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ESTUDO APONTA SITUAÇÃO MUNDIAL DO VOLUNTARIADO EMPRESARIAL

Panorama mostra tendências baseado na experiência de 49 empresas

Com o objetivo de criar novos conhecimentos sobre voluntariado empresarial e fortalecer


a atuação em todo o mundo, o GCVC (Conselho Global de Voluntariado Empresarial),
com o apoio do Instituto C&A e outras dez empresas, realizou uma pesquisa qualitativa
inédita com 49 empresas globais.
Chamada de "Estudo sobre Voluntariado Corporativo de Empresas Globais – O Estado da
Arte do Voluntariado Empresarial", a análise coincide com a comemoração do 10º
aniversário do Ano Internacional do Voluntariado, instituído pelas Nações Unidas em
2001, e aponta novas diretrizes para o tema, trazendo informações significativas sobre a
América Latina e, em especial, sobre o Brasil.

Participaram do estudo empresas de atuação global, ou seja, que atuam em pelo menos
três continentes do planeta e que também desenvolvem programas de voluntariado
nessas regiões. Entre os entrevistados estão a C&A, Telefônica, Camargo Correa, UPS,
The Walt Disney Company, The Coca-Cola Company, Microsoft, Vale, GE, Kraft Foods
Inc, Monsanto, Nike, Starbucks entre outras.

Os dados analisados indicam que o voluntariado empresarial global, desenvolvido há


mais de 30 anos, é uma força dinâmica e crescente e que se encontra em processo de
evolução. Não pode ser considerado ainda um movimento consolidado, à medida que as
empresas desenvolvem, em cada região em que atuam, trabalhos diferentes em níveis
diferentes.

A pesquisa revela também que existe um movimento para a profissionalização do setor:


da mesma forma que as companhias têm se engajado para a globalização dos negócios,
é possível perceber este mesmo interesse na atuação voluntária.

Na análise, foram identificados quatro modelos diferentes de programas de voluntariado


empresarial:

· Comercial: Alinhado com os objetivos de negócios, que agrega valor para a empresa;

· Assistência social: Voltado a ajudar pessoas em condição de vulnerabilidade social;

· Desenvolvimento social: Inclinado a transformar sistemas ineficientes;

· Desenvolvimento humano: Direcionado a criar voluntários engajados, comprometidos e


cidadãos e a fortalecer as comunidades atendidas.

Na América Latina, por exemplo, está surgindo um modelo diferenciado de voluntariado


empresarial centrado no exercício do direito da participação cidadã, ao invés de apenas
"fazer o bem". A grande diferença da América Latina em relação às outras regiões do
mundo é a forma como aumentou o nível de clareza sobre a ação voluntária. Além disso,
ao longo do tempo, as ações deixaram de ser paliativas e passaram a ser
transformadoras, com o objetivo de mudar profundamente a sociedade.

De acordo com a pesquisadora responsável pelas entrevistas na AL, Mónica Beatriz


Galiano, o perfil tem influenciado principalmente o Brasil. "Nestes 30 anos, o voluntariado
teve um avanço significativo no mundo e o Brasil pode ser considerado uma das nações
com maior destaque, pois muitos trabalhos desenvolvidos por empresas do país têm
como objetivo maior a transformação profunda na sociedade", diz Mónica. "Ao invés de
dar apenas comida, os voluntários de empresas brasileiras ensinam a população a
desenvolver tecnologias que criem novos métodos de trabalho e os ajudem a ganhar
dinheiro e comprar a comida. Esses voluntários também divulgam para essas pessoas
qual a maneira certa de questionar os governos sobre seus direitos em ter uma cesta
básica e construir políticas públicas que garantam que o alimento chegue até a mesa de
sua família", exemplifica a especialista.

O estudo detectou também que o trabalho voluntário está sendo aplicado nas empresas
como um recurso estratégico para ajudar a cumprir metas de negócios. Ou seja, ao invés
de basear-se somente no relacionamento com a comunidade, o trabalho voluntário
empresarial transformou-se em ferramenta de gestão da cultura corporativa, do
engajamento de empregados, da gestão de marcas e nas relações externas. A partir
disso, programas de voluntários estão construindo equipes de trabalho fortes e eficazes,
oferecendo aos empregados a oportunidade de crescimento pessoal e ajudando a
desenvolver habilidades de liderança e competências profissionais.

Outro perfil mapeado diz respeito à liderança das ações voluntárias empresariais. As
atividades, em sua maioria, são geridas por funcionários cada vez mais jovens. Eles têm
trazido energia e inovações para as empresas em que atuam, como, por exemplo, a
ampliação e novas formas de uso da tecnologia em favor dos trabalhos voluntários.
Existem exemplos de empresas que têm desenvolvido novas ferramentas on-line para
apoiar seus empregados por meio de portais, que disponibilizam materiais e redes sociais
para que os empregados possam trocar experiências e ideias.

Mas, apesar dos exemplos recentes de utilização inovadora da tecnologia para apoiar a
prática do voluntariado empresarial, o uso dessa ferramenta ainda é rotineira e limitada, já
que muitos funcionários não têm acesso a computadores no local de trabalho e as
ferramentas on-line, em sua maioria, são projetadas para atender apenas às
necessidades das empresas e não dos usuários. O estudo detecta que este é um dos
principais problemas enfrentados pelas empresas.

Outras dificuldades apontadas dizem respeito ao monitoramento de ações e impactos e


às avaliações periódicas sobre as atividades realizadas longe da sede, em regiões
espalhadas pelo globo. O documento revela que, ao se depararem com uma nova
realidade social, os problemas passam a ser as diferenças culturais, fator este que causa
maior impacto na gestão dos trabalhos voluntários.

"As empresas globais ainda têm dificuldade para estender o seu trabalho a outros países.
O perfil do voluntariado é ainda pautado, em muitos casos, pela holding e pode não ser
apropriado para outras regiões do mundo", explica Mónica Galiano. "Até mesmo o uso de
cores, imagens ou elementos gráficos pode ter implicações negativas dependendo da
comunidade. Por isso, ainda é preciso conhecer mais de perto e aprender a lidar com
essas múltiplas realidades, para que seja possível desenvolver programas voluntários
totalmente adequados em cada região", complementa.

CONTATO
Nome: Rení Tognoni
Fone: 11 3147-7912
Empresa: Máquina da Notícia
Pauta incluída por: Redação
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