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CAMPUS JATAÍ
COORDENAÇÃO DE MATEMÁTICA
Jataí-GO
Dez. - 2008
Carla Machado da Silva
Naara Karolyne Morais Pereira
Jataí
Dez. - 2008
Carla Machado da Silva
Naara Karolyne Morais Pereira
____________________________________________
Prof.ª Rafaela Silva Rabelo
____________________________________________
Prof.ª Dr.ª Jaqueline Araújo Civardi
____________________________________________
Prof. Dr. Esdras Teixeira Costa
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus queridos pais, Carlos e Dinair que me
apoiaram, me passaram segurança e não mediram esforços para que eu
chegasse até aqui.
Aos meus irmãos Jardel e Valvernagues pelo carinho, atenção, apoio
e encorajamento e ao meu namorado Éder pela paciência, dedicação e
carinho.
Todos vocês são partes integrantes e essenciais de toda essa trajetória.
Em primeiro lugar agradeço a Deus por ter me dado a vida, forças para superar os obstáculos
e pela proteção durante os quatro anos que permaneci longe do aconchego de minha família.
A minha família, meu papito Carlos Vicente e a minha mãezinha Dinair por terem sido minha
base, meu refúgio e minha fortaleza. Parte do que sou me tornei graças ao amor, carinho e
credibilidade que me dedicaram. Aos meus irmãos, Jardel e Valvernagues pela força,
incentivo e apoio que me forneceram e por sempre estarem ao meu lado.
Às vezes a felicidade está ao nosso lado e basta querermos vê-la. Agradeço ao Éder meu
namorado, por ter feito meus dias serem melhores e mais coloridos. Aprendi com você que
podemos sempre tirar algo bom de tudo que nos acontece. Obrigado pelo apoio, compreensão
e pela presença constante.
As minhas colegas de república Suellen e Ana Paula por terem dividido comigo não só a casa,
mas também os sonhos, as alegrias, as angústias e as conquistas e em especial agradeço a Gigi
que se tornou uma irmã para mim, me acolheu, me deu apoio, incentivo e fez com que minha
estadia em Jataí fosse a melhor possível.
Em minha trajetória encontrei pessoas que partilharam comigo momentos únicos e que para
sempre serão lembrados, tais pessoas souberam transformar pequenos instantes em grandes
momentos. A vocês minha galera de Jataí Renatinho, Renato, Landercássio, Stelamara, Gilda,
Maria Ozélia, Cemi, Marcieli, Sueli, Lara, Leila, Lisângela, Naara e aos meus queridos
amigos Nilton e Karine, que participaram ativamente do meu crescimento pessoal e
profissional, meus sinceros agradecimentos.
Aos meus queridos mestres e em especial ao profº Claudiney que me mostrou o tipo de
profissional que pretendo ser, a minha orientadora profª Rafaela pela atenção, incentivo e
ajuda constante, a minha coordenadora de curso profª Luciana pela garra e ao Bruno por toda
a dedicação.
Muitos são os agradecimentos, pois muitos foram os que apoiaram e estiveram caminhando
junto comigo. Com toda certeza a realização desse projeto também é uma vitória de vocês.
