Sie sind auf Seite 1von 6

A necessidade de sistemas

sustentáveis de produçã o de
alimentos

Aluno: Mariana Mamedes de Moraes

Turma: Medicina Veterinária 2011/1


A taxa de produtividade da agricultura tem aumentado na última metade
do séc. XX a fim de atender a demanda crescente de alimentos. Esse impulso
na produção de alimentos deve-se, principalmente, a avanços científicos e
inovações tecnológicas como o desenvolvimento de novas variedades de
plantas, utilização de fertilizantes e agrotóxicos, o avanço no manejo e irrigação
de plantações.

Contudo o sistema de produção global de alimentos está minando a


própria fundação sobre a qual foi construído pois a retiram excessivamente e
degradam o solo, reservas de água e a diversidade genética natural pelo
predomínio de monoculturas; tornando assim a agricultura moderna
insustentável, pois sua produção sem os devidos cuidados deteriora as
condições que tornam possível tal produtividade.

Práticas da agricultura convencional

A agricultura convencional visa maximização da produção e o lucro.


Procurando atingir essas metas desenvolveu-se um rol de práticas sem cuidar
de suas conseqüências não intencionais, de longo prazo, e sem considerar a
dinâmica ecológica dos agroecossistemas. Seis práticas básicas formam a
espinha dorsal da agricultura moderna:

1 – Cultivo Intensivo do Solo – Baseia-se na prática de cultivar o solo


completa, profunda e regularmente; esse cultivo intensivo do solo tende a
degradar a qualidade do solo de diversas maneiras. A matéria orgânica é
reduzida devido à falta de cobertura e o solo é compactado devido o transito
repetitivo das máquinas. A perda de matéria orgânica pelo cultivo intensivo
reduz a fertilidade do solo e degrada sua estrutura, o cultivo intensivo também
aumenta as taxas de erosão do solo por água e vento.

2 – Monocultura – Método de produção que vem crescendo entre os


agricultores nas últimas décadas, baseia-se na plantação de apenas um tipo de
cultura em uma área extensa. A monocultura permite um uso mais eficiente da
maquinaria agrícola para preparo do solo sendo economicamente favorável. A
monocultura tende a favorecer o cultivo intensivo do solo, a aplicação de
fertilizantes inorgânicos, a irrigação, o controle químico de pragas e as
variedades especializadas das plantas. Devido a este último fator é importante
ressaltar, que devido a baixa variabilidade genética nestes cultivos, estas
plantações são mais suscetíveis a ataques devastadores de pragas específicas
requerendo uma maior utilização de agrotóxicos como uma proteção química.

3 – Aplicações de Fertilizantes Sintéticos – Estes são produzidos em


grandes quantidades, a um custo relativamente baixo, a partir de combustíveis
fósseis e da extração de depósitos minerais. Fornecem amplas quantidades
dos nutrientes mais essenciais às plantas, permitindo assim que o agricultor
ignore a fertilidade do solo a longo prazo, bem como os processos pelos quais
ela é mantida. No entanto os componentes minerais dos adubos sintéticos são
facilmente lixiviados do solo, e em sistemas irrigados esses fertilizantes podem
terminar em córregos, rios e lagos causando eutrofização destes; também
podem ser lixiviados para a água subterrânea que quando ingerida pode
causar significativos danos a saúde.

4 – Irrigação – O fornecimento adequado de água é um fator limitante


para a produção de alimentos, assim ter reservas de água tem sido chave para
aumentar o rendimento e a quantidade de terra que pode ser cultivada. A
agricultura é um usuário pródigo de água tendo um efeito significativo na
hidrografia do local, sendo a água local consumida mais rapidamente que
renovada pelas chuvas; esse gasto excessivo pode causar um rebaixamento
da terra e quando próximo a costa levar a intrusão de água salgada. A irrigação
também aumenta a possibilidade de lixiviação de fertilizantes das lavouras para
córregos e rios podendo aumentar acentuadamente a taxa de erosão do solo.

5 – Controle Químico de Pragas e de Ervas Adventícias – Agrotóxicos


podem baixar drasticamente a população de pragas a curto prazo, porém
matam também os predadores naturais dessas pragas o que pode agravar o
problema caso a infestação se repita, forçando o agricultor a utilizar mais
agentes químicos. Isso leva a uma dependência de agrotóxicos titulada de “a
rotina dos agrotóxicos” que leva a uma intensa seleção natural de pragas
resistentes aos agrotóxicos. Outro ponto negativo é que agrotóxicos aplicados
a lavouras são facilmente lixiviados para a água superficial e subterrânea, onde
entram na cadeia alimentar afetando populações animais em todos os níveis
tróficos, podendo persistir por décadas.

