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Alteração ao Decreto -Lei n.º 67/2003, de 8 de Abril importador do bem de consumo no território da Comunidade
Os artigos 1.º, 4.º, 5.º, 6.º, 9.º e 12.º do Decreto -Lei Europeia ou qualquer outra pessoa que se apresente
n.º 67/2003, de 8 de Abril, passam a ter a seguinte redacção: como produtor através da indicação do seu nome, marca
(republicação do Decreto -Lei n.º 67/2003, de 8 de Abril) e) «Representante do produtor», qualquer pessoa singular
1 — O presente decreto -lei procede à transposição para pós -venda, à excepção dos vendedores independentes que
o direito interno da Directiva n.º 1999/44/CE, do Parlamento actuem apenas na qualidade de retalhistas;
certos aspectos da venda de bens de consumo e das assumido por um vendedor ou por um produtor
da República, 1.ª série — N.º 98 — 21 de Maio de 2008 2891 de reembolsar o preço pago, substituir, reparar ou ocupar -se
tias a ela relativas, com vista a assegurar a protecção dos de qualquer modo de um bem de consumo, no caso de este
1 — O presente decreto -lei é aplicável aos contratos substituir, reparar ou ocupar -se de qualquer modo de um
de compra e venda celebrados entre profissionais e bem de consumo, no caso de este não corresponder às
necessárias adaptações, aos bens de consumo fornecidos no h) «Reparação», em caso de falta de conformidade do
âmbito de um contrato de empreitada ou de outra prestação bem, a reposição do bem de consumo em conformidade
Artigo 1.º -B
Definições
a) «Consumidor», aquele a quem sejam fornecidos bens, 1 — O vendedor tem o dever de entregar ao consumidor
prestados serviços ou transmitidos quaisquer direitos, bens que sejam conformes com o contrato de compra
destinados e venda.
a uso não profissional, por pessoa que exerça com 2 — Presume -se que os bens de consumo não são conformes
carácter profissional uma actividade económica que vise com o contrato se se verificar algum dos seguintes
da Lei n.º 24/96, de 31 de Julho; a) Não serem conformes com a descrição que deles é
b) «Bem de consumo», qualquer bem imóvel ou móvel feita pelo vendedor ou não possuírem as qualidades do
corpóreo, incluindo os bens em segunda mão; bem que o vendedor tenha apresentado ao consumidor
o consumidor os destine e do qual tenha informado o vendedor à redução adequada do preço ou à resolução do contrato.
quando celebrou o contrato e que o mesmo tenha 2 — Tratando -se de um bem imóvel, a reparação ou a
c) Não serem adequados às utilizações habitualmente tendo em conta a natureza do defeito, e tratando -se
dadas aos bens do mesmo tipo; de um bem móvel, num prazo máximo de 30 dias, em ambos
d) Não apresentarem as qualidades e o desempenho os casos sem grave inconveniente para o consumidor.
habituais nos bens do mesmo tipo e que o consumidor 3 — A expressão «sem encargos», utilizada no n.º 1,
pode razoavelmente esperar, atendendo à natureza do bem reporta -se às despesas necessárias para repor o bem em
e, eventualmente, às declarações públicas sobre as suas conformidade com o contrato, incluindo, designadamente,
3 — Não se considera existir falta de conformidade, na perecido ou se tenha deteriorado por motivo não imputável
celebrado o contrato, o consumidor tiver conhecimento 5 — O consumidor pode exercer qualquer dos direitos
dessa falta de conformidade ou não puder razoavelmente referidos nos números anteriores, salvo se tal se manifestar
ignorá -la ou se esta decorrer dos materiais fornecidos pelo impossível ou constituir abuso de direito, nos termos gerais.