(Lobachevsky)
RESUMO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11
CAPÍTULO 1: ORIGEM E JUSTIFICATIVA ................................................................ 14
1.1. Motivos que levaram a elaboração do projeto de curso ........................................... 15
1.2 A relevância do livro didático ................................................................................ 17
1.2.1 Trajetória do livro didático no Brasil .............................................................. 18
1.2.2 Breve Histórico do Livro Didático de Matemática no Brasil............................ 19
1.2.3 Critérios para a escolha do livro didático......................................................... 20
1.2.4 Ressalvas com respeito ao livro didático ......................................................... 22
1.2.5 Análise do livro didático adotado pela escola .................................................. 23
1.2.6 Análise do conteúdo referente a frações .......................................................... 26
1.3 Objetivos ............................................................................................................... 27
1.3.1 Objetivos Gerais ............................................................................................. 27
1.3.2 Objetivos Específicos...................................................................................... 27
Considerações sobre o capítulo......................................................................................... 27
CAPÍTULO 2: MARCO TEÓRICO ................................................................................. 29
2.1. Pluralidade Cultural no ensino de matemática ........................................................ 30
2.2. Matemática contextualizada para a aquisição de uma aprendizagem significativa... 31
2.3. Pluralidade cultural aliada à matemática contextualizada ....................................... 32
2.4. O ensino de Frações e o fato da Culinária auxiliar no entendimento desse conceito 33
2.5. Avaliação ............................................................................................................... 34
Considerações sobre o capítulo......................................................................................... 36
CAPÍTULO 3: ASPECTOS METODOLÓGICOS .......................................................... 37
3.1 Etapas de desenvolvimento do Estágio Supervisionado II ........................................... 38
3.1.1. Observação ........................................................................................................ 38
3.1.1. Semi-Regência ................................................................................................ 39
3.1.2. Regência ......................................................................................................... 39
3.2. Organização da escola campo ................................................................................ 40
3.2.1. Histórico ......................................................................................................... 40
3.2.2. Estrutura Física e Material .............................................................................. 41
3.2.3. Organização e administração da escola ........................................................... 42
3.2.3.1. Direção ........................................................................................................... 43
3.2.3.2. Auxiliares de Apoio Administrativo e ao Discente .......................................... 44
3.2.3.3. Corpo Docente ................................................................................................ 44
3.2.3.4. Corpo Discente ............................................................................................... 45
3.2.3.5. Instituições Auxiliares .................................................................................... 45
3.2.4. Projeto Político Pedagógico ............................................................................ 46
3.2.5. Planejamento Anual ........................................................................................ 47
3.2.6. Caracterização dos alunos ............................................................................... 48
3.2.7. Caracterização da Professora Supervisora ....................................................... 50
3.3. Descrição da aplicação do projeto de curso ............................................................ 51
3.3.1. Avaliação........................................................................................................ 53
Considerações sobre o capítulo......................................................................................... 54
CAPÍTULO 4: ANÁLISE DA APLICAÇÃO DO PROJETO DE CURSO .................... 55
4.1. Análise da Aplicação do Projeto de Curso .............................................................. 56
4.1.1. Análise do teste diagnóstico. ........................................................................... 56
4.1.2. Análise das listas de atividades ....................................................................... 59
4.1.2.1. Análise da primeira lista ................................................................................. 59
4.1.2.2. Análise da segunda lista .................................................................................. 62
4.1.3. Análise da atividade avaliativa ........................................................................ 63
4.1.4. Análise do portfólio ........................................................................................ 67
4.1.5. Análise do trabalho de Pesquisa ...................................................................... 69
4.2. Resultados obtidos na aplicação do projeto de curso .............................................. 71
4.2.1. Aspectos atitudinais ........................................................................................ 71
4.2.2. Aspectos conceituais ....................................................................................... 72
4.2.3. Aspectos procedimentais ................................................................................. 73
Considerações sobre capítulo ........................................................................................... 74
CONCLUSÃO .................................................................................................................... 76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 79
ANEXOS ............................................................................................................................ 83
ANEXO I: PROJETO DE CURSO .................................................................................. 84
ANEXO II: QUESTIONÁRIOS ....................................................................................... 92
ANEXO III: ORGANOGRAMA ................................................................................... 111
ANEXO IV: PLANOS DE UNIDADE .......................................................................... 113
ANEXO V: TESTE DIAGNÓTICO ............................................................................... 122
ANEXO VI: LISTAS DE ATIVIDADES....................................................................... 126
ANEXO VII: ATIVIDADE AVALIATIVA ................................................................... 137
ANEXO VIII: EXERCÍCIO CONTEXTUALIZADO .................................................... 140
ANEXO IX: FICHAS AVALIATIVAS ......................................................................... 151
ANEXO X: ROTEIRO DO PORTFÓLIO ...................................................................... 154
INTRODUÇÃO
Introdução 12
sociedade.
Para o desenvolvimento de tal proposta, passamos pelos períodos de observação e
semi-regência e nesses períodos constatamos que os alunos da 5ª série da escola campo
enfrentavam dificuldades em resolver problemas que envolviam as quatro operações
fundamentais, apresentavam falta de concentração e não conseguiam enxergar e aplicar a
matemática no mundo real.
