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Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Coordenadoria de Educação Aberta a Distância


Graduação: Bacharelado em Administração Pública
Pólo Bataguassu - MS

OS GOVERNOS LULA E FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

PAULA REGINA DE OLIVEIRA GONÇALVES

BATAGUASSU-MS
2
MARÇO - 2011
PAULA REGINA DE OLIVEIRA GONÇALVES

OS GOVERNOS LULA E FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Trabalho apresentado ao Professor


Dr. Everlan Elias Montibeler, da
disciplina Desenvolvimento e
Mudanças no Estado Brasileiro, da
turma do Pólo de Bataguassu-MS, do
curso de Especialização em Gestão
Pública Municipal

UFMS
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Bataguassu/MS - 28/03/2011
1 – INTRODUÇÃO

Com o objetivo de traçar um paralelo entre o Governo Lula e algum outro


governo da história do Brasil, foi feita a escolha por comparar os Governos Lula e
Fernando Henrique Cardoso, face à proximidade temporal entre eles, já que um é
sucessor do outro, bem como pelas semelhanças que podem ser visualizadas entre
ambos.
O fato de ambos os governantes terem sido reeleitos, exercendo o
comando da nação brasileira por um período de oito anos, bem como em razão de o
Governo Lula manter a política econômica fixada pelo Governo Fernando Henrique
Cardoso contribuem para que possam ser apontados pontos em comum a esses
dois governos brasileiros, conforme será demonstrado adiante.
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2 – ASPECTOS ECONÔMICOS

No que diz respeito à economia do país nos períodos de governo de Luiz


Inácio da Silva e Fernando Henrique Cardoso, há de ser considerado que cada um
dos presidentes exerceu seu mandato em épocas distintas quanto à economia
mundial.
Enquanto durante o governo de Fernando Henrique Cardoso houveram
graves crises no exterior, que refletiram negativamente na economia brasileira, o
presidente Lula exerceu seu mandato em uma época de relativa calmaria na
economia mundial.
O governo de Fernando Henrique Cardoso teve início com a incumbência
de dar continuidade ao Plano Real, iniciado na administração que o antecedeu. O
primeiro período em que esteve no comando do país, entre os anos de 1995 e 1998,
foi marcado por reformas na economia, sendo destacáveis a implementação da
Reforma na Previdência Pública e a política de desestatização das empresas
estatais, bem como a constante preocupação com o equilíbrio do inflação e o
aumento do PIB.
Em razão da instabilidade financeira mundial, o governo federal se vê
obrigado a contrair um empréstimo junto ao fundo Monetário Internacional e ao
governo norte americano, fazendo com que a dívida pública em relação ao PIB do
país chega ao percentual de 60% deste.
No segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, uma intervenção
legislativa que significou um grande avanço na busca de se garantir um ajuste nas
contas públicas em todos os níveis de governo foi a aprovação de Lei de
Responsabilidade Fiscal que pôs fim às heranças de endividamento deixadas de um
governo para o outro.
Além das crises econômicas que afetavam todo o mundo no segundo
governo de Fernando Henrique Cardoso, a possibilidade da eleição de Luiz Inácio
da Silva, candidato oposicionista ao governo da época, abalaram a economia do
país.
Os números referentes à inflação média do período de governo de
Fernando Henrique Cardoso, de acordo com dados do Banco Central, chegaram a
9,1% e o PIB encerrou esse período com crescimento de 2,66%.
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Com a economia mais estabilizada do que estava no início do governo de


seu antecessor, Luiz Inácio da Silva dá continuidade à política de estabilidade da
moeda nacional. Da mesma forma que o governante que o antecedeu, o presidente
Lula também investe em uma Reforma da Previdência, com a finalidade de equilibrar
as contas desse setor.
Um fato que impulsiona a economia do país é a descoberta das reservas
petrolíferas do pré-sal, que faz com que o Brasil fique entre os maiores produtores
do minério no mundo e aumenta o valor atribuído à Petrobrás, tornando a estatal
brasileira uma das maiores corporações do continente americano.
Face à estabilidade econômica vivenciada, o país consegue quitar sua
dívida com o Fundo Monetário internacional e o governo norte americano, passando
a se tornar credor internacional do ano de 2005.
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3 – ASPECTOS POLÍTICOS

A representatividade política do país junto à comunidade internacional foi


intensificada durante os períodos de governo de Fernando Henrique Cardoso e de
Luiz Inácio da Silva.
Os dois presidentes fizeram vários contatos internacionais, fazendo com
que o país se destacasse como líder dos países da América do Sul, lutando,
inclusive, pela conquista de um assento permanente no Conselho de Segurança da
Organização das Nações Unidas.
Essa influência política internacional do país foi conquistada por meio de
numerosas viagens levadas a cabo pelos referidos governantes. Os números
revelam que ambos os presidentes extrapolaram a marca de cem viagens
internacionais durante os seus respectivos mandatos, tendo sido feitas cento e
quinze viagens pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e mais de cento e
noventa por Luiz Inácio da Silva.
Embora a imprensa tenha lançado críticas ao que pode ser considerado
um excesso de viagens internacionais realizadas pelos governantes federais
brasileiros, esse é o preço que deve ser pago para levar a imagem do país às
esferas mundiais.
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4 – ASPECTOS SOCIAIS

O governo de Fernando Henrique Cardoso foi o precursor dos programas


sociais federais que foram intensificados pelo Governo Lula. Ademais, a
popularização dos medicamentos genéricos, que derrubou o preço dos
medicamentos, tornando-os mais acessíveis à população também é um feito
atribuído ao Governo Fernando Henrique Cardoso.
O Bolsa-Família, Auxílio-Gás e Cartão-Alimentação foram programas
criados pelo governo do PSDB.
De acordo com o Ipea e o IBGE, no último ano em que esteve no poder,
os programas sociais implementados por Fernando Henrique Cardoso foram
responsáveis pela distribuição de mais de dois bilhões de reais a mais de três
milhões de famílias brasileiras. Nessa época, 44,7% da população era considerada
pobre.
O Governo Lula intensificou esses programas sociais, unificando-os em
torno do Bolsa- Família que distribui mais de quatorze bilhões de reais a mais de
doze milhões de famílias brasileiras.
Essa política extremamente assistencialista do Governo Lula, embora
tenha sofrido severas críticas, foi responsável pela redução do índice da população
considerada pobre no país, que chegou a 29,7% no final de seu mandato.
O número de postos de emprego criados no país também teve um
crescimento considerável no Governo Lula, alcançando a marca de quinze milhões
no final de seu mandato, tendo sido criados cinco milhões durante a administração
de seu antecessor.
Investimentos na área de educação, como os programas de
financiamento do ensino superior e o aumento da destinação de recursos ao Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação implementados pelo Governo Lula são
responsáveis pela melhoria de acesso à educação por parte da população de baixa
renda do país.
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5 – CONCLUSÃO

Como o país está em pleno desenvolvimento, é comum que os governos


que se sucedam sigam se aprimorando cada dia mais.
Com base nessa assertiva, é que se entende que o Governo Lula, em
comparação com os governos que o antecederam, é dotado de características
positivas, tendo em vista que quanto mais a sociedade evolui, mais benefícios serão
exigidos e deverão ser alcançados pelos governos que venham a administrar a
nação.
Cada governante do país, desde os primeiros anos da república brasileira
até a atualidade, conviveram com uma realidade diferente, que beneficiou ou
prejudicou o desenvolvimento da administração do país.
Verifica-se que o Governo Lula deu continuidade à política econômica
iniciada pelos governos de seus antecessores, mantendo a inflação sob controle e a
estabilidade da moeda, investindo fortemente nos projetos sociais que foram
responsáveis por uma melhor distribuição de renda no país.
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6 – BIBLIOGRAFIA

FILGUEIRAS, Luiz; PINTO, Eduardo Costa. Governo Lula: contradições e impasses


da política econômica. Sociedade Brasileira de Economia Política, São Paulo.
Disponível em: http://www.sep.org.br/artigo/ixcongresso55.pdf. Acesso em: 6 mar.
2011.

LEITE JÚNIOR, Alcides Domingues. Desenvolvimento e mudanças no estado


brasileiro. Brasília: CAPES: UAB, 2009.

PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. A economia e a política do Plano Real. Revista de


Economia Política, São Paulo, vol. 14, n. 4 (56), outubro-dezembro/94. Disponível
em: http://www.rep.org.br/pdf/56-10.pdf. Acesso em: 6 mar. 2011.

SEGALLA, Amauri; VILLAMÉA, Luíza. Duas eras em confronto. Isto é, n. 2138, 29


out. 2010. Disponível em:
http://www.istoe.com.br/reportagens/paginar/108378_DUAS+ERAS+EM+CONFRON
TO+PARTE+2/1. Acesso em: 7 mar. 2011.

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