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INTRODUÇÃO
1
O autor além de suportar o mal que lhe é feito geralmente pela privação de um direito tinha que suportar o
ônus da demora de forma integral.
2
Temos como exemplo alguns tipos de ação no Livro IV do Código de Processo Civil, bem como a Ação
Popular, a Ação Civil Pública etc.
3
É bom não olvidarmos que existe a possibilidade de aditamento do pedido antes mesmo da citação,
conforme os art. 294 c/c art.321, do CPC.
4
Art. 273, §6º do Código de Processo Civil: “A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um
ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela dele, mostrar-se incontroverso”.
9
pedido incontroverso, bem como se tal decisão tem caráter provisório ou definitivo,
ou seja, se ela pode ou não ser revogada ao longo do processo.
Ao final, proporemos a cisão do julgamento com a possibilidade da
existência de uma sentença intermediária, quebrando o dogma da Unicidade do
Julgamento e mudando o entendimento de que a sentença é apenas o provimento
judicial que põem fim ao processo em primeiro grau, resolvendo as questões do
267 e do 269 do CPC; e passando a entender que sentença é o provimento que
põem fim a qualquer discussão controversa no processo.
Se essa sentença for concedida ao longo do processo normalmente,
após a instrução ou dilação probatória, ou no caso de julgamento antecipado da
lide, ela continua a ser o ato que põe fim aos pontos controvertidos no processo,
sendo o ato do juiz que implica em algumas situações do 267 e do 269 do CPC,
devendo acolher ou rejeitar o pedido formulado pelo autor, tendo a função de
pacificação dos interesses antagônicos ou controvertidos; se ela for concedida no
caso de pedido incontroverso, a decisão que a conceder será denominada de
sentença interlocutória (ou intermediária), com a produção de todos os efeitos de
uma sentença final, nos termos dos art. 162; 459; 472, e outros artigos do Código
de Processo Civil. Essa sentença é de mérito específico.
Essa cisão do julgamento de mérito, se fosse admitida por nosso
ordenamento jurídico, passaria a permitir, como veremos no decorrer deste
trabalho, que se atendam as necessidades do autor de plano, através da chamada
execução definitiva, o que daria uma maior efetividade e celeridade ao processo.
CAPÍTULO 1 Perspectivas
- Metodológicas:
Instrumentalidade do Processo e Acesso à Justiça
5
Teoria das Exceções e dos Pressupostos Processuais, do jurista alemão Oskar Von Bülow.
6
Cândido Rangel Dinamarco em sua obra, a Instrumentalidade do Processo defende que que Bülow apenas
racionalizou e desenvolveu uma idéia pré-existente, propondo os seus desdobramentos. Enfatizando que na
realidade ele não criou a idéia da relação jurídica processual, nem tão pouco a sua concepção tríplice.
(DINAMARCO, Cândido Rangel. Instrumentalidade do Processo. 10ª Ed. Editora Malheiros, São Paulo,
2001).
7
Segundo Alexandre Câmara, é nessa fase que surgem os maiores nomes do Direito Processual Civil de todos
os tempos, tais como: Guiseppe Chiovenda, Francesco Carnelutti, Piero Calamandrei, Erico Tullio Liebman,
dentre outros. (CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil.Vol.I. 9ª Ed. Editora
Lúmen Júris, Rio de Janeiro. 2003, p. 9).
11
efetivação de um direito substancial. Esse é o seu aspecto negativo, que pode ser
melhor vislumbrado no Princípio da Instrumentalidade das Formas.
Essa atual tendência do instrumentalismo tem como objetivo
precípuo conferir meios hábeis e eficazes aos jurisdicionados para que possam
satisfazer os direitos urgentes, ou aqueles que se encontrarem em situação de
perigo e dano iminente.
Segundo Cândido Rangel Dinamarco8, a efetivação da
instrumentalidade do processo, visa coloca-lo a disposição das pessoas com
vistas a eliminar as suas insatisfações, buscando a justiça e assegurando-lhes a
liberdade.
8
Cândido Rangel Dinamarco, A Instrumentalidade do Processo, cit., p.331
9
Cândido Rangel Dinamarco, A Instrumentalidade do Processo, cit., p.365
10
Luiz Guilherme Marinoni, Novas Linhas de Processo Civil, 3ª ed. São Paulo. Malheiros, 1999. cit, p. 33
12
mão de parcelas dos seus direitos a ter que esperar um provimento final mais
demorado.