O fato da temática trabalhada na escola no 3º bimestre, período em que
desenvolvemos nossa proposta de ensino, ter sido a Pluralidade Cultural, nos levou a elaborar
uma proposta fundamentada nos PCN’s de acordo com essa temática, onde devíamos
valorizar as características étnicas e culturais dos diferentes grupos sociais que convivem no
território nacional e propormos uma proposta que explicitasse tal diversidade que compõe a
sociedade brasileira, pois essas diferentes características regionais presentes na sociedade
brasileira são ignoradas e descaracterizadas principalmente pela escola que silencia, minimiza
e omite tais abordagens.
Dessa forma, procuramos valorizar essas vozes no cotidiano da escola propondo
estudar a matemática com um enfoque voltado às tradições regionais brasileiras enfatizando a
culinária típica dessas regiões e para tanto nos baseamos nas idéias de Shmitt e Ferreira
(2004) e Farago (2003) para justificar nossa proposta.
A culinária está aliada ao fato de trabalharmos uma matemática voltada para o
cotidiano, ou seja, uma matemática contextualizada, pois a culinária das regiões brasileiras
cria um ambiente favorável e agradável para o ensino da matemática, onde é aproveitada a
vivência dos alunos, os fatos do dia-a-dia e a tradição cultural, buscando com isso reconstruir
os conhecimentos matemáticos para que o aluno possa refazer a leitura do seu mundo, dessa
forma enfocamos a Pluralidade Cultural.
Trabalhando a matemática dessa maneira, pretendíamos desenvolver no aluno o que
tanto se almeja que é uma aprendizagem significativa, pois de acordo com Farago (2003), o
aluno terá uma visão geral da disciplina compreendendo como ela interage de forma
dinâmica, não sendo realizada isoladamente e como os problemas partirão da forma específica
para a forma geral os alunos desenvolveriam uma aprendizagem concreta, onde poderiam
aplicar seus conhecimentos às situações reais associando-os para a prática da solução de
problemas e veriam que a matemática ultrapassa os muros da escola e que ela tem aplicação
prática no cotidiano.
Diante do fato de trabalharmos com a Pluralidade Cultural e termos escolhido para tal
abordagem um enfoque contextualizado que é a culinária brasileira, associamos tal escolha ao
Capítulo 1: Origem e Justificativa 17
a conquista progressiva da autonomia nos estudos quanto para o sucesso escolar. Sendo
assim, o livro é capaz de exercer grande fascínio sobre o aprendiz, seduzindo-o de uma forma
muito própria (BRASIL, 2007).
Por isso foi de grande importância analisarmos o livro didático utilizado na escola,
pois além deste dever ter uma boa estrutura quanto ao conteúdo proposto, também deve
exercer no aluno a curiosidade, de lê-lo e utilizá-lo para o seu aprendizado.
Desse modo, analisamos o livro didático de matemática utilizado na 5ª série pela
escola. Para essa análise, procuramos entender a história do livro didático, mais
especificamente do livro didático de matemática no Brasil, para tanto nos baseamos em Brasil
(2007); Lorenzoni (2004) e Trentin (2006).
Além disso, apresentamos os critérios de escolha do livro didático segundo Brasil
(2007) e buscamos autores que discutissem criticamente a análise do livro didático, quanto à
utilização do mesmo em sala de sala.
De acordo com Soares (2002), o livro didático surgiu como um complemento aos
livros clássicos, sendo restrito ao âmbito da escola, reproduzia valores da sociedade,
divulgando as ciências e a filosofia e reforçando a aprendizagem centrada na memorização. E,
por longos anos, ele cumpriu essa missão. Hoje, ele ampliou sua função precípua. Além de
transferir os conhecimentos orais a linguagem escrita, tornou-se um instrumento pedagógico
que possibilita o processo de intelectualização e contribui para a formação social e política do
indivíduo.
Os livros didáticos, os dicionários, as obras literárias e os livros em braile tornaram-se
companheiros dos alunos e dos professores das escolas públicas brasileiras, mas, para se
chegar nesse estágio, foi percorrido um longo caminho e já são mais de 75 anos de história.
