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“INFORMÁTICA APLICADA AO ENSINO DE ADMINISTRAÇÃO”

AUTOR

Carlos Alberto Serra Negra


Graduado em Administração e Ciências Contábeis
Especialização em Contabilidade
Professor dos Cursos de Ciências Contábeis e Administração do ICMG

INSTITUIÇÃO

INSTITUTO CATÓLICO DE MINAS GERAIS

Introdução

Historicamente a humanidade se construiu através de lutas. As lutas armadas como que paradoxalmente foram as que
mais fizeram o homem evoluir-se na tecnologia. Governantes de praticamente todos os países, em algum momento
da história, levaram suas nações à guerra, não por ideologias filosóficas ou religiosas, mas na verdade por interesse
econômico de conquistarem novos mercados.

Dessa forma podemos concluir que o processo de globalização não é algo novo na história da humanidade. Antes
feitos por lutas armadas, atualmente de forma pacífica, mas porém não menos agressiva. Persiste no tempo o
paradoxo da aldeia global: de um lado a necessidade de empresas e países expandirem seus mercados, promover o
comércio e gerar riquezas, do outro os interesses de fecharem fronteiras para garantir soberania e reservas de
mercados.

Dessa forma tivemos séculos de uma sociedade em que o aspecto produção de bens sobrepujava aos demais. A fase
atual que vive a humanidade é marcada pela inovação tecnológica contínua e logicamente, pela transferência da
produção de bens pela produção de bens pela produção do conhecimento. È o período de transição entre a Sociedade
Industrial para a “Sociedade Informacional” ou a Sociedade do Conhecimento conforme DRUCKER (1993).

Dentro dessa visão transformista de nossa sociedade os computadores além de ter papel importante na geração da
nova riqueza – informação/conhecimento, deve estar inserido no ambiente escolar como ferramenta que possibilite a
construção de novos conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades necessárias para a sobrevivência da
Sociedade do Conhecimento.

No confronto entre a tecnologia da informática e o meio acadêmico há um hiato que distancia, em muito, a realidade
empresarial, já vivenciada pelos alunos, das práticas empresariais no campo da Administração. Levantar, discutir e
procurar soluções para esses problemas é obrigação de qualquer educador.

De uma maneira geral, concordamos que contratar um profissional na área de computação para lecionar, é mais
simples e rápido do que preparar todos os professores do curso de Administração para a utilização deste novo
recurso.

O DÉFICIT TECNOLÓGICO

Alguns aspectos da realidade atual do ensino de Administração devem ser considerados numa abordagem inicial.
Uma vez que a análise da utilização da informática como ferramenta de ensino do Curso de Administração passa,
obrigatoriamente, por dois enfoques: a infra-estrutura atual e a qualificação técnica dos docentes.
Infra-Estrutura

Constata-se atualmente que a maioria das Universidades e Faculdades dispõe tão somente de um, dois ou três
laboratórios com uma média de 15 a 20 microcomputadores. Em pesquisa realizada pela Universidade Federal de
Minas Gerais – UFMG (SCHWARTZMAN, 1996) a média de alunos por turma nos cursos de Administração de
Minas Gerais são de 51 alunos. A média nacional de alunos por turmas nos cursos de Administração, segundo
levantamento do Exame Nacional de Cursos é, também, acima de 50 alunos, conforme mostra o quadro abaixo:

QUADRO 1 – Médias de alunos por turma nas aulas teóricas do curso, segundo graduandos de Administração, no
Brasil e Regiões, 1996 (%)

Ate´ 15 De 15 a De 31 a De 51 a Mais de S. I.
30 50 70 70
Centro Oeste 3.6 29.5 53.5 13.0 0.3 0.1
Nordeste 3.5 33.3 49.2 11.2 2.8 -
Norte 5.0 38.2 47.3 9.3 0.2 -
Sudeste 1.2 13.5 34.7 26.5 2.0 0.1
Sul 2.9 28.9 49.7 13.3 5.0 0.1
Brasil 1.8 18.4 39.8 22.1 17.8 0.1

Dessa forma, a utilização dos laboratórios de informática são realizados por sub-turmas na mesma disciplina e muitas
vezes com a utilização de uma máquina para três ou quatro alunos.