O Estado, que tem a incumbência de conduzir o processo em tempo
razoável11, deve ser dotado de meios capazes de proporcionar uma resposta
eficiente as demandas que lhe são propostas, e para isso deve usar de maneira
correta as técnicas que lhe são colocadas a disposição, v.g., técnicas da cognição,
da antecipação, das sentenças e da atuação dos direitos.
O que se espera, quando se busca a proteção a algum direito, é que
o Judiciário possa assegurá-lo de maneira eficaz, sem deixar que a demora
excessiva para a prestação dessa tutela, acarrete uma injustiça ou uma
inadequação à demanda pleiteada.
Cada vez mais a efetividade do processo mostra-se como um grande
problema a ser superado dentro do ordenamento jurídico. Acontece que ela está
ligada a uma série de fatores intrínsecos e extrínsecos do Poder Judiciário, que
abarcam desde a sua estrutura até o sistema de tutela de direitos. Temos que por
em prática os princípios e garantias constitucionais para que se tenha um melhor
exercício da função jurisdicional, a fim de se obter uma tutela adequada e justa,
sendo inclusive o ônus do tempo processual dividido de maneira equânime entre
as partes litigantes.
O que se busca, em verdade, é evitar protelações a fim de se obter a
efetividade da garantia constitucional de uma tutela jurisdicional12 tempestiva.
Destarte, a Tutela Antecipatória foi introduzida no nosso sistema processual como
uma técnica de distribuição do ônus do tempo na relação jurídica, tentando
restaurar a igualdade no procedimento.
Ora, a tutela antecipada veio corroborar com o Princípio da Máxima
Efetividade do Processo, visando não só a garantia da entrega da prestação
jurisdicional, mas também uma tutela satisfatória, tempestiva e completa.
Às vezes, a morosidade processual pode alterar a necessidade do
autor, pois se a tutela não for concedida de forma imediata, a demora pela
prolação da sentença de mérito pode equivaler a uma negação a própria justiça.
O que não podemos olvidar é que o direito a uma tutela jurisdicional
tempestiva é corolário do próprio direito de acesso à justiça.
11
Após a Emenda Constitucional nº 45/04, tal garantia passou a ser tratada de forma expressa na própria
Constituição, art. 5º, LXXVIII, que dispõe: “A todos, no âmbito de judicial e administrativo, são assegurados
a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”. Antes da EC a idéia
de acesso à ordem jurídica justa já comportava por si só a idéia da efetividade e tempestividade da tutela.
Ponto importante sobre o tema, refere-se ao fato de, ainda que em lei infraconstitucional, já termos a idéia de
celeridade positivada no nosso ordenamento jurídico. Ver art. 5º, §2º da CF c/c art. 8º do Pacto de São José da
Costa Rica, ratificado pelo Brasil em 06.11.1992.
Art. 5º, § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja
parte.
Art. 8º, 1. Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por
um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de
qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de
natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza.
12
Quando falamos em tutela jurisdicional, falamos na proteção que o Estado confere àquele que tem direito
ao bem jurídico da vida. Ela se dá por meio da atividade jurisdicional que deve ser provocada pela parte.
13
13
O tempo do processo, a morosidade processual, é um dos fundamentos dogmáticos que permite a concessão
da tutela antecipatória.
14
CAPPELLETTI, Mauro, Acesso à Justiça, Tradução de Ellen Gracie Northfleet. Porto Alegre: Fabris,
1988, p. 31.
15
Os direitos metaindividuais dividem-se em direitos difusos e direitos coletivos. São direitos que estão acima
dos indivíduos e pertencem a uma coletividade como um todo e não a algumas pessoas determinadas e
específicas.
14
art. 6º do nosso Código de Processo Civil, que proíbe que alguém pleiteie em
nome próprio direito alheio.
2ª) Fase da Proteção dos Direitos Supra-individuais: essa fase foi
marcada pela introdução no nosso ordenamento jurídico de meios hábeis a
proteção desses direitos, v.g, a ação popular, a ação civil pública, a ação civil
coletiva e o mandado de segurança coletivo.
