Sie sind auf Seite 1von 9

Pedro Bastos

Saúde, Condição Física,


Nutrição e
Exercício em
Sociedades
Primitivas
As necessidades nutricionais, dietéticas de um indivíduo (como (vide tabela 1 para esclarecimento
bem como de actividade física, de por exemplo o polimorfismo sobre evolução do homem). Na rea-
sono e de exposição solar de qual- MTHFR 677CC 44, que diminui a lidade, estudos genéticos e antro-
quer ser vivo (incluindo o homem) quantidade necessária de Ácido pológicos indicam que todos os
são determinadas geneticamente, Fólico44; as mutações no gene HFE seres humanos da Europa, Ásia,
motivo pelo qual está a ganhar cada - [C282Y, H63D, S65C], que po- Oceânia e América têm uma ori-
vez mais aceitação no seio da co- dem levar à hemocromatose gem africana comum 48-62 , numa
munidade científica1-19 e entre mé- [acúmulo tóxico de ferro nos teci- população de Homo Sapiens de
dicos20-24 e nutricionistas25-29, a teo- dos]45, 46; e a deficiência da enzima pouco mais de 1 milhar de indiví-
ria de que as profundas alterações glicose-6-fosfato desidrogenase – duos59, que terão emigrado para a
ambientais, sociais e culturais que G6FD, que torna a fava um alimen- Eurásia há cerca de 56.000 anos59,
ocorreram nos últimos 10 mil anos, to a evitar pelos indivíduos com e essa teoria é reforçada pelo facto
que se iniciaram com a agricultura esta mutação 47 ), a maioria do de haver menor diversidade gené-
e domesticação dos animais e se genoma humano é composto por tica entre seres humanos à medida
agravaram após a Revolução In- genes seleccionados durante o que nos afastamos do continente
dustrial, são demasiado recentes, Paleolítico 4,7,9,19,38, em África 48-62 africano 55,60,63-67.
numa escala evolucionista, para Tabela 1. Cronologia da evolução do género Homo e respectiva dieta
que o genoma humano se tenha
adaptado.

De facto, apesar de se reconhe-


cerem várias alterações genéticas
que ocorreram após o Neolítico30-36,
como a o aumento do número de
cópias do gene AMY1, que codifi-
ca a amilase salivar 37 , várias
hemoglobinopatias38, a persistência
da lactase na idade adulta – ALP39-43
(que se encontra em, aproximada-
mente, 25% da população mundi-
al 39) e outros polimorfismos que
podem afectar as necessidades
Revista Nutrição Saúde & Performance 19
delos imperfeitos para prevenir
doenças degenerativas crónicas,
cujas manifestações clínicas afectam
os anos pós-reprodução e cuja
patofisiologia pode envolver cente-
nas de genes 70.

Como referem Nesse e


Williams 4 , “a Selecção Natural
nunca poderá redesenhar um me-
canismo. Apenas poderá trazer
ligeiras mudanças quantitativas
nos seus parâmetros.” Esta ideia é
reforçada pelo facto de povos caça-
dores recolectores (C/R), e outros
povos minimamente afectados pe-
los hábitos de vida modernos, exi-
birem marcadores de saúde, com-
posição corporal e condição física
superiores ao que se encontra em
populações de países desenvolvi-
dos, nomeadamente:

• Níveis de colesterol plasmá-


Fonte: Adaptado de Eaton, Cordain e Sebastian38, White et al.49, McDougall et al.50, Stringer e tico total significativamente me-
Andrews51, Currat e Excoffier54, Ramachandran et al.56, Liu et al.59, Eaton68 e Cordain et al.12,69. nores em populações primitivas
versus norte-americanos 79-81;
Além disso, a maioria das alte- D, o que reduz grandemente a ab-
• Menor Pressão arterial
rações genéticas que ocorreram sorção intestinal de cálcio72 (o leite
sistólica (PAS) e diastólica (PAD) em
desde o Neolítico não se deveram contém uma quantidade elevada de
C/R, sendo a média de 100-110
a alterações da dieta e dos hábitos cálcio e pensa-se que este mineral mmHg de PAS e 70-75 mmHg de
de exercício e sono, mas sim a pode oferecer protecção em rela- PAD38, ao passo que as directrizes mais
agentes infecciosos, patologias e ção ao raquitismo, independente- recentes classificam valores de PAS/PAD
condições ambientais adversas30 e mente do status de Vitamina D72-74). de 119/79 como óptimos82, o que
não se destinam a aumentar a Refira-se, ainda, que, contraria- reflecte os valores médios encontra-
longevidade e resistência a doen- mente ao que foi veiculado no po- dos em indivíduos “normais” de so-
ças degenerativas crónicas 70, mas pular livro75 “Dieta do Tipo Sanguí- ciedades desenvolvidas. Refira-se,
sim ao incremento da sobrevivên- neo”, os grupos sanguíneos A, B e ainda, que numa população de Índi-
cia e do sucesso reprodutivo, mes-
AB não surgiram após a Revolu- os Yanomamo, a PAS/PAD era infe-
mo que possam trazer efeitos ad-
ção Agrícola, como resposta a rior a 110/70 mmHg83 e, contraria-
versos nos anos pós-reprodu-
lectinas provenientes de alimentos, mente ao que se verifica em norte-
ção4,19,70,71. Por exemplo, foi teori-
mas sim há, aproximadamente, 4,5 americanos de várias etnias82, neste
zado por Cordain que a ALP tenha
a 6 milhões de anos 76 , devido a grupo de indivíduos, a PAS/PAD não
resultado de malária na África
bactérias patogénicas e vírus77,78. tinha associação com a idade83;
Subsariana 72 (o leite não contém
PABA e é muito pobre em folato, • Maior sensibilidade à insuli-
pelo que uma dieta rica em leite E é importante salientar, que na em populações com estilo de
compromete o ciclo de vida do mutações num gene (como as aci- vida primitivo 84-95;
plasmódio) e raquitismo na Euro- ma referidas), embora sejam extre- • Menor insulinemia em
pa do Norte, devido à reduzida ra- mamente relevantes para a condu- horticultores de Kitava (Papua-
diação Ultravioleta, que por sua ta do médico, nutricionista e Nova Guiné) relativamente a uma
vez diminui a síntese de vitamina fisiologista do exercício, são mo- amostra de suecos88;

