E LIBERDADE PROVISÓRIA
V – PROCEDIMENTOS
Livros:
Paulo Rangel (não é didático)
Eugênio Pacelli (muito caro)
Tourinho Filho (muito bom)
Capez (fraco)
Mirabete
Nutti (Código comentado)
Resumos e Sinopses do Maximiliano.
Pegar na Xerox: Curso de direito processual penal – Ed. Saraiva – Edilson Mongenot Bonfin
(Super didático).
Provas valendo 10 pontos + exercício (ponto extra) – matéria dada em exercício não cai na
prova.
Material de sala:
Legislação atualizada
CPP
Legislação Especial – site: www.amperj.gov.br
Módulos:
Resumos, Exercícios e Indicação de textos.
06/02/2009 - sexta-feira
Aula 2:
JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA
I) JURISDIÇÃO
a) Conceito – quando eu não consigo resolver os meus conflitos, há a necessidade de um
órgão para dizer do caso concreto.
• Divergência doutrinária
• Juris/dictio – dizer o direito. É o poder de dizer (dictio) o direito (objetivo/material) a
um caso em concreto (júris).
b) Características:
• Poder: o Estado, quando reclamado, tem o poder de dizer o direito a um caso em
concreto que foi ventilado. Característica visível.
• Atividade: é uma serie de atividades que tem como objetivo solucionar o litígio e
resolver os conflitos. Atividades que seguem um caminho, que têm o seu passo a passo
no CPP.
• Função: a atividade jurisdicional é uma função do Estado como qualquer outra função.
É como um “serviço público” qualquer (água tratada, energia...).
c) Elementos:
• Cognitio: “conhecimento”. Não pode exercer o poder jurisdicional um órgão que não
tenha conhecimento (esse conhecimento é obtido através da prova).
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES – suelencmm@hotmail.com
• Vocatio: “chamamento”. A atividade jurisdicional, precisa conhecer, e para conhecer,
precisa criar oportunidades para esse conhecimento acontecer, ou seja, chama o
conhecimento para si. Ex.: requisita provas, depoimentos...
• Coertio: “força”, “coerção”. Ex.: busca e apreensão... A atividade jurisdicional precisa
de força, ou seja. Precisa “conduzir debaixo de vara”.
• Judicium: “decisão” (chamado normalmente de sentença).
• Executio: “fazer executar os julgados”. No penal não existe processo sincrético, existe
um processo de conhecimento e um processo de execução, com nova jurisdição...
d) Órgãos jurisdicionais
→ Teoria tripartida: Poder judiciário
→ Senado Federal (art. 52, I, CF)
→ Juízo arbitral (art. 475-N, CPC) – não exerce atividade jurisdicional, não tem
força, não precisa fazer produção de provas, mas o acordo homologado em um
juízo arbitral tem força de ato executivo judicial (sentença). Às vezes, ele estará
como órgão que não exerce a jurisdição, e às vezes como órgão que exerce.
e) Órgãos que não exercem a jurisdição:
• Tribunal marítimo (não pode dar sentença, somente é um órgão de atividade, mas não
exerce o poder);
• Tribunal de contas;
• Conselhos fiscais;
• Comissões do procedimento administrativo.
10/02/2009 – terça-feira
Aula 3:
g) Características da jurisdição:
• Unicidade ou unidade – a jurisdição é una; é uma função do Estado (também é um
princípio). Com a aplicação da pena o juiz de direito faz a “nossa” vontade (a vontade
do povo).
• Substitutividade – a partir do momento que resolvemos viver em sociedade
entregamos ao Estado o poder de se auto dirigir, não podendo fazer justiça com as
próprias mãos, dependendo do Estado para fazê-lo. Sendo assim, não pode exercer
alguns poderes de ser humano livre, por viver em sociedade. Ex.: crime 345, CP –
exercício arbitrário das próprias razões.
• Definitividade – em regra, a atividade jurisdicional é definitiva. Todavia, existe o
instituto chamado de revisão criminal pró réu (ainda não existe pró societá).
• Inércia – art. 262, CPC - O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se
desenvolve por impulso oficial.
h) Princípios inerentes à Jurisdição:
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• Princípio da inércia ou da demanda (art. 262, CPC - O processo civil começa por
iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial.)
