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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
Professor: Marcelo Travassos
Disciplina: Contabilidade Pública
1 – Administração Pública
1.1 - Conceito
É o conjunto coordenado de funções que visam a boa gestão da coisa
pública, de modo a possibilitar que os interesse da sociedade sejam alcançado. A
administração pública engloba todo o aparelhamento do Estado, preordenado à
realização de seus serviços, que buscam a satisfação das necessidades coletivas.
1.2 – Histórico
Ao longo da história, o Estado tem assumido diversos papéis:
___________________ – O poder pertence ao soberano por “determinação
divina, iluminado por Deus”. É o senhor supremo, o dono da terra, o rei o
imperador. Em suma, o poder é de origem divina é exercido por um indivíduo a
quem tudo pertence e que tudo pode;
___________________ – Os poderes agora são divididos e harmônicos;
___________________ – A vontade do povo estabelece as leis. Era preciso
deixar o particular fazer, escolhido pelo povo em nome do povo, um regime
popular: “igualdade, fraternidade e a liberdade”;
___________________ – o Estado passa a intervir significativamente na
economia, buscando suprir as necessidades que o modelo anterior não estava
satisfazendo.
1.3 – Estrutura
A administração financeira e orçamentária representa as ações de
gerenciar as finanças e orçamento do setor governamental, objetivando o
equilíbrio, a economicidade, a eficiência, a eficácia e a efetividade na gestão da
coisa pública e compreende toda a infra-estrutura composta de recursos humanos,
materiais e tecnológicos. Dividi-se em dois níveis:
____________________________ - Compreende os três poderes,
Ministério Público, Defensoria Pública, Ministérios, Secretarias e etc...;
A contabilidade pública é regulamentada especialmente pela Lei nº 4.320/64. Esta lei
estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e
balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Portanto, é uma
norma de âmbito nacional.
Dessa forma, O campo de aplicação da contabilidade pública é essencialmente o das
pessoas jurídicas de direito público – União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Portanto, todos os entes federados devem seguir as normas gerais de direito financeiro
estabelecidas na Lei nº 4.320/64.
Estados, Distrito Federal e Municípios podem ter suas próprias normas de direito
financeiro?
Sim, a Constituição Federal – CF/88 prevê que compete à União, aos Estados e ao Distrito
Federal legislar concorrentemente sobre direito tributário, financeiro, penitenciário,
econômico e urbanístico (art. 24, inciso I).
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Os Municípios não podem legislar concorrentemente, entretanto, a CF prevê que compete
aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar a legislação federal
e a estadual no que couber (art. 30, incisos I e II).
Portanto, cabe à União estabelecer as normas gerais de direito financeiro para elaboração e
controle dos orçamentos e balanços. Aos Estados, Municípios e Distrito Federal competem
aprovar as suas normas específicas acerca dessa matéria.
Nunca é demais Lembrar que cada Ente da Federação elabora e aprova suas leis
orçamentárias.
Não há dúvida de que o campo de aplicação da contabilidade pública abrange todos os
entes da federação (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) e seus órgãos da
administração direta.
__________________________ – Constitui-se das entidades públicas dotadas de
personalidade jurídica própria, que se encontram vinculadas aos Poderes por meio
de determinação em lei. (Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades
de economia mista)
______________________ – Correspondem a entidades autônomas criadas por
lei específica sujeitas à fiscalização do Estado. Como características próprias:
a) Instituídas por lei;
b) Dotadas de personalidade jurídica de direito público;
c) Patrimônio constituído pelo Estado;
d) Os bens e as rendas são considerados patrimônio público;
e) Orçamento obedece às regras da administração direta;
f) Os atos dos dirigentes equiparam-se aos atos administrativos;
g) Contratações sujeitas à licitação;
h) Pessoal sujeito ao regime jurídico único;
i) Possuem imunidade de impostos s/Patrimônio, Renda e Serviços;
j) Impenhorabilidade de bens e rendas.
_______________________ – Englobam entes que objetivam a realização de
atividades não lucrativas e que podem ser realizadas pelo setor público ou
privado, mas que são de interesse coletivo, tais como: educação, cultura,
pesquisa, desenvolvimento tecnológico, entre outros. Como características
próprias:
a) Criadas por lei;
b) Dotadas de personalidade jurídica de direito público;
c) Sem fins lucrativos;
d) Pessoal sujeito ao regime jurídico único;
e) Contratações sujeitas à licitação;
f) Orçamento obedece às regras da administração direta;
g) Possuem autonomia administrativa e patrimônio próprio;
h) Possuem imunidade de impostos s/Patrimônio, Renda e Serviços;
i) O funcionamento é constituído por recursos do Estado.