20 Revista Nutrição Saúde & Performance


• Leptinemia substancialmen- Refira-se que quando estes po- mente referem que a vida dos nos-
te mais baixa em C/R do que em vos são aculturados e adoptam o sos antepassados do Pleistoceno e
agricultores 89 , horticultores de estilo de vida moderno, o seu risco dos C/R actualmente existentes era
Kitava versus amostra de suecos96 de doenças degenerativas cró- bruta, dura e curta, o que não é um
e nos Índios Ache do Paraguai em nicas é semelhante ou até superior argumento válido, uma vez que a
relação a uma amostra de corredo- ao de populações urbanizadas38,93,92- esperança média de vida é um in-
94,133,134,146-163
res norte-americanos97; , revertendo-se quando dicador falacioso, pois é altamente
• Menor Índice de Massa Cor- voltam ao seu estilo de vida primiti- influenciado pela mortalidade in-
poral em C/R e outros povos não vo95,164. Tal facto mostra que a su- fantil, que hoje é menor, graças ao
ocidentalizados98 em relação a paí- perioridade dos C/R e outros povos saneamento básico, vacinação e
ses industrializados 99,100; primitivos, em termos de saúde, melhores cuidados de saúde e não
composição corporal e condição fí- devido a um estilo de vida mais
• Menor Rácio (Perímetro da
sica, não se deve aos genes, mas sim saudável 70,71. E foi estimado que,
Cintura [cm] / Altura [m] ) em in-
ao ambiente. E, também, permite em sociedades de C/R, 20% dos
divíduos de Kitava versus Suecos96;
concluir que não existe adaptação indivíduos ultrapasse os 60 anos,
• Menor prega tricipital [mm] genética que proteja de doenças sem sinais e sintomas das doenças
em C/R relativamente a norte-ame- degenerativas crónicas os povos degenerativas crónicas que afligem
ricanos 79; que adoptaram o estilo de vida os idosos de sociedades mais de-
• Maior Consumo Máximo de moderno125. Na realidade, dois in- senvolvidas70. Por outro lado, a inci-
Oxigénio em C/R e pastoralistas divíduos aparentemente muito di- dência de diversas doenças degene-
relativamente a norte-americanos79; ferentes, quando expostos ao mes- rativas crónicas (p.e. Síndrome Meta-
• Maior acuidade visual em C/R mo ambiente moderno (como die- bólica) ocorre hoje em populações
e horticultores101; ta ocidental, inactividade física, cada vez mais jovens70,71, enquanto que
• Menor incidência de sono inadequado, exposição solar em sociedades de C/R estas patolo-
fracturas em populações rurais insuficiente, poluição, etc.) terão gias são raras ou inexistentes, como
versus populações urbanas 102-104; alterações na expressão de uma já atrás foi referido. Finalmente, de-
subpopulação de genes que leva- verá ser referido que os registos fós-
• Menor incidência de fractura
rão sempre, em ambos os casos, a seis mostram que quando as socie-
nos habitantes de Papua-Nova
um fenótipo subóptimo, mas dades de C/R fizeram a transição para
Guiné versus ocidentais105,106;
que poderá ou não ser considera- a Agricultura, o seu estado de saúde
• Melhores marcadores de do patológico, dependendo do deteriorou-se134 e a sua longevidade
saúde óssea em C/R relativamente genótipo 69,165-167. Tal facto permite diminuiu 168.
a agricultores primitivos e habitan- concluir que o ser humano está
tes de países desenvolvidos 107-120, mais adaptado para o estilo de vida Mas qual foi o ambiente que
com excepção dos Esquimós do dos C/R do Pleistoceno do que moldou o nosso genoma? Através
Alasca e Canada, onde a densida- para as típicas recomendações da análise anatómica, biomecânica
de mineral óssea é baixa quando nutricionais e de actividade física e isotópica dos esqueletos de vári-
comparada com a registada nos de várias instituições de saúde. os hominídeos, da avaliação arqueo-
caucasianos americanos e cana- lógica dos locais em que habitaram
dianos, e onde a perda óssea também Usando esta premissa como e recorrendo a estudos etnográficos,
se inicia mais cedo e progride a uma base, é, assim, possível, em conju- que analisaram as 229 sociedades de
velocidade maior 121-124; gação com estudos epidemioló- caçadores recolectores que ainda
• Incidência muito baixa de gicos, teciduais, animais e de inter- persistiam no século XX (e que re-
doenças degenerativas crónicas – venção em humanos, fazer reco- presentam o que mais se aproxima
como diabetes tipo 238, 70,79,86-88,125, do- mendações nutricionais e de exer- do Homo Sapiens do Paleolítico),
enças cardiovasculares38,69,70,79,94,125-137, cício e actividade física que este- Cordain et al.69,133,169-172 e Eaton et
câncer79,138-143 e inclusive acne144 – jam em sintonia com a fisiologia al.68,70,173 concluíram que, apesar de
em C/R, quando comparados com humana e, desta forma, alcançar terem existido diferentes dietas e
habitantes de países ocidentais38,69, um estado de saúde óptimo. estilos de vida (de acordo com a
70,79,125,133,134,138,139,145
e até indivíduos do latitude, época do ano e nicho eco-
Antigo Egipto79,139 e da Idade Média139. Críticos desta noção frequente- lógico explorado), estes possuíam
Revista Nutrição Saúde & Performance 21
características universais comuns, actividade física regular (vide ta- sária para obter alimento, construir
como a exposição solar regular e bela 2), uma vez que esta é neces- abrigos e para defesa 167,171,172.

Tabela 2. Dispêndio de energia em primatas (incluindo humanos)

TMB – Taxa Metabólica de Repouso


TEG – Total de Energia Gasta
AF – Dispêndio energético proveniente da Actividade Física
Fonte: Adaptado de Cordain et al.171

Fontes de alimento utilizadas comuns (vide tabela 3).

Tabela 3. Alimentos consumidos no Pleistoceno

Fonte: Adaptado de Cordain et al.12,69,169 e Sellen174.

Há cerca de 11 mil anos atrás, a dieta que moldou o genoma hu- suas características nutricionais se
no Médio Oriente, iniciou-se a re- mano durante 2,4 milhões de alteraram radicalmente 12,69, o que
volução agrícola (ver tabela 1), o anos69, mas foi a partir da revolu- tem implicações diversas na saúde
que veio mudar significativamente ção industrial (vide tabela 4) que as e performance, designadamente:

22 Revista Nutrição Saúde & Performance


Tabela 4. Cronologia do consumo quantidades, começando já a ser cada tipo de ácidos gordos133,216,217
de alguns alimentos recomendado, de forma rotineira, e que a maioria da gordura ingerida
1,2-2 g/kg/dia 179-182, provinda de pelos C/R do Paleolítico era
proteínas de elevado valor bioló- monoinsaturada, o que tem um
gico (carne, peixe, lacticínios, efeito benéfico no perfil lipídico133
ovos) 182. E idosos poderão neces- e que o consumo de ácidos gordos
sitar de uma dose diária superior à trans era nulo ou muito reduzido133
DDR para evitar a sarcopenia183,184 e o de ácidos gordos saturados
e osteopenia 185,186, em especial no moderado 170 , em que o ácido
contexto de uma dieta com carga esteárico (que tem um efeito neu-
ácida negativa 187, pelo que o re- tro no perfil lipídico 133) represen-
gresso à dieta com maior aporte de tava cerca de 50% destes133.
proteína, característica do Paleolí-
tico169, poderá ser útil. Além disso, Não entanto, atletas necessitam
dietas hiperproteicas (> 20% do to- de maiores quantidades de glíci-
Fonte: Adaptado de Cordain et al.12,69 tal calórico 188) demonstraram me- dos218 do que C/R (que usam como
lhorar o perfil lipídico189-199 e a sen- principais fontes energéticas as re-
Distribuição energética de sibilidade à insulina 95,190,193 , ser servas intramusculares de triglicé-
macronutrientes uma estratégia útil no combate à obe- ridos 10,218,219), pois realizam esfor-
sidade200-202 e à hipertensão203-206 e ços com intensidades superio-
A repartição energética de ma-
diminuir o risco de enfarte 207, de res 153,179. Assim, poderá ser acon-
cronutrientes das possíveis dietas selhável, dependendo do tipo de es-
hiperhomocisteínemia 208 e de
seguidas no Pleistoceno difere das forço, aumentar em alturas específi-
aterosclerose209, sem afectar adver-
recomendações oficiais e da apre- cas (de acordo com a periodização do
samente a função renal em indiví-
sentada por dietas populares e pela treino adoptada), o consumo de
duos sem patologia renal pré-exis-
dieta seguida por populações oci- glícidos, em detrimento dos lípidos e,
tente210-214. Não obstante, existe um
dentalizadas, como se constata na limite hepático de síntese de se necessário, da proteína.
tabela 5.
Tabela 5. DDRs de Macronutrientes e Fibra e repartição dos mesmos Quantidade de aminoácidos de
em várias dietas cadeia ramificada

Uma dieta, cuja base seja cere-


ais, como a típica dieta de muitos atle-
tas (em especial de endurance)218
fornecerá, inevitavelmente, menor
quantidade de aminoácidos de ca-
deia ramificada que uma dieta com
um consumo elevado de carne ma-
Fonte: Adaptado de Cordain et al.12,69,133,169,170, Eaton68, Bastos175, Abuissa, O’Keefe e Cordain176, National gra, peixe e marisco. Estes, em es-
Academy of Sciences177.
pecial a leucina, regulam a síntese
ureia169,215 (2,6 - 3,6 g/kg/dia), pelo proteica220,221, e verifica-se, com o
Verifica-se que a ingestão
que não se aconselham ingestões envelhecimento, uma maior resistên-
proteica e lipídica em C/R é mais
proteicas superiores a 2,5 g/kg. cia ao seu efeito222, pelo que pode-
elevada e a de glícidos mais baixa
que o que é considerado “normal” rá ser útil que idosos aumentem a
Quanto ao facto da adopção de
e saudável e do que é tipicamente sua ingestão de leucina, cuja maior
uma dieta primitiva poder originar
recomendado (15% de proteína, 55 ingestão por C/R poderá ser um dos
um consumo de gordura superior
a 60% de glícidos e até 30% de gor- factores explicativos da sua maior
ao que é considerado saudável e,
dura) 178 . percentagem de massa magra.
como tal, poder aumentar o risco
de doença das artérias coronárias, Carga Glicémica da dieta e Fibra
Apesar da DDR para proteína deve ser esclarecido que a quanti-
ser 0,8 g/kg de peso 177, pensa-se dade total de lípidos é bem menos Quer pela menor ingestão de
que atletas necessitam de maiores importante que as proporções de carbohidratos, quer pelo facto das