3ª) Fase da Busca da Satisfação do Jurisdicionado ou da
Instrumentalidade do Processo: a terceira e ultima fase, é a que vivemos
hodiernamente; os processualistas buscam descobrir meios capazes de garantir
uma tutela jurisdicional justa e efetiva, capaz de satisfazer plenamente o
jurisdicionado.
É nesse contexto que está inserida a busca pela efetivação do
processo, bem como a criação de tutelas específicas capazes de satisfazer de
forma cada vez mais intensa e célere as pretensões de quem ingressa em juízo.
16
ASSIS, Araken de. “Fungibilidade das Medidas Inominadas Cautelares e Satisfativas”, Revista de
Processo, 100/39.
17
Note que essas tutelas de urgência também surgiram como um remédio provisório e necessário para tentar
compatibilizar o conflito entre duas garantias constitucionais: o devido processo legal e o acesso efetivo à
justiça.
18
“Não existe, no Estado de Direito, lugar para decisões fruto do poder arbitrário”. Bandeira de Mello, Celso
Antônio. Elementos de Direito Administrativo. Editora RT, São Paulo. 1980, pág. 20.
É relevante ressaltar que em 1980, essa idéia de arbitrariedade já existia, se contrapondo a idéias que hoje
ainda são recentes.
16
2.2. Conceituação:
19
Também tem caráter especial e excepcional, porque a regra geral é que a execução seja precedida da
cognição (atos coativos somente após a sentença que declare o direito).
17
20
LOPES, João Batista. Tutela Antecipada no Processo Civil Brasileiro. Saraiva, 2001. São Paulo.
18
21
Luiz Guilherme Marinoni, Novas Linhas de Processo Civil, pág.124; Idem, A Antecipação de Tutela,
pág. 24. Idem. Manual do Processo de Conhecimento, p. 234.
22
Note que a tutela que satisfaz o direito material não pode ser classificada como tutela cautelar, já que essa
não pode antecipar a tutela de conhecimento, pressupondo sempre a existência de um outro direito que é
pleiteado na ação principal. A tutela que realiza o direito seja com base na cognição sumária, seja com base na
cognição exauriente, não é e nem pode ser cautelar.
23
Segundo Cândido Rangel Dinamarco, em sua obra acerca da Instrumentalidade do Processo, quando o
juiz concede uma cautelar, optando por não deixar o direito material sujeito a sacrifício, ele está tomando uma
medida rigorosamente instrumentalista, porque ele usa o processo como um instrumento para conceder algo
(direitos) com base na possibilidade razoável e suficiente.
19
2.4. Caracterização:
24
Ver também o §2º do art. 262 do CPC.
25
Revista Forense, vol. 334/472
26
Sobre o tema ver também item 2.5, página 32 deste trabalho.
20
27
“Deixe-se claro destarte, que estamos estudando a ‘prova inequívoca’ suficiente para o surgimento da
verossimilhança necessária para a concessão da tutela antecipatória de cognição sumária baseada em fundado
receio de dano” (Marinoni, Luiz Guilherme. Manual do Processo de Conhecimento. P.248.).
21
28
Marinoni, Luiz Guilherme. Tutela Antecipada e Julgamento Antecipado. P.161
22
29
A Reforma da Reforma, p.100.
23
30
Art. 59 do CPC.
31
Marinoni, Luiz Guilherme. Técnica Processual e Tutela de Direitos, Ed. RT. São Paulo, 2004. p. 143
24
32
Exceto nos casos legalmente previstos nos art. 302 e incisos e no 320, do CPC
33
Ver o que dispõem o art. 269, II, III e V do CPC
34
Este caso é também denominado doutrinariamente como reconhecimento do pedido, e pode ser: total, que
impõe a extinção do processo com julgamento de mérito; ou parcial, que supõe a possibilidade de
fracionamento do julgamento.
35
Art. 334, II e III do CPC.
25
36
Segundo Carnelutti lide é o conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida.
37
Em consonância com esse entendimento escreve Marinoni: “Não pode admitir protelação, razão pela qual o
procedimento deveria viabilizar a tutela imediata de parcela do pedido ou mesmo de um dos pedidos
cumulados tornados incontroversos no curso do procedimento que ainda deve caminhar adiante para a
elucidação da outra parcela do pedido, ou do outro pedido cumulado, ainda dependente de esclarecimento”.
(MARINONI, Luiz Guilherme. Tutela antecipatória e Julgamento Antecipado: Parte Incontroversa da
Demanda, 5ª Ed. São Paulo: Editora Malheiros, 2002, p.20).