Estamos ainda distanciados do futuro. O que acontece na realidade que estes são utilizados principalmente para as
disciplinas que abordam introdução à computação, simp lesmente como um conteúdo curricular, cujos programas
restringem-se a evolução dos computadores, noções básicas de hardware e software, sistema operacional, editor de
texto, planilha eletrônica e, se sobrar tempo da carga horária da disciplina, noções de banco de dados.

As outras disciplinas do ciclo profissionalizante do curso de Administração não são contempladas com a utilização
dos laboratórios, fazendo com que além de distanciar os alunos da realidade empresarial, haja uma diminuição na
qualidade de ensino. Os motivos são muitos dessa não utilização, sendo os principais:

• Geralmente os laboratórios de informática são de uso comum na Instituição, isto é, servem para a utilização de
disciplinas equivalentes em outros cursos;
• Os micro computadores das Instituições de Ensino não acompanham a evolução tecnológica das máquinas, haja
visto que a máquina padrão para 1966/97 é Pentium ou 586 acima de 100 MHZ e 16 MB de RAM, enquanto que
na maioria dos laboratórios as escolas possuem uma plataforma de 386 com 4 ou 8 MB de RAM;
• As disciplinas técnicas por sua vez não têm necessidade de uma utilização plena dos laboratórios
informatizados, necessitando quando muito, 1/3 de sua carga horária. Dessa forma a criação de sub-turmas
aumenta em dobro o custo da disciplina para a instituição e a utilização parcial dos laboratórios são dificultadas
pelo controle e conflito de interesse dos cursos;
• Há de se considerar os altos custos dos softwares necessários para a grande maioria das disciplinas técnicas do
curso de administração;
• A inoperância do ponto de vista pedagógico da utilização de um microcomputador por mais de dois alunos por
vez.

A simples presença do computador na escola não leva-a a uma inovação educacional. É preciso sociabilizar os
laboratórios para alunos como forma de aprendizagem efetiva e ao mesmo tempo contextualizar sua prática,
principalmente em se tratando de matérias do curso de Administração.
Qualificação do Corpo Docente

O problema de qualificação técnica do corpo docente, principalmente por causa do binômio Teoria X Tecnologia, é
sem sombra de dúvidas dos melhores empecilhos para a aplicabilidade da informática no ensino da Administração. A
grande maioria dos professores dominam amplamente o campo teórico de suas disciplinas, mas muito poucos com
conhecimentos de informática, de utilização de periféricos e de softwares específicos.

Por seu lado as Instituições de Ensino também não tem dado muita importância para o aperfeiçoamento do professor
nesta nova ferramenta, nem mesmo para facilitar os afazeres cotidianos de suas atividades. Na pesquisa acima
mencionada realizada pela UFMG constatou-se que as máquinas não são colocadas a disposição do professor no
curso, sendo que em oito Instituições não há máquinas disponíveis para o uso dos professores.

O professor precisa ser capacitado para assumir o papel de facilitador da construção do conhecimento. Para isso ele
deve ser capacitado no aspecto de domínio de hardwares e softwares como no aspecto da integração do computador
nas atividades de sua disciplina. Saber “como” e “quando” utilizar o computador como ferramenta de ensino é
fundamental que o professor consolide sua tarefa de ensino-aprendizagem.

A transformação das Instituições de Ensino Superior de Administração é cada vez mais necessária, e a nova
realidade exige que isso aconteça, por sua vez, é necessário no entender de DEMO (1995) que o educador tenha:

• Capacidade de dinamizar o ambiente acadêmico também em termos de prática.