6 – Manipulações de Genomas de Plantas – Avanços na técnica de


cruzamento permitiram a produção de sementes hibridas, que combinam
características de duas ou mais linhagens de plantas; gerando plantas co maior
aporte produtivo. Contudo variedades híbridas requerem ótimas condições para
atingir seu potencial produtivo, necessitando assim de maior número de
aplicações de agrotóxico devido apresentarem menor resistência a pragas
quando comparadas a suas parentes não hibridas. Além disso, as plantas
híbridas não são capazes de gerar sementes com o mesmo genoma que seus
pais, torando os agricultores que a utilizam dependentes de produtores
comerciais. Além de plantas híbridas avanços na engenharia genética
permitiram também a criação de plantas transgênicas, nas quais inserem em
seus DNA genes oriundos de outros organismos, garantindo a esta planta
características anteriormente inexistentes. A uniformidade genética crescente
deixa a cultura como um todo mais vulnerável não somente a pragas, mas
também a mudanças no clima e a outros fatores ambientais.
Por que a agricultura convencional não é sustentável

Os recursos agrícolas, como solo, água e diversidade genética, são


explorados demais sendo então degradados e os processos ecológicos globais
para a renovação do meio são alterados. Isto justifica a estagnação na
produção agrícola per capita a partir dos anos 90, sendo o resultado de
aumentos menores de produtividade anual, combinados com um crescimento
populacional em escala logarítmica.

Índice de produção agrícola líquida anual per capita, em nível mundial (Fonte:Gliessman,
2001).

1 - Degradação do Solo

A degradação do solo pode envolver salinização, alagamento,


compactação, contaminação por agrotóxicos, diminuição na qualidade da sua
estrutura, perda da fertilidade e erosão, sendo a erosão o processo mais
difundido. O preparo intensivo do solo, combinado com monocultivo e rotações
de curtos períodos deixam o solo exposto aos efeitos erosivos do vento e da
chuva; o solo perdido nesse processo é rico em matéria orgânica. De forma
parecida a irrigação também é uma causa direta de erosão do solo agrícola
pela água.

A erosão, combinada a outras formas de degradação, torna grande parte


do solo agrícola mundial cada vez menos fértil. A terra que ainda pode ser
utilizada é mantida fértil por meios artificiais de manejo, adicionando-se
fertilizantes sintéticos, que repõem apenas temporariamente os nutrientes
perdidos, ou seja, não podem reconstruir a fertilidade nem restaurar a saúde do
solo além de causarem sérios problemas, como a eutrofização, quando
lixiviados.
Sendo o estoque de nutrientes do solo agrícola finito e como os
processos naturais não conseguem renová-lo ou restaurá-lo na rapidez em que
é degradado, a agricultura moderna não é sustentável.

2 - Desperdício e Uso Exagerado de Água

A agricultura é responsável por aproximadamente dois terços do uso


global de água, sendo também uma das principais causas de escassez de
água em algumas regiões. Porém mais da metade da água destinada as
plantações não é absorvida pelas plantas, o restante evapora ou é drenada
para fora da área. Grande parte dessa água poderia ser economizada se não
visassem apenas a maximização da produção.Por exemplo, utilizando o
sistema de gotejamento para a irrigação e plantações que necessitassem de
um maior aporte de água fossem deslocadas de regiões com recurso hídrico
limitado.

Continuando a usar a água desta maneira, sem preocupar com sua


renovação as crises regionais pela escassez de água serão cada vez mais
comuns.

3 - Poluição do Ambiente

A agricultura polui principalmente a água, através do uso de agrotóxicos


(inclusive herbicidas), fertilizantes e sais. Os agrotóxicos, como já mencionado
anteriormente, podem ir parar em córregos por meio da lixiviação e
conseqüentemente serão levados para rios, lagos, até chegarem aos oceanos
contaminando outros organismos podendo até afetar a capacidade reprodutiva
de algumas espécies

O fertilizante lixiviado das plantações apresentam menor toxicidade,


porém seus efeitos são tão danosos ao ambiente quanto o agrotóxico; causam
a eutrofização e a morte de muitos organismos.

Os sais contribuem para a destruição de criadouros de peixes e tornam


impróprios os banhados utilizados por aves.
Conclusão

As práticas da agricultura convencional estão degradando o meio


ambiente, reduzindo bruscamente a biodiversidade, perturbando o equilíbrio
natural dos ecossistemas e comprometendo a base de recursos naturais
necessários ao ser humano e a agricultura.

Agricultura Sustentável (Agroecologia)

A preservação da produtividade da terra agrícola requer a produção


sustentável de alimentos. A sustentabilidade é alcançada através de práticas
alternativas, baseadas nos processos ecológicos que ocorrem nas áreas
produtivas visando não comprometer a capacidade do ecossistema de renovar-
se e ser renovado.

A agroecologia visa à aplicação de conceitos e princípios ecológicos no


desenho e manejo de agroecossistemas sustentáveis. Proporciona o
conhecimento e a metodologia necessários para desenvolver a agricultura
sustentável, reduzindo assim os insumos externos comprados, diminuindo o
impacto de tais insumos quando utilizados e estabelecendo uma base para
esboçar sistemas que ajudem os produtores a sustentar seus cultivos e suas
comunidades produtoras.

Das könnte Ihnen auch gefallen