Revista Nutrição Saúde & Performance 23


fontes destes serem vegetais e fru- rácio ω6/ω3 encontrado nessas die- Carga Ácida da Dieta
tos selvagens (cuja carga glicémica tas era de, aproximadamente, 1/169,
A Produção Ácida Endógena
- CG - é menor que a da fruta o que era semelhante (1/1 a 2/1) ao
Líquida (PAEL) refere-se à quanti-
actualmente consumida), em que o rácio encontrado na dieta tradicio-
dade líquida de ácido (ácido sub-
consumo de cereais (mesmo os in- nal da Grécia (até 1960), que no
tegrais possuem uma CG mais ele- traído da base) produzido diaria-
estudo dos 7 países (EUA, Finlân-
vada que a maior parte da fruta223) mente pelos processos químicos do
dia, Holanda, Itália, Ex-Jugoslávia,
era praticamente nulo, a CG das organismo resultantes do metabo-
Japão e Grécia) apresentou a mais
dietas do Pleistoceno era substan- lismo da dieta8. Em 2002, Sebastian
baixa taxa de DCV217. Em contras-
cialmente menor que a das dietas et al. 8 apresentaram um modelo
te, verifica-se que esse rácio atin-
ocidentais actuais69. Outro factor a fiável de cálculo da PAEL, verifi-
ge, hoje, valores superiores a 10 no
ter em conta é o facto do leite, io- cando que os únicos alimentos ver-
Reino Unido, Europa do Norte e
gurte e queijo fresco, apesar de dadeiramente alcalinizantes são as
EUA, podendo chegar a 50 nas re-
possuírem uma CG reduzida, au- frutas, tubérculos e vegetais 8, ao
giões urbanas da Índia 69,229,230, o
mentarem muito a insulinemia224-228 passo que os cereais, lacticínios,
que pode aumentar o risco de do-
e que esses alimentos não figura- ovos, carne e peixe são acidi-
ença cardiovascular 229,230 , cân-
vam nas dietas primitivas 69 . Do ficantes 8. Utilizando este modelo,
cer 231, doenças psiquiátricas 232 e
mesmo modo, estas dietas forneci- esta equipa analisou 137 dietas pri-
osteoporose233, entre outras patolo-
am mais fibra que a típica dieta mitivas (de 3000 Kcal) constituí-
gias. O ideal é que este rácio se si-
ocidental e talvez mais do que a das, exclusivamente, por carne de
tue entre 1/1 e 4/1 234, o que, para
dose recomendada pela maior par- animais selvagens, ovos, peixe, ole-
atletas é extremamente importante,
te das instituições de saúde e die- aginosos, fruta, hortaliças, raízes e
uma vez que um rácio superior po- tubérculos e a típica dieta america-
tas famosas (vide tabela 5). Isto
derá exacerbar a resposta inflama- na, concluindo que esta última gera
deve-se ao facto da maior parte da
tória resultante de treino intenso e/ uma PAEL bastante superior (+48
fibra na dieta ocidental provir dos
ou lesões 234. mEq/d versus -82 mEq/d)8. Ora, a
cereais, ao passo que nas dietas pri-
mitivas provém de vegetais e fruta, adopção crónica de uma dieta com
Densidade de micronutrientes
que, caloria por caloria, contêm, res- PAEL positiva poderá conduzir à
pectivamente, 8 e 2 vezes mais fi- Caloria por caloria, o peixe, ma- sarcopenia e osteoporose, entre
bra que os cereais integrais69. risco, carne, vegetais e fruta têm mai- outras complicações 236.
or densidade de micronutrientes69,
Este concomitante aumento da face a cereais (em especial refinados), Para se atingir uma dieta que
CG e potencial insulinotrópico da leite (com excepção do cálcio), açú- gere PAEL negativa, dever-se-á
dieta e redução da fibra dietética car e óleos refinados, o que, juntamen- substituir as convencionais fontes
poderá ser uma das causas da mai- te com o empobrecimento dos solos de hidratos de carbono (massa, ar-
or incidência, em sociedades indus- (resultante da agricultura moderna) e roz, flocos e pão), bem como os
trializadas versus C/R, de diversos com os modernos métodos de trans- lacticínios (em especial os queijos,
cancers de células epiteliais (como porte, armazenamento e confecção que originam uma PAEL eleva-
mama, próstata e cólon), síndrome dos alimentos, faz com que uma da236) por vegetais (brócolos e cou-
metabólica, síndrome do ovário percentagem significativa da popu- ves, por exemplo, são uma boa fon-
policístico, doença das artérias lação não satisfaça as necessidades te de cálcio, com uma percentagem
coronárias, obesidade, acne, mio- diárias de diversos micronutrientes de absorção intestinal similar à do
pia e gota69. Poderá, ainda, estar na (incluindo atletas)29,69,235, o que tem leite 237), fruta e tubérculos 236. É,
origem ou exacerbar obstipação, implicações adversas na saúde e na também, extremamente importan-
apendicite, hemorróidas, hérnia performance e pode ser mais um te que se limite o consumo de clo-
de hiato, diverticulite e refluxo factor explicativo da maior incidên- ro, pois é um dos principais
gastroesofágico 69. cia de doenças degenerativas determinantes da PAEL236 e de be-
crónicas e piores indicadores de bidas ricas em ácido fosfórico
Equilíbrio Ómega 6/Ómega 3 (como colas, cujo consumo por
saúde, condição física e compo-
Os AG ω-3 e ω-6 sempre fizeram sição corporal em sociedades mulheres idosas já foi associado a
parte das dietas dos hominídeos e o desenvolvidas 29,69,235 . menor densidade mineral óssea na

24 Revista Nutrição Saúde & Performance


anca236) e optar por águas com um (mama, próstata, cólon, pâncreas e (Treino de Força e Cardiovas-
pH superior a 7. melanoma), asma, doença pulmo- cular)238, a exposição solar regular
nar obstrutiva crónica, disfunção do e de acordo com o tipo de pele e
Outra grande alteração, que só sistema imune, osteoartrose, osteo- latitude (e, caso necessário, a utili-
ocorreu em larga escala nos últimos porose, disfunção cognitiva e, zação de um suplemento de Vita-
100 anos, foi a inactividade física sarcopenia. mina D3, para manter os valores de
generalizada 10,166,167,171-173, que, de 25OHD3 superiores a 30 ng/ml)239,
acordo com Booth 166 , aumenta Conclusão sono adequado e com um padrão
o risco de doença das artérias regular e a adopção de uma dieta
coronárias, angina de peito, enfarte A adopção de um estilo de vida semelhante à praticada pelos caça-
de miocárdio, insuficiência cardíaca, que não está em consonância com dores-recolectores do Pleistoceno
hipertensão, acidente vascular cere- aquele que moldou o genoma hu- (peixe, marisco, frutas, vegetais,
bral, claudicação intermitente, mai- mano durante 2,4 milhões de evo- raízes e tubérculos, oleaginosas e se-
or adesão e agregação plaquetária, lução do género Homo poderá au- mentes e suplementada com ovos e
diabetes tipo 2 e síndrome metabóli- mentar o risco de doenças degene- carne de animais alimentados com
ca, obesidade, dislipidemia, cálculos rativas crónicas. Pelo contrário, a vegetais e não cereais) poderá con-
na vesícula, vários tipos de câncer prática regular de Exercício Físico duzir a um estado de saúde óptimo.

