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http://jus.uol.com.br/revista/texto/12624
Publicado em 04/2009
ChristianyPegorari Conte
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, isto é, aquela feita na própria pessoa do acusado e
que se efetiva por meio de mandado judicia l (por oficial de justiça), por
precatória (quando se tratar da hipótese na qual o réu esteja fora do território
do juiz processante, conforme o art. 353 do CPP); por carta de ordem
(determinada pelos tribunais em processos de competência originária,
conforme o teor do parágrafo 1º do art. 9º, da lei n. 8.038/90) e, por fim, por
carta rogatória (no caso do acusado encontrar -se no estrangeiro, de acordo
com o art. 368, do CPP);
que se efetiva, conforme a recente reforma
processual, de duas maneiras, quais sejam:
: cujo leque de possibilidades foi reduzido à uma única
hipótese: quando o acusado não for encontrado (arts. 361 e 363, parágrafo 1º
do CPP);
modalidade que servia apenas ao processo civil e que
passa, de forma inovadora, a ser adotada pelo processo penal, nos casos em
que o réu se ocultar para não ser citado (art. 362 do CPP).
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Assim, vale destacar que a lei em questão não pode ser analisada
isoladamente, vale dizer, ela faz parte de um arcabouço de proj etos de leis que
compõem a Reforma Processual Penal, sendo que alguns destes projetos já se
transformaram em normas positivadas, outros não vingaram e há, ainda,
alguns que se encontram em tramitação no Congresso Nacional. Esta ressalva
é importante, na medida em que a interpretação de alguns aspectos da lei
11.719/08 pode depender de outros dispositivos previstos em normas diversas.
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Conforme nos ensina Fernando da Costa Tourinho Filho [06]:
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É ato que comunica a existência da ação penal, bem como chama, por
primeira vez, o acusado a comparecer em juízo em dia e hora designados (art.
396 do CPP). [08] A citação regular torna completa a relação processual e atribui
ao acusado o ônus de comparecer aos atos processuais para os quais for
intimado e também de comunicar ao juízo qualquer mudança de residência,
sob pena de prosseguir o processo sem a sua pres ença (art. 367 do CPP).
O art. 356 prevê que é possível a citação por carta precatória expedida
por via telegráfica, em casos de urgência. A doutrina também admite a
realização deste tipo de citação por telegrama e, até mesmo, por telefone [12].
A citação por edital era prevista em três situações: a) quando o réu não
pudesse ser encontrado ou se ocultasse; b) quando o réu estivesse em local
inacessível; c) quando o réu e ra incerto quanto à sua identificação (arts. 362 e
363 do CPP). Com a reforma trazida pela lei n. 11.719/08, a citação por edital
passou a ter uma única hipótese: ð
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. O art.
363 ganhou nova redação, eliminando o leque de possib ilidades de realização
da citação por edital. No tocante à citação por edital, portanto, a reforma não
trouxe muitas novidades. Quando o acusado não for encontrado o processo
ficará suspenso e o prazo para a defesa apresentar resposta [13] começará a
fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor
constituído.
(...) Da maneira pela qual foi publicado o texto final da lei, não há
qualquer solução para a hipótese de citação do acusado que se
encontre em local inacessível. Da citação por edital não se cogita.
Tampouco a citação com hora certa, sob pena de grave risco de morte
ao oficial de justiça. (...) De resto é torcer para que não tenhamos
epidemias, guerras ou outros moti vos de força maior que impeçam a
citação do acusado.
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Art. 362. Verificando-se que o réu se oculta para não ser citado, a
citação far-se-á por edital, com o prazo de 5 dias;
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de
justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma
estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 -
Código de Processo Civil.
Art. 363. O processo terá completada a sua for mação quando realizada
a citação do acusado.
I - (revogado);
II - (revogado);
§ 2º (VETADO)
§ 3º (VETADO)
c - Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o
réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, dever á, havendo
suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua
falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a
citação, na hora que designar.
c - Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta,
telegrama ou radiograma, dando -lhe de tudo ciência.
Esta é uma divergência que já existe no âmbito cível e que, com certeza,
será suscitada na seara criminal [17].
A citação por hora certa somente tem cabimento no processo civil, cujos
direitos discutidos são, em sua grande maioria, disponíve is, sendo, dessa
forma descabido no processo penal.
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Por outro lado, não está imune às críticas, que, aliás, devem ser feitas
com o objetivo de melhorar ou corrigir os pontos falhos que passaram
despercebidos às vistas do legislador.
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Ê . (TACrimSP,
HC 119.796, RT 578/364).
9. Há casos em que a citação é cumprida por pessoa diversa, como na
citação de militar, que é feita conforme dispõe o art. 358 do CPP (pelo
chefe do respectivo serviço).
10. TO>RINHO FILHO, Fernando da Costa. Op. Cit, p. 183.
11. Na prática é assim mesmo que se procede à citação do preso. Nunca
ficar esquecido deva ser remetido ao diretor do presídio, ou quem suas
vezes fizer, um ofício requisitório, pois, do contrário, o preso não poderá
sair do xadrez. Requisição e citação são coisas diversas, conforme RT
609/345, 703/315, 715/467 e 717/404.
12. Neste sentido ver doutrina de TO>RINHO FILHO, Fernando da Costa.
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. Vol. III. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 180 -181.
13. Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia
ou queixa, se não a rejeitar liminarmente, recebê -la-á e ordenará a
citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de
10 (dez) dias.
14. GOMES, Luiz Flávio; C>NHA, Rogério Sanches; PINTO, Ronaldo
Bastista.
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. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008, p. 322 e
323.
15. Sobre esta nova modalidade de citação comentaremos a seguir.
16. SILVA, Ivan Luís Marques da.
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!!" . São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2008, p. 20.
17. Neste sentido: "Ao juiz não compete determinar que a citação se faça
com hora certa; ao oficial de justiça é que compete verificar se é caso ou
não de aplicação do art. 227 do CPC" (JTA 120/44). "É acima de tudo ao
juiz que compete o poder de decidir da ra zoabilidade da suspeita de
ocultação alegada pelo oficial de justiça" (RJTJESP 108/287).
18. SILVA, Ivan Luís Marques da. Op. Cit., mesma página.
19. Ibidem.
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