_______________________ – É uma organização com personalidade jurídica de
direito privado e participação exclusiva do Estado com seu capital e direção, ou
seja, é de propriedade do Estado. Não goza dos mesmos privilégios estatais,
salvos as prerrogativas previstas em lei, e privilégios fiscais.
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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA seria um bom exemplo de
empresa pública que recebe recursos do orçamento fiscal, portanto, segue as normas da
contabilidade pública.
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT é um exemplo de empresa pública
que não participa dos orçamentos fiscal e da seguridade social para custeio de pessoal,
material de consumo,
previdência social etc, portanto, não segue as normas da contabilidade pública, mas sim, da
contabilidade empresarial.
A Caixa Econômica Federal – CEF é uma empresa pública e não participa dos orçamentos
fiscal e da seguridade social para custeio da máquina administrativa, portanto, não está
abrangida no campo de aplicação da contabilidade pública.
___________________________________________ – É um ente dotado de
personalidade jurídica de direito privado, criados por lei para exercício de atividade
econômica, cujas ações, com direito a voto pertençam, em sua maioria, direta ou
indiretamente, ao Estado. Também não possuem privilégios fiscais:
a) É constituída por um estatuto social;
b) O capital é dividido em partes iguais de ações;
c) Seus sócios são, portanto, acionistas;
d) Seu estatuto deve conter: a denominação, o objeto, a sede, o valor do
capital, o prazo de duração, a regra de partilha dos lucros, etc...
A Sociedade de Economia Mista não está abrangida no campo de aplicação da
contabilidade pública, entretanto, quando receber recursos públicos para aplicação em
determinados projetos, ela aplica e presta contas conforme as normas da contabilidade
pública. Explicando melhor a frase: “cujas ações com direito a voto pertençam, em sua
maioria, direta ou indiretamente, ao poder público ou à entidade da administração indireta”.
O controle de uma entidade pode ser exercido de forma direto ou indiretamente:
Controle direto: Quando o investidor (poder público), possui em seu próprio nome mais de
50% do capital com direito a voto (ações ordinárias) da sociedade de economia mista.
2 – Contabilidade Pública
2.1 - Conceito
A Contabilidade Pública é uma especialidade da contabilidade, que,
baseada em normas próprias, está voltada ao registro, ao controle e à avaliação
do patrimônio público e suas respectivas variações, abrangendo aspectos
orçamentários, financeiros e patrimoniais, constituindo valioso instrumento para o
planejamento e o controle da administração governamental. Suas principais
características são:
a) Sua área de atuação compreende os três níveis do governo;
b) Tem por fim selecionar,estudar, registrar, interpretar, orientar, controlar,
resumir e demonstrar os fatos que afetam o patrimônio estatal;
c) Seu objeto de estudo é a gestão do patrimônio das entidades públicas
quanto ao aspecto contábil, orçamentário, patrimonial, financeiro e de
resultado;
d) Constitui um importante instrumento de planejamento e controle da
gestão governamental;
e) Suas normas estão definidas em lei (No: 4320/64).
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PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE
A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE GERAL
Aspectos Contabilidade Pública Contabilidade Geral
Legislação
Registro
Princípios
Regime de Escrituração
Resultado
Demonstrações
Financeiras
Sistemas de Escrituração
3 – Orçamento Público
3.1 - Conceito
No aspecto contábil, o sistema orçamentário representa o arcabouço
especialmente concebido para registrar a Receita Prevista e a Arrecadada e as
autorizações legais de Despesas constantes do Orçamento e dos créditos
Adicionais e a Despesa Executada, possibilitando a apuração do resultado
orçamentário.
O Governo deve estimar quanto vai arrecadar, e fixar quanto, em que e
como vai gastar o dinheiro que as pessoas colocam a sua disposição, para ser
executado em proveito dos próprios pagadores. Quando assim procede, o
Governo está planejando sobre a Receita e a Despesa Pública, ou em outras
palavras, está elaborando o Orçamento Público. A Lei que trata do Orçamento
Público é a 4320 que, depois de elaborada em todas as esferas do Governo em
um exercício para, depois de devidamente aprovada, vigorar no exercício
seguinte.