• Habilidade de consolidar competência científica em todos os novos espaços do mundo moderno, sobretudo em
termos de domínio de instrumentações eletrônicas.
• Visão e ação sempre renovadas em termos de inovação científica e tecnológica, nas quais capacidade
laboratorial, experimental é crucial.
• Presença educativa, nem sempre escrita, codificada, mais viva, sobretudo no sentido de motivar a pesquisa.
• Capacidade de dinamização cultural, para fazer o elo orgânico entre o passado e o futuro.

A pedagogia da informação

A utilização da informática no ensino de Administração, entendida enquanto recurso ou técnica de ensino


característico da modernidade, requer num primeiro momento uma análise crítica que contemple a opinião dos
estudiosos da educação – os pedagogos, e numa Segunda etapa a construção por cada Instituição de Ensino de um
projeto Didático - Pedagógico.

Apesar da maneira ampla e bastante discreta o tema informática na educação foi tratado a nível nacional, pela
primeira vez, como um dos quatorze temas, no Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino – ENDIPE
realizado em 1996 na cidade de Florianópolis – SC. Foram apresentados apenas três trabalhos, cujos teores não
excederam a oito folhas dos Anais do encontro. O motivo desta timidez quanto ao tema é bastante natural: ser um
assunto com escassa pesquisa que suporte maiores indagações e o próprio desconhecimento de utilização eficaz desta
ferramenta de ensino.

Há portanto duas posturas na utilização da informática no processo educacional:

Na primeira corrente de pensamento o computador será utilizado como “meio” de passar “informação” ao aluno.
Esta é a abordagem vigente, informatizando o processo instrucional e, portanto, reproduzindo a tradição
instrucionista que a escola já tem.

Na Segunda corrente de pensamento, o computador apresenta recurso importante para auxiliar o processo de
transformação do ensino, criando ambientes que enfatizam a construção do conhecimento.

A primeira visão é bastante mecanista e já reproduz os processos educacionais utilizados, ainda largamente, em sala
de aula. Devemos pois construir um modelo didático-pedagógico que vá de encontro a Segunda visão onde as
atividades de sala de aula possam ser realizadas com a utilização de computadores de forma que forcem os alunos a
buscarem informações, processá-las e utilizá-las na resolução de problemas, construindo seu próprio conhecimento.

Concluem os Pedagogos que “a informática é um instrumento tecnológico potencializador e que favorece espaço
provocadores de críticas e inovações” (ALMEIDA, 1996), e que “propiciará a criação de um homem crítico, criativo,
com capacidade de pensar, de aprender a aprender, trabalhar em grupos e de conhecer seu potencial intelectual.”
(VALENTE, 1996), o que a bem DA verdade são as mesmas habilidades requeridas para a formação de
Administradores.

Disponibilidade de Recursos

A plena utilização da informática no processo de ensino da Administração se verifica pela utilização não somente das
máquinas, mas principalmente, pelos programas que estarão à disposição do professor. Estes incluem
necessariamente:

• Softwares Tutoriais
• Softwares Aplicativos
• Softwares Profissionais
• Multimídia
• Internet
• Teleconferência

Os Softwares Tutoriais enfatizam a apresentação de lições no sentido de aprender a fazer. A ação do aluno restringe-
se a virar páginas de um livro eletrônico e seguir as instruções dadas pelo próprio computador ou de realizar
exercícios cujo resultado pode ser avaliado pela própria máquina. Cabe ao professor interagir com o aluno e criar
condições para levar o aluno ao nível da compreensão, ou seja: criar situações para o aluno manipular a informação
recebida de modo que elas possam ser transformadas em conhecimento. Nestes casos o professor pouco sabe dos
processos cognitivos dos alunos e dirige seu trabalho apenas para os resultados a serem alcançados.

