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1) O documento discute a sociologia da educação a partir dos pensamentos de autores clássicos como Marx e neomarxistas.
2) Foram apresentados vídeos e aulas sobre educação ambiental e a visão de educadores como Moacir Gadotti e Paulo Freire.
3) O texto explora como a educação é usada para reproduzir a estrutura de poder segundo diferentes teóricos sociais.
1) O documento discute a sociologia da educação a partir dos pensamentos de autores clássicos como Marx e neomarxistas.
2) Foram apresentados vídeos e aulas sobre educação ambiental e a visão de educadores como Moacir Gadotti e Paulo Freire.
3) O texto explora como a educação é usada para reproduzir a estrutura de poder segundo diferentes teóricos sociais.
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1) O documento discute a sociologia da educação a partir dos pensamentos de autores clássicos como Marx e neomarxistas.
2) Foram apresentados vídeos e aulas sobre educação ambiental e a visão de educadores como Moacir Gadotti e Paulo Freire.
3) O texto explora como a educação é usada para reproduzir a estrutura de poder segundo diferentes teóricos sociais.
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clássicos dos pensamentos sociais a partir dos autores que focam questões relacionadas à educação, bem como os processos que norteiam esta importante prática na formação dos educadores.
Vamos além e antes de colocar pequenos
fragmentos das obras destes pensadores clássicos da sociologia vamos apresentar a seguir um breve relato de nossa construção para que possamos entender mais claramente a realidade da educação contemporânea e para isso assistimos a quatro vídeos e duas aulas: Entrevista com Moacir Gadotti, Ilha das Flores; Entrevista com Paulo Freire, aulas sobre a Educação Ambiental expondo como surgiu historicamente este importante tema e o documentário Pro dia Nascer Feliz. Moacir Gadotti, discípulo de Paulo Freire, com importantes trabalhos acadêmicos na área da educação. Neste vídeo particularmente, comenta sobre o livro recentemente lançado, intitulado: “ENCONTROS E CAMINHOS: FORMAÇÃO DE EDUCADORAS (ES) AMBIENTAIS E COLETIVOS EDUCADORES”, o livro, composto por vários artigos de diversos autores que escrevem sobre educação ambiental e o artigo de Gadotti tem como temática: “Pedagogia da Práxis”.
Nesta entrevista o autor deixa claro alguns
princípios fundamentais para este século, ou melhor, para o nosso momento histórico, por este prisma de análise destacamos os assuntos: a planetização (cidadão planetário); globalização (do conhecimento de qualidade ecológica); cidadania (crítica e participativa); sustentabilidade (modelo econômico – urgente); pedagogia da práxis (a inter-relação entre teoria e prática numa dinâmica dialético-sistêmico-ecológico- humanista) e ecopedagogia (inovação no processo metodológico).
O segundo vídeo: “Ilha das Flores”, neste
curta-metragem narrado pelo autor Paulo José aborda a crítica ao processo evolutivo dos seres humanos chegando ao capitalismo e as conseqüências da revolução tecnológica deixando como rastro seus dejetos orgânicos e inorgânicos que são utilizados por uma significativa parcela da população que vive literalmente desses refugos do sistema consumista.
É muito interessante notar com indignação a
que ponto chega o tratamento aos seres humanos. Não vamos, além disso, pois a subjetividade e os fundamentados do relatório do filme que vocês fizeram são o suficiente para que possamos debater o quadro social que nos revela o filme. Fica a pergunta; o QUE PODEMOS FAZER PARA AJUDAR A CONSTRUIR UM MUNDO MELHOR PARA TODOS TENDO COMO PRÁXIS A EDUCAÇÃO FÍSICA?
O terceiro é a entrevista com Paulo Freire que
nos dá a brilhante posição conceitual entre adaptação e inserção dos indivíduos em relação à existência no planeta. Percebemos que a adaptação do indivíduo está diretamente relacionada com o clima, as características geográficas, os aspectos culturais, etc. Quanto à inserção, nos revela a participação da pessoa no processo histórico-político de sua realidade. Neste sentido, Paulo Freire fala sobre a interação “eu – tu” como diálogos transformadores sobre os múltiplos olhares do contexto sócio-ambiental.