Referências Bibliográficas

1. SHATIN, R. The transition from food-gathering to food-production 20. EADES, M.R.; EADES, M.D. The Protein Power Lifeplan. 42. INGRAM, C.J.; ELAMIN, M.F.; MULCARE, C.A. et al. A novel
in evolution and disease. Vital Stoffe Zivilisationskrankheiten; Warner Books, 2001. polymorphism associated with lactose tolerance in Africa: multiple
12:104-107, 1967. 21. GOSCIENSKI, P.J. Health Secrets of The Stone Age. Better causes for lactase persistence? Human Genetics; 120: 779-788, 2007.
2. ABRAMS, H.L. The relevance of Paleolithic diet in determining Life, 2005. 43. TISHKOFF, S.A.; REED, F.A.; RANCIARO, A. et al. Convergent
contemporary nutritional needs. J Appl Nutr; 31:43–59, 1979. 22. WHITAKER, J.M. The Whitaker Wellness Weight Loss adaptation of human lactase persistence in Africa and Europe.
3. EATON, S.B.; KONNER, M. Paleolithic nutrition. A consideration Program. Rutledge Hill Press, 2006. Nature Genetics; 39:31-40, 2006.
of its nature and current implications. N Engl J Med; 312(5):283- 23. AGATSTON, A. The South Beach Heart Program: The 4- 44. CORDAIN, L.; HICKEY, M.S. Ultraviolet radiation represents
9, 1985. Step Plan That Can Save Your Life. Random House Large Print an evolutionary selective pressure for the south-to-north gradient of
4. NESSE, R.M.; WILLIAMS, G.C. Why we get sick. The new Publishing, 2007. the MTHFR 677TT genotype. Am J Clin Nutr; 84(5):1243, 2006.
science of Darwinian medicine. New York: Times Books, 1994. 24. CAMPILLO ALVAREZ, J.E. O Macaco Obeso – Como har- 45. HANSON, E.H.; IMPERATORE, G.; BURKE, W. HFE gene
5. MANN, N. Dietary lean red meat and human evolution. Eur J monizar genes da Pré-História com formas de vida da era espa-
and hereditary hemochromatosis: a HuGE review. Am J Epidemiol;
Nutr; 39(2):71-9, 2000. cial. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2008.
154(3):193-206, 2001.
6. WILEY, T.S.; FORMBY, B. Lights Out – Sleep, Sugar and Survival. 25. AUDETTE, R. Neanderthin. Saint Martin’s Press, 2000.
46. CANÇADO, R.D.; GUGLIELMI, A.C.; VERGUEIRO, C.S. et
New York: Pocket Books, 2000. 26. SOMER, E. The Origin Diet: How Eating Like Our Stone Age
al. Analysis of HFE gene mutations and HLA-A alleles in Brazilian
7. HAWKING, S.W. The Universe in a Nutshell. Bantam Press, 2001. Ancestors Will Maximize Your Health. New York: Owl Books,
patients with iron overload. Med J; 124(2):55-60, 2006.
2002.
8. SEBASTIAN, A.; FRASSETTO, L.A.; SELLMEYER, D.E. et al. 47. FRANK, J.E. Diagnosis and management of G6PD deficiency.
Estimation of the net acid load of the diet of ancestral preagricultural 27. CHALLEM, J. Feed Your Genes Right: Eat to Turn Off Disease-
Causing Genes and Slow Down Aging. John Wiley & Sons Inc, 2005. Am Fam Physician; 72(7):1277-82, 2005.
Homo sapiens and their hominid ancestors. Am J Clin Nutr;
28. MORSE, J. The Evolution Diet – What and How We Were 48. WELLS, S. Deep Ancestry – Inside the Genographic Project.
76(6):1308-16, 2002.
Designed to Eat. San Diego: Amelior Publishing, 2005. National Geographic Society. Washington, 2006.
9. BOAZ, N. Evolving Health – The origins of illness and how the
modern world is making us sick. NewYork: John Wiley & Sons, 2002. 29. COLGAN, M. Nutrition for Champions. CI Publications, 2007. 49. WHITE, T.D.; ASFAW, B.; DEGUSTA, D. et al. Pleistocene Homo
30. AKEY, J.M.; EBERLE, M.A. ; RIEDER, M.J. et al. Population sapiens from Middle Awash, Ethiopia. Nature; 423:742–747, 2003.
10. CHAKRAVARTHY, M.V.; BOOTH, F.W. Eating, exercise, and
“thrifty” genotypes: connecting the dots toward an evolutionary history and natural selection shape patterns of genetic variation in 50. MCDOUGALL, I.; BROWN, F.H.; FLEAGLE, J.G. Stratigraphic
understanding of modern chronic diseases. J Appl Physiol; 96(1):3- 132 genes. PLoS Biol; 2(10):e286, 2004. placement and age of modern humans from Kibish, Ethiopia. Nature;
10, 2004. 31. ARMELAGOS, G.J.; HARPER, K.N. Genomics at the origin of 433:733–736, 2005.
11. HALBERG, N.; HENRIKSEN, M.; SODERHAMN, N.; et al. agriculture, part one. Evol Anthropol;14:68-77, 2005. 51. STRINGER, C.; ANDREWS, P. Genetic and fossil evidence for
Effect of intermittent fasting and refeeding on insulin action in healthy 32. HAWKS, J.; WANG, E.T. ; COCHRAN, G.M. et al. Recent the origin of modern humans. Science; 239:1263–1268, 1988.
men. J Appl Physiol; 99(6):2128-36, 2005. acceleration of human adaptive evolution. Proc Natl Acad Sci 52. HARPENDING, H.; ROGERS, A.R. Genetic perspectives on
12. CORDAIN, L. Implications of Plio-Pleistocene Hominin Diets USA;104(52):20753-8, 2007. human origins and differentiation. Annu Rev Genomics Hum Genet;
for Modern Humans. In: Early Hominin Diets: The Known, the 33. WANG, E.T. ; KODAMA, G. ; BALDI, P. et al. Global landscape 1:361–385, 2000.
Unknown, and the Unknowable. Ungar: Oxford, 2006, pp 363-83. of recent inferred Darwinian selection for Homo sapiens. Proc 53. CAVALLI-SFORZA, L.L.; FELDMAN, M.W. The application
13. GLUCKMAN, P.; MISMATCH, H.M. Why our world no longer Natl Acad Sci USA; 103(1):135-40, 2006. of molecular genetic approaches to the study of human evolution.
fits our bodies. Oxford: Oxford University Press, 2006. 34. VOIGHT, B.F.; KUDARAVALLI, S. ; WEN, X. et al. A map of recent Nat Genet; 33:266–275, 2003.
14. DE GRAAF C. Effects of snacks on energy intake: an evolutionary positive selection in the human genome. PLoS Biol; 4(3):e72, 2006.
54. CURRAT, M.; EXCOFFIER, L. Modern humans did not admix
perspective. Appetite; 47(1):18-23, 2006. 35. POLLARD, K.S. ; SALAMA, S.R. ; LAMBERT, N. et al. An with Neanderthals during their range expansion into Europe. PLoS
15. HALPERIN, M.L.; CHEEMA-DHADLI, S.; LIN, S.H. et al. RNA gene expressed during cortical development evolved rapidly
Biology; 2: 2264–2274, 2004.
Control of potassium excretion: a Paleolithic perspective. Curr Opin in humans. Nature; 443(7108):167-72, 2006.
55. PRUGNOLLE, F.; MANICA, A.; BALLOUX, F. Geography
Nephrol Hypertens;15(4):430-6, 2006. 36. PATIN, E.; QUINTANA-MURCI, L. Demeter’s legacy: rapid changes
predicts neutral genetic diversity of human populations. Current
16. SIMOPOULOS, A.P. Evolutionary aspects of diet, the omega-6/ to our genome imposed by diet. Trends Ecol Evol; 23(2):56-9, 2008.
Biology; 15:R159–R160, 2005.
omega-3 ratio and genetic variation: nutritional implications for 37. PERRY, G.H.; DOMINY, N.J.; CLAW, K.G. et al. Diet and the
evolution of human amylase gene copy number variation. Nat Genet; 56. RAMACHANDRAN, S.; DESHPANDE, O.; ROSEMAN, C.C.
chronic diseases. Biomed Pharmacother; 60(9):502-7, 2006.
39: 1256–1260, 2007. et al. Support from the relationship of genetic and geographic distance
17. LINDEBERG. S. ; JÖNSSON, T. ; GRANFELDT, Y. et al.
38. EATON, S.B.; CORDAIN, L.; SEBASTIAN, A. The Ancestral in human populations for a serial founder effect originating in Africa.
Palaeolithic diet improves glucose tolerance more than a
Biomedical Environment. In: Endothelial Biomedicine. W.C. Aird Proc Natl Acad Sci USA; 102(44):15942-7, 2005.
Mediterranean-like diet in individuals with ischaemic heart disease.
Diabetologia; 50(9):1795-807, 2007. (Ed), Cambridge University Press, 2007, pp. 129-134. 57. RAY, N.; CURRAT, M.; BERTHIER, P. et al. Recovering the
18. OSTERDAHL, M.; KOCTURK, T.; KOOCHEK, A. Effects of 39. Swallow DM. Genetics of lactase persistence and lactose geographic origin of early modern humans by realistic and spatially
a short-term intervention with a paleolithic diet in healthy volunteers. intolerance. Ann Rev Genet; 37:197-219, 2003. explicit simulations. Genome Res; 15:1161–1167, 2005.
Eur J Clin Nutr; 62(5):682-5, 2008. 40. BERSAGLIERI, T.; SABETI, P.C.; PATTERSON, N. et al. 58. MELLARS, P. Going east: New genetic and archaeological
19. TREVATHAN, W.R.; SMITH, E.O.; MCKENNA, J.J. Genetic signatures of strong recent positive selection at the lactase perspectives on the modern human colonization of Eurasia. Science;
Introduction and Overview of Evolutionary Medicine. In: gene. Am J Hum Genet; 74(6):1111-20, 2004. 313:796–800, 2006.
TREVATHAN, W.R.; SMITH, E.O.; MCKENNA, J.J. Evolutionary 41. ENATTAH, N.S.; TRUDEAU, A.; PIMENOFF, V. et al. Evidence 59. LIU, H.; PRUGNOLLE, F.; MANICA, A. et al. A geographically
Medicine and Health – New Perspectives. Oxford: Oxford of still-ongoing convergence evolution of the lactase persistence T- explicit genetic model of worldwide human-settlement history. Am
University Press, 2008, pp 1-54. 13910 alleles in humans. Am J Human Genetics; 81:615-625. J Hum Genet; 79(2):230-7, 2006.