Essa trajetória iniciou-se em 1929, com a criação do Instituto Nacional do Livro
(INL). Em 1934, quando Gustavo Capanema torna-se ministro da Educação do governo de
Getúlio Vargas, o INL recebe suas primeiras atribuições: a edição de obras literárias para a
formação cultural da população, a elaboração de uma enciclopédia e de um dicionário
nacional e a expansão das bibliotecas públicas. No ano de 1938, o livro didático entra na
pauta do governo. O decreto-lei nº 1.006/38 institui a Comissão Nacional do Livro Didático
Capítulo 1: Origem e Justificativa 19
para tratar da produção e controle de circulação das obras. Passados 11 anos (1934/1945),
quando Gustavo Capanema deixa o Ministério da Educação (MEC), não estavam concluídos
o dicionário nem a enciclopédia, mas as bibliotecas haviam se expandido graças à oferta de
acervo oferecido pelo Governo Federal.
Das inúmeras formas experimentadas pelos governantes para levar o livro didático à
escola durante 67 anos (1929/1996), só com a extinção da Fundação de Assistência ao
Estudante (FAE), em 1997, e com a transferência da política de execução do Plano Nacional
do Livro Didático (PNLD) para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
é que começam sua produção e distribuição de forma contínua e massiva. Todos os estudantes
do ensino fundamental passam a receber livros didáticos de todas as disciplinas, a partir daí, o
programa deslancha. Em 2001, começa a distribuição de dicionários de Língua Portuguesa
para os alunos de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental e de livros em braile para os alunos
deficientes visuais. Já no ano de 2002, os alunos de 4ª a 5ª séries passam a receber a coleção
Literatura em Minha Casa. Em 2003, dicionários são entregues aos alunos da 1ª, 7ª e 8ª
séries. Em 2004, o Ministério da Educação cria o Programa Nacional do Livro para o Ensino
Médio (PNLEM), que distribuiu no ano de 2005 livros de Matemática e Português para todos
os alunos matriculados na 1ª série do ensino médio das escolas públicas. Nos anos de 2006 e
2007, foram distribuídos livros didáticos de todos os componentes curriculares aos alunos de
1ª a 4ª séries e de 5ª a 8ª séries e foram distribuídas também, cartilhas em Libras aos alunos
com deficiência auditiva, matriculados no 1º e 2º ano e na 1ª série.
Dessa forma, para a elaboração de nossa proposta pedagógica de ensino voltada à
matemática, achamos importante salientar também a história do livro de matemática no Brasil
conforme mencionamos no próximo tópico.
O livro didático de matemática foi inserido no Brasil, com a chegada da família real e
da primeira máquina de impressão em 1808, sob influências francesas que dominavam o
mercado mundial de obras do ensino de matemática.
Com a criação do Colégio Pedro II em 1837, a matemática passou a ocupar um lugar
de destaque, pois se expandiu o número de publicações das obras do ensino de matemática de
autores brasileiros, causando um movimento que sugeriu uma revisão das obras que
Capítulo 1: Origem e Justificativa 20
atendessem as mudanças no ensino de matemática, o que fez com que o Rio de Janeiro
passasse a dominar a produção de livros didáticos de matemática na segunda metade do
século XIX, sendo um marco da produção de obras brasileiras a reforma Benjamin Constant
no final do século XVIII.
Com a tentativa de adequar as publicações de obras sobre matemática elementar e da
avaliação da qualidade dos livros didáticos produzidos e distribuídos no Brasil, em 1995, o
Ministério da Educação propôs a instauração de uma comissão permanente que analisaria e
classificaria as obras didáticas destinadas ao ensino fundamental e médio no Brasil.
A comissão permanente, a partir de então, periodicamente passou a publicar um
catálogo com os resultados das análises dos livros que seriam distribuídos às escolas como
instrumento de auxilio aos professores para a escolha do material que seria adquirido e
enviado às escolas da rede pública.
A definição desses critérios de avaliação tanto do livro didático quanto do sistema
educativo deixou marcas que causaram mudanças principalmente na avaliação do sistema
escolar brasileiro e no fato de editores e autores terem que repensar a forma de constituição de
suas obras e adequá-las às imposições da comissão de avaliação. Diante de tais informações
se faz necessário apresentarmos os critérios de escolha do livro didático.