E vai além, no momento em que se emociona
ao falar da importância das marchas em manifestações pacíficas contra as injustiças cometidas em relação: dos sem escolas, dos sem educação de qualidade, dos sem teto, dos sem terra, dos sem saúde, enfim, exalta a importância das marchas de todos aqueles que vivem o mesmo drama e protestam de maneira conjunta os seus direitos garantidos pela Constituição Federativa do Brasil.
No que se refere às aulas de Educação
Ambiental abordamos vários assuntos que expuseram: O momento em que os danos ambientais passam a despertar o interesse da comunidade mais intelectualizada neste sentido destaca o livro “Primavera Silenciosa de Raquel Carson em 1962”.
Depois disso tivemos o Clube de Roma na
década de setenta, momento que foi apresentado também os esforços para que a mudança do paradigma econômico que na atualidade é o sistema capitalista neoliberal para o paradigma da sustentabilidade, isto é despertar a consciência da coletividade sobre os perigos para a vida na terra se insistirmos com este modelo de consumismo exacerbado.
Relatamos também os processos que
culminam na gradual e progressiva alteração climática e suas evidências como a chuva ácida, vazamentos de petróleo e a destruição de vários ecossistemas, acidentes nucleares, e atualmente o aquecimento global. Concomitante a estes fatos cresce o interesse em vários países pela educação ambiental. Esta postura está direcionada para formar o cidadão planetário consciente da importância da sustentabilidade, isto é o desenvolvimento sem agredir as fontes naturais.
Por todas estas abordagens focamos a
necessidade do desenvolvimento da educação- ludo-eco-corporal que visa à compreensão de que estamos encarnados no planeta terra através do nosso corpo e neste sentido fazemos parte do tecido vivo do planeta (Gaia). Fomos além e por este novo paradigma da sustentabilidade bem como a necessidade da educação ambiental para a construção permanente do processo de inserção dos educadores ambientais no atual contexto histórico para formar e informar as pessoas sobre a importância de participarmos como cidadãos planetários com consciência local e global.
A necessidade de uma alfabetização ecológica
para todos os níveis de ensino e para todas as pessoas, ficou evidente, pois na atualidade não mais podemos encarar as responsabilidades da educação ambiental como um sonho maluco de lutas eco-ambiental que tentam defender as mais diversas formas de vida no planeta, inclusive a nossa espécie.
As atuais necessidades devem envolver os
educadores para ampliar os debates e discussões sobre este importante tema e neste sentido é fundamental abrir espaços e tempo além de facilitar os encontros com representantes de diferentes manifestações culturais, seja de diferentes crenças religiosas, atuação profissional. Enfim envolver todos os segmentos da sociedade visando à importância de concretizar a mudança de atitude diante de si mesmo, dos outros e da natureza para a construção de um mundo melhor para todos.
O quarto vídeo é um documentário sobre a
realidade da educação em algumas realidades brasileiras. Nordeste e a região sudeste do Brasil são abordados neste rico material, inclusive ganhador de vários prêmios. Trata sobre a postura dos educadores e educandos nos vários estabelecimentos de ensino que na verdade mais se distanciam das possibilidades transformadoras. Algumas escolas que foram o foco das filmagens revelaram total despreparo das autoridades públicas em dignificar o papel do professor, bem como oferecer para os alunos acessos as informações de qualidade.
Em muitas dessas realidades filmadas a
jornada para se ter aulas revelou o esforço que os alunos têm que fazer para ir até a escola. A começar pelas condições de transporte dos alunos sem a menor segurança nas estradas de terra batida empoeiradas e em veículos que já deveriam ter sido encostados para reforma há muito tempo e quando conseguem chegar à escola alguns professores faltaram. O drama vivido nestas escolas que alimentam os sonhos e fantasias de muitos alunos que tem vontade e sensibilidade para transformar e transformar-se terminam por aderir ao sistema da passividade e efetivamente aprendem a se alienar diante de uma realidade que necessita ser reconstruída. Percebemos que muitos dos alunos têm consciência da realidade sócio-cultural que estão inseridos, mas seus estabelecimentos de ensino exigem a nota mínima para aprovação e estes são chamados a se concentrarem na responsabilidade de conquistar “as notas” e passam horas estudando o que muitas vezes não terá a menor utilidade em sua vida futura.