Revista Nutrição Saúde & Performance 25


60. MANICA, A.; AMOS, W.; BALLOUX, F. et al. The effect of 91. KING, H.; HEYWOOD, P.; ZIMMET, P. et al. Glucose tolerance 122. MAZESS, R.B.; MATHER, W. Bone mineral content of North
ancient population bottlenecks on human phenotypic variation. in a highland population in Papua New Guinea. Diabetes Res; Alaskan Eskimos. Am J Clin Nutr; 27(9):916-25, 1974.
Nature; 448(7151):346-8, 2007. 1(1):45-51, 1984. 123. PAWSON, I.G. Radiographic determination of excessive bone
61. HUDJASHOV, G.; KIVISILD, T.; UNDERHILL, P. et al. 92. MARTIN, F.I.; WYATT, G.B.; GRIEW, A.R. et al. Diabetes loss in Alaskan Eskimos. Hum Biol; 46(3):369-80, 1974.
Revealing the prehistoric settlement of Australia by Y chromosome mellitus in urban and rural communities in Papua New Guinea. Studies 124. HARPER, A.B.; LAUGHLIN, W.S. Bone mineral content in St.
and mtDNA analysis. PNAS; 104: 8726–8730, 2007. of prevalence and plasma insulin. Diabetologia; 18(5):369-74, 1980. Lawrence Island Eskimos. Hum Biol; 56(1):63-78, 1984.
62. HELLENTHAL, G.; AUTON, A.; FALUSH, D. Inferring human 93. KING, H.; FINCH, C.; COLLINS, A. et al. Glucose tolerance in 125. JÖNSSON, T.; OLSSON, S.; AHRÉN, B. et al. Agrarian diet
colonization history using a copying model. PLoS Genet; Papua New Guinea: ethnic differences, association with and dieases of affluence - Do evolutionary novel dietary lectins
4(5):e1000078, 2008. environmental and behavioural factors and the possible emergence cause leptin resistance? BMC Endocrine Dis; 2005.
63. UNDERHILL, P.A.; SHEN, P.D.; LIN, A.A. et al. Y chromosome of glucose intolerance in a highland community. Med J Aust;
126. ARTHAUD, J.B. Causes of death in 339 Alaskan Eskimos as
sequence variation and the history of human populations. Nat Genet; 151(4):204-10, 1989.
determined by autopsy. Arch Pathol; 90: 433 – 438, 1970.
26:358–361, 2000. 94. O’DEA, K.; SPARGO, R.M.; AKERMAN, K. The effect of
127. BANG, H.O.; DYERBERG, J. Lipid metabolism and ischemic
64. TISHKOFF, S.; WILLIAMS, S. Genetic analysis of African transition from traditional to urban life-style on the insulin secretory
heart disease in Greenland Eskimos. Adv Nutr Res; 3: 1– 22, 1980.
populations: Human evolution and complex disease. Nat Rev Genet; response in Australian Aborigines. Diabetes Care; 3(1):31-7, 1980.
128. BJERREGAARD, P.; DYERBERG, J. Mortality from ischemic
3: 611–621, 2002. 95. O’DEA K. Marked improvement in carbohydrate and lipid
heart disease and cerebrovascular disease in Greenland. Int J
65. MACAULAY, V.; HILL, C.; ACHILLI, A. et al. Single, rapid metabolism in diabetic Australian aborigines after temporary
Epidemiol; 17: 514 – 519, 1988.
coastal settlement of Asia revealed by analysis of complete reversion to traditional lifestyle. Diabetes; 33(6):596-603, 1984.
129. GOTTMAN, A.W. A report of one hundred and three autop-
mitochondrial genomes. Science; 308(5724):1034-6, 2005. 96. LINDEBERG, S.; SODERBERG, S.; AHREN, B. et al. Large
sies in Alaskan natives. Arch Pathol; 70:117 – 124, 1960.
66. CONRAD, D.; JAKOBSSON, M.; COOP, G. et al. A world-wide differences in serum leptin levels between nonwesternized and
westernized populations: the Kitava study. J Intern Med; 249: 553- 130. KROMANN, N.; GREEN, A. Epidemiological studies in the
survey of haplotype variation and linkage disequilibrium in the human
8, 2001. Upernavik district, Greenland. Incidence of some chronic diseases
genome. Nat Genet; 38: 1251–1260, 2006.
1950 – 1974. Acta Med Scand; 208: 401 – 406, 1980.
67. JAKOBSSON, M.; SCHOLZ, S.W.; SCHEET, P. et al. Genotype, 97. BRIBIESCAS, R.G.; HICKEY, M.S. Population variation and
131. MIDDAUGH, J.P. Cardiovascular deaths among Alaskan
haplotype and copy-number variation in worldwide human differences in serum leptin independent of adiposity: a comparison
natives, 1980 – 86. Am J Public Health; 80: 282 – 285, 1990.
populations. Nature; 451(7181):998-1003, 2008. of Ache Amerindian men of Paraguay and lean American male
distance runners. Nutr Metab; 3:34, 2008. 132. YOUNG, T.K.; MOFFATT, M.E.K.; O’NEIL, J.D.
68. EATON, S.B. The ancestral human diet: what was it and should
Cardiovascular diseases in an artic population: an epidemiological
it be a paradigm for contemporary nutrition? Proc Nutr Soc; 65(1):1- 98. CORDAIN, L. Mean Body Mass Indices in Hunter Gatherers
perspective. Am J Public Health; 83: 881 – 887, 1993.
6, 2006. and Other Non-westernized Populations. Dados não publicados.
133. CORDAIN, L.; EATON, S.B.; BRAND MILLER, J. et al. The
69. CORDAIN, L.; EATON, S.B.; SEBASTIAN, A. et al. Origins 99. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Global paradoxical nature of hunter-gatherer diets: Meat based, yet non-
and evolution of the Western diet: health implications for the 21st Database on Body Mass Index. Disponível em: http://www.who.int/ atherogenic. Eur J Clin Nutr; 56(Suppl 1):S42-S52, 2002.
century. Am J Clin Nutr; 81(2):341-54, 2005. bmi/index.jsp . Acedido em 9/12/2008.
134. O’KEEFE, J.H.; CORDAIN, L. Cardiovascular disease
70. EATON, S.B.; STRASSMAN, B.I.; NESSE, R.M. et al. 100. DO CARMO, I.; DOS SANTOS, O.; CAMOLAS, J. Et al. resulting from a diet and lifestyle at odds with our Paleolithic genome:
Evolutionary health promotion. Prev Med; 34(2):109-18, 2002. Overweight and obesity in Portugal: national prevalence in 2003- how to become a 21st-century hunter-gatherer. Mayo Clin Proc;
71. EATON, S.B.; CORDAIN, L.; LINDEBERG, S. Evolutionary 2005. Obes Rev; 9(1):11-9, 2008. 79(1):101-8, 2004.
health promotion: a consideration of common counterarguments. 101. CORDAIN, L.; EATON, S.B.; BRAND MILLER, J. et al. An 135. LINDEBERG, S.; BERNTORP, E.; CARLSSON, R. et al.
Prev Med; 34(2):119-23, 2002. evolutionary analysis of the etiology and pathogenesis of juvenile- Haemostatic variables in Pacific Islanders apparently free from stroke
72. CORDAIN, L.; HICKEY, M.S.; KIM, K. Malaria and Rickets onset myopia. Acta Ophthal Scand; 80:125-135, 2002. and ischaemic heart disease. Thromb Haemost; 77: 94-8, 1997.
Represent Selective Forces for the Convergent Evolution of Adult 102. SANDERS, K.M.; NICHOLSON, G.C.; UGONI, A.M. et al. 136. LINDEBERG, S.; NILSSON-EHLE, P.; TERÉNT, A. et al.
Lactase Persistence. Em Publicação. Fracture rates lower in rural than urban communities: the Geelong Cardiovascular risk factors in a Melanesian population apparently
73. LEVY, Y.; DAVIDOVITS, M. Nutritional rickets in children Osteoporosis Study. J Epidemiol Community Health; 56(6):466- free from stroke and ischaemic heart disease — the Kitava study. J
with cows’ milk allergy: calcium deficiency or vitamin D deficiency? 70, 2002. Intern Med; 236: 331-340, 1994.
Pediatr Allergy Immunol; 16(6):553, 2005. 103. CHEVALLEY, T.; HERRMANN, F.R.; DELMI, M. et al. 137. LINDEBERG, S.; LUNDH, B. Apparent absence of stroke and
74. PETTIFOR, J.M. Nutritional rickets: deficiency of vitamin D, Evaluation of the age-adjusted incidence of hip fractures between ischaemic heart disease in a traditional Melanesian island: a clinical
calcium, or both? Am J Clin Nutr; 80(6 Suppl):1725S-9S, 2004. urban and rural areas: the difference is not related to the prevalence study in Kitava. J Intern Med; 233: 269-275, 1993.
75. D’ADAMO, P.; WHITNEY, C. Eat Right 4 Your Type. Century, 1998. of institutions for the elderly. Osteoporos Int; 13(2):113-8, 2002. 138. EATON, S.; PIKE, M.; SHORT, R. et al. Women’s reproductive
