Sie sind auf Seite 1von 3

Milton Jr.

Neckel
MEDICINA - FAG
Fundamentos de Videocirurgia

Introdução:
Com o advento da videocirurgia a partir do final da década de 80, o acesso laparoscópico
à cavidade peritoneal assumiu papel crescente no tratamento de afecções intra-
abdominais, oferecendo diversas vantagens, como:
• Menor dor pós-operatório
• Menor trauma orgânico
• Preservação das respostas imunológicas
• Menor taxa de infecção pós-operatória.
Os objetivos são semelhantes à laparotomia, existindo características próprias que o
distinguem, como equipamentos e técnicas.

Conceito:
Método operatório minimante invasivo que permite monitorar o ato operatório em tela de
vídeo e a realização de intervenções complexas por meio de abordagem cirúrgica a partir
de lúmen de vísceras ocas.

Intervenções mais freqüentes


Operações do aparelho digestório
• Colecistectomia
• Hernioplastia hiatal
• Vagotomia superseletiva
• Colectomia
Operações ginecológicas
• Operações ginecológicas (histerectomia)
• Operações torácicas (simpatectomias)

Vantagens
• Imagens do campo cirúrgico projetado em vídeo de alta resolução;
• Alta luminosidade do campo operatório;
• Acompanhamento visual do ato operatório por toda equipe;
• Estruturas anatômicas e identificações;
• Maior satisfação do paciente (estética);
• Menor trauma cirúrgico;
• Rápido restabelecimento pós-operatório;
• Menor trauma peritoneal;
• Menor quantidade de aderências;
• Menor índice de infecção;
• Cicatriz operatória menos evidente;
• Preservação da dinâmica da parede abdominal;
• Menor custo operacional e menor custo de internação;
• Menor índice de complicações cardiopulmonares em pacientes de alto risco;
• Menor dor no pós-operatório.
Milton Jr. Neckel
MEDICINA - FAG
Princípios básicos

Sistemas óticos
Laparoscopia vem sendo realizada desde o principio do século XX, pela utilização de
endoscópios rígidos denominados laparoscópios; A angulação das lentes pode ser
igualmente variável, desde 0º a 75º.
• Óticas sem angulação: melhor imagem frontal
• Óticas anguladas: fornecem imagens obliquas (melhor para visualizar a
cavidade pélvica e o hiato esofágico).

Videoimagem e iluminação
O laparoscópico possui uma entrada lateral que é ligada a uma fonte de luz, através de um
cabo de fibra ótica ou cristal liquido que transmite a luminosidade para dentro da cavidade.
O grau de luminosidade varia de acordo com o diâmetro do cabo (entre 3,6 e 6 mm). As
fontes atuais de luz são lâmpadas de xênon que substituíram as antigas fontes
halogenadas.
Na porção proximal do laparoscópio tem uma microcâmera computadorizada acoplada,
que expressa à resolução em pixels.

Insuflação cavitária
Criação de um espaço entre o peritônio parietal e as vísceras abdominais, criando um
pneumoperitônio. O gás carbônico tem sido o gás-padrão para criação do
pneumoperitônio, tendo como características principais:
• Excelente solubilidade;
• Risco baixo de embolia;
• Não ser inflamável;
• Estabilidade química;
• É tolerado pela maioria dos pacientes.
O oxido nitroso tem se apresentado como alternativa, tendo como características
principais:
• Ausência de alterações ácido-básicas;
• Efeitos hemodinâmicos discretos;
• Propriedades anestésicas.

Para a criação e manutenção do pneumoperitônio, utiliza-se insufladores eletrônicos


capazes de produzir um débito superior a 15 l/min;
Durante a fase inicial da insuflação cavitária, o seu débito não deve ser superior a 2 l/min,
com objetivo:
• De evitar a distensão aguda do diafragma, que esta associada à dor escapular
pós-operatória, pela irritação do nervo frênico.
Normalmente os procedimento videocirúrgicos são realizados com pressão intra-
abdominais que variam de 12 a 14mmHg, sendo necessário o insuflador de alto débito
para compensar as rápidas perdas de CO2 secundárias à aspiração intracavitárias.
Milton Jr. Neckel
MEDICINA - FAG
Técnica e instrumental videocirúrgico
Os procedimentos videocirúrgicos são realizados sob anestesia geral, que permite:
• Relaxamento muscular ideal, facilitando a criação e manutenção do
pneumoperitônio;
• Permite controle ventilatório ideal com monitorização dos gases, principalmente
CO2 expirado, evitando-se quadros de hipercarbia (elevação da concentração do
dióxido de carbono) e acidose respiratória.

A cavidade abdominal através da cicatriz umbilical é puncionada “às cegas” com agulha
de Veress, onde para avaliar-se a correta punção, são realizadas 3 manobras:
1. Aspiração: após aspiração da seringa não deve haver a presença de
sangue ou outro fluidos, que sinalizam posicionamento inadequado.
2. Injeção: o soro fisiológico é injetado através da agulha, que se bem
posicionada, não haverá resistência.
3. Gotejamento: a entrada passiva de soro através da agulha enquanto é
realizada a tração da aponeurose, demonstra posicionamento adequado,
pela pressão negativa da cavidade abdominal.

Contra-indicações e complicações da videocirurgia

Absolutas Relativas
Coagulopatia severa Operação abdominal prévia
Distensão abdominal maciça Distensão abdominal moderada
Insuficiência cardiopulmonar grave Peritonite difusa
Hérnia encarcerada
Insuficiência cardiopulmonar
moderada

Das könnte Ihnen auch gefallen