3.2 – Aspectos Importantes
A doutrina contábil costuma definir o orçamento público nos seguintes
aspectos:
- ____________________ = O orçamento público é considerado como o plano de
custeios, investimentos, inversões, transferências e receitas, proposto pelo Poder
Executivo para um exercício financeiro, e aprovado pelo Poder Legislativo;
- ____________________ = Na sua mais exata expressão, o orçamento pode ser
entendido como o quadro orgânico da economia pública, ou seja, um reflexo da
vida do Estado;
- ___________________ = O orçamento público é a lei que estima a receita e fixa
a despesa para um determinado exercício financeiro, estabelecendo
responsabilidade, compromisso e obrigações para a administração pública.
O orçamento corresponde ao principal instrumento da administração
governamental para traças programas, projetos e atividades para um período
financeiro, estimando suas receitas e planejando suas aplicações com definição
dos limites de gastos.
3.3 – Classificação do Orçamento
O orçamento pode ser classificado em tradicional ou clássico e em
orçamento-programa ou moderno.
- Orçamento ________________________________ = É o processo de
elaboração do orçamento em que é enfatizado o objeto de gasto. Trata-se apenas
de um detalhamento das receitas as arrecadar e as despesas a executar;
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- Orçamento___________________________ = A Lei 4320 estabelece a
obrigatoriedade da prática orçamentária, quando no Art 2º. Determina que o
orçamento conterá a discriminação da receita e da despesa, de forma a evidenciar
a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo.
3.4 – Ciclo Orçamentário
Corresponde ao processo que se inicia com sua concepção, passa por
discussões para posterior aprovação. Desdobra-se de acordo com o seguinte
roteiro:
a) Proposta do Executivo sob supervisão do chefe do poder e assistência dos
órgãos técnicos;
b) Discussão da aprovação dessa proposta pelo Parlamento;
c) Sanção do chefe do poder e execução por ele e pelos ministros/secretários;
d) Controle da execução do orçamento e parecer final sobre as contas pelo
Tribunal de Contas;
e) Julgamento das contas pelo Parlamento.
__________________________ = Corresponde ao plano de médio prazo, por
meio do qual, se procura\ ordenar as ações do governo que levem ao alcance dos
objetivos e das metas fixados para um período de quatro anos.
__________________________ = Consiste na lei que norteia a elaboração dos
orçamentos anuais, compreendidos aqui o orçamento fiscal, o orçamento de
investimentos das empresas estatais e o orçamento da seguridade social, de
forma a adequá-los às diretrizes e metas da administração pública estabelecidos
no plano plurianual.
4 – Receita Pública
4.1 - Conceito
Na contabilidade geral, receita é a entrada de elementos para o ativo em
função da venda de mercadorias, prestação de serviços, aluguéis, juros, etc...
Entretanto, na contabilidade pública, receita engloba todo e qualquer
recolhimento de recursos feitos aos cofres públicos, realizado sob a forma de
numerário ou de outros bens representativos de valores, que o governo tem o
direito de arrecadar em virtude da Constituição, de leis, contratos ou de quaisquer
outros títulos de que derivem direitos a favor do Estado. Via de regra, qualquer
recurso recebido pelo Estado é receita.
4.2 - Tipos
A Lei 4320/64 classifica a receita pública da seguinte forma: orçamentária e
extra-orçamentária.
________________________ representa valores constantes do orçamento, tais
como tributos, rendas, transferências, alienações e etc...
________________________ compreendem as receitas tributárias, de
contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, de
transferências (recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado, independentemente de contraprestação direta de bens ou serviços) e
outras receitas correntes, como multas, juros, restituições, indenizações, receitas
da dívida ativa, de alienação de bens apreendidos, de aplicações financeiras,
entre outras.
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_________________________ compreendem as provenientes da realização de
recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas (operações de crédito), da
conversão em espécie, de bens e direitos, da amortização de empréstimos, de
recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a
atender à formação de um bem de capital, da integralização de capital e etc.