De acordo com o Guia do Livro Didático PNLD 2008 (Brasil, 2007), o MEC a cada
três anos faz uma seleção de editoras e autores de livros didáticos para serem catalogados e
enviados às escolas de todo o Brasil onde os livros aprovados são analisados e escolhidos
pelos professores através do Guia do Livro Didático PNLD.
Esta seleção realizada pelo MEC dos livros cadastrados é feita através de uma análise
criteriosa acerca dos aspectos teóricos e metodológicos que avaliam: seleção e distribuição
dos conteúdos matemáticos, abordagem dos conteúdos, metodologia de ensino-aprendizagem,
contextualização, formação da cidadania e linguagem. Além disso, é feita uma análise acerca
da estrutura editorial que avalia parte textual, qualidade visual e ilustrações. Por fim, estes
fazem uma análise acerca do manual do professor.
Após a seleção desses livros é feito um resumo da análise dos livros didáticos
aprovados, apontando seus pontos positivos e negativos que vêm anexados ao Guia do Livro
Capítulo 1: Origem e Justificativa 21
Didático para análise do professor, sendo que para a escolha do livro de matemática do
vigente ano, dos 16 livros aprovados pelo MEC, a escola deveria escolher dentre esses, três
opções.
Uma vez o livro escolhido sendo selecionado como primeira opção é negociada com
os detentores de direitos autorais a sua aquisição, que nem sempre é garantida, devido a isso,
deve-se selecionar uma segunda opção com a mesma responsabilidade que a primeira para
não comprometer todo o investimento da equipe e do próprio PNLD.
Para a escolha do livro, uma estratégia interessante é fazerem-se perguntas pertinentes
durante esse processo. Tais perguntas são:
Por que escolher um livro?
O que pretendemos de um livro didático?
Por que o livro X? Para quê? Para quem?
Os conteúdos são adequados?
A seqüência com que são apresentados obedece à progressão da aprendizagem
planejada pela escola?
O conjunto dos conteúdos, assim como o tratamento didático dado a eles, é
adequado para o seu aluno e está de acordo com o currículo?
A linguagem é clara e precisa?
O texto das explicações é acessível para os alunos?
As atividades se preocupam em ajudar o aluno a entender o texto das lições?
O livro do professor contribuiu o suficiente para o melhor uso do material?
Após a escolha do livro é necessário preencher adequadamente o formulário virtual ou
impresso, seguindo rigorosamente as orientações o que garantirá a efetuação do pedido.
A escolha do livro didático de matemática da escola campo foi realizada
primeiramente através de uma reunião com todos os professores da instituição, os quais
deveriam escolher no catálogo os livros que estavam de acordo com a realidade da escola.
Após essa reunião, foi realizada uma votação entre todos os professores da rede municipal de
ensino onde estes escolheram quais os livros seriam utilizados por toda a rede. Dessa forma o
livro didático escolhido como primeira opção, pelos professores de matemática da rede, foi
Tudo é Matemática, do autor Dante.
Capítulo 1: Origem e Justificativa 22
Diante de todas as informações sobre o livro didático, não podemos deixar de salientar
o fato que do mesmo modo que o livro didático é defendido por vários autores quanto a sua
eficiência, ele também é criticado com relação à sua utilização.
Segundo Romanatto (2001), muitos dos livros didáticos do Brasil são autoritários e
fechados e trazem propostas de exercícios que pedem respostas padronizadas não permitindo
que haja um debate crítico e criativo durante o processo de ensino-aprendizagem. Alguns dos
livros didáticos, ainda abusam das ilustrações para desviar a atenção do conteúdo, são mal
dosados, jogam a matéria muitas vezes sem método bem como contém imprecisões.
O livro didático tem presença marcante em sala de aula e muitas vezes substitui o
professor quando deveria ser mais um dos elementos de apoio ao trabalho docente. Nesse
sentido, os conteúdos e métodos utilizados pelo professor estariam na dependência dos
conteúdos e métodos propostos apenas pelo livro didático adotado (ROMANATTO, 2001).