• Princípio da investidura – os tribunais e os juízes, pela lei estão investidos na função
de aplicar a jurisdição. Não pode “inventar” um juízo para a causa.
• Princípio da vedação ao “non liquet” ou indeclinabilidade – o juiz não pode se
escusar a dar a tutela jurisdicional (de decidir). Exceto prescrição, decadência, abolitio
criminis... não existe denúncia arquivada.
• Princípio da indelegabilidade – a atividade jurisdicional não pode ser delegada a
ninguém.
• Princípio da improrrogabilidade ou aderência – (comarca = espaço físico onde
exerce a jurisdição) – A jurisdição adere à comarca.
Princípio do Juiz ou Juízo natural (art. 5º, LIII, CF - ninguém será processado nem
sentenciado senão pela autoridade competente; e art. 5º, XXXVII - não haverá juízo ou
tribunal de exceção) – pela Lei, existe uma autoridade competente para julgar o crime
cometido em cada comarca.
• Princípio do duplo grau de jurisdição- o sistema é feito por homens, sendo assim,
não é perfeito. O sistema está ligado ao duplo grau, pois a decisão pode ser
revisionado pelos órgãos, colegiados, câmaras... existem matérias que nunca podem
ser revisionadas, que são: matérias originárias do STF ou STJ.
O que é necessário fazer para que as causas cheguem ao STJ/STF?
Automaticamente sempre irá chegar?
13/02/2009 - sexta-feira
Aula 04:
COMPETÊNCIA
É o limite da jurisdição que dita dentro deste foro as regras de quem vai dizer o direito. Vai
entrar em matéria de direito material e processual. Vai ser fixada dentro do ambiente físico
chamado de foro. Que em primeiro momento é regulamentado pela CF dirigente (órgãos
jurisdicionais), e logo depois pelas regras do Código de Procedimento (CPP).
Órgãos Jurisdicionais
• STF – art. 102, CF
• STJ – art. 105, CF
• TRF e Juízes Federais – art. 109, CF
• TRE e Juízes Eleitorais (especial, o restante é comum)
• TRT e Juízes Trabalhistas (especial, o restante é comum)
• Tribunais Militares (especial, o restante é comum) – Lei 1001/69
• Tribunais de Justiça e Juízes de Direito
Critérios Especiais
• JECRIM – art. 63, Lei 9.099/95 (Teoria da Atividade – a competência do Juizado será
determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal).
• Homicídio – o local onde foi praticado o último ato executório.
• Plurilocais
• 342, CP – falso testemunho. O foro competente é o de onde você praticou o falso
testemunho através de Carta Precatória (art. 70, CPP).
• Cheque s/ fundo – Súm. 521, STF
• Permanente e continuado
17/02/2009 - terça-feira
COMPETÊNCIA (continuação)
03/03/2009 – terça-feira
CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS
10/02/2009 – terça-feira
Pequeno Vocabulário
• Competência Material e Competência Funcional
o Material (quando olha sobre 3 aspectos, levando em consideração o local, a
natureza e a qualidade da pessoa. É objetivada por Lei):
Território – quem é o órgão jurisdicional no local. (art. 69, I e II, CPP).
Direito material – olha a natureza da norma jurídica que está sendo
aplicada, ou seja, a natureza da infração (art. 69, III, CPP).
Pessoa – algumas pessoas, tendo em vista a prerrogativa da função, têm
alguns privilégios (art. 69, VII, CPP). Ex.: art. 295 – pessoas que têm prisão
privilegiada.
o Funcional (não está nos livros, está no dia-a-dia. Não tem regra):
Fase – ex.: acaba a fase da Judicium Accusatione e entra na fase da
Judicium Causae (quem conhece da causa é o júri) – um juiz togado que
preside/pratica ato jurisdicional desde o momento que toma conhecimento
da ação, até o momento que ele declara que não é mais funcionalmente
competente para julgar e joga a competência para o júri. Ex.²: Na
execução penal tem um juiz que julga a causa e outro que faz a execução
(exceto em comarcas que só tem um juiz). É a competência separada pelo
o que cada juiz faz.