_________________________ engloba os valores provenientes de toda e
qualquer arrecadação que não figure no orçamento do Estado e todo recolhimento
que não constitui renda. Essas possuem o caráter de extemporaneidade e de
transitoriedade nos orçamentos. Em função das constantes alterações promovidas
pelo Governo, recomendamos a permanente consulta no site “www.planejamento.
gov.br”
Obs: A obtenção de um empréstimo, por exemplo, não deveria ser considerada
receita, pois representa um acréscimo das disponibilidades do Estado em
decorrência de um aumento de exigibilidades. A aceitação de tal denominação
ocorre por ser essa apenas uma classificação econômica, e não contábil, das
receitas. Para o orçamento apresenta-se apenas duas vertentes: receitas e
despesas, a primeira representando a entrada de recursos estimados e a
segunda, as aplicações fixadas.
4.3 – Estágios da Receita
Os estágios da receita pública representam as fases percorridas pela
receita na execução orçamentária e são os seguintes:
Previsão: Indica a expectativa da receita por parte da Fazenda Pública,
configurando-se no detalhamento de que se pretende arrecadar no exercício
financeiro;
_________________: Individualização e cadastramento dos contribuintes,
discriminando a espécie, o valor e o vencimento devidos por cada um deles. Pode
ocorrer:
a) Direto: quando o Estado conhece o valor que deverá ser arrecadado. Ex:
Iptu;
b) Homologação: Quando Estado homologa o valor que foi pago pelo
contribuinte de forma tácita. Ex: Icms;
c) Declaração: Quando o imposto é registrado o cobrado com base em
declarações feitas pelo contribuinte: Ex: Ir.
_________________: Representa o momento em que o contribuinte liquida suas
obrigações para com o Estado, junto aos agentes arrecadadores;
_________________: É o ato pelo qual os agentes arrecadadores entregam
diretamente ao Tesouro Público o produto da arrecadação.
4.4 – Aspecto Contábil das Receitas Públicas
Na contabilidade pública, todo o processo de registros contábeis
desencadeia-se a partir da aprovação da Lei Orçamentária.
4.5 – Receita da Dívida Ativa
A dívida ativa é formada por tributos, multas e créditos fazendários
lançados, mas não cobrados ou não recebidos no prazo do vencimento, a aprtir da
data da inscrição. Pode ser definida como a “constituída pelos créditos do Estado,
devido ao não pagamento pelos contribuintes dos tributos, dentro do exercício em
que foram lançados”. Classifica-se em:
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___________________________ é o crédito decorrente do não pagamento de
tributos, bem como dos respectivos juros, correção e multas;
___________________________ representa os demais créditos.
5 – Despesa Pública
5.1 - Conceito
Na contabilidade geral, a despesa é conceituada como o consumo de um
bem ou serviço que contribuiu para a geração de uma receita. A despesa pública,
todavia, é definida em duas acepções:
__________________: Desembolso de recursos voltados para o custeio da
máquina pública;
__________________: Gasto ou promessa de gasto de recursos em função da
realização de serviços que visam atender às finalidades constitucionais do Estado.
No setor privado, a despesa é incorrida para que possa auferir receita, e do
confronto entre ambas, num determinado período, apura-se lucro ou prejuízo. No
setor público, a receita é auferida independentemente da ocorrência de um gasto,
ou seja, arrecada-se para gastar.
5.2 - Tipos
As despesas públicas são classificadas:
_____________________________ são aquelas pagas à margem do orçamento.
Independem de autorização do Poder Legislativo;
_____________________________ são as despesas públicas que, para serem
realizadas, dependem de autorização legislativa e não podem se efetivar sem
crédito orçamentário correspondente. Podem ser divididas em:
Despesas Correntes são as de natureza operacional realizadas para a
manutenção dos equipamentos e para o funcionamento dos órgãos
governamentais;
Despesas de Capital são aquelas realizadas com o propósito de formar ou adquirir
novos ativos, envolvendo o planejamento e a execução de obras, a compra de
instalações, equipamentos, etc...
5.3 – Estágios das Despesas
A doutrina contábil menciona que os estágios da despesa pública são:
_____________________ – Ocorre após a publicação da lei orçamentária,
quando o setor competente, por meio de decretos, estabelece um programa de
utilização dos créditos orçamentários aprovados para o exercício. A programação
visa assegurar aos órgãos e às entidades do Estado, os recursos necessários e
suficientes para a melhor execução de suas atividades;
_____________________ – Embora não aplicável a todas as despesas,
representa o procedimento administrativo destinado a escolher entre fornecedores
previamente habilitados e qualificados, aquele que apresentar proposta mais
vantajosa para a contratação de obras, serviços e para a realização de alienações.