A realidade apresentada no filme mostra o
contraste bem como o nível de exigência em cada estabelecimento de ensino, suas estratégias para “educar” e ajudar cada aluno a descobrir seu próprio caminho. Neste sentido é que aparecem os poemas, as poesias e as artes de uma maneira geral, mas não aparece a área da educação física no contexto escolar. Por quê?
Diante desta trajetória acadêmica escolhida
chegamos ao momento de buscar nos textos dos pensadores da sociologia subsídios para melhor compreender o conceito de educação sob o ponto de vista de cada um destes autores.
São eles:
Segundo Marx (1818 – 1883)
• A educação é parte da superestrutura, que é
condicionada pelas forças materiais de produção; • A classe dominante impõe suas idéias como meio de controle; • A ideologia é uma falsa consciência, que impede as pessoas dominadas de perceberem seus interesses; • Na sociedade de classes as pessoas sofrem alienação porque seu trabalho não leva à auto- realização e à satisfação de suas necessidades econômicas; • Teoria e prática devem estar unidas: a práxis é essencial; • Como conseqüência: 1) a educação é um meio de dominação no capitalismo e deve servir como condutora do comunismo; 2) a educação pode ser uma força de mudança social, mas depende de mudanças prévias do poder político; 3) trabalho e educação devem ser associados (educação politécnica).
Neomarxistas:
Segundo Louis Althusser (1918 – 1990):
• As formações sociais reproduzem a força de
trabalho através dos salários e da educação; • O Estado possui: 1) O aparelho de Estado; 2) Os aparelhos repressivos do Estado (polícia, tribunais, prisões etc.), que agem através da coerção; 3) Os aparelhos ideológicos do Estado (escolas, igrejas meios de comunicação de massa, artes etc.) que agem através da difusão da ideologia. • Assim, a educação desenvolve na força de trabalho habilidades e atitudes convenientes às estruturas econômicas e de poder.
Segundo Pierre Bourdieu (1930 – 2002) e Jean-
Claude Passeron (1930 - ):
• Os grupos e classes dominantes controlam os
significados culturalmente legítimos e socialmente mais valorizados; • Estes significados medeiam às relações de poder entre grupos e classes; • Como resultado: 1) Aqueles que têm mais capitais culturais são mais bem sucedidos na escola; 2) A escolarização é a base para uma modalidade social limitada, que dá aparência de realidade à meritocracia; 3) Portanto, a educação é o processo de reprodução das diferenças culturais e sociais;
Segundo Samuel Bowles (1910 – 1999) e Hebert
Gintis ( - ):
• As relações sociais de produção determinam
as relações sociais de educação. Como conseqüência: 1) As escolas desenvolvem características pessoais e habilidades de acordo com os lugares que os estudantes virão a ter na estrutura ocupacional, de acordo com sua classe social de origem; 2) Critérios falsamente objetivos, como o teste de QI e as notas, disfarça as relações entre o sucesso na escola e a classe social; 3) Um sistema educacional mais igualitário não pode criar uma sociedade mais igualitária.
Segundo Antônio Gramsci (1891 – 1937):
• O estado é a união dialética da: 1) Sociedade política, que exerce dominação através da imposição de normas e meios coercivos; 2) Sociedade civil, que exerce a hegemonia ao nível da cultura e da ideologia; 3) A ideologia desempenha um papel – chave porque apóia a ordem social existente, mas também pode ser um meio de conscientização; 4) Em conseqüência, os intelectuais podem ter importante papel na mudança, como criadores e difusores de idéias e como organizadores; 5) A educação política deve desenvolver-se fora da escola; 6) A escola unitária deve difundir a cultura dominante, com ênfase nos conteúdos e na disciplina.
Nova Sociologia da Educação:
• O currículo é uma seleção de conhecimentos
aprovados pela sociedade e distribuídos a diversos grupos sociais em dosagens diferentes; • As etapas seletivas são: 1) Definição de conhecimentos; 2) Escolha de conteúdos da cultura; 3) Estratificação dos conteúdos; 4) Organização do currículo (tipos justapostos e integrados); 5) Distribuição aos diferentes grupos de estudantes.
PROFÉTICOS:
Segundo Ivan Illich (1926 – 2002)
• A escolarização é incompatível com a liberdade
e perpetua as diferenças entre países e classes. • As escolas ensinam uma visão burocratizada e
perpetuam o monopólio do saber. Portanto, a
sociedade como um todo deve ser desescolarizada e em lugar da educação compulsória, deve haver quatro tipos de redes: 1) Acesso direto aos objetos e fontes de estudos; 2) Troca de habilidades e conhecimentos; 3) Colegas que se complementam reciprocamente; 4) Educadores profissionais.