26
Antes de adentrar nessa discussão temos que ter em mente que não
é o momento em que é proferida a decisão que vai definir se ela é ou não de
38
Entende parte da doutrina que esse parágrafo deveria ter sido introduzido no art. 330 do CPC, como um dos
casos de julgamento antecipado da lide.
27
mérito, mas sim o grau de cognição exercido pelo juiz. A partir disso veremos se
estamos diante de Tutela Antecipada ou de um Julgamento Antecipado, de uma
decisão final com formação de coisa julgada material.
Estamos diante um caso de Tutela Antecipada quando o juiz, com
base em uma cognição sumária, antecipa os efeitos da sentença.
Falar de tutela antecipada fundada em pedido incontroverso é falar
de julgamento antecipado parcial da lide. Não estamos diante de uma mera tutela
antecipatória, mas sim diante de uma decisão interlocutória com força de
sentença, pois está havendo um julgamento sobre parte do mérito, fundado em
um juízo de certeza, de cognição exauriente, apto a produzir coisa julgada
material.
Note que a decisão interlocutória, ainda que seja de mérito, não faz
coisa julgada material, podendo no máximo estar acarretada pela segurança da
preclusão, o que torna inviável a possibilidade de execução definitiva do
provimento judicial proferido, tendo em vista que essa decisão interlocutória não
pode fazer coisa julgada material, exatamente pelo fato de não transitar em
julgado.
Por não se tratar de um título executivo judicial essa decisão não
pode dar ensejo a uma ação de execução, então diante do não cumprimento
espontâneo da determinação judicial, o autor fica sem meios de efetivar essa
tutela39.
Nesse sentido, temos o entendimento do doutrinador Sérgio Fadel,
em seu livro acerca da Antecipação da Tutela:40
“Com toda a certeza, a decisão que antecipa a tutela não constitui título
executivo judicial, qualificação que o art. 586 do CPC reserva as
sentenças ali referidas, com as quais não se confunde o ato judicial de
que se cuida.
39
É importante ressaltar que as “astrentis” previstas no art. 461 do CPC não podem ser utilizadas no caso de
não cumprimento do art. 273, 6º do CPC por parte do réu, pois estas se destinam às obrigações de fazer e não
fazer.
40
FADEL, Sérgio Sahione. Antecipação da Tutela no Processo Civil. São Paulo: Dialética, 1998, p. 68
41
É importante mencionar que depois da edição da lei 11.232/05, tal dispositivo foi relocado para o art. 475-O
do Código de Processo Civil Brasileiro.
42
Trata-se de um requisito negativo para a concessão da Tutela Antecipada, pois é necessário que a
antecipação não implique na concessão de efeitos irreversíveis para que possa ser concedida.
28
CAPÍTULO 3. Sentença:
3.1. Conceituação:
44
O §1º do art. 162 do CPC versa que a sentença é o ato do juiz que implica em algumas situações previstas
nos art. 267 e 269 desta lei.
45
Marcelo Abelha, em sua obra Elementos de Direito Processual Civil, vol.2, pág. 242, faz uma crítica a
imprecisão técnica quanto ao conceito de sentença, dizendo que nem sempre a sentença é o ato pelo qual o
juiz põem fim ao processo, que, na maioria das vezes termina por acórdão. Sugere que melhor teria sido essa
conceituação se o legislador tivesse dito que sentença é o pronunciamento pelo qual o juiz põe termo ao
procedimento em primeiro grau de jurisdição, decidindo ou não o mérito da causa.
Ainda nesse sentido, José Frederico Marques, Instituições de Direito Processual Civil, vol. III, p. 392-393.
30
46
Vale lembrar que a lei nº 9099/90, que é a lei dos Juizados Especiais, em seu art. 38 dispensa o relatório.
31
47
Apud Marinoni, Luiz Guilherme. Manual do Processo de conhecimento, p. 464.
48
Theodoro Jr. Humberto. Sentença, p. 167
49
LIEBERMAN, Processo de Execução, 4ª ed., São Paulo, Saraiva, 1980, nº 7, p.17, apud Humberto
Theodoro Jr. em Sentença, p. 169.
32
não conceder a parte uma forma de efetivar o exercício pleno desse direito que já
é seu, sob o qual não pairam dúvidas fáticas?