76. ROUBINET, F.; DESPIAU, S.; CALAFELL, F. et al. A. Evolution 104. IVERSEN, B.F.; IVERSEN, P.F.; LEVI, N. Delayed appearance cancers in evolutionary context. Q Rev Biol; 69:353–67, 1994.
of the O alleles of the human ABO blood group gene. Transfusion; of hip fractures in citizens of Bergen born in the countryside 139. CAPASSO, L.L. Antiquity of cancer. Int J Cancer; 113(1):2-
44(5):707-15, 2004. compared to cityborn. Acta Orthop Belg; 64(1):4-6, 1998. 13, 2005.
77. BERGER, S.A.; YOUNG, N.A.; EDBERG, S.C. et al. Relationship 105. LINDEBERG, S. Osteoporosis. Em publicação. 140. BULKLEY, J.L. Cancer among primitive tribes. Cancer;
between infectious diseases and human blood type. Eur J Clin 106. BARSS, P. Fractured hips in rural Melanesians: a nonepidemic. 4(4):289-95, 1927.
Microbiol Infect Dis; 8:681-89, 1989. Trop Geogr Med; 37(2):156-9, 1985. 141. RIVEROS, M. First observation of Cancer among the Pampido
78. SEYMOUR, R.M.; ALLAN, M.J.; POMIANKOWSKI, A. et al. 107. ROBERTS, C.; MANCHESTER, K. The Archaeology of Indians of the Paraguayan Chaco. International Surgery; 53(1):51-
Evolution of the human ABO polymorphism by two complementary Disease, Cornell University Press, 1997. 55, 1970.
selective pressures. Proc Biol Sci; 271(1543):1065-72, 2004. 108. AGARWAL, S.C.; GRYNPAS, M.D. Bone quantity and quality 142. HEARSEY, H. The rarity of Cancer among the aborigines of
79. EATON, S.B.; KONNER, M.; SHOSTAK, M. Stone agers in the in past populations. Anat Rec; 246(4): 423-32, 1996. British Central Africa. Br Med J; 1562-63, 1906.
fast lane: chronic degenerative diseases in evolutionary perspective.
109. WEBB, S. Palaeopathology of Aboriginal Australians. Health 143. DEWAILLY, E.; MULVAD, G.; SLOTH PEDERSEN, H. et al.
Am J Med; 84(4): 739-49, 1988.
and disease across a hunter-gatherer continent. Cambridge Inuit are protected against prostate cancer. Cancer Epidemiol Biom
80. LINDEBERG, S.; BERNTORP, E.; NILSSON-EHLE, P. et al. arkers Prev; 12(9):926-7, 2003.
University press, 1995.
Age relations of cardiovascular risk factors in a traditional
110. PERZIGIAN, A.J. Osteoporotic bone loss in two prehistoric 144. CORDAIN, L.; LINDEBERG, S.; HURTADO, M. et al. Acne
Melanesian society: the Kitava Study. Am J Clin Nutr; 66:845-52,
Indian populations. Am J Phys Anthropol; 39(1): 87-95, 1973. vulgaris: A disease of western civilization. Arch Dermatol;
1997.
111. NELSON, D.A. Bone density in three archaeological 138:1584-90, 2002.
81. O’KEEFE, J.H.; CORDAIN, L.; HARRIS, W.H. et al. Optimal
low-density lipoprotein is 50 to 70 mg/dl. Lower is better and populations. Am J Phys Anthropol; 63:198, 1984. 145. NARAYAN, K.M.; BOYLE, J.P.; GEISS, L.S. et al. Impact of
physiologically normal. J Am Coll Cardiol; 43: 2142-6, 2004. 112. ERICKSEN, M.F. Cortical bone loss with age in three native recent increase in incidence on future diabetes burden: U.S. Diabe-
American populations. Am J Phys Anthropol; 45:443–452, 1976. tes Care; 29(9):2114-6, 2006.
82. NATIONAL HEART, LUNG, AND BLOOD INSTITUTE. The
Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, 113. ABBOTT, S.; TRINKAUS, E.; BURR, D.B. Dynamic bone 146. SCHAEFFER, O. When the Eskimo comes to town. Nutr Today;
Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure. 6:8 –16, 1971.
remodeling in later Pleistocene fossil hominids. Am J Phys
NIH Publication, 2004. Anthropol; 99:585–601, 1996. 147. HODGE, A.M.; DOWSE, G.K.; KOKI, G. et al. Modernity and
83. OLIVER, W.J.; COHEN, E.L.; NEEL, J.V. Blood pressure, obesity in coastal and Highland Papua New Guinea. Int J Obes
114. RUFF, C.B. et al. Post-cranial robusticity in Homo. I: Temporal
sodium intake, and sodium related hormones in the Yanomamo Indians, Relat Metab Disord; 19(3):154-61, 1995.
trends and mechanical interpretation. Am J Phys Anthropol; 91:21-
a “no-salt” culture. Circulation; 52(1):146-51, 1975. 148. DANIEL, M.; ROWLEY, K.G.; MCDERMOTT, R. et al. Dia-
53, 1993.
84. MERIMEE, T.J.; RIMOIN, D.L.; CAVALLI-SFORZA, L.L. Metabolic betes incidence in an Australian aboriginal population: an 8-year
115. RUFF, C.B.; TRINKAUS, E.; HOLLIDAY, T.W. Body mass
studies in the African pygmy. J Clin Invest; 51:395-401, 1972. follow-up study. Diabetes Care; 22:1993-1998, 1992.
estimation in Olympic athletes and Pleistocene Homo. Am J Phys
85. KUROSHIMA, A.; ITOH, S.; AZUMA, T. et al. Glucose 149. EBBESSON, S.O.; SCHRAER, C.D.; RISICA, P.M. et al. Diabetes
Anthropol Suppl; 26: 192–193, 1998.
tolerance test in the Ainu. Int J Biometerol; 16:193-7, 1972. and impaired glucose tolerance in three Alaskan Eskimo populations:
86. SPIELMANN, R.S.; FAJANS, S.S.; NEEL, J.V. et al. Glucose 116. RUFF, C.B. Body mass prediction from skeletal frame size in the Alaska-Siberia Project. Diabetes Care; 21:563-569, 1998.
tolerance in two unacculturated Indian tribes of Brazil. Diabetologia; elite athletes. Am J Phys Anthropol; 113: 507–517, 2000.
150. DOWSE, G.K.; SPARK, R.A.; MAVO, B. et al. Extraordinary
23:90-3, 1982. 117. TRINKAUS, E. Appendicular robusticity and the paleobiology prevalence of non-insulin-dependent diabetes mellitus and bimodal
87. BLOCH, K.V.; COUTINHO, E.S.F.; LOBO, M.S.C. et al. of modern human emergence. Proc Natl Acad Sci; 94: 13367– plasma glucose distribution in theWanigela people of Papua New
Glicemia capilar e algumas medidas antropométricas em um grupo 13373, 1997. Guinea. Med J Aust; 160:767–74, 1994.
Yanomami. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia; 118. KANIS, J.A.; JOHNELL, O.; DE LAET, C. B. et al. International 151. COCKRAM, C. S. Diabetes mellitus: perspective from the Asia–
37(2):90-95, 1993. variations in hip fracture probabilities: implications for risk Pacific region. Diabetes; 50(Suppl 2):S3–7, 2000.
88. LINDEBERG, S.; ELIASSON, M.; LINDAHL, B. et al. Low assessment. J Bone Miner Res; 17(7):1237-44, 2002. 152. O’DEA, K.; PATEL, M.; KUBISCH, D. et al. Obesity, diabetes and
serum insulin in traditional Pacific Islanders-the Kitava study.
119.YOSHIMURA, N.; SUZUKI, T.; HOSOI, T. et al. Epidemiology hyperlipidaemia in a Central Australia Aboriginal community with a
Metabolism; 48:1216-9, 1999.
of hip fracture in Japan: incidence and risk factors. J Bone Miner long history of acculturation. Diabetes Care; 16:1004–10, 1993.
89. LINDGÄRDE, F.; WIDÉN, I.; GEBB, M. et al. Traditional versus
Metab; Suppl:78-80, 2005 153. SZATHMARY, E.J.E. Non-insulin dependent diabetes mellitus among
agricultural lifestyle among Shuar women of the Ecuadorian
Amazon: effects on leptin levels. Metabolism; 53(10):1355-8, 2004. 120. PALVANEN, M.; KANNUS, P.; NIEMI, S. et al. Secular trends aboriginal North Americans. Annu Rev Anthropol; 23:457–82, 1994.
90. PAVAN, L.; CASIGLIA, E.; BRAGA, L.M. et al. Effects of a in the osteoporotic fractures of the distal humerus in elderly women. 154. KALER, S.N.; RALPH-CAMP, K.; POHAR, S. et al. High rates
traditional lifestyle on the cardiovascular risk profile: the Amondava Eur J Epidemiol; 14(2):159-64, 1998. of the metabolic syndrome in a First Nations Community in western
population of the Brazilian Amazon. Comparison with matched African, 121. MAZESS, R.B.; MATHER, W.E. Bone mineral content in Canada: prevalence and determinants in adults and children. Int J
Italian and Polish populations. J Hypertens; 17(6):749-56, 1999. Canadian Eskimos. Hum Biol; 47(1):44-63, 1975. Circumpolar Health; 65(5):389-402, 2006.

