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SOCIEDADES COOPERATIVAS

As cooperativas são sociedades simples sem finalidade lucrativa. Entre os cooperados


podem estar pessoas jurídicas que tenham por objeto as atividades econômicas de pessoas físicas
e também pessoas jurídicas sem fins lucrativos. As vantagens econômicas obtidas pelos
cooperados são frutos de atuação pessoal e não de investimentos em dinheiro, como em ações e
cotas, por exemplo. Por serem institucionais, são constituídas a partir de deliberação dos
fundadores em assembléia geral.

As sociedades cooperativas têm por objeto social um gênero de serviço, operação ou


atividade, prestado diretamente a seus cooperados. Nesse caso ela será qualificada como
sociedade cooperativa singular. Três ou mais cooperativas singulares podem constituir uma
cooperativa central ou federação de cooperativas, que tem o objetivo de organizar os serviços
econômicos e assistenciais para as filiadas, integrando e facilitando a utilização recíproca dos
serviços. Já a união de três ou mais federações de cooperativas formam a confederação de
cooperativas, cujo objetivo consiste em orientar e coordenar as atividades das filiadas.

A classificação das cooperativas também pode dizer respeito do objeto ou natureza das
atividades desenvolvidas por elas ou pelos seus associados. Elas se classificam em: Cooperativa
Agrícola, de consumo, de credito, educacional, especial, habitacional, de infra-estrutura, mineral,
de produção, de saúde, de trabalho e de turismo e lazer. Todavia, as cooperativas não precisam
ser de apenas uma espécie, existem as cooperativas mistas, que apresentam mais de um desses
objetos de atividade.

Ainda abordando a classificação, as cooperativas podem ser dividir em sociedades


limitadas e sociedades sem limites de responsabilidade. Na primeira, a responsabilidade dos
sócios pelos compromissos da sociedade atinge apenas o valor do capital social, enquanto na
segunda, essa responsabilidade é pessoal, solidaria e sem limites.

Vale ressaltar que o cooperativismo é um movimento mundial e com princípios


internacionalmente estabelecidos. Assim sendo, é necessário que se tenha muita atenção com as
características essenciais do cooperativismo, com vigência e validade em todo o mundo. São
elas:

• Liberdade de adesão: Número ilimitado de cooperados, e desde que se preencham


todos os quesitos, qualquer um pode participar.

• Variabilidade ou dispensa do capital social: O elemento essencial é a cooperação,


sendo o capital social secundário.
• Limitação do número de quotas-partes do capital para cada cooperado: o fundo
social da cooperativa não pode ficar concentrado na mão de um único cooperado ou nas
mãos de poucos.

• Cessão limitada de quota: não se pode ceder as quotas-partes do capital a terceiros,


estranhos à sociedade, ao menos que este preencher as condições para se tornar um
sócio.

• Princípio da administração democrática: independente do numero de quotas-partes


que possuir, cada cooperado corresponde a um voto nas assembléias. Só poderá ser
exercido o critério de proporcionalidade em cooperativas centrais, federações e
confederações de cooperativas.

• Resultado em função das operações: O superávit obtido ao final do exercício será


dividido tendo em vista as operações realizadas por cada cooperado, e não pelo número
de quotas-partes de cada um possui.

• Indivisibilidade dos fundos: as cooperativas são obrigadas a instituir um fundo de


reserva (com pelo menos 10% das sobras dos exercícios) com a finalidade de reparar
perdas e atender ao desenvolvimento de suas atividades. Também deveram instituir um
fundo de assistência técnica, educacional e social ( com pelo menos 5% das sobras)
com finalidade de prestar assistência a seus cooperados e familiares. Todavia, a
assembléia geral ainda pode criar outros fundos.

• Neutralidade política, religiosa, racial e social: As cooperativas não podem ter


objetivos sectários e nem se utilizar desses critérios para admitir seus sócios. Há de se
preservar a ampla solidariedade humana.

• Assistência a cooperados e empregados: É característica das cooperativas prestar


assistência a seus associados, e quando previsto nos estatutos, a seus funcionários,
concretizando assim os ideais de mutualismo e solidariedade.

• Limitação da área de admissão: Existe um critério, um limite geográfico na admissão


dos sócios, de forma a garantir a possibilidade de reunião efetiva, controle, operação e
prestação de serviços.

CONSTITUIÇÃO DA COOPERATIVA.
A constituição ocorre através de assembléia geral dos fundadores, com no mínimo 20
cooperados. O ato constitutivo deve conter: a denominação, na qual deve constar o termo
“cooperativa”; qualificação dos fundadores, com o respectivo número de quotas-partes e valores;
aprovação do estatuto da sociedade; qualificação dos cooperados eleitos para os órgãos de
administração e fiscalização.
As sociedades cooperativas também demandam um patrimônio próprio, para que suas
atividades sejam efetivamente realizadas. É o denominado capital social, ou melhor dizendo,
fundo social, que se faz por prestações periódicas por meio de contribuições dos cooperados.
Ainda para regulamentar seu funcionamento, a cooperativa deverá ter um livro de
matrícula, no qual os associados serão inscritos por ordem cronológica de admissão e sua
qualificação. Além deste, poderá haver outros livros obrigatórios, fiscais e contábeis.