A categoria e Softwares Aplicativos incluem programas de Editor de Textos, Planilha Eletrônica e Bancos de Dados.
Os editoriais de textos servem tão somente como instrumentos de apresentação de resultados propostos pelos
professores em forma de relatórios e pesquisas. A própria máquina executa toda a formatação do texto, cabendo ao
professor tão somente a correção gramatical e avaliação técnica do conteúdo textual.

As planilhas eletrônicas avançam muito na aplicabilidade de construção do conhecimento proquanto permitem


simular outras realidades. Contudo seu uso restringe-se a conteúdos progmáticos cujos objeto de ensino de disciplina
de Matemática Financeira, Administração Financeira, Orçamento Empresarial, Pesquisa Operacional e Pesquisa
Mercadológica. A atuação do professor deve ser a de criar situações em que o aluno verifique novos enfoques a
partir de alterações introduzidas e aprenda a buscar novas soluções.

Os programas de Banco de Dados são os que mais favorecem a construção do conhecimento, porque permite ao
aluno a integração com o computador através da elaboração de um conjunto ordenado de idéias em termos de
linguagem formal e precisa. A criação da base de dados permite ao aluno representar e explicitar o nível de
compreensão do conteúdo da disciplina. Se o resultado não corresponde ao que era esperado pelo professor, o aluno
tem que depurar a idéia original através da aquisição de novos conhecimentos sobre o objeto em estudo. O processo
de achar e corrigir erros constitui uma oportunidade única para o aluno tem que depurar a idéia original através da
aquisição de novos conhecimentos sobre o objeto de estudo. O processo de achar e corrigir erros constitui uma
oportunidade única para o aluno aprender sobre determinado conceito envolvido na solução de um problema. A
interferência do professor é facilitada pelo fato de o programa apresentado ser a descrição do raciocínio do aluno e
explicar o conhecimento que o aluno tem sobre o problema que está sendo resolvido.

Os Softwares Profissionais são aqueles utilizados pelas empresas e constituem-se, principalmente, de programas de
controle de informações e de geração de relatórios. Nesta categoria estão os programas de Contabilidade, Folha de
Pagamento, Fluxo de Caixa, Contas a Receber e a Pagar, Administração de Compras, Administração de Materiais,
etc. A sua utilização pelo aluno, apesar de se restringir a uma certa marca ou modelo, garante uma compreensão
profunda dos conteúdos das disciplinas, uma vez que para a utilização dos mesmos tem que haver interação primeiro
com o professor no sentido de subsidiar o aluno de contextos empresariais, aspectos técnicos e teóricos da disciplina.

O uso da Multimídia permite a combinação de textos, imagens, animação e sons que facilitam a expressão da idéia,
porém a ação do aluno é de escolher entre outras opções oferecidas pelo programa que são executadas pelo
computador. A reflexão e o ensino ficam restritas ao que foi escolhido. O aluno não tem a chance de descrever suas
próprias idéias. É o professor que tem que suprir as situações para favorecerem a passagem do nível do fazer para o
nível do compreender. Seu uso atualmente está limitado como meio de pesquisa que o aluno pode efetuar através das
Enciclopédias Digitais.

A vedete tecnológica nos dias atuais é a Internet, uma rede de âmbito mundial capaz de interligar milhões de
computadores para troca de informações. É uma criação dos pesquisadores do Ministério da Defesa dos EUA. No
final da década de sessenta as redes de computadores dependiam de um sistema central de computadores, capaz de
transferir dados mesmos que algumas partes fossem obrigadas a se desativar. A primeira rede testada em 1970 foi a
ARPANET que permitiu aos pesquisadores desenvolver os primeiros protocolos da rede. (PFAFFENBERGER,
1997). Utilizada inicialmente somente por instituto de pesquisa militares e universitários, expandiu-se rapidamente
por todo o mundo e hoje é conhecida simplesmente como Internet. Mesmo hoje com a sua utilização no campo dos
negócios, ela não perdeu seu ar acadêmico. Hoje passa a ser fonte confiável de informação em todos os ramos de
conhecimento, motivo pelo qual é imprescindível o seu uso pelos alunos de Administração para a prática de
pesquisas em muitas disciplinas técnicas do curso.