São modalidades de licitação:
a) __________________: Para a aquisição de pequenos montantes. É a
modalidade entre interessados, do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou
não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento
convocatório, e o estenderá aos demais cadastrados correspondente
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especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 horas
da apresentação das propostas;
b) ______________________: Para aquisições intermediárias. É a
modalidade de licitação entre interessados, devidamente cadastrados ou que
atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento, até o terceiro dia
anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária
qualificação;
c) ______________________: Para aquisição de grande montante. É a
modalidade que ocorre entre quaisquer interessados que, na fase inicial de
habilitação preliminar, comprovarem possuir os requisitos mínimos de qualificação
exigidos no edital para execução de seu objeto;
d) ____________________: Utilizado para aquisições específicas. Ocorre
entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou
artístico, mediante a instituição de prêmio ou remuneração aos vencedores,
conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com
antecedência mínima de 45 dias;
e) ___________________: Utilizado na alienação de bens. È a modalidade
de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis insersíveis
para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou
para a alienação de bens imóveis, a quem oferecer um lance igual ou superior ao
valor da avaliação;
f) __________________: Utilizado para aquisição de bens ou serviços
comuns, qualquer que seja o valor estimado da contratação, em que a disputa
pelo fornecimento é feita por meio de propostas e lances em sessão pública.
______________________ – É o ato emanado da autoridade competente que cria
para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de
condição. É de fundamental importância para a relação contratual entre o setor
governamental e seus fornecedores de bens e serviços;
______________________ – É o estágio que consiste na verificação do direito do
credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo
crédito. Essa verificação tem por objetivo determinar: a origem e o objeto do que
se deve pagar, a importância exata a pagar e a quem se deve pagar a importância
para extinguir a obrigação;
______________________ – Representa a fase final do processo da despesa
pública. O pagamento somente poderá ser efetuado quando ordenado após sua
regular liquidação.
5.4 – Despesa Pública e a LRF
Como um dos principais gastos do Estado é o funcionalismo, a LRF
estabeleceu que as despesas com pessoal que não poderão exceder os
percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:
União 50%
Estados 60%
Municípios 60%
A repartição dos limites globais descritos não poderá exceder os seguintes
percentuais:
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Na esfera federal:
a) 2,5% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União;
b) 6% para o Judiciário;
c) 40,9% para o Executivo;
d) 0,6% para o Ministério Público da União.
Na esfera estadual:
a) 3% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado;
b) 6% para o Judiciário;
c) 49% para o Executivo;
d) 2% para o Ministério Público dos Estados.
Na esfera municipal:
a) 6% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município;
b) 54% para o Executivo.
5.5 – Aspectos Contábeis da Fixação e Execução das Despesas
Na contabilidade pública, todo o processo de registros contábeis
desencadeia-se após a Lei Orçamentária Anual, dá-se início ao exercício
financeiro.
Após verificado pela administração o cumprimento do contrato, ajuste ou
acordo respectivo, a regularidade da nota de empenho e os comprovantes da
entrega do material ou da prestação do serviço pelo contratado:
Depois verificada a regular liquidação da despesa e a disponibilidade em
conta bancária da unidade, executa-se o pagamento:
6 – Plano de Contas
O Plano de Contas do Setor Público vinha sendo estruturado em seis classes de
contas, sendo duas patrimoniais (Ativo e Passivo) e quatro de resultados
*Despesas, Receitas, Resultados Aumentativos e Resultados Diminutivos)
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo
Permanente Patrimônio Líquido
Compensado Compensado
Despesas Receitas
Despesas Correntes Receitas Correntes
Despesas de Capital Receitas de Capital
Resultados Diminutivos Resultados Aumentativos
Orçamentários Orçamentários
Extraorçamentários Extraorçamentários
O Ativo e o Passivo funcionam da mesma forma que na Contabilidade que nós
conhecemos. Ou seja; Ativo são os Bens e Diretos e o Passivo as obrigações; Já
no que se refere às contas de resultado, nela estão contemplados valores que
podem ou não afetar o resultado do exercício, em função dos registros desses
valores estarem atrelados aos aspectos orçamentários e da exigência de que toda
a movimentação deve passar pela Demonstração das Variações Patrimoniais. Daí
a necessidade de contemplar quatro classes de contas de resultado.