de compra e venda e tiver sido efectuada pelo vendedor, 1 — O consumidor pode exercer os direitos previstos no
ou sob sua responsabilidade, ou quando o produto, que se artigo anterior quando a falta de conformidade se manifestar
prevê que seja instalado pelo consumidor, for instalado dentro de um prazo de dois ou de cinco anos a contar
pelo consumidor e a má instalação se dever a incorrecções da entrega do bem, consoante se trate, respectivamente,
Artigo 3.º no número anterior pode ser reduzido a um ano, por acordo
1 — O vendedor responde perante o consumidor por 3 — (Revogado pelo Decreto -Lei n.º 84/2008, de 21
em que o bem lhe é entregue. 4 — (Revogado pelo Decreto -Lei n.º 84/2008, de 21
prazo de dois ou de cinco anos a contar da data de entrega 5 — (Revogado pelo Decreto -Lei n.º 84/2008, de 21
presumem -se existentes já nessa data, salvo quando 6 — Havendo substituição do bem, o bem sucedâneo
tal for incompatível com a natureza da coisa ou com as goza de um prazo de garantia de dois ou de cinco anos a
respectivamente,
1 — Em caso de falta de conformidade do bem com o data da denúncia, durante o período em que o consumidor
contrato, o consumidor tem direito a que esta seja reposta estiver privado do uso dos bens.
2 — O produtor pode opor -se ao exercício dos direitos
do artigo 4.º caducam no termo de qualquer dos prazos do vendedor sobre a coisa e sua utilização, ou de má utilização;
referidos no artigo anterior e na ausência de denúncia da b) Não ter colocado a coisa em circulação;
desconformidade pelo consumidor, sem prejuízo do disposto c) Poder considerar -se, tendo em conta as circunstâncias,
nos números seguintes. que o defeito não existia no momento em que colocou a
denunciar d) Não ter fabricado a coisa nem para venda nem para
ao vendedor a falta de conformidade num prazo de dois qualquer outra forma de distribuição com fins lucrativos,
meses, caso se trate de bem móvel, ou de um ano, se se tratar ou não a ter fabricado ou distribuído no quadro da sua
3 — Caso o consumidor tenha efectuado a denúncia da e) Terem decorrido mais de 10 anos sobre a colocação
tratando -se de bem móvel, os direitos atribuídos 3 — O representante do produtor na zona de domicílio
ao consumidor nos termos do artigo 4.º caducam decorridos do consumidor é solidariamente responsável com o produtor
dois anos a contar da data da denúncia e, tratando -se de bem perante o consumidor, sendo -lhe igualmente aplicável
imóvel, no prazo de três anos a contar desta mesma data. o n.º 2 do presente artigo.
4 — O prazo referido no número anterior suspende -se 4 — (Revogado pelo Decreto -Lei n.º 84/2008, de 21
uso dos bens com o objectivo de realização das operações 5 — (Revogado pelo Decreto -Lei n.º 84/2008, de 21
inicia -se com a ocorrência de um dos seguintes factos: um dos direitos previsto no artigo 4.º bem como a pessoa
a) As partes acordem no sentido de submeter o conflito contra quem foi exercido o direito de regresso gozam de
b) A mediação ou a conciliação seja determinada no a coisa, por todos os prejuízos causados pelo exercício
c) Se constitua a obrigação de recorrer à mediação ou 2 — O disposto no n.º 2 do artigo 3.º aproveita também
Responsabilidade directa do produtor provando que o defeito não existia quando entregou a
1 — Sem prejuízo dos direitos que lhe assistem perante coisa ou, se o defeito for posterior à entrega, que não foi
o vendedor, o consumidor que tenha adquirido coisa defeituosa causado por si.
pode optar por exigir do produtor a sua reparação 4 — Sem prejuízo do regime das cláusulas contratuais
ou substituição, salvo se tal se manifestar impossível ou gerais, o acordo pelo qual se exclua ou limite antecipadamente
desproporcionado tendo em conta o valor que o bem teria o exercício do direito de regresso só produz
se não existisse falta de conformidade, a importância desta efeitos se for atribuída ao seu titular uma compensação
1 — O profissional pode exercer o direito de regresso continuar a invocá -la e a exigir a sua aplicação.
artigo 329.º do Código de Processo Civil. 1 — Sem prejuízo do regime das cláusulas contratuais
2 — O profissional goza do direito previsto no artigo anterior gerais, é nulo o acordo ou cláusula contratual pelo qual
durante cinco anos a contar da entrega da coisa pelo antes da denúncia da falta de conformidade ao vendedor
de dois meses a contar da data da satisfação do direito ao 2 — É aplicável à nulidade prevista no número anterior
Artigo 11.º
1 — (Revogado pelo Decreto -Lei n.º 84/2008, de 21 e consumidor apresentar ligação estreita ao território
2 — A declaração de garantia deve ser entregue ao consumidor reger o contrato, de uma lei de um Estado não membro que
por escrito ou em qualquer outro suporte duradouro se revele menos favorável ao consumidor não lhe retira os
a que aquele tenha acesso. direitos atribuídos pelo presente decreto -lei.