26 Revista Nutrição Saúde & Performance


155. EBBESSON, S.; ADLER, A.I.; RISICA, P.M. et al. 184. HOUSTON, D.K.; NICKLAS, B.J.; DING, J. et al. Dietary 209. HU, F.B.; STAMPFER, M.J.; MANSON, J.E. et al. Dietary protein
Cardiovascular disease and risk factors in three laskan eskimo protein intake is associated with lean mass change in older, and risk of ischemic heart disease in women. Am J Clin Nutr;
populations:the alaska-siberia project. Int J Circumpolar Health; community-dwelling adults: the Health, Aging, and Body Composition 70:221–7, 1999.
64(4):365-386, 2005. (Health ABC) Study. Am J Clin Nutr; 87: 150-155, 2008. 210. SKOV AR, T. S.; BULOW, J.; KRABBE, K. et al. Changes in
156. RENNER, W. The spread of Cancer among the descendents of 185. KERSTETTER, J.E.; GAFFNEY, E.D.; O’ BRIEN, O. et al. renal function during weight loss induced by high vs. low-protein
the liberated Africans or creoles of Serra Leona. Br Med J; 587- Dietary Protein increases intestinal calcium absorption and improves low-fat diets in overweight subjects. Int J Obes Relat Metab Disord;
89, 1910. bone balance: An hypothesis. In: BURCKHARDT, P.; HEANEY, R.; 23(11):1,170-7, 1999.
157. DAY, G.; LANIER, A. Alaska native mortality, 1979–1998. DAWSON-HUGHES, B. Proceedings of the International 211. POORTMANS, J.R.; DELLALIEUX, O. Do regular high protein
Public Health Rep; 118:518–530, 2003. Symposium on Nutritional Aspects of Osteoporosis. Lausanne, diets have potential health risks on kidney function in athletes? Int
158. VALWAY, S. Cancer mortality among Native Americans in Switzerland: Elsevier, 2007, pp 204-216. J Sport Nutr Exerc Metab; 10(1):28-38, 2000.
the United States: regional differences in Indian health 1984–1988 186. DAWSON-HUGHES, B. Protein intake and calcium absorption 212. WRONE, E.M.; CARNETHON, M.R.; PALANIAPPAN, L. et
and trends over time. Rockville, Md: Indian Health Service; 1992. – Potential role of the calcium sensor receptor. In: BURCKHARDT, al. Third National Health and Nutrition Examination Survey.
P.; HEANEY, R.; DAWSON-HUGHES, B. Proceedings of the Association of dietary protein intake and microalbuminuria in healthy
159. BAQUET, C. Native Americans’ cancer rates in comparison
International Symposium on Nutritional Aspects of Osteoporosis. adults: Third National Health and Nutrition Examination Survey.
with other peoples of color. Cancer; 78:1538–1544, 1996.
Lausanne, Switzerland: Elsevier, 2007, pp 217-227. Am J Kidney Dis; 41(3):580-7, 2003.
160. LANIER, A. Cancer incidence in Alaska Natives: comparison
187. SEBASTIAN, A. Dietary protein content and the diet’s net acid load: 213. KNIGHT, E.L.; STAMPFER, M.J.; HANKINSON, S.E. et al.
of two time periods, 1989–93 vs. 1969–73. Cancer Suppl; 83:1815–
opposing effects on bone health. Am J Clin Nutr; 82(5):921-2, 2005. The impact of protein intake on renal function decline in women
1817, 1998.
with normal renal function or mild renal insufficiency. Ann Intern
161. LANIER, A.; JONES, D. Existence of Alaska Native health 188. JEOR, S.T.; HOWARD, B.V.; PREWITT, T.E. et al. Dietary
Med; 138:460-7, 2003.
disparities. Am J Public Health; 97(9):1541-1542, 2007. protein and weight reduction: a statement for healthcare professionals
from the Nutrition Committee of the Council on Nutrition, Physical 214. MARTIN, W.F.; ARMSTRONG, L.E.; RODRIGUEZ, N.R.
162. LOUCHINI, R.; BEAUPRÉ, M. Cancer incidence and mortality Dietary protein intake and renal function. Nutrition & Metabolism;
Activity, and Metabolism of the American Heart Association.
among Aboriginal people living on reserves and northern vilages in 2:25, 2005.
Circulation; 104(15):1869-74, 2001.
Québec, 1988–2004. Int J Circumpolar Health; 67(5):445–451, 2008. 215. BILSBOROUGH, S.; MANN, N. A review of issues of dietary
189. WOLFE, B.M.; GIOVANNETTI, P.M. Short term effects of
163. HILDES, J.A.; SCHAEFER, O. The changing picture of protein intake in humans. Int J Sport Nutr Exerc Metab; 16(2):129-
substituting protein for carbohydrate in the diets of moderately
neoplastic disease in the western and central Canadian Arctic (1950- 52, 2006.
hypercholesterolemic human subjects. Metabolism; 40, 338-343, 1991.
1980). Can Med Assoc J; 130: 25-32, 1984. 216. NELSON, G.J.; SCHMIDT, P.C.; KELLEY, D.S. Low-fat diets
190. O’DEA K, T. K.; IRELAND, P.; NIALL, M. et al. The effects of
164. ROBINSON, E.J.; GEBRE, Y.; PICKERING, J.L. et al. Effect do not lower plasma cholesterol levels in healthy men compared to
diet differing in fat, carbohydrate, and fiber on carbohydrate and lipid
of bush living on aboriginal Canadians of the Eastern James Bay high-fat diets with similar fatty acid composition at constant caloric
metabolism in type II diabetes. J Am Diet Assoc; 89: 1076-1086, 1989.
region with non-insulin-dependent diabetes mellitus. Chronic Dis intake. Lipids; 30(11):969-76, 1995.
191. WOLFE, B.M.; PICHE, L.A. Replacement of carbohydrate by
Can; 16:144–8, 1995. 217. SIMOPOULOS, A.P. The Mediterranean diets: What is so
protein in a conventional-fat diet reduces cholesterol and triglyceride
165. BOOTH, F.W.; VYAS, D.R. Genes, environment, and exercise. concentrations in healthy normolipidemic subjects. Clin Invest Med; special about the diet of Greece? The scientific evidence. J Nutr;
Adv Exp Med Biol; 502:13-20, 2001. 22, 140-148, 1999. 131: 3065S–3073S, 2001.
166. BOOTH, F.W.; CHAKRAVARTHY, M.V.; GORDON, S.E. et al. 192. LAYMAN, D.K.; BOILEAU, R.A.; ERICKSON, D.J. et al. A 218. CORDAIN, L.; FRIEL, J. The Paleo Diet for Athletes. Rodale, 2005.
Waging war on physical inactivity: using modern molecular ammunition reduced ratio of dietary carbohydrate to protein improves body 219. PHINNEY, S.D. Ketogenic diets and physical performance.
against an ancient enemy. J Appl Physiol; 93(1):3-30, 2002. composition and blood lipid profiles during weight loss in adult women. Nutr Metab (Lond); 1(1):2, 2004.
167. BOOTH, F.W.; LEES, S.J. Fundamental questions about genes, J Nutr; 133(2):411-7, 2003. 220. KIMBALL, S.R.; JEFFERSON, S.L. Amino acids as regulators
inactivity, and chronic diseases. Physiol Genomics; 17: 28(2):146- 193. FARNSWORTH, E.; LUSCOMBE, N.D.; NOAKES, M. et al. of gene expression. Nutr Metab (Lond); 1(1):3, 2004.
57, 2007. Effect of a high-protein, energy-restricted diet on body composition, 221. KOOPMAN, R.; WAGENMAKERS, A.J.; MANDERS, R.J. et
168. ANGEL, L.J. Health as a crucial factor in the changes from glycemic control, and lipid concentrations in overweight and obese al. Combined ingestion of protein and free leucine with carbohydrate
hunting to developed farming in the eastern Mediterranean. In: hyperinsulinemic men and women. Am J Clin Nutr; 78(1):31-9, 2003. increases postexercise muscle protein synthesis in vivo in male
COHEN, M. N.; ARMELAGOS, G. J. Paleopathology at the Origins 194. AUDE, Y.W.; AGATSTON, A.S.; LOPEZ-JIMENEZ, F. et al. subjects. Am J Physiol Endocrinol Metab; 288(4):E645-53, 2005.
of Agriculture. Orlando: Academic Press, 1984, pp. 51-73. The national cholesterol education program diet vs a diet lower in 222. FUJITA, S.; VOLPI, E. Amino acids and muscle loss with aging.
169. CORDAIN, L.; BRAND MILLER, J.; EATON, S.B. et al. Plant carbohydrates and higher in protein and monounsaturated fat: a J Nutr; 136(1 Suppl):277S-80S, 2006.
to animal subsistence ratios and macronutrient energy estimations in randomized trial. Arch Intern Med; 164(19):2141-6, 2004. 223. FOSTER-POWELL, K.; HOLT, S.H.; BRAND-MILLER, J.C.
world wide hunter-gatherer diets. Am J Clin Nutr; 71:682-92, 2000. 195. MCAULEY, K.A.; HOPKINS, C.M.; SMITH, K.J. et al. International table of glycemic index and glycemic load values. Am