Objeto – às vezes o órgão jurisdicional está na ação por causa de 1
objeto. Ex.: Judicium Causae (o jurado julga através do voto secreto) e o
juiz togado (Judicium Accusatione) somente lavra a sentença. O objeto do
júri é julgar a casa, lavratura e dosimetria de pena são do juiz togado. O
objeto do jurado é diferente do objeto do juiz (o juiz que julga uma
exceção de incompetência e etc.).
Vertical – é o duplo grau de jurisdição. Ex.: A remessa da ação ao tribunal
revisor (art. 593, CPP). Após um recurso quem passa a ser competente é o
juiz de 2º grau.
• Competência Absoluta e Competência Relativa
o Absoluta
Não haverá possibilidade de prorrogação – quando chama/fixa a
competência tornando os demais juízes incompetentes não pode ser
prorrogado, ou seja, não pode ser outro.
Materiae, personae e funcional – em razão da matéria, pessoa ou
função.
Nulidade do ato – é nulo ato praticado por pessoa incompetente.
o Relativa
Há possibilidade de prorrogação
Loci (lugar) – não é absoluta. Se não argüir, o juízo se torna competente.
Vício – vício do ato. Pode ser sanado.
• Prorrogação de competência (art. 76 e 77, CPP)
Conexão e competência – a autoridade que não é competente passa a ser competente,
pois, atraiu os processos que não era competente para julgar (“vis atracttiva”), assim a
competência é prorrogada. Quando a competência é absoluta não há como prorrogar.
• “Perpetuatio Jurisdictinis”
Perpetuar a jurisdição. Deixar no mundo jurídico aquilo que não é de sua natureza, mas
é seu. Ex.: compra de voto e porte ilegal de arma enquanto comprava os votos. O primeiro
é de competência eleitoral, e o segundo não, é crime comum. Mas, por causa da conexão
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(“vis atracttiva”) quando o juiz absolve pelo primeiro crime por falta de provas, de
qualquer forma, tem que julgar o segundo, ou seja, a jurisdição vai perpetuar, ele vai ser
obrigado a reconhecer o crime conexo, ou seja, julgar o segundo crime. Quando um juízo é
competente por prorrogação, mesmo que ao final não conheça o crime que atraiu o
comum, continuará competente para este. (Vai falar melhor depois).
Justiças Especiais
• Justiça especial eleitoral (art. 121, CF)
o Art. 289 a 354 CE e os conexos (todos que ela atrair)
• Justiça especial militar (art. 124 e 125, CF) – funciona com 4 oficiais e 1 juiz
auditor/togado (Escabinado).
o Da União (art. 82, CPPM) – exército, marinha e aeronáutica.
o Dos Estados (art. 125, §4º, CF) – polícia militar, corpo de bombeiros militar,
polícia rodoviária estadual e polícia florestal.
13/03/2009 - sexta-feira
• Justiça Federal
o “Comum entre as especializadas, e especializada quanto a comum estadual” –
art. 109, CF.
o Não se aplica a vis attractiva do art. 78, II, CPP; atrai toda competência dos
crimes conexos aos federais que foram praticados de competência da justiça
estadual.
Art. 78, II, CPP - no concurso de jurisdições da mesma categoria:
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave;
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações,
se as respectivas penas forem de igual gravidade;
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos;
o Atenção para a “Perpetuatio Jurisdictionis” ao art. 74, §2º, CPP; quem é
competente pela vis attractiva, é competente sempre.
Art. 74, § 2º, CPP - Se, iniciado o processo perante um juiz, houver
desclassificação para infração da competência de outro, a este será remetido o
processo, salvo se mais graduada for a jurisdição do primeiro, que, em tal caso,
terá sua competência prorrogada.
o Os crimes:
Políticos – Lei 7.170/83 Segurança Nacional.
Praticados por Funcionário Público Federal – art. 109, I, CF - as causas
em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes,
exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça
Eleitoral e à Justiça do Trabalho; (múnus público – o funcionário está
representando a União, o Brasil).
A bordo de Navios (lancha, barco... não é navio – tem que ser navios
mesmo) e Aeronaves (mesmo quando está no chão é aeronave, e
independe do tamanho);
Júri Federal – funcionário federal que pratica crime contra a vida;
funcionário público federal vítima de crime contra a vida;
Tratados e convenções – Súm. 522, STF - Salvo ocorrência de tráfico
para o Exterior, quando, então, a competência será da Justiça Federal,
compete à Justiça dos Estados o processo e julgamento dos crimes
relativos a entorpecentes. Art. 7º, LAD.