a) Declaração de que o consumidor goza dos direitos A Direcção -Geral do Consumidor deve promover acções
previstos no presente decreto -lei, e na demais legislação destinadas a informar e deve incentivar as organizações
aplicável, e de que tais direitos não são afectados pela profissionais a informarem os consumidores dos direitos
c) Os benefícios atribuídos ao consumidor por meio 1 — Constituem contra -ordenações puníveis com a
do exercício da garantia, bem como as condições para a aplicação das seguintes coimas:
atribuição destes benefícios, incluindo a enumeração de a) De € 250 a € 2500 e de € 500 a € 5000, consoante
todos os encargos, nomeadamente aqueles relativos às o infractor seja pessoa singular ou pessoa colectiva, a
despesas de transporte, de mão -de -obra e de material, e violação do disposto no n.º 2 do artigo 4.º;
ainda os prazos e a forma de exercício da mesma; b) De € 250 a € 3500 e de € 3500 a € 30 000, consoante
d) Duração e âmbito espacial da garantia; o infractor seja pessoa singular ou pessoa colectiva, a
e) Firma ou nome e endereço postal, ou, se for o caso, violação do disposto no n.º 3 do artigo 9.º
electrónico, do autor da garantia que pode ser utilizado 2 — A negligência e a tentativa são puníveis sendo os
para o exercício desta. limites mínimo e máximo das coimas aplicáveis reduzidos
1 — Quando a gravidade da infracção o justifique, podem os efeitos que se lhes atribuem, segundo as normas
ainda ser aplicadas, nos termos do regime geral das legalmente estabelecidas, ou, na falta delas, de modo
c) Privação do direito a subsídio ou benefício outorgado danos patrimoniais e não patrimoniais resultantes do
duração máxima de dois anos contados a partir da data da de culpa, pelos danos causados por defeitos de produtos
1 — Compete à Autoridade de Segurança Alimentar e ao da sua publicação, sem prejuízo do disposto no n.º 2.
Económica (ASAE) fiscalizar a aplicação do disposto no 2 — As normas previstas no artigo 9.º entram em vigor
presente decreto -lei, bem como instruir os processos de 90 dias após a publicação deste diploma.
a) 60 % para o Estado;
b) 30 % para a ASAE;
c) 10 % para a CACMEP.
Artigo 13.º
«Artigo 4.º
informação
interna a Directiva n.o 2000/31/CE, do Parlamento Europeu 5 — O disposto no presente diploma não exclui a aplicação
e do Conselho, de 8 de Junho de 2000, relativa da legislação vigente que com ele seja compatível,
a certos aspectos legais dos serviços da sociedade de nomeadamente no que respeita ao regime dos contratos
informação, em especial do comércio electrónico, no celebrados a distância e não prejudica o nível de protecção
mercado interno (Directiva sobre Comércio Electrónico) dos consumidores, incluindo investidores, resultante
n.o 2002/58/CE, de 12 de Julho de 2002, relativa ao Artigo 4.Prestadores de serviços estabelecidos em Portugal
relativa à Privacidade e às Comunicações Electrónicas). sujeitos à lei portuguesa relativa à actividade que exercem,
1 — Estão fora do âmbito do presente diploma: da informação prestados noutro país comunitário.
c) O regime do tratamento de dados pessoais e efectivo considera-se estabelecido em Portugal seja qual
e) Os jogos de fortuna, incluindo lotarias e apostas, do serviço, só por si, um estabelecimento efectivo.