A vantagem de se adotar esse entendimento, que aparentemente
está longe de ser admitido pelo nosso ordenamento jurídico justamente por conta
do conservadorismo reinante de dogmas e princípios que não foram quebrados ou
desmistificados, é que a sentença encontra-se no rol dos títulos executivos
judiciais, cabendo desde logo a execução definitiva daquilo que é incontroverso e
foi concedido em sede de tutela antecipada.
Ainda que houvesse recurso da decisão que a concedeu, este seria a
Apelação52 que seria julgada imediatamente pelo Tribunal, não sendo necessário
aguardar toda a fase de instrução processual.
Note que embora o efeito suspensivo seja a regra no nosso
ordenamento jurídico (Art. 520, caput do CPC), a apelação, neste caso, deverá ter
necessariamente apenas o efeito devolutivo (Art. 520, VII do CPC).
Nesses casos o juiz deverá determinar o desmembramento do
processo (art. 125; 262 c/c Poder Geral de Cautela) em caso de recurso contra tal
sentença interlocutória parcial, possibilitando o prosseguimento da ação em
relação à parte de pedido ou pedidos controvertidos.
52
Sobre o tema vide também item 3.3, p. 48 deste trabalho.
53
“Esse principio quer expressar que o mérito não deve ser resolvido pelo juiz em partes, pois seria mais
adequado considerar toda a sua extensão quando do julgamento. Como conseqüência lógica, o processo
deveria viabilizar somente uma oportunidade – uma sentença – para a sua solução”. (Marinoni, Luiz
Guilherme. Técnica Processual e Tutela de Direitos, Ed. RT. São Paulo, 2004. p. 141.
34
jurisdicional que lhe poderia ser prestada com mais imediatidade caso
54
não houvesse optado pela cumulação” .
54
Luiz Guilherme Marinoni, Novas Linhas de Processo Civil, pág.124
55
Em sentido contrário: José Wilson Boiago Júnior – “Da Tutela Antecipada em decorrência do pedido
incontroverso”. www.jus.com.br - pág.06 - “… no caso da tutela do parágrafo 6º do artigo 273 do CPC,
parece que o melhor entendimento é de dar o caráter de decisão interlocutória, e não de uma sentença, pois
não há permissivo legal no ordenamento jurídico brasileiro que possibilite a divisão de julgamento em um
único processo, ou seja, não pode haver duas sentenças para analisar os pedidos de uma única petição inicial,
até porque, o objeto do processo é concentrado exclusivamente nos pedidos do autor, e com isso, o juiz deve
analisá-los todos de uma só vez ao proferir a sentença”
56
DINAMARCO, Cândido Rangel. A Reforma da Reforma. 3ª Edição. Editora Malheiros. São Paulo,
2002. p. 96; ver também: MARINONI, Luiz Guilherme. A Antecipação de Tutela, p. 345 e seg.
35
57
Marinoni, Luiz Guilherme. Técnica Processual e Tutela de Direitos, Ed. RT. São Paulo, 2004,p. 143
36
58
Não há nenhum impedimento legal no nosso ordenamento jurídico que impeça tal procedimento, pois há
autorização expressa no CPC permitindo que se criem autos suplementares (art.159, do CPC). Além disso, o
nosso ordenamento jurídico admite essa cisão do processo, como por exemplo no caso de litisconsortes
multietudinários, onde se permite que o juiz separe em demandas autônomas, ou limite o numero de
litisconsortes a tantos quantos achar viável.
37
CONCLUSÃO:
61
MARINONI, Luiz Guilherme. Tutela Antecipatória e Julgamento Antecipado: Parte Incontroversa da
Demanda, 5ª Ed. São Paulo: Editora RT, 2002, p. 202.
40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABELHA, Marcelo; DIDIER, Fredie Jr.; CHEIM Flavio Jorge. A Nova Reforma
Processual. 2ª Ed. Saraiva: São Paulo, 2003.
______. Novas Linhas do Processo Civil. 3ª Ed. rev. e amp. São Paulo: Editora
Malheiros, 1999.
______. Técnica Processual e Tutela de Direitos. São Paulo: Ed. RT, 2004
THEODORO Jr., Humberto. Curso de Direito Processual Civil. 41ª Ed. Rio de
Janeiro. Editora Forense: 2004. v.I