Paulo Freire (1921 – 1997):
• O Homem é sujeito da história, mas também
pode acomodar-se ao mundo como um animal; • Os opressores transformam os oprimidos em objetos e se os últimos deslocam os primeiros de sua posição, podem vir a restaurar a humanidade de ambos; • A educação bancária é monológica e conduz a opressão, porque nela os estudantes são objetos; • A educação libertadora pode levar os oprimidos à liberdade; • A educação libertadora é: Dialógica; Problematizadora; Crítica; Voltada para a responsabilidade social e política; Voltada para as relações entre reflexão e ação.
TEORIA DA DEPENDÊNCIA:
Segundo Peter Ludwig Berger (1929 - ):
• Há uma relação de dominação/subordinação
entre sociedades desenvolvidas e subdesenvolvidas; • As sociedades dependentes têm sua própria dinâmica dentro dos limites estabelecidos por aquelas relações; • No Brasil, os problemas educacionais são ao mesmo tempo, causas e efeitos da dependência. • O autor propõe um conceito de educação que considere indivíduos como sujeitos dos processos educacionais e sociais; • Ao nível da ciência, o autor propõe a “redução sociológica” como meio de superar a dependência.
Segundo Max Weber (1864 – 1920) e os
neoweberianos:
• Os sistemas escolares são burocracias, isto é,
organizações baseadas na autoridade legal; • A estratificação social apresenta dimensões
econômicas sociais e de distribuição do poder
a partir das quais emergem, respectivamente, as classes, grupos de status e partidos; • A educação pode servir de marca de identificação de um grupo de status, assim como critério de seleção que não está ligado à competência; • O diploma na sociedade burocrática pode criar privilégios análogos aos da aristocracia; • Nas sociedades industriais os requisitos ocupacionais dependem em grande parte de relações de poder; • A educação é um recurso utilizado pelos grupos sociais em sua competição pela riqueza, prestígio e poder; • A educação fornece credenciais que servem como moeda para a obtenção de empregos e de meio de seleção cultural.
Dando prosseguimento ao processo de análise
do tema educação em seu contexto sociológico, através da arte, das imagens, movimentos e sons, e muita criatividade para debater a realidade que nos envolve historicamente. Chegamos, finalmente aos mais elementares dos questionamentos: E daí?? Quais as conquistas que o processo educacional formal tem alcançado e que foi revertido para todas as pessoas no sentido de qualidade de vida vivida?
Para construir uma resposta sobre as práticas
das teorias recorremos à leitura do livro de Wilhelm Reich, “Escute, Zé-Ninguém”. É interessante notar que este material foi escrito para os arquivos do Orgone Institute coordenado pelo próprio autor. O livro tenta nos revelar como o homem comum deveria aprender o que um cientista e psiquiatra são na realidade.
É claro que podemos fazer uma analogia para
outras áreas de atuação profissional de nível superior, isto é, cursos que são exigidos para exercer a profissão, no nosso caso a educação física. Revela que estes profissionais (cientistas) deveriam familiarizar-se com a realidade, já que somente ela pode anular sua desastrosa obsessão por autoridade, mas também ser informado, com muita clareza, do quanto é séria a responsabilidade que lhe cabe em tudo o que faz, seja no trabalho, no estudo, no amor, no ódio, seja apenas em conversas.
Aprofunda sobre a necessidade de aprender
como acaba se transformando em um fascista. Revelam o protesto do autor, um cientista trabalhador contra o desígnio secreto, inconfesso, da PESTE EMOCIONAL de destruí-lo com flechas envenenadas de um esconderijo seguro. Entendemos como local seguro, o subjetivismo humano, que é atacado pela peste emocional que impede o diálogo com o outro e não permite vivenciar os tesouros que jazem inexplorados nas profundezas da natureza humana, prontos para serem utilizados para a realização das esperanças humanas.
Reich inicia alertando para o grande perigo
nas condições atuais que correm os que são verdadeiros vivos e agem com bondade e sem suspeitas em suas relações humanas. Eles supõem que os outros pensam e agem com generosidade, bondade e boa vontade de acordo com as leis da vida.