Outro ponto colocado por Romanatto (2001), é o fato de que os livros didáticos de
matemática são elaborados por teóricos especialistas na área que freqüentemente não possuem
vivência na sala de aula e desconhecem os processos de construção das etapas que os alunos
têm para chegar aos conceitos. Além disso, a maioria dos livros atribui grande importância às
técnicas operatórias, e reúnem uma quantidade imensa de exercícios, problemas cansativos e
repetitivos que visam somente à mecanização do conteúdo.
Outras considerações sobre o livro didático são feitas ainda por Miltão et al. (2004),
que afirmam que os livros didáticos voltados para o ensino fundamental, apresentam vários
problemas como: distorções até erros de informações e de conceitos, sugerem inocência de
seus leitores e acrescentam textos desconexos do espaço e do tempo. Para tais autores, esses
problemas, não são exclusivos apenas ao ensino fundamental e de acordo com eles, fica difícil
solucionar esses problemas diante de tantos profissionais desmotivados e preocupados
unicamente em reproduzir as mensagens que estão veiculadas nos livros didáticos.
Abud (sd), citado por Trentin (2006), afirma ainda que, o livro didático tem trazido
informação ao professor que por deficiência em sua formação e por suas condições de
trabalho se apóiam sistematicamente neste na preparação de suas aulas. Dessa forma, a
escolha do livro didático é vista como a escolha de um instrumento que não traga dificuldades
em seu manuseio e que ao escolhê-lo o professor não o faz em conformidade a uma
aprendizagem significativa dos alunos, mas em conformidade com suas próprias concepções
Capítulo 1: Origem e Justificativa 23
1.3 Objetivos
Levar o aluno a:
Aprender significativamente o conteúdo de frações através de um ensino
contextualizado baseado na culinária brasileira.
Valorizar a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira.
Levar o aluno a:
Identificar frações em situações do seu dia-a-dia;
Relacionar frações em suas diversas formas;
Escrever frações e resolver problemas envolvendo frações;
Relacionar os conceitos de frações como número, parte-todo e quociente;
Entender que as frações são equivalentes mesmo quando as divisões das figuras não
apresentam todos os cortes.
O presente capítulo teve como objetivo tecer algumas considerações acerca dos
motivos que levaram à elaboração do projeto de curso. Para isso, apresentamos alguns dados
coletados durante a observação e semi-regência, através dos quais constatamos a importância
de se trabalhar com pluralidade cultural abordando um ensino contextualizado. Além disso,
apresentamos a análise do livro didático utilizado na escola e sua importância para o processo
de ensino-aprendizagem.
Capítulo 1: Origem e Justificativa 28
Estes fatores nos serviram de base para apresentarmos a origem e a justificativa que
nos levaram a propor O Ensino de Frações através da Culinária Brasileira de forma que
levasse o aluno a uma aprendizagem significativa.
CAPÍTULO 2: MARCO
TEÓRICO
Capítulo 2: Marco Teórico 30
Pelo fato da nossa proposta pedagógica ser voltada ao ensino de uma matemática
contextualizada, a fim de se estabelecer uma aprendizagem significativa, apresentamos neste
capitulo as teorias que fundamentaram tal proposta.
Para tanto, discutimos na seqüência a relevância da pluralidade cultural para o ensino
de matemática, a importância da abordagem da matemática contextualizada para uma
aprendizagem significativa e o ensino de frações e o fato da culinária auxiliar no
entendimento desse conceito, nos fundamentando respectivamente, nos autores Brasil (1998);
Farago (2003), Schmitt e Ferreira (2004); Bertoni (2002), Silva (1997) e Boas (2006) para
essa discussão.
De acordo com o PCNs (BRASIL, 1998) discorremos sobre pluralidade cultural que é
a valorização de características étnicas e culturais dos diferentes grupos que convivem no
território nacional. Ela busca explicitar a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade
brasileira, oferecendo ao aluno a possibilidade de conhecer o Brasil como um país complexo,
multifacetado e algumas vezes paradoxal.
Oferece ainda aos alunos oportunidades de conhecimento de suas origens como
brasileiros e como participantes de grupos culturais específicos. Ao valorizar as diversas
culturas presentes no Brasil, propicia ao aluno a compreensão de seu próprio valor,
promovendo sua auto-estima como ser humano pleno de dignidade.
