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Não é de hoje que vemos nos noticiários reportagens sobre violência entre
jovens e adolescentes dentro e fora da escola, seja em simples brigas nos pátios dos
colégios, seja em brigas com hora e local previamente determinados.
Ora, se o primeiro contato é com a família, cabe a ela mostrar o que é certo e
errado, repreender na hora certa, estabelecer regras de convivência tanto em casa
como fora dela, pois as crianças são indivíduos e sendo assim necessitarão aprender
a conviver em sociedade.
Desta forma regras e limites são necessários. Aquela velha estória de que
“meu direito termina quando começa o do outro” é real e muito atual, apesar de
algumas pessoas insistirem que esta máxima está caindo em desuso.
Na educação percebemos hoje em dia que nossos jovens estão sendo criados
cada vez mais sem limites e regras claramente estabelecidas.
Quando conversamos com estes jovens ou ainda nas desavenças existentes
entre eles e os professores ou funcionários da escola, percebemos que eles não
entendem que não é certo prevalecer nossa vontade pelo poder, seja ele de qual tipo
for. Estes jovens precisam entender que não podemos porque temos, ou podemos,
pois somos mais fortes e para isto faz-se necessária a intervenção dos pais.
Numa metrópole como São Paulo, por exemplo, vemos dois tipos de poder
sendo exercido dentro das instituições escolares:
Nas públicas:
Nós somos adolescentes, por isso nós podemos fazer o que queremos, pois
nada acontecerá.
Quando ouvimos esta fala dos alunos, resta-nos claro o respaldo que os pais
dão a estes atos.
Pagamos sim a escola e nem por isso podemos mandar em seus funcionários,
sejam eles professores, diretores, faxineiros ou qualquer outro funcionário, pois se
este fosse o correto (pagar para poder mandar), deveríamos mandar também nos
funcionários do supermercado, por exemplo, não acham?
Devemos ensinar aos que não sabem e avivar naqueles que já tem
conhecimento que o respeito é necessário para o convívio em sociedade, respeito não
só às pessoas, mas também aos animais, à natureza, pois dela dependemos para
viver em equilíbrio.
Não há como entendermos que somente políticas públicas direcionadas às
faixas mais jovens da população, propiciando-lhes esporte ou diversão, resolverão
tudo e diminuirão os índices de violência cada dia maiores. O esporte, por exemplo, é
muito necessário aos jovens dada à disciplina que é imposta a quem o pratica, mas
isto por si só não seria nada sem acompanhamento dos pais.
Vale lembrar que o jovem sem limites de hoje é o adulto sem limites de
amanhã que faz o que quer por achar que tem direitos.
Assim sendo, é inegável que para que os índices de violência diminuam os pais
precisam ensinar aos filhos o que é realmente respeito, pois se alguns pais
continuarem a agir da forma que vem agindo, permitindo sempre e repreendendo
jamais, chegaremos a um ponto que ainda que a Polícia Militar venha a triplicar o
número de integrantes de sua corporação não conseguirá atender a todos os
chamados.
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