ADMISSÃO, ELIMINAÇÃO E EXCLUSÃO DE COOPERADOS.

Qualquer pessoa, desde que preencha as condições estabelecidas no estatuto e que aceite
os propósitos sociais, pode ingressar na cooperativa, como enunciado anteriormente no principio
da livre adesão. Pode-se limitar a adesão de um novo cooperado apenas se for tecnicamente
impossível prestar serviços a ele ou pela localização geográfica não permitir a efetiva
participação do cooperado na sociedade.
A admissão de um novo cooperado se inicia com o ingresso de um pedido formulado pelo
interessado, que é submetido a aprovação pelo órgão administrador. Depois de aprovado,
conclui-se com a subscrição das quotas-partes de capital social e a assinatura do cooperado no
Livro de Matrícula.
É importante salientar que as cooperativas não podem: cobrar prêmios ou ágios pela
entrada de novos cooperados, remunerar quem agencie novos cooperados e estabelecer restrições
de qualquer tipo ao exercício dos direitos sociais, devendo tratar todos os cooperados de forma
igual.
O sócio se retirará da sociedade, ou por vontade própria, ou será eliminado em virtude de
infração legal ou infração ao estatuto. A decisão de eliminação será enviada ao cooperado em até
30 dias, já que o mesmo pode ingressar com recurso à primeira assembléia geral, a qual deverá
decidir a situação. Todavia, ainda se fala em exclusão do cooperado quando houver: dissolução
da pessoa jurídica sócia cooperada, morte do cooperado, incapacidade civil não suprida ou ainda
por deixar de atender aos requisitos estatutários de ingresso ou permanência na cooperativa.

ÓRGÃOS SOCIAIS DAS COOPERATIVAS.


Assembléia Geral: é o órgão supremo da sociedade cooperativa, com poderes para
decidir sobre os negócios que digam respeito ao objeto de atuação da cooperativa, bem como as
decisões para o desenvolvimento e defesa da sociedade. Suas votações são decididas pela
maioria dos cooperados presentes e regem toda a cooperativa, inclusive os ausentes e os que
votaram contra.
Diretoria ou Conselho de Administração: é o responsável pela administração da
cooperativa, composto exclusivamente por cooperados eleitos pela assembléia geral e
regulamentado pelo estatuto.
Conselho Fiscal: tem a função de fiscalizar a atuação dos administradores, sendo
composto por três membros efetivos e três suplentes, todos cooperados e eleitos anualmente pela
assembléia geral.

DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO

As sociedades cooperativas se dissolvem de pleno direito nas seguintes hipóteses:


1) Deliberação da assembléia geral;
2) Pelo decurso do prazo de duração;
3) Pela consecução dos objetivos pré-determinados;
4) Devido a alteração na forma jurídica;
5) Pela redução no número mínimo de cooperados, ou do capital social mínimo;
6) Pelo cancelamento da autorização para funcionar.

Depois da dissolução, segue-se para o procedimento de liquidação, que culminará na


extinção da personalidade e no cancelamento do registro da cooperativa. A liquidação ficará sob
responsabilidade de um ou mais liquidantes, nomeados pela assembléia geral e fiscalizados por
um conselho fiscal, também instituído pela assembléia geral. Durante o procedimento de
liquidação, a denominação da cooperativa virá seguida da expressão “ em liquidação”.
Para fins de preservação dos interesses coletivos, os liquidantes deverão convocar uma
assembléia geral a cada seis meses, ou sempre que necessário, para apresentar o balanço do
estado da liquidação e prestar contas. Após o final do balanço, havendo sobra de patrimônio,
deverá haver reembolso para os cooperados do valor de suas quotas-partes. Já se o patrimônio
ativo não for suficiente para saldar os credores, os liquidantes fornecerão aos credores a relação
dos cooperados.
Por fim, concluída a liquidação, será convocada assembléia geral para prestação final de
contas, que se aprovada, encerra a liquidação e a sociedade extingue-se, devendo a ata da
assembléia ser arquivada na Junta Comercial e publicada.

Pontifícia Universidade Católica De São Paulo


FACULDADE DE DIREITO

DIREITO COMERCIAL
Livro: Manual de Direito Empresarial

Autor: Gladston Mamede

Fichamento do Cap. 9: “ Outras sociedades institucionais”

Aluno: Gabriel de Branco Nastari Turma: NA3

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