A Teleconferência que utiliza o computador para transferência de áudio e vídeo a longa distâncias, tem se tornado
importante instrumento no mundo dos negócios e acreditamos em breve será utilizado no meio acadêmico, pois
permitem uma integração maior entre os centros universitários, fazendo com que palestras de renome, não tenham
necessidade de deslocar-se para ministrar palestras em outras localidades. É necessário, contudo que cada escola
invista em um laboratório específico para tal finalidade.

Proposta de Informatização

Qualquer proposta de informatização das disciplinas do Curso de Administração deve obrigatoriamente contemplar
três aspectos:

1. Estrutura Física (máquinas) compatível com a qualidade que o ensino necessita.


2. Preparação do corpo docente de disciplinas técnicas ao uso da nova ferramenta.
3. Elaboração de um Projeto Didático-Pedagógico interdisciplinar.

Não tendo condições de contemplar todos os três aspectos, e partindo da suposição que as segunda e terceira etapas
são de responsabilidade do grupo de professores da Instituição de Ensino e levando em consideração os parcos
recursos financeiros que se encontram universidades e faculdades do país para investimento em adequação
tecnológica de seus laboratórios informatizados. É importante apresentação de propostas que viabilizem a utilização
mais significativa da informática nas disciplinas técnicas dos Cursos de Administração. Não podemos exigir que as
instituições de ensino montem laboratórios para cada disciplina, muito menos o de equipar uma máquina para cada
aluno.

Atrevo, mesmo assim, a deixar-lhes uma proposta que analisada e dimensionada às condições financeiras e
peculiaridades de cada um, possa viabilizar a utilização maior da informática no curso de Administração. A
informática como instrumento de ensino será eficaz quando:

• For conclamada pelos alunos


• Houver professores qualificados para utilização dessa ferramenta
• For prioridade da Instituição de Ensino a melhoria da qualidade de ensino de Administração.
Vemos que este modelo passa, prioritariamente, pela “vontade” dos três agentes mais próximos do processo
educacional; A Instituição, Corpo Docente e Corpo Discente.

Para atender a demanda atual do curso, creio ser necessário no mínimo, três laboratórios com características de
hardware e utilização distintas, aos quais denomino:

• LABORATÓRIOS DE PRÁTICAS DE INFORMÁTICA


• LABORATÓRIO DE SIMULAÇÃO EMPRESARIAL
• LABORATÓRIO DE PESQUISA VIRTUAL

O Laboratório de Práticas de Informática é aquele em que os alunos utilizaram para disciplina de Introdução a
Computação e para as disciplinas que exigem trabalhos com editor de textos. Deverá ser constituído por cerca de
10/15 microcomputadores interligados em rede, com drive desativado e mais uma impressora. A utilização será de
dois alunos por máquina que permite uma boa aprendizagem. A plataforma requererá máquinas Pentium ou 586 com
100 MHZ e 8 MB RAM.

O Laboratório de Simulação Empresarial é equipado com um computador, cujas características sejam a de um


Pentium ou 586 com 166 MB RAM, equipado com Multimídia, Microfone, Drive ativado e Câmara de Vídeo,
acoplado um televisor na faixa de cinqüenta polegadas, um videocassete e uma impressora. Sua utilização será para
as disciplinas que requererem parte de seu conteúdo informatizado e que permita a turma a trabalhar em grupo em
horários pré-determinados. Será utilizado em Videoconferências e softwares profissionais.

O Laboratório de Pesquisa Virtual será equipado com cinco microcomputadores com capacidade de processamento
acima de 100 MHZ e 16 MB RAM com drives desativados ligados a Internet com dedicação exclusiva (24 horas).
Este laboratório será utilizado por alunos e professores para realizarem pesquisas na Internet. Não há necessidade de
intervenção do professor, bastando a utilização de Monitor(es) para auxiliarem os alunos e controlar o uso das
máquinas. É necessário ressaltar que a boa utilização desse laboratório o professor deverá informar aos alunos a
biblioteca de sites que os mesmos deverão pesquisar.

CONCLUSÃO

A informatização das disciplinas técnicas do Curso de Administração é questão de extrema importância. Embora
possamos estar superdimensionando o sentido pedagógico deles dentro do necessário espírito crítico, constituem-se
em expedientes de extraordinária motivação ao aluno aprender. Trata-se de um desafio extremo, dentro das
circunstâncias atuais, porque o processo de ensino está umbilicalmente atrelado a posturas ainda arcaicas dos
professores, refletindo o formalismo vazio das aulas, a farsa produtiva e o autoritarismo decadente que ainda impera.
É importante rever radicalmente a didática de ensino e da aprendizagem para assegurarmos Administradores que
contribuam para a formação da sociedade do ano 2000.

A utilização da informática no processo educacional e demonstrada por DEMO (1995) quando diz que “sua
relevância é ainda maior em disciplinas consideradas complicadas, chatas, cercadas de muita “decoreba”, porque
facilita acesso a exercícios, a demonstrações mais detalhadas e compreensíveis, a experiência mais atraente, e assim
por diante. O risco do espectador passivo, sempre possível, precisa ser contornado pela atuação de professores
capazes de incitar o aprender, que sempre passa pela exigência da presença ativa, reconstrução com as próprias
mãos, ensaios de pesquisa preliminar, feitura de exercícios e experiências.”

Instituições de ensino e professores não devem ficar longe da revolução da informática sob pena de se tornarem
arcaicos e perderem seu valor no processo cultural da história. Tomemos por base a pesquisa realizada pelo MEC no
Exame Nacional de Cursos em 1996, no qual o nível de utilização do microcomputador de uso doméstico é bastante
significativo conforme evidenciado no quadro abaixo:
QUADRO II – Distribuição de microcomputadores em ambiente doméstico entre os graduandos dos cursos de
Administração.

Sim - % Não - % S. I. - %
Centro-Oeste 32,3 67,3 0,4
Nordeste 50,0 50,0 -
Norte 24,6 75,1 0,3
Sudeste 23,3 76,0 0,7
Sul 31,5 67,8 0,7
Brasil 42,5 57,0 0,5

Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/96

Fica evidente a concordância com HERNANDEZ (1995) quando diz que “acreditamos que a escola não pode
continuar ser a mesma do século passado, descontextualizada da realidade. Ela precisa incorporar as novas
tecnologia a acompanhar as transformações”.

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, Fernando José. Do livro ao software didático. IN: Anais do VIII Encontro nacional de Didática e Prática
de Ensino. Florianópolis: UFSC, 1996.
DEMO, Pedro. Desafios Modernos da Educação. 3ª ed., Petrópolis: Vozes, 1995.
DRUCKER, Peter. Post-Capitalist Society. New York: Harper Collins, 1993.
HERNANDEZ, Vitoria Kachar. O uso do computador numa abordagem interdisciplinar. IN: A Academia vai a
escola – Org. Ivani Fazenda, Campinas: Papirus, 1995.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS. Relatório quem é e o que pensa o
graduando de Administração em 1996. Brasília: INEP, 1997.
PFAFFENBERGER, Bryen. O Guia Oficial da Microsoft Internet Explores. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
SCHWARTZMAN, Jacques. Relatório do Projeto Piloto de Avaliação de Cursos de Graduação. Belo Horizonte:
UFMG, 1996.
VALENTE, José Armando. Informática na Educação: Confirmar ou Transformar a Escola: IN: Anais do VIII
Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino. Florianópolis: UFSC, 1996.

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