em que é feita uma aposta em dinheiro; 3 — O prestador estabelecido em vários locais considera-
caracterizadas pela fé pública ou por outras em que tenha o centro das suas actividades relacionadas
2 — O presente diploma não afecta as medidas tomadas 4 — Os prestadores intermediários de serviços em rede que
pretendam exercer estavelmente a actividade em Portugal e) A matéria disciplinada por legislação escolhida
devem previamente proceder à inscrição junto da entidade de pelas partes no uso da autonomia privada;
5 — «Prestadores intermediários de serviços em rede» são os que respeita às obrigações deles emergentes;
que prestam serviços técnicos para o acesso, disponibilização e g) A validade dos contratos em função da observância
informação não estabelecidos em Portugal mas estabelecidos nomeadamente as entidades de supervisão, podem restringir
aplicável, exclusivamente no que respeita a actividades da informação proveniente de outro Estado membro
à qualidade e conteúdo dos serviços, à publicidade repressão de crimes ou de ilícitos de mera ordenação social;
número anterior, com as limitações constantes dos artigos da segurança e defesa nacionais;
sujeitos à aplicação geral da lei portuguesa, ficando também a) Da solicitação ao Estado membro de origem
sujeitos a este diploma em tudo o que não for do prestador do serviço que ponha cobro à
Estão fora do âmbito de aplicação dos artigos 4.o, que tome se revelem inadequadas, da notificação
das bases de dados e das topografias dos produtos 3 — O disposto no número anterior não prejudica
b) A emissão de moeda electrónica, por efeito de e demais actos praticados no âmbito de uma investigação
derrogação prevista no n.o 1 do artigo 8.o da criminal ou de um ilícito de mera ordenação social.
alcance e condições da autorização da podem tomar providências restritivas não precedidas das
entidade seguradora e empresas em dificuldades notificações à Comissão e aos outros Estados membros
ponha cobro a uma situação violadora devem comunicá- rede está sujeita ao regime comum, nomeadamente em
lo à entidade de supervisão central, a fim de ser caso de associação de conteúdos, com as especificações
de tomar providências restritivas, ou as tomem efectivamente, Artigo 12.Ausência de um dever geral de vigilância dos
de supervisão central, a fim de serem logo notificadas Os prestadores intermediários de serviços em rede
à Comissão e aos Estados membros de origem. não estão sujeitos a uma obrigação geral de vigilância
devem ser também indicadas as razões da urgência ou de investigação de eventuais ilícitos praticados no
permanentemente em linha, em condições que permitam obrigação para com as entidades competentes:
um acesso fácil e directo, elementos completos de a) De informar de imediato quando tiverem conhecimento
a um regime de autorização prévia, deve disponibilizar d) De fornecer listas de titulares de sítios que alberguem,
em que se encontra inscrito, bem como referenciar as 1 — O prestador intermediário de serviços que prossiga
regras profissionais que disciplinam o acesso e o exercício apenas a actividade de transmissão de informações
4 — Se os serviços prestados implicarem custos para sem estar na origem da transmissão nem ter
os destinatários além dos custos dos serviços de intervenção no conteúdo das mensagens transmitidas
entrega, estes devem ser objecto de informação clara 2 — A irresponsabilidade mantém-se ainda que o
de comunicações em rede que não tenha intervenção regime de responsabilidade correspondente ao estabelecido
condições de acesso à informação é isento de toda a Artigo 18.o Solução provisória de litígios
responsabilidade pela armazenagem temporária e automática, 1 — Nos casos contemplados nos artigos 16.o e 17.o,
exclusivamente para tornar mais eficaz e económica o prestador intermediário de serviços, se a ilicitude não
a transmissão posterior a nova solicitação de for manifesta, não é obrigado a remover o conteúdo
2 — Passa, porém, a aplicar-se o regime comum de só pelo facto de um interessado arguir uma violação.
responsabilidade se o prestador não proceder segundo 2 — Nos casos previstos no número anterior, qualquer
b) No uso da tecnologia, aproveitando-a para obter e oito horas e logo a comunica electronicamente
3 — As regras comuns passam também a ser aplicáveis 3 — Quem tiver interesse jurídico na manutenção
se chegar ao conhecimento do prestador que a daquele conteúdo em linha pode nos mesmos termos
informação foi retirada da fonte originária ou o acesso recorrer à entidade de supervisão contra uma decisão
tornado impossível ou ainda que um tribunal ou entidade do prestador de remover ou impossibilitar o acesso a
administrativa com competência sobre o prestador esse conteúdo, para obter a solução provisória do litígio.
que está na origem da informação ordenou essa remoção 4 — O procedimento perante a entidade de supervisão
e o prestador não a retirar ou impossibilitar imediatamente 5 — A entidade de supervisão pode a qualquer tempo
Artigo 16.o Armazenagem principal 6 — Qualquer que venha a ser a decisão, nenhuma
comuns, pela informação que armazena se tiver conhecimento serviços por ter ou não retirado o conteúdo ou impossibilitado
de actividade ou informação cuja ilicitude for o acesso a mera solicitação, quando não for
as circunstâncias que conhece, o prestador do serviço 8 — Orecurso a estes meios não prejudica a utilização
tenha ou deva ter consciência do carácter ilícito da pelos interessados, mesmo simultânea, dos meios judiciais
informação. comuns.