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Assim entre as Despesas estão tanto os valores relativos ao consumo de bens e
serviços (Correntes) como aqueles decorrentes da compra de bens e realização
de obras (Capital). O mesmo entendimento é dado às Receitas que, além de
decorrentes dos ganhos resultantes com a venda de bens, arrecadação de
impostos e serviços prestados (Correntes), ainda contemplam o ingresso de
recursos relativos ao recebimento de dívidas e contratação de empréstimos
(Capital);
A Conta de Resultado Diminutivo do Exercício contempla as variações que
decorrem da diminuição dos valores do Ativo ou do aumento dos valores do
Passivo; E, finalmente, a Conta de Resultado Aumentativo do Exercício
compreendendo as variações decorrentes do aumento dos valores do Ativo e da
diminuição dos valores do Passivo,
Total Total
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7.10 Demonstração dos Fluxos de Caixa
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é uma das demonstrações contábeis
incluídas pelas novas regras. Seu objetivo é contribuir para melhor gerenciamento
e controle financeiro das entidades governamentais.
A DFC pode ser levantada pelo método indireto (partindo do resultado patrimonial
do exercício) ou pelo método direto (confrontando-se ingressos e desembolsos), e
os fluxos devem ser segregados em operações (ingressos e desembolsos
relacionados com a ação pública); investimentos (aquisição e alienação de bens,
bem como amortização de empréstimos concedidos) e financiamentos (captação e
amortização de empréstimos e financiamentos). Trazendo os valores do Balancete
de Verificação, tem-se a seguinte DFC pelo método direto:
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Exercício Exercício
Atual Anterior
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais
Ingressos
Receitas Derivadas
Receitas Originais
Transferências
Desembolsos
Pessoal e Outras Despesas Correntes
Juros e Encargos da Dívida
Transferências
Fluxo de Caixa Líquido das Ativ. Operacionais
Fluxo de Caixa das Atividades Investimentos
Ingressos
Alienação de Bens
Amortiz. Empréstimos e Financ. Concedidos
Desembolsos
Aquisição de Ativo Não Circulante
Concessão de Empréstimo e Financiamentos
Fluxo de Caixa Líquido das Ativ. Investimentos
Fluxo de Caixa das Atividades Financiamento
Ingressos
Operações de Crédito
Desembolsos
Amortização / Refinanciamento da Dívida
Fluxo de Caixa Líquido das Ativ. Investimentos
Apuração do Fluxo de Caixa do Período
Geração Líquida de Caixa e Equivalentes Caixa
Caixa e Equivalentes de Caixa Inicial
Caixa e Equivalentes de Caixa Final
Como se pode observar, a estrutura da DFC do Setor Público é semelhante a
estrutura da DFC adotada na iniciativa privada, preservando, contudo, a natureza
da informação governamental.
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7.11 O Demonstração do Resultado Econômico
A Demonstração do Resultado Econômico (DRE) também está incluída entre as
novas demonstrações contábeis previstas para as entidades governamentais. Tem
como papel evidenciar o resultado econômico das ações do setor público,
considerando sua interligação com o subsistema de custos.
Diferentemente da DFC, a elaboração da DRE é facultativa, e o resulta do
econômico apurado (REA) representa o incremento líquido de benefícios gerados
à sociedade a partir da ação eficiente dos gestores governamentais, sendo
calculado pela diferença entre a Receita Econômica e o Custo de Execução da
Ação.
Certamente, quando implantada, a DRE será uma grande ferramenta para o
gestor público e para o controle social, já que evidenciará o custo de oportunidade
da ação governamental. Como o exemplo apresentado não identificou os custos
da gestão, até porque essa cultura ainda não é uma realidade no Governo, a
simulação dos valores fica prejudicada, mas a sua estrutura é apresentada da
seguinte forma:
Demonstração do Resultado Econômico
Especificação Exercício Exercício
Atual Anterior
Receita Econômica dos Serviços Prestados e
dos Bens ou dos Produtos Fornecidos
( - ) Custo Diretos Identificados com a Execu-
cão da Ação Pública
( = ) Margem Bruta
( - ) Custos Indiretos Identificados com a Exe-
cução da Ação Pública
( = ) Resultado Econômico Apurado