Contra organização do trabalho – art. 197 – 207, CP.
Ingresso de estrangeiro – art. 338, CP.
Que violam direitos humanos – Lei 9.455/97 (Tortura); art. 230, CP.
Índios – se for interesse do índio (normalmente terras, patrimonial) é
competência Federal, mas se for sujeito ativo ou passivo, é comum
Nenhum professor entra em consenso. E os livros não tratam do assunto. Mais uma prova da
lacuna na Lei, e que a matéria precisa ser melhorada pelo Legislador.
17/03/2009 - quarta-feira
CONEXÃO: (idéia)
Infrações interligadas (concurso formal, material ou em continuidade delitiva – 69, 70 e 71)
simultaneus processus (julgar simultaneamente) prorrogatio fori (prorrogação do foro –
territorial, matéria e pessoa).
Espécies:
Art. 76 - A competência será determinada pela conexão:
a) Intersubjetiva (várias pessoas envolvidas em uma ou em várias infrações penais)
o Por simultaneidade
I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo
tempo (...).
o Por concurso – mais de uma infração (29, CP), mais concurso:
I – (...) por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora
diverso o tempo e o lugar (...).
o Por reciprocidade – Ex.: briga de torcidas.
I – (...) ou por várias pessoas, umas contra as outras;
b) Objetiva ou “Lógica”
o Teleológica
II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar
as outras (...)
o Conseqüencial – Ex.: eu roubei um banco e para a pessoa não testemunhar
contra mim, eu a matei (o homicídio ocorreu para conseguir impunidade).
II – (...) ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;
o Probatória – economia processual.
III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias
elementares influir na prova de outra infração.
20/03/2009 - sexta-feira
CONTINÊNCIA: (idéia)
Elementos da demanda A (partes, pedido e causa de pedir) contidas em outra
demanda B.
Art. 77 - A competência será determinada pela continência quando:
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;
II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1º, 53, segunda
parte, e 54 do Código Penal.
Espécies:
a) Por cumulação subjetiva – identidade de pessoas (art. 29, CP). Teoria monista ou
unitária – quem concorrer para a infração, incide nas penas a este cominada, na
medida de sua culpabilidade (concurso de pessoas).
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b) Por cumulação objetiva
a. Art. 73, 2ª parte;
b. Art. 74, 2ª parte; e
c. Art. 70, CP.
Regras pra fixar o “FORUM ATRACTINIS” (art. 78, CPP)
Art. 78 - Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as
seguintes regras:
I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum,
prevalecerá a competência do júri;
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria:
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave;
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as
respectivas penas forem de igual gravidade;
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos;
III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação;
IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta.
1) Júri x Comum: matéria do Júri vai atrair todas as outras conexas e continentes (art. 5º,
XXXVIII CF).
2) Comum x Comum:
a. Prevalece o Foro competente pelo crime que possuir a pena mais grave, e depois
o que possuir
b. Maior quantidade de infrações
c. Prevenção – se houver empate nos outros critérios, o competente é o juiz que
primeiro tomou conhecimento do caso (juiz prevento).
3) Categorias diferentes: “maior graduação” – competência funcional.
4) Comum x Especial: Especial.
Exceções para fixar (DISJUNÇÃO – fazer com que as ações, se estiverem unidas,
ficarem separadas) – Exceções ao SIMULTANEUS PROCESSOS/VIS ATRACTIVA (art.
79 e 80, CPP)
Art. 79 - A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo:
I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar;
II - no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores.
§ 1º - Cessará, em qualquer caso, a unidade do processo, se, em relação a algum co-réu,
sobrevier o caso previsto no art. 152.
§ 2º - A unidade do processo não importará a do julgamento, se houver co-réu foragido que
não possa ser julgado à revelia, ou ocorrer a hipótese do art. 461.
Art. 80 - Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido
praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo
número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo
relevante, o juiz reputar conveniente a separação.
• Justiça Comum x Militar
• Justiça Comum x Infância e Juventude
• Superveniência de doença mental (art. 152, CPP)
• Co-réu foragido (art. 366, CPP)
• Desmembramento/separação de julgamento para júri (art. 459, §1º, CPP)
• Faculdade do juiz (art. 80, CPP)
24/03/2009 - terça-feira
31/03/2009 - terça-feira
05/05/2009 – terça-feira
DA PRISÃO PROVISÓRIA
Avaliação: Trabalho escrito para o dia 10/06/2009. Pode ser feito. Quem não quiser
é só fazer a prova valendo 10. Não pode ter denúncia, pois nem tem inquérito
ainda. Pode pegar em delegacia, fórum ou Tribunal de Justiça e pedir o auto de
prisão em flagrante (cópia). Valendo 10 pontos e a prova vale 10 (divide as duas
notas por 2 e faz a média), se não fizer o trabalho é só fazer a prova valendo 10.
Sobre qualquer assunto. Não necessita ser grande, podem ser petições de 2
laudas, decisão de 1 e ½ lauda, mas com conteúdo.
Como:
1) Cópia de 1 auto de prisão em flagrante (recente: entre abril e junho de 2009);
2) Um integrante do grupo será o Defensor público (em cima do auto de prisão
em flagrante – pedir relaxamento de flagrante se houver ilegalidade na
prisão, e se houver desnecessidade da prisão pedir liberdade provisória);
3) Outro integrante funciona como MP (falando, opinando sobre o pedido da
defesa);
4) E o último integrante será o Juiz de direito, ele vai decidir (tem que
fundamentar a decisão);
I) Conceito
É uma prisão processual de caráter cautelar (natureza cautelar), não derivada da pena de uso
excepcional em nosso direito.
II) Espécies
• Prisão em flagrante – art. 301, CPP – Qualquer do povo poderá e as autoridades
policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante
delito.
• Prisão preventiva – art. 311, CPP – Em qualquer fase do inquérito policial ou da
instrução criminal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, a
requerimento do Ministério Público, ou do querelante, ou mediante representação da
autoridade policial.
- Se o artigo 312 estiver presente, prende o réu. Se estiver ausente, solta.
Art. 312, CPP – A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e
indício suficiente de autoria. (há formalidade, legalidade e necessidade?).
• Prisão por força de sentença condenatória recorrível – art. 393, I, CPP – São
efeitos da sentença condenatória recorrível: I - ser o réu preso ou conservado na
prisão, assim nas infrações inafiançáveis, como nas afiançáveis enquanto não prestar
fiança;
- Pode ocorrer, mas é exceção.
- Não vai ser falado em sala.
• Prisão decorrente de decisão de pronúncia – art. 413, §3º, CPP – O juiz decidirá,
motivadamente, no caso de manutenção, revogação ou substituição da prisão ou
medida restritiva de liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado
solto, sobre a necessidade da decretação da prisão ou imposição de quaisquer das
medidas previstas no Título IX do Livro I deste Código.
- Não vai ser falado em sala.
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES – suelencmm@hotmail.com
• Prisão temporária – vai se dar durante o inquérito policial para sanar a falta da
liberdade da polícia de fazer a prisão por averiguação. Será escrita, como determina o
art. 5º, LXI, CF.
- Vai ser falado pouco durante as aulas.
II.a) Prisão em flagrante
• Prisão:
o Pena
o Sem pena – prisão processual
Prisão para averiguação – era um costume policial até 88. Foi proibido pelo art. 5º, LXI, CF
- ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei; a polícia não tem mais esse poder, se não for prisão
em flagrante.
- Se na prisão em flagrante não tiver legalidade e formalidade causa o relaxamento da prisão.
Necessita também da necessidade (art. 312, CPP).
07/05/2009 - quinta-feira
PRISÃO ESPECIAL
19/05/2009 – terça-feira
22/05/2009 - sexta-feira
26/05/2009 – terça-feira
LIBERDADE PROVISÓRIA
Conceito
“O Estado entre a prisão provisória e a liberdade total.”
Estado em que se encontra o indiciado ou acusado, entre a prisão provisória e a liberdade
total. Normalmente esta situação é vinculada aos termos do art. 327 e 328 do CPP, e só
cessará em caso de P. Preventiva ou condenação.
29/05/2009 - sexta-feira
02/06/2009 - terça-feira
05/06/2009 - sexta-feira
09/06/2009 - terça-feira
16/06/2009 - terça-feira
O JÚRI - PRINCÍPIOS
Plenitude de defesa
Em vez da expressão ampla defesa, para o Júri o legislador optou por prever plenitude de
defesa. Para a grande parte dos doutrinadores a distinção não é levada em conta. Alguns,
contudo, consideram que são distintos os efeitos das duas expressões, argumentando que a
defesa no Júri há de ser mais abrangente. Guilherme de Souza Nucci , por exemplo, afirma
que os próprios termos indicam dessemelhança, porque amplo significa vasto, largo, copioso,
ao passo que pleno quer dizer completo, perfeito, absoluto. "O que se busca aos acusados em
geral é a mais aberta possibilidade de defesa, valendo-se dos instrumentos e recursos
previstos em lei e evitando-se qualquer forma de cerceamento. Aos réus, no Tribunal do Júri,
quer-se a defesa perfeita, dentro, obviamente, das limitações naturais dos seres humanos".
Para justificar a distinção Nucci exemplifica com a atuação do defensor que haverá de ser
perfeita no Júri, podendo ser apenas satisfatória no processo comum; isto porque, no Júri são
julgadores leigos, votam sem fundamentar a decisão e a má atuação da defesa pode resultar
em condenação, enquanto que no processo comum o juiz terá condições de suprir a
deficiência defensiva, absolvendo o réu.
De fato, no procedimento do Júri, o acusado tem maiores oportunidades de defesa. Além das
duas fases para se proferir juízos de admissibilidade, a primeira, quando se decide pelo
recebimento da denúncia ou da queixa e, a segunda, por ocasião da pronúncia, haverá a
oportunidade perante os jurados, onde a maior publicidade do julgamento exige, igualmente,
mais empenho da defesa e, ao mesmo tempo, melhor fiscalização popular.
É claro que o princípio da ampla defesa caracteriza todo o edifício processual, tanto no
processo do Júri quanto nas demais formas de procedimento. Todavia, a sua afirmação
específica em relação ao tribunal popular significa que a defesa deve ser exercida com todos
os meios e recursos inerentes a ela, bem como a utilização de argumentos e teses que
eventualmente possam refugir ao âmbito jurídico. É o caso, por exemplo, da utilização de
argumentos morais, filosóficos, sociais, religiosos, políticos etc., que não são propriamente
jurídicos e podem perfeitamente embasar as decisões dos jurados, já que estas não
necessitam de motivação e podem muito bem se louvar em elementos que não constituem
exatamente uma razão jurídica expressa num determinado dispositivo legal.
O sigilo das votações
Desde a Constituição de 1946, se estabeleceu que a votação dos quesitos, pelos jurados,
seria sigilosa, em relação ao público e ao réu. Para cumprimento dessa regra, prevê o Código
que a votação ocorra em sala especial ou sala secreta onde ficarão apenas o juiz presidente,
os jurados, o Ministério Público, o assistente, o querelante, o defensor do acusado, o escrivão
e o oficial de justiça ; onde não houver essa sala, determina-se a retirada deste e de todos os
circunstantes do plenário, permanecendo as mesmas pessoas referidas.
De acordo com o art. 486, antes de proceder-se à votação de cada quesito, o juiz presidente
mandará distribuir aos jurados cédulas de papel, contendo 7 (sete) delas a palavra sim, 7
(sete) a palavra não. E visando assegurar o sigilo do voto, o oficial de justiça recolherá em
urnas separadas as cédulas correspondentes aos votos e as não utilizadas (art. 487).
Anteriormente, todos os jurados deveriam depositar o seu voto, de forma que a decisão por
unanimidade quebrava o sigilo das votações. Com a reforma introduzida pela Lei n.
11.689/08, a decisão será encerrada quando atingidos quatro votos.
A regra do sigilo se estende aos jurados entre si, para que um não influencie no
convencimento do outro. Aliás, será causa de nulidade do julgamento se um jurado externar
sua opinião, ainda que inconsciente ou inadvertidamente, por exemplo, por meio de
pergunta. A confirmar a assertiva, o Código exige a incomunicabilidade dos jurados, entre si,
quanto ao tema do processo (art. 466).