2 — A remissão é lícita se for realizada com objectividade de chamada automática, aparelhos de telecópia ou por
representar uma maneira de tomar como próprio o conteúdo 2 — Exceptuam-se as mensagens enviadas a pessoas
ilícito para que se remete. colectivas, ficando, no entanto, aberto aos destinatários
a) A confusão eventual dos conteúdos do sítio de ou serviço, no que respeita aos mesmos ou a produtos
c) A área do sítio de destino para onde a remissão a possibilidade de o recusar por ocasião da transacção
CAPÍTULO IV Comunicações publicitárias em rede e 4 — Nos casos previstos nos números anteriores, o
marketing directo destinatário deve ter acesso a meios que lhe permitam
1 — Não constituem comunicação publicitária em rede: de justa causa, o envio dessa publicidade para
objectivamente bens, serviços ou a imagem de um operador, em fins de marketing directo, ocultando ou dissimulando
colectâneas ou listas, particularmente quando não tiverem a identidade da pessoa em nome de quem é efectuada
b) Mensagens destinadas a promover ideias, princípios, um endereço e um meio técnico electrónico, de fácil
2 — A comunicação publicitária pode ter somente por fim do serviço recusar futuras comunicações.
promover a imagem de um operador comercial, industrial, 7 — Às entidades que promovam o envio de comunicações
artesanal ou integrante de uma profissão regulamentada. publicitárias não solicitadas cuja recepção seja
Nas comunicações publicitárias prestadas à distância, por si ou por organismos que as representem, uma
por via electrónica, devem ser claramente identificados lista actualizada de pessoas que manifestaram o desejo
de modo a serem apreendidos com facilidade por um de não receber aquele tipo de comunicações.
a) A natureza publicitária, logo que a mensagem por via electrónica às pessoas constantes das listas prescritas
brindes, e os concursos ou jogos promocionais, bem como os 1 — As comunicações publicitárias à distância por via
1 — O envio de mensagens para fins de marketing à independência e honra e ao sigilo profissionais, bem
como à lealdade para com o público e dos membros Artigo 27.o
2 — «Profissão regulamentada» é entendido no sentido Oprestador de serviços em rede que celebre contratos
constante dos diplomas relativos ao reconhecimento, por via electrónica deve disponibilizar aos destinatários
na União Europeia, de formações profissionais. dos serviços, salvo acordo em contrário das partes que
CAPÍTULO V Contratação electrónica não sejam consumidores, meios técnicos eficazes que
As disposições deste capítulo são aplicáveis a todo antes de formular uma ordem de encomenda.
Artigo 25.o Liberdade de celebração 1 — O prestador de serviços em rede que celebre contratos
1 — É livre a celebração de contratos por via electrónica, em linha deve facultar aos destinatários, antes
sem que a validade ou eficácia destes seja prejudicada de ser dada a ordem de encomenda, informação mínima
públicos ou outros entes que exerçam poderes c) A língua ou línguas em que o contrato pode
relação a terceiros e ainda os negócios legalmente para poderem ser identificados e corrigidos
um contrato quem se tiver vinculado a proceder dessa forma. 2 — O disposto no número anterior é derrogável por
4 — São proibidas cláusulas contratuais gerais que imponham a acordo em contrário das partes que não sejam consumidores.
celebração por via electrónica dos contratos com consumidores. Artigo 29.o
a exigência legal de forma escrita quando contidas 2 — É dispensado o aviso de recepção da encomenda
em suporte que ofereça as mesmas garantias de fidedignidade, nos casos em que há a imediata prestação em linha
2 — O documento electrónico vale como documento 3 — O aviso de recepção deve conter a identificação
76 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 5 — 7 de Janeiro se enviar a comunicação para o endereço electrónico
Contratos celebrados por meio de comunicação individual solução extrajudicial de litígios entre prestadores e destinatários
Os artigos 27.o a 29.o não são aplicáveis aos contratos de serviços da sociedade da informação, com
celebrados exclusivamente por correio electrónico ou observância das disposições concernentes à validade e
outro meio de comunicação individual equivalente. eficácia dos documentos referidas no presente capítulo.
