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PEDAGOGIA EAD – 4º Período

Módulo: Diferentes contextos educativos e diferentes sujeitos em formação


Tema: Educação Inclusiva
Texto: Educação Inclusiva e a transversalidade da educação especial nas escolas
brasileiras
Professora: Elizabete Cristina Costa-Renders

A educação inclusiva e a transversalidade da educação especial nas escolas


brasileiras

Objetivo: apresentar a política nacional de educação especial na perspectiva da


educação inclusiva no Brasil.
Palavras-chave: educação inclusiva — educação especial — estudantes com
necessidades educacionais especiais – atendimento educacional especializado

O panorama histórico da educação brasileira nos remete a situações de exclusão,


a um sistema educacional marcadamente seletivo – falamos da elitização da educação
no Brasil. Especialmente, as crianças eram as vítimas deste processo: violência,
trabalho, pobreza, desnutrição, etc. No final do século XX, no entanto, o Brasil assume
uma política educacional inclusiva. Parece que passamos da fase da denúncia (lembram
da pedagogia ou filosofia da libertação denunciando as práticas de dominação?!) para a
fase do anúncio de uma nova proposta social: a construção de uma sociedade para todos
e todas. Neste cenário, atualmente, buscamos ―uma escola ressignificada em suas
funções políticas e sociais e em suas práticas pedagógicas para garantir a aprendizagem
e a participação de qualquer aprendiz‖ (CARVALHO, 2005:16).
A construção de uma sociedade inclusiva exige o reconhecimento das diferenças
humanas e nos remete à necessária superação dos processos sociais de hierarquização de
pessoas e saberes. Especialmente, tratando-se de educação inclusiva, a universalização
do acesso à educação será o tema fundante de um novo modelo educacional que invista
em diferentes contextos educativos visando uma educação com qualidade para os
diferentes sujeitos em formação.
Reconhecemos, no Brasil, diferentes grupos sociais que, historicamente,
viveram, ou ainda vivem, a discriminação e o preconceito por causa de sua diferença,
tais como: as mulheres, as crianças, os homossexuais, os empobrecidos, os negros, os
analfabetos, etc. Assim, uma ―prática social de inclusão supõe o abandono definitivo de

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práticas e relações sociais discriminatórias, inscrito num profundo processo de
mudanças atitudinais de uns em relação aos outros‖ (MARTINS, 2006:32)

Política de Educação Inclusiva no Brasil


Inserir quadro:
Preconiza a ―igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola‖ (LDB, art.3º, inciso I) e fundamenta-se nos seguintes
documentos:

 Constituição Federal de 1988


 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96
 Decreto 5296/04 – Decreto de Acessibilidade
 Decreto 5626/05 – Decreto de LIBRAS
 Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva 2008
 Decreto 6571/08 – atendimento educacional especializado (aee)
 Resolução N. 4 de 2009

Em 2008, após uma série de discussões com um grupo de educadores brasileiros,


o Ministério da Educação e Cultura (MEC) propôs a Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Esse documento traz uma série de
indicações para a organização dos espaços escolares no sentido da superação do modelo
de escola segregadora. Trata a educação especial como uma modalidade de ensino
transversal a todos os níveis da escolarização. Ou seja, o atendimento educacional
especializado deve estar presente no sistema educacional brasileiro desde a educação
infantil até a educação superior.
A nova política de educação especial vem ancorada no Decreto 6571 de 2008 e
na Resolução N. 4 do Conselho Nacional de Educação. Esses dois documentos dispõem
sobre os processos de gestão e sobre os recursos destinados à educação especial no
Brasil. Busca-se uma mudança estrutural e cultural da escola através do paradigma da
inclusão. Ou seja, ―a inclusão encontra base nos direitos humanos e exige um processo
de transformação cultural que rompa com o preconceito e a discriminação‖ nos espaços
educacionais (COSTA-RENDERS, 2009:33).
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No Brasil, todavia, estes princípios contrastam com a realidade de um sistema
educacional que não oferece condições dignas para o exercício do magistério e, por
conseguinte, não possibilita a efetiva implementação de um espaço educacional
inclusivo. Quem nos alerta é a professora Rosita Edler Carvalho, em suas palavras:
 As condições sociais e econômicas de nosso país e
que têm acarretado a desvalorização do
magistério fazendo com que, muitas vezes, as
escolas funcionem como espaços de abrigar e de
cuidar dos alunos em vez de serem espaços para a
construção do conhecimento e de exercício da
cidadania;
 As condições materiais em que trabalham nossos
professores;
 Sua formação inicial e continuada;
 As condições requeridas para que a aprendizagem
se efetue em “clima” prazeroso e criativo...
(CAVALHO, 2005:37).

O que fazer, então?! Estes fatores colocam em descrédito a proposta educacional


inclusiva?! Evidentemente, estamos vivendo a complexidade própria da transição
entre modelos educacionais extremamente cartesianos (seletivos e excludentes) para
modelos mais flexíveis (complexos e solidários). Carecemos de tempo histórico para
efetivar todas as mudanças necessárias. Enquanto isso, cada um de nós, no fazer
docente cotidiano, pode dar o seu primeiro passo rumo à escola inclusiva.

Síntese das propostas para educação especial no


Brasil a partir de 2008:
 Público alvo: estudantes com necessidades
educacionais especiais (pessoas com deficiência,
pessoas com transtornos globais do desenvolvimento,
pessoas com altas habilidades);
 O aee no sistema regular de ensino: salas de recursos
multifuncionais, profissionais especialistas,
acessibilidade, estudos no contraturno;
 FUNDEB: cada estudante com necessidades
educacionais especiais, matriculado na escola regular,
deve ter dotação dupla de recursos.
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Referências Bibliográficas:

CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: com os pingos nos ―is‖. Porto Alegre:
Mediação, 2004.
COSTA-RENDERS, Elizabete Cristina. Educação e espiritualidade: pessoas com
deficiência, sua invisibilidade e emergência. São Paulo: Paulus, 2009.
MARTINS, Lúcia de Araújo Ramos (et al.). Inclusão: compartilhando saberes.
Petrópolis: Vozes, 2006.
MEC. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em
30 de setembro de 2010.

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