Esse tema necessita que a escola, compromissada com a cidadania, coloque em análise
suas relações, suas práticas, as informações e os valores que veicula. Diante de tal
compromisso, o que acontece é que as diferentes características regionais presentes na
sociedade brasileira são muitas vezes ignoradas e descaracterizadas principalmente pela
escola que silencia, minimiza e omite tais abordagens.
Outro fator aliado a pluralidade cultural é o cotidiano que oferece muitas
manifestações para o trabalho de tal tema, pois através deste, existe o desenvolvimento de
interação “entre diferentes” na qual cada um aprende e cada um ensina. Aprender a
posicionar-se de forma que compreenda a relatividade de opiniões, preferências, gostos é
Capítulo 2: Marco Teórico 31
De acordo com Farago (2003), a missão dos educadores hoje é preparar os alunos para
o mundo que irão enfrentar, proporcionando-lhes destrezas e habilidades para que possam
atuar com eficiência no papel que terão que desempenhar na sociedade e a matemática pode
contribuir para essa formação, mas, para que isso ocorra, ela deve ter significado e deve estar
próxima à realidade dos alunos requerendo assim, que as metodologias do ensino de
matemática sejam empregadas com ênfase no papel da atividade do aluno desenvolvendo uma
pedagogia da ação, descoberta e aplicabilidade.
E uma metodologia que se adéqua a isso é o ensino da matemática de forma
contextualizada, pois, ela estimula o aluno a processar os conhecimentos novos, de tal
maneira que este passa a ter sentido e assim, ele poderá transferir o conhecimento adquirido
em situações diversificadas. Tal metodologia busca o significado no contexto, ou seja, onde a
pessoa se localiza, o que faz com que o conteúdo tenha sentido, utilidade e aplicabilidade
(FARAGO, 2003).
Quando a matemática escolar é relacionada a atividades reais do cotidiano do aluno,
existe a facilitação da construção do conhecimento que se torna motivador e significativo,
desenvolvendo no aluno o raciocínio lógico e despertando neste um olhar matemático em
relação ao mundo que o cerca (SCHMITT; FERREIRA, 2004).
Segundo esses mesmos autores, o ensino de matemática que utiliza na formação do
cidadão cada vez mais os conceitos relacionados no dia- a- dia deste indivíduo é a única
forma de quebrar os preconceitos com relação a esta disciplina. Sendo assim, a matemática
deve ser encarada pelos educadores como atividade social, pois todas as pessoas que
convivem em sintonia com o mundo necessitam dela e a usam de forma espontânea e natural.
Para eles, os alunos constroem seu conhecimento matemático significativo a partir de
sua vivência e experiência, manuseando materiais diversificados usando todos os sentidos. É
importante ao aluno entender e interpretar os saberes construídos na escola, relacionando-os e
utilizando-os na sua vivência extra-escolar do contrário, será um saber inútil e obsoleto.
Capítulo 2: Marco Teórico 32
De acordo com Bertoni (2002), o ensino de Frações tem sido um dos temas mais
difíceis no ensino fundamental, avaliações e pesquisas atestam o baixo rendimento dos alunos
no assunto. Essas pesquisas sobre o ensino e aprendizagem desse tema, têm detectado
inúmeros problemas e levantado hipóteses que, entretanto, não abrangem a problemática, nem
são conclusivas.
Para ele, muitas propostas de ensino são apenas incipientes, é comum encontrar as
mesmas propostas de sempre, que começam informando as crianças sobre nomes e símbolos
de frações, apresentando quadrados e retângulos parcialmente pintados.
Outra dificuldade desse tema reside nas propostas curriculares municipais, que são
extensas refletidas nos conteúdos de muitos livros didáticos, onde a apresentação é feita como
se os alunos pudessem adquirir competências de compreender esses números, estabelecer
relações, operar com eles e resolver problemas durante dois bimestres (BERTONI, 2002).
Conforme Silva (1997), apesar de que é de responsabilidade da escola que os alunos
adquiram o conhecimento de frações, o que vem ocorrendo é que ele não se desenvolve
plenamente, sendo primordial que se discuta os resultados que esse ensino está alcançando.
Segundo essa autora, o conhecimento de frações como parte/todo vem sendo associado
à simples dupla contagