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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

RELAÇÕES ENTRE ESPAÇO GEOGRÁFICO E GLOBALIZAÇÃO

Página 3

O texto permite uma reflexão sobre o significado das relações que se desenvolvem
em escala mundial. Refere-se a uma longa história de trocas culturais entre diversos
grupos sociais e nações. Considerando que as trocas atuais são muito mais volumosas e
aceleradas, até onde terão chegado as influências entre os povos? Isso não dará
condições para perceber que, na atualidade, a escala mundial está bem mais plena de
relações? Será que estamos nos transformando em “cidadãos do mundo”, bem mais do
que apenas cidadãos nacionais?

Nesse sentido, sugerimos que você repasse com os alunos o significado dos seguintes
termos presentes no texto.

• Oriente Próximo: refere-se à região do Oriente Médio. O termo Oriente Próximo


é utilizado quando se tem como referência a Europa.
• Europa setentrional: o mesmo que norte da Europa.
• Fiados: qualquer filamento ou fibra têxtil que se reduziu a fio.
• Mocassins: tipo de calçado criado pelos indígenas norte-americanos, feito de
couro cru, que envolvia o pé, sem sola dura nem salto. Na atualidade,
corresponde ao tipo de sapato de couro, baixo e confortável.
• Gauleses: povo celta conquistado pelos romanos e que habitava a Gália, antiga
região que correspondente hoje ao território da França.
• Masoquista: diz-se de pessoa que busca o sofrimento. No texto, o autor emprega
ironicamente o termo referindo-se ao sofrimento resultante do ato de se barbear.
• Sumerianos: povo originário da Suméria, uma das mais antigas civilizações da
Mesopotâmia (Ásia).
• Semitas: grupo étnico e linguístico que compreende os hebreus, os assírios, os
aramaicos, os fenícios e os árabes.

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• Narrativas: no texto corresponde à exposição de um acontecimento ou de uma


série de acontecimentos mais ou menos encadeada, reais ou imaginários, por
meio de palavras ou de imagens.
• Divindade hebraica: deus hebreu.
• Indo-europeia: ramo linguístico correspondente à maioria das línguas ocidentais.

Página 4

Considerando os diferentes ramos de atividades econômicas, espera-se que os alunos


coletem materiais representativos de empresas transnacionais, ou mesmo consigam
perceber o aumento da participação de produtos importados no cotidiano das famílias
brasileiras. Tais alterações são representativas das mudanças ocorridas na economia
brasileira após a abertura econômica ocorrida em meados de 1990, durante o governo
Collor. Antes desse período, a industrialização brasileira fundamentava-se no modelo de
substituição de importações. A redução das alíquotas de importação ocorrida com a
abertura econômica imprimiu profundas alterações no modelo industrial brasileiro,
responsável por consolidar a presença de capitais transnacionais em setores
anteriormente protegidos.

Em geral, os bens não duráveis (como os ramos alimentício, de higiene e limpeza,


têxtil e calçadista) eram representativos do capital industrial de base nacional.
Atualmente, esses setores passaram a pertencer a conglomerados transnacionais que
adquiriram o controle de inúmeras marcas nacionais, consolidando sua presença na
economia brasileira do século XXI. Evidentemente ainda perduram alguns grupos
nacionais; porém, cada vez mais, imprimem menor peso no mercado nacional.

Quanto às empresas produtoras de bens duráveis, estas historicamente pertencem a


grupos transnacionais, em função dos altos investimentos para a sua instalação e
produção, como ocorre nos setores de eletrodomésticos e automóveis.

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Páginas 5-6

A elaboração do mapa terá como base a síntese dos dados coletados pelos alunos. Em
sua elaboração, sugerimos que você ressalte aos alunos a importância da construção da
legenda, assim como os acompanhe na definição da largura das setas, pois a densidade
delas representará a diferença de fluxos de uma região para outra do mundo.

Páginas 7-9
1. A figura representa o “encolhimento” do mapa do mundo em virtude do avanço nas
tecnologias de transporte, o que permite percorrer a mesma distância em muito
menos tempo. Desde 1500, com os barcos a vela, até 1960, com os jatos de
passageiros. Por meio da metáfora do “encolhimento”, pode-se compreender a
relativização das distâncias, que não são impedimentos para os contatos, desde que
se tenham os meios técnicos para isso.
a) Espera-se que os alunos identifiquem que o formato em funil representa o
encurtamento das distâncias em função das sucessivas alterações nos meios de
transporte ocorridas no decorrer da história.
b) Espera-se que os alunos extraiam da figura os dados correspondentes ao encurtamento
das distâncias derivadas das alterações ocorridas no sistema de transportes ao longo da
história humana. Como demonstra a figura, entre os séculos XVI e XIX, as carruagens e as
embarcações a vela deslocavam-se a 16 km/h. Já com as locomotivas e as embarcações a
vapor, transportes popularizados nos séculos XIX e XX, o deslocamento passou a ser bem
maior chegando, respectivamente, a 100 km/h e 57 km/h. Com a introdução dos aviões a
propulsão e dos aviões a jato, popularizados na segunda metade do século XX, as
velocidades tornaram-se muito acentuadas (480 a 640 km/h e 800 a 1 100 km/h,
respectivamente), diminuindo o tempo de deslocamento de um lugar a outro do planeta.
c) Espera-se que os alunos identifiquem que, com a inserção de novos meios de
transporte, houve encurtamento do tempo. Nesse sentido, o espaço ganha novas
dimensões, pois pessoas e mercadorias chegam em menor tempo aos seus destinos,
modificando as relações sociais e econômicas entre os povos. Espera-se também que

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eles identifiquem novas formas de encurtamento das distâncias, tais como a


popularização da aviação comercial e o surgimento do trem-bala, podendo até
mesmo destacar a velocidade da transmissão de informações por meio de cabos de
fibra óptica, TV a cabo e internet.
d) Espera-se que os alunos destaquem a evolução do sistema de transportes,
responsável pelo encurtamento das distâncias e pela aproximação dos mercados.
2.
a) Espera-se que os alunos extraiam do mapa os seguintes dados: o maior número de
comunidades quilombolas concentra-se nos Estados do Rio de Janeiro, de Minas
Gerais, da Bahia, do Maranhão e do Pará.
b) Como grande parte dessas comunidades encontra-se isolada, pois resultam das
antigas áreas de abrigo de escravos, espera-se que os alunos identifiquem
dificuldades relativas à circulação de produtos e serviços característicos de áreas
mais urbanizadas e, portanto, disponibilizados pelas redes globalizadas. Podemos
também enfatizar o fato de que a internet se tornou um meio adequado para a difusão
dos direitos dessas comunidades, principalmente no que concerne ao direito à terra e
ao reconhecimento da identidade particular desses grupos. Há inúmeros sites de
divulgação, como o da Comunidade Pró-Índio de São Paulo.

Página 10

A tabela demonstra a desigualdade entre os continentes em relação à difusão da


internet, demonstrada pelo número de internautas no mundo. A disparidade entre os
países e regiões representativas do mundo desenvolvido (Europa, Canadá e EUA e
Ásia/Pacífico) e o restante do mundo (países emergentes e subdesenvolvidos) é muito
grande, notadamente na África e no Oriente Médio. Portanto, a frase afirma apenas a
existência de uma possibilidade tecnológica, sem considerar que o acesso aos sistemas
técnicos é desigual, não atingindo a todos igualmente. A tabela, portanto, evidencia que,
de fato, a globalização é seletiva.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

DIFERENÇAS REGIONAIS NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO

Páginas 12-15
1. O texto conduz o leitor a uma análise geral dos efeitos da globalização em diferentes
níveis e setores da vida em sociedade. Sugere-se, portanto, que os alunos considerem
desde situações locais, como a questão das demissões em alguma empresa
importante na cidade ou na região; um setor produtivo que empregue muitas pessoas
e dependa das exportações para garantir empregos e salários, mas também situações
que estejam na mídia e que podem ser utilizadas como contexto para exemplificar os
efeitos da globalização em diferentes escalas. Além disso, é importante que você
pondere com os alunos, na discussão desse texto, que a formação dos blocos
econômicos supranacionais (União Europeia, por exemplo) obedece à lógica do
capitalismo, baseado no princípio neoliberal de redução de custos, aumento da
produtividade e maximização dos lucros. Portanto, a globalização da economia,
apoiada na eficiência cada vez maior dos sistemas produtivos e dos meios de
transporte e de comunicação, contribui para a ampliação dos mercados e o
encurtamento das distâncias, tornando esse processo uma tendência inevitável em
escala planetária.
a) A globalização, ao facilitar a expansão das empresas transnacionais e ampliar o
comércio mundial, auxilia no aumento do poder dessas empresas sobre as ofertas de
emprego e a fixação dos salários, por exemplo.
b) Espera-se que os alunos, a partir da leitura e da análise do texto, façam uma
reflexão sobre as consequências da globalização na dinâmica econômica e,
especificamente, no mercado de trabalho. A tendência é que os alunos concordem
com a afirmação do autor, mas podem surgir opiniões diferentes. O importante é que
você estimule a argumentação dos alunos para justificarem suas posições.
2. O texto apresenta um tema já estudado pelos alunos na 6a série/7o ano: a
regionalização brasileira. Portanto, os alunos já deverão estar familiarizados com os
termos regionalização, região e problemática regional. Agora, na 8a série/9o ano,

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busca-se aprofundar o tema estabelecendo relações entre as diferentes escalas do


espaço mundial. Na discussão, pode-se ressaltar a importância do meio na formação
do espaço, assim como a influência exercida pelos sistemas técnicos na divisão
territorial do trabalho. Alguns exemplos: a cultura do habitante da Amazônia é muito
influenciada pelas águas e pela floresta; os sistemas coloniais influenciam na divisão
do trabalho entre metrópoles e colônias.

Páginas 15-16
1. Espera-se que os alunos indiquem formas de acesso a notícias e aos fatos facilitadas
pela diversidade dos meios de comunicação e informação, como o uso da internet, o
acesso à TV a cabo, o uso de caixas eletrônicos, a rapidez na emissão de documentos
(Poupatempo) etc. Além disso, é possível constatar a grande expansão do comércio de
bens duráveis e não duráveis vendidos em lojas popularizadas como “lojas de 1,99”.
2.
a) Espera-se que os alunos identifiquem um exemplo contundente da globalização
dos mercados no trecho em que o autor descreve em que condições as hortaliças
africanas podem ser adquiridas, transportadas e vendidas no dia seguinte no mercado
londrino.
b) O autor destaca que as encomendas realizadas pelos europeus só são possíveis
pela facilidade de bons acessos telefônicos.
c) Espera-se que os alunos percebam que a realidade brasileira é diferente da
observada no continente africano. Apesar de o Brasil apresentar níveis diferenciados
de desenvolvimento regional, o setor de telecomunicações estende-se por quase todo
o território nacional. Portanto, no caso brasileiro, o acesso a esses benefícios torna-se
irregular em função da distribuição irregular da renda, e não em decorrência de
investimentos na infraestrutura das telecomunicações brasileiras. Isso posto, vale
discutir com os alunos que a situação africana abarca as duas vertentes desse
problema, pois o continente apresenta baixos investimentos em infraestrutura de
comunicações, assim como apresenta os piores índices de renda na escala mundial.

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O objetivo é que os alunos desenvolvam e justifiquem as seguintes ideias:


dependência tecnológica, financeira, política, cultural etc. e suas consequências, como o
aumento das disparidades, fosso quase intransponível sem investimento nem
desenvolvimento de tecnologias próprias.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

AS POSSIBILIDADES DE REGIONALIZAÇÃO DO MUNDO


CONTEMPORÂNEO

Páginas 18-19
1.
a) Esse mapa-múndi já contém uma primeira regionalização natural do mundo: a
divisão por continentes (Américas, Europa, Ásia, África e Oceania), baseada em
fatores naturais, pois apresenta a divisão entre terras emersas (continentais e ilhas) e
os oceanos e mares.
b) A resposta dependerá dos produtos encontrados pelos alunos, mas o sentido dos
fluxos deve auxiliar a identificação de uma forma de regionalização que considere
países e regiões de economia mais dinâmica em relação ao mercado brasileiro. Dessa
forma, espera-se que a maioria dos produtos seja de empresas transnacionais, tendo
suas sedes em países ricos. Provavelmente, serão lembrados os Estados Unidos, o
Canadá, o Japão e a Europa em geral, ou mais particularmente os países da Europa
Ocidental.
2. Você poderá conversar com os alunos sobre a importância dos países que formam os
blocos econômicos apresentados no mapa e que possuem comércio com o Brasil. No
caso do Mercosul, em virtude do provável mas ainda indefinido ingresso da
Venezuela no bloco sul-americano, sugerimos que seja realizada uma pesquisa
quando do momento de sua aula. Para que o país seja aceito como membro
permanente do Mercosul, seu nome deverá ser ratificado por todos os países-
membros (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). Já houve aprovação dos
congressos uruguaio e argentino, estando em processo de votação no Brasil e no
Paraguai. Em outubro de 2009, o senado brasileiro aprovou o ingresso do país, o que
precisará ainda ser ratificado pela Câmara para posterior aprovação do presidente da
República. O Paraguai aguarda a posição brasileira para se definir.
a) Espera-se que os alunos identifiquem e discutam as semelhanças entre os
agrupamentos, já que o mundo contemporâneo é muito influenciado por

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países/regiões/blocos com economia mais dinâmica, como os da União Europeia e os


do Nafta, representados no mapa.
b) O bloco americano, tendo o dólar como referência monetária, está sob a liderança
dos Estados Unidos. É fundamental ressaltar que esse país exerce incontestável
influência regional, mas, acima de tudo, sua influência se dá na escala global. O
segundo bloco é o europeu, cuja referência monetária é o euro, sob comando dos
países que compõem a União Europeia e com significativa influência no norte da
África e parte do Oriente Médio. Esse bloco também exerce poderosa influência na
escala global e tem sido citado como o responsável pelo abalo da posição do dólar
como moeda hegemônica global. Finalmente, temos o bloco da Ásia ou do Pacífico.
A referência monetária ainda é o iene (japonês) e a área de projeção econômica
compreende o chamado Cinturão do Pacífico, a China, a Austrália e a Nova
Zelândia. Sem esquecer que, nesse bloco, a influência dos Estados Unidos é,
também, muito significativa.
c) A China, com seu dinamismo econômico, destaca-se no bloco do Pacífico,
colocando em xeque a liderança do Japão na região. Mas não somente entre os
blocos o poder das influências se altera. Entre blocos ou entre regiões, novos laços se
estabelecem. O Brasil, por exemplo, tem procurado, estrategicamente, incrementar o
intercâmbio comercial com a China, fazendo acordos comerciais, para assim,
diminuir sua dependência (e a do restante da América do Sul) dos EUA. O Brasil já é
o principal parceiro comercial da China na América Latina. Empresas brasileiras têm
ampliado seus negócios naquele país, exportando, por exemplo, as turbinas geradoras
para a hidrelétrica de Três Gargantas. A cooperação estende-se para o setor
aeroespacial, com o desenvolvimento conjunto de satélites para meteorologia e
telecomunicações. Pode-se destacar o papel de alguns países no âmbito das
influências econômicas globais, principalmente após o período de crise econômica
verificado no mundo em 2009. Nesse sentido, ressalta-se a influência de um grupo de
países conhecidos por BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), formado por economias
emergentes e que tem se destacado no cenário econômico mundial.

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Páginas 20-22
1.

Sistema Bipolar

Estados Unidos União das Repúblicas Socialistas


Países
líderes Soviéticas

Países capitalistas como Reino Países socialistas localizados no Leste


Países
aliados Unido, França, Alemanha Ocidental Europeu: Tchecoslováquia, Hungria,
ou República Federativa da Romênia, Bulgária, Polônia, Alemanha
Alemanha (RFA), Canadá, Austrália Oriental ou República Democrática da
e outros ligados aos EUA por Alemanha (RDA) e outros ligados à
acordos como a Otan. URSS por acordo militar como o Pacto
de Varsóvia.

2.

A União Europeia, o bloco dos países asiáticos e da


Maiores polos de comércio
mundial Oceania, os países que compõem a América do Norte.
A África, o Oriente Médio, a CEI e a América Latina.
Áreas de maior fragilidade
nas trocas mundiais

3. O primeiro mapa representa a divisão bipolar do mundo entre capitalismo, sob a


hegemonia dos Estados Unidos, e socialismo, sob a liderança da extinta URSS, além
das regiões periféricas dominadas por esses países polarizadores. Essa divisão, típica
do período da Guerra Fria, foi superada com o fim da URSS e pelo domínio do
capitalismo, ainda sob a forte liderança dos EUA. Nessa nova configuração, surgem
novos centros econômicos no mundo que polarizam suas regiões, ampliando as
relações de influência regional e global, como mostra o segundo mapa.
4. Alternativa b. A organização dos países em blocos econômicos regionais não
corresponde a todas as dinâmicas importantes que ocorrem na ordem mundial
contemporânea que se organiza de modo multipolar. Um país como a China, com
imensa população e produção e enorme potencial de crescimento, conta sozinho
como uma força importante nessa nova ordem mundial.