Essa atitude natural, fundamental tanto para as
crianças saudáveis quanto para o homem primitivo, representará inevitavelmente um grande perigo na luta por um modo de vida racional enquanto persistir a peste emocional, porque os atingidos pela peste atribuem sua própria maneira de pensar e agir a seus próximos.
Um homem bondoso acredita que todos os
homens são bondosos, ao passo que um homem infectado pela peste acredita que todos os homens mentem, enganam e têm sede de poder. Em tal situação os vivos estão em evidente desvantagem. Quando socorrem os contaminados, são sugados até o fim para depois serem ridicularizados ou traídos.
Um dos caminhos apontados por Reich é
defender com bravura a verdade, pois existem entre milhões de pessoas decentes e trabalhadoras, apenas alguns indivíduos contaminados pela peste, que fazem um mal indiscutível ao apelar para impulsos perigosos e sinistros do homem comum encouraçado e ao mobilizá-lo para o assassinato político.
Reich ensina que só existe um antídoto contra
a predisposição do homem comum para a peste: seu próprio entusiasmo por uma vida autêntica. A força vital não procura o poder, e sim exige apenas desempenhar seu papel pleno e reconhecido nas questões humanas. Ela se manifesta por meio do amor, do trabalho e do conhecimento.
Para isso é preciso que exista igual
oportunidade de expressão, a racionalidade está destinada acabar vencendo. Essa é a nossa grande segurança. Neste sentido passa a descrever como o Zé-ninguém age: “Você permite que os poderosos exijam poder para o Zé-ninguém”. Mas você mesmo se cala. Você confere mais poder aos poderosos e escolhe homens fracos e maus para representá-lo. E descobre tarde demais que você é sempre enganado. Reich faz com que o leitor se compreenda e mergulhe em sua própria realidade reconhecendo-se como seu próprio feitor e o único capaz de libertar-se. Segundo este autor todos nós temos um Zé-ninguém em nosso eu profundo e que não quer enxergar a verdade.
Não vamos, além disso, mas precisamos
compreender que a peste emocional ataca o “orgone” entendido conceitualmente como energia vital e por este ataque que os indivíduos passam a agir para impedir as manifestações em prol da liberdade e da democracia nos seus mais variados campos de observação.
Reich nos coloca muito bem que algumas
pessoas transformam suas aflições em estilos de vida, isto é uma virtude, que todos devem viver, entre eles destaca as questões da sexualidade como um dos mais violentos tabus em várias culturas do mundo e alerta quando essas pessoas se tornam professores e acabam por matar os instintos mais puros. Alerta que a peste emocional uma vez que se manifeste, o indivíduo passa a não tolerar o movimento livre, vivo e natural. Recomenda que marchemos em multidões para que se crie uma lei para a proteção da vida humana e das suas bênçãos. Pede para que se proteja o amor dos seus filhos pequenos das investidas de homens e mulheres lascivos e frustrados. Aborda várias questões relacionadas ao estilo de vida que se fundamentam na atitude de cada dia no amor, no trabalho e no conhecimento.
Deseja que percamos o medo de nós mesmos,
que possamos viver mais feliz e mais decentemente, que sejamos um corpo vivo, não um corpo rígido; que amemos nossos filhos e que não o odiemos; faça sua mulher feliz, não que a sujeite ao tormento “matrimonial” e neste sentido reconhece-se como cidadão da terra.
Percebemos que ao longo de todo o livro
Reich vai descobrindo as entranhas do comportamento humano e suas descobertas culminam no reconhecimento que a alma é uma função da energia vital (orgone) em outras palavras o corpo e a alma são uma unidade. Afirma que a energia vital se expande quando sentimo-nos felizes e amorosos e se contrai quando sentimos o sofrimento e a ansiedade. Reich se declara descobridor das leis da energia viva e nos dá o instrumento para que possamos comandar nossas próprias vidas nossa essência cósmica.
Diante do exposto, podemos construir várias
perguntas que possam servir de alavancas para obtermos respostas verdadeiras sobre nossa responsabilidade social, entre elas destacamos: Quais as atividades que devem ser oferecidas para que o nosso espaço comum se torne um local de transcendência? Qual a contribuição da área da educação física no processo de construção da cidadania planetária? Qual a missão e o perfil dos alunos que a ESEFM apresenta no seu Projeto Político-Pedagógico?