Apresentação dos termos contratuais e cláusulas gerais Entidades de supervisão e regime sancionatório
como o aviso de recepção, devem ser sempre comunicados Entidade de supervisão central
de maneira que permita ao destinatário armazená- 1 — É instituída uma entidade de supervisão central
2 — A ordem de encomenda, o aviso de recepção presente diploma, salvo nas matérias em que lei especial
logo que os destinatários têm a possibilidade de aceder 2 — As funções de entidade de supervisão central
caso contrário, um convite a contratar. organismos de referência para os contactos que se estabeleçam
2 — O mero aviso de recepção da ordem de encomenda no seu domínio, fornecendo, quando requeridas,
não tem significado para a determinação do informações aos destinatários, aos prestadores de
Contratação sem intervenção humana gerais já assinaladas e das que lhes forem especificamente
meio de computadores, sem intervenção humana, é aplicável a) Adoptar as providências restritivas previstas nos
2 — São aplicáveis as disposições sobre erro: práticas a ser seguidas para cumprimento do
3 — A outra parte não pode opor-se à impugnação de serviços em face de graves irregularidades
por erro sempre que lhe fosse exigível que dele se e por razões de urgência.
administrativo sem mais especificação e nas que lhe de supervisão ou de outra entidade competente
central, além das atribuições gerais já assinaladas, armazenagem, tal como previsto na alínea b)
b) Publicitar outras informações, nomeadamente ou pôr termo a uma infracção nos termos da
d) Em geral, desempenhar a função de entidade que prestam, tal como previsto na alínea a) do
membros e com a Comissão Europeia, sem prejuízo d) A não remoção ou impedimento do acesso a
das competências que forem atribuídas a informação que armazenem e cuja ilicitude
1 — Constitui contra-ordenação sancionável com informação que armazenem, se, nos termos do
coima de E 2500 a E 50 000 a prática dos seguintes actos artigo 15.o, n.o 3, tiverem conhecimento que foi
aos destinatários regulada nos artigos administrativa da origem ordenou essa remoção
10.o, 13.o, 21.o, 22.o, n.o 6, e 28.o, n.o 1, do presente ou impossibilidade de acesso para ter exequibilidade
diploma; imediata;
b) O envio de comunicações não solicitadas, com f) A prática com reincidência das infracções previstas
c) A não disponibilização aos destinatários, quando coima de E 2500 a E 100 000 a prestação de serviços
de erros de introdução, tal como previsto do n.o 2, quando os prestadores de serviços não impossibilitem
d) A omissão de pronto envio do aviso de recepção 4 — A negligência é sancionável nos limites da coima
e) A não comunicação dos termos contratuais, 5 — A prática da infracção por pessoa colectiva
cláusulas gerais e avisos de recepção previstos agrava em um terço os limites máximo e mínimo da
2 — Constitui contra-ordenação sancionável com aplicada a sanção acessória de perda a favor do Estado
coima de E 5000 a E 100 000 a prática dos seguintes dos bens usados para a prática das infracções.
ser aplicada, simultaneamente com as coimas previstas e aplicação das sanções é a entidade de supervisão
no n.o 2 do artigo anterior, a sanção acessória de interdição central ou as sectoriais, consoante a natureza das
de seis anos e, tratando-se de pessoas singulares, da 3 — É aplicável subsidiariamente o regime geral das
da inibição do exercício de cargos sociais em de códigos de conduta pelos interessados e sua difusão
empresas prestadoras de serviços da sociedade da informação por estes por via electrónica.
por prazo superior a dois anos será obrigatoriamente 2 — Será incentivada a participação das associações
decidida judicialmente por iniciativa oficiosa e organismos que têm a seu cargo os interesses dos
4 — Pode dar-se adequada publicidade à punição por conduta, sempre que estiverem em causa os interesses
contra-ordenação, bem como às sanções acessórias aplicadas destes. Quando houver que considerar necessidades
1 — A entidade de supervisão a quem caiba a aplicação em rede pelas próprias entidades de supervisão.
do estabelecimento que é suporte daqueles serviços de conduta aprovados em domínio abrangido por este
da sociedade da informação, enquanto diploma que extravasem das finalidades da entidade que
decorre o procedimento e até à decisão definitiva; os emitiu ou tenham conteúdo contrário a princípios
da infracção.
Artigo 40.o
de 60 % e 40 %, respectivamente.
Artigo 41.o
Regras aplicáveis