Comparison of high-fat and high-protein diets with a high- J Clin Nutr; 76:5–56, 2002.
170. CORDAIN, L. Saturated fat consumption in ancestral human
diets: implications for contemporary intakes. In: MESKIN, M.S.; carbohydrate diet in insulin resistant obese women. Diabetologia; 224. HOLT, S.H.; MILLER, J.C.; PETOCZ, P. An insulin index of
BIDLACK, W.R.; RANDOLPH, R.K. et al. Phytochemicals, 48(1):8-16, 2005. foods: the insulin demand generated by 1000-kJ portions of common
Nutrient-Gene Interactions. CRC Press (Taylor & Francis Group), 196. LUSCOMBE-MARSH, N.D.; NOAKES, M.; WITTERT, G.A. foods. Am J Clin Nutr; 66(5):1264-76, 1997.
2006, pp. 115-126. et al. Carbohydrate-restricted diets high in either monounsaturated 225. OSTMAN, E.M.; ELMSTÅHL, H.G.M.; BJORCK, I.M.E.
fat or protein are equally effective at promoting fat loss and improving Inconsistency between glycemic and insulinemic responses to regu-
171. CORDAIN, L.; GOTSHALL, R.W.; EATON, S.B. et al. Physical
blood lipids. Am J Clin Nutr; 81(4):762-72, 2005. lar and fermented milk products. Am J Clin Nutr; 74:96 –100, 2001.
activity, energy expenditure and fitness: an evolutionary perspective.
Int J Sports Med; 19(5):328-35, 1998. 197. NOAKES, M.; KEOGH, J.B.; FOSTER, P.R. et al. Effect of an 226.LILJEBERG ELMSTAHL, H.; BJORCK, I. Milk as a supplement
energy-restricted, highprotein, low-fat diet relative to a conventional to mixed meals may elevate postprandial insulinaemia. Eur J Clin
172. CORDAIN, L.; GOTSHALL, R.W.; EATON, S.B. Evolutionary
high-carbohydrate, low-fat diet on weight loss, body composition, Nutr; 55:994–999, 2001.
aspects of exercise. World Rev Nutr Diet; 81:49-60, 1997.
nutritional status, and markers of cardiovascular health in obese 227. HOYT, G.; HICKEY, M.S.; CORDAIN, L. Dissociation of the
173. EATON, S.B.; EATON, S.B. An evolutionary perspective on women. Am J Clin Nutr; 81(6):1298-306, 2005. glycaemic and insulinaemic responses to whole and skimmed milk.
human physical activity: implications for health. Comp Biochem Br J Nutr; 93(2):175-7, 2005.
198. APPEL, L.J.; SACKS, F.M.; CAREY, V.J. et al. Effects of protein,
Physiol A Mol Integr Physiol; 136(1):153-9, 2003.
monounsaturated fat, and carbohydrate intake on blood pressure 228. HOPPE, C.; MOLGAARD, C.; VAAG, A. et al. High intakes of
174. SELLEN, D.W. Comparison of infant feeding patterns reported and serum lipids: results of the OmniHeart randomized trial. JAMA; milk, but not meat increase s-insulin and insulin resistance in 8-year-
for nonindustrial populations with current recommendations. J Nutr; 294(19):2455-64, 2005. old boys. Eur J Clin Nutr; 59(3):393-8, 2005.
131(10):2707-15, 2001. 199. KALOPISSIS, A.D.; GRIFFATON, G.; FAU, D. Inhibition of 229. SIMOPOULOS, A.P. Importance of the ratio of omega-6/omega-
175. BASTOS, P. Inquérito realizado, no período 2001-2004, a uma hepatic very low density lipoprotein secretion on obese Zucker rats 3 essential fatty acids: evolutionary aspects. World Rev Nutr Diet;
amostra de 517 indivíduos residentes na área urbana de Lisboa. In: adapted to a high protein diet. Metabolism; 44:19-29, 2005. 92:1-22, 2003.
CONVENÇÃO INTERNACIONAL DE FITNESS. Inquérito re- 200. WEIGLE, D.S.; BREEN, P.A.; MATTHYS, C.C. et al. A high-protein 230. PELLA, D.; DUBNOV, G.; SINGH, R.B. et al. Effects of an
alizado, no período 2001-2004, a uma amostra de 517 indivíduos diet induces sustained reductions in appetite, ad libitum caloric intake, and Indo-Mediterranean diet on the omega-6/omega-3 ratio in patients
residentes na área urbana de Lisboa. Lisboa, 2006. body weight despite compensatory changes in diurnal plasma leptin and at high risk of coronary artery disease: the Indian paradox. World
176. ABUISSA, H.; O’KEEFE, J.H.; CORDAIN, L. Realigning our ghrelin concentrations. Am J Clin Nutr; 82(1):41-8, 2005. Rev Nutr Diet; 92:74-80, 2003.
21st century diet and lifestyle with our hunter-gatherer genetic 201. LEJEUNE, M.P.; KOVACS, E.M.; WESTERTERP- 231. CHAJES, V.; BOUGNOUX, P. Omega-6/omega-3
identity. Directions Psych; 25: SR1-SR10, 2005. PLANTENGA, M.S. Additional protein intake limits weight regain polyunsaturated fatty acid ratio and cancer. World Rev Nutr Diet;
177. NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES. Dietary Reference after weight loss in humans. Br J Nutr; 93(2):281-9, 2005. 92:133-51, 2003.
Intakes: The Essential Guide to Nutrient Requirements. National 202. BATTERHAM, R.L.; HEFFRON, H.; KAPOOR, S. et al. Critical 232. SOTA, M.; ALLEGRI, C.; CORTESI, M. et al. Targeting the
Academy Press, 2006. role for peptide YY in protein-mediated satiation and body-weight effects of omega-3 and omega-6 fatty acid supplementation on
178. KRAUSS, R.M.; ECKEL, R.H.; HOWARD, B. et al. AHA dietary regulation. Cell Metab; 4(3):223-33, 2006. schizophrenic spectrum disorders: role of neuroimaging. Med
guidelines: revision 2000: a statement for healthcare professionals Hypotheses; 69(2):466-7, 2007.
203. OBARZANEK E, VELLETRI PA, CUTLER JA. Dietary
from the Nutrition Committee of the American Heart Association. protein and blood pressure. JAMA; 275:1598–603, 1996. 233. WEISS, L.A.; BARRETT-CONNOR, E.; VON MUHLEN, D.
Circulation; 102:2284 –99, 2000. Ratio of n-6 to n-3 fatty acids and bone mineral density in older adults:
204. APPEL, L.J. The effects of protein intake on blood pressure
the Rancho Bernardo Study. Am J Clin Nutr; 81(4):934-8, 2005.
179. MANORE, M.M. Exercise and the Institute of Medicine and cardiovascular disease. Curr Opin Lipidol; 14(1):55-9, 2003.
234. BASTOS P. Ácidos gordos ómega 3 no desporto. An Nutr Esp
recommendations for nutrition. Curr Sports Med Rep; 4(4):193- 205. ELLIOTT, P. Protein intake and blood pressure in cardiovascular Func; 7(36): 17-24, 2007.
8, 2005. disease. Proc Nutr Soc; 62(2): 495-504, 2003.
235. COLGAN, M. Sports nutrition guide – Minerals, vitamins &
180. LEMON, P.W. Beyond the zone: protein needs of active 206. HODGSON, J.M.; BURKE, V.; BEILIN, L.J. et al. Partial antioxidants for athletes. Apple Publications, 2002.
individuals. J Am Coll Nutr; 19(Suppl5): 513S-521S, 2000. substitution of carbohydrate intake with protein intake from lean red 236. BASTOS, P. Carga Ácida da Dieta e implicações na Osteoporose
181. TIPTON, K.D.; WOLFE, R.R. Protein and amino acids for meat lowers blood pressure in hypertensive persons. Am J Clin e Sarcopenia. An Nutr Func Cicl Vida; 8(38): 32-39, 2008.
athletes. J Sports Sci; 22(1):65-79, 2004. Nutr; 83(4):780-7, 2006.
237. BASTOS, P. Potenciais Efeitos Adversos do Consumo de Leite
182. CAMPBELL, B.; KREIDER, R.B.; ZIEGENFUSS, T. et al. 207. KLAG, M.J.; WHELTON, P.K. The decline in stroke mortality. e Derivados. An Nutr Clín Func; 8(37): 11-17, 2008.
International Society of Sports Nutrition position stand: protein and An epidemiologic perspective. Ann Epidemiol; 3:571–5, 1993. 238. AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. ACSM’s
exercise. J Int Soc Sports Nutr; 26: 4:8, 2007. 208. STOLZENBERG-SOLOMON, R.Z.; SELHUB, J.; APPEL, L.J. Guidelines for Exercise Testing and Prescription. Lippincott
183. DREYER, H.C.; VOLPI, E. Role of protein and amino acids in Association of dietary protein intake and coffee consumption with Williams and Wilkins, 2005.
the pathophysiology and treatment of sarcopenia. J Am Coll Nutr; serum homocysteine concentrations in an older population. Am J 239. HOLICK, M.F. Vitamin D deficiency. N Engl J Med;
24(2):140S-145S, 2005. Clin Nutr; 69:467–75, 1999. 357(3):266-81, 2007.

Revista Nutrição Saúde & Performance 27

Das könnte Ihnen auch gefallen