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Páginas 22-23

No texto dos alunos, espera-se que sejam contemplados os seguintes aspectos:

• A indicação de que os EUA, o Canadá, os países da Europa Ocidental, o Japão e a


Austrália são representativos dos países centrais, enquanto os países africanos, parte
dos asiáticos e dos latino-americanos representam os países periféricos.
• A condição marginal na participação de troca mundial de mercadorias de certas áreas
do planeta (América do Sul e Central, África e partes da Ásia) corresponde a uma
indicação, entre outras possíveis, da condição de subdesenvolvimento (ou de atraso
econômico) de alguns países, o que corresponde a uma possível visão de divisão do
mundo entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Essa condição à margem dos
grandes fluxos comerciais do mundo não significa que os países da “periferia” não se
relacionam com os do “centro”. As relações existem, porém elas são marcadas por
várias desigualdades e desvantagens econômicas nas transações e no poder de
decisão.

Espera-se, também, que a análise permita aos alunos questionarem se ainda é


possível enxergar nesse mundo multipolar um centro e uma periferia. Dessa forma, eles
podem concluir que a fragilidade e a condição periférica na ordem mundial
contemporânea ainda permanecem em inúmeras áreas do mundo. Não é importante que
eles concluam algo correto, o que importa neste momento é que eles percebam e
compreendam a existência de desigualdades.

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Páginas 23-24

6
P
1 M U L T I P O L A R I D A D E
Í
2 U R S S 7
E E 11
S U 9 M
3 B I P O L A R I D A D E
O O Ó R
B L C
R 8 A 10 O
4 P A Í S E S C E N T R A I S
S A P U 12
F 5 B E R L I M
T C E
A N
E

Páginas 24-25
1. Alternativa d. Diferentemente do senso comum, que costuma afirmar sobre uma
situação de integração geral no mundo, de eliminação das desigualdades, de
ampliação do desenvolvimento, o processo de globalização ainda não traz esses
indícios. Ao contrário, são novas as desigualdades.
2. Alternativa d. De fato, não é mais adequado olhar o mundo a partir de dois polos
bem marcados pelo socialismo e pelo capitalismo – uma ordem bipolar –, pois parece
mais real admitir um mundo multipolar, cujas expressões mais importantes são a
formação de blocos econômicos e o poderio de certas nações.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

OS PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS SUPRANACIONAIS

Páginas 26-27
1. O texto apresenta uma síntese histórica da União Europeia, desde a sua formação até
a atualidade. Peça aos alunos que verifiquem no mapa da página 28 a localização
desses países, levando em consideração a data de ingresso de cada membro na
organização. Espera-se que eles identifiquem não apenas o assunto, mas percebam
que o texto apresenta um panorama histórico desde a fundação da União Europeia
em 1957, considerando o período pós-guerra e a necessidade de reorganização das
economias mundiais.
2. A necessidade de reorganização no período pós-II Guerra Mundial.
3. Esses países eram socialistas e só começaram a se aproximar da economia capitalista
da Europa Ocidental depois da crise do bloco socialista e o fim da Guerra Fria, o que
possibilitou a transição para o capitalismo e a busca de fortalecimento regional. Esse
processo resultou na assinatura do Tratado de Nice, em 2001, e o efetivo ingresso na
União Europeia.

Páginas 28-30
1. O mapa permite que os alunos destaquem todos os dados solicitados, desenvolvendo,
dessa forma, uma habilidade importante que é a de transposição de linguagens. Nesse
sentido, a atividade permite que os alunos leiam e extraiam informações do mapa
para organizá-las de outra forma, ou seja, em formato de tabela.

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União Europeia

Ano de ingresso País Adota o euro?


1957 Bélgica sim
1957 Holanda sim
1957 Luxemburgo sim
(1957) [1990] Alemanha (Ocidental) [após unificação da sim
Alemanha]
1957 França sim
1957 Itália sim
1973 Reino Unido não
1973 Irlanda sim
1973 Dinamarca não
1981 Grécia sim
1986 Espanha sim
1986 Portugal sim
1995 Finlândia sim
1995 Áustria sim
1995 Suécia não
2004 Estônia não
2004 Lituânia sim
2004 Letônia sim
2004 Polônia sim
2004 República Tcheca sim
2004 Eslováquia sim
2004 Hungria não
2004 Chipre sim
2004 Malta sim
2004 Eslovênia sim
2007 Bulgária não
2007 Romênia não

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

2. Aqui novamente os alunos poderão completar a atividade com o que foi discutido em
sala. Espera-se que eles citem os principais tratados e acordos fundamentais para a
constituição da União Europeia, bem como a ampliação no número de países-
membros. Por exemplo:
• Tratado de Haia (1947): Bélgica, Luxemburgo e Holanda (BENELUX);
• Tratado de Paris (1948): uniram-se aos países anteriores a Alemanha Ocidental,
a França e a Itália (Ceca); esses países deram origem ao Mercado Comum
Europeu (1957).
O importante nesta proposta é que os alunos busquem reorganizar as informações do
texto, destacando os elementos mais importantes.

Páginas 31-37

Observação! Professor, na organização das atividades do Caderno do Aluno, optou-se


por explorar o texto referente ao Mercosul antes da atividade relativa à Alca, uma vez que
esta supõe dos alunos certos conhecimentos a respeito do Mercosul.

1.
a) Eliminação das tarifas alfandegárias de centenas de produtos, criando uma zona de
livre-comércio para a atuação das empresas; livre circulação de mercadorias e
dólares entre os países integrantes; restrições ao livre trânsito de trabalhadores entre
os países, impedidos de migrar em busca de melhores condições de vida.
b) O Canadá tem a vantagem de ampliar seu mercado escoando sua produção para
mais de 430 milhões de habitantes, mas pode, com isso, aumentar ainda mais sua
dependência dos Estados Unidos. O México também usufrui da ampliação do
mercado consumidor. Porém, seus sérios problemas sociais e sua fragilidade
econômica o deixam numa situação mais fragilizada perante os demais integrantes do
Nafta. Ainda se destaca como fornecedor de mão de obra barata para empresas
transnacionais dos Estados Unidos. Estes, por sua vez, levam vantagem com o Nafta,
pois ampliaram seu mercado consumidor e tiveram acesso à abundante mão de obra
barata mexicana. Entretanto, precisam resolver o problema social dos milhões de
imigrantes ilegais que vivem no país, principalmente mexicanos.

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

2. Espera-se que os alunos percebam que o Mercosul só passou a existir após a união de
seus maiores membros, ou seja, Brasil e Argentina. O bloco nasceu da aproximação
geopolítica entre o Brasil e a Argentina e dos acordos prévios de integração
econômica bilateral firmados entre os dois países. A precondição para a cooperação
diplomática e econômica foi a redemocratização política: em meados da década de
1980, ambos transitaram de ditaduras militares para regimes civis baseados em
eleições livres. Após as mudanças políticas ocorridas nos dois países e a
intensificação do processo de globalização, o empenho em transformar o rompimento
dessa situação em fronteiras comerciais abertas tem como ponto de partida o fato de
a América do Sul constituir uma unidade física contínua, propiciadora de
oportunidades de cooperação.
3.
a) A resposta encontra-se logo no início do texto: ao analisar os resultados da balança
comercial dos Estados Unidos nos últimos anos, ganha sentido o interesse norte-
americano em compor uma área de livre-comércio com toda a América, pois
apresenta superávits de exportação somente em comparação com a América Latina.
Em relação a todos os outros continentes, a balança comercial norte-americana é
deficitária.
b) Os países latino-americanos têm, em geral, receio de uma integração continental,
porque os interesses norte-americanos não são convergentes em relação às reais
necessidades dos povos latino-americanos. Isso se comprova nas diversas formas de
intervenção norte-americana em países da América Latina.
4. Espera-se que os alunos identifiquem nos textos motivações do governo brasileiro
em fortalecer o seu papel comercial na América do Sul. Nesse sentido, em relação à
concretização da Alca, a maior resistência vem do governo brasileiro que não tem
medido esforços para, de certo modo, retardar sua efetivação. A posição brasileira é
em defesa do Mercosul, atualmente o quarto maior bloco de mercado do mundo, com
um PIB conjunto que já supera 1 trilhão de dólares, e tem efetuado parcerias de livre
mercado com vizinhos, ampliando o seu poder na região.

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

Página 37

Nos textos acerca dos blocos econômicos, há inúmeros dados e informações para
auxiliar na elaboração desta carta. Sugere-se também que os alunos sejam instruídos a
utilizar todos os procedimentos e normas adequados à elaboração de uma carta. Nesse
sentido, sugerimos que a atividade seja realizada em parceria com o professor de Língua
Portuguesa, que se encarregaria de desenvolver tais procedimentos, inclusive
considerando o trabalho como atividade interdisciplinar.

Páginas 37-38

Alternativa c, conforme os números 1 a 4 inseridos ao lado de cada um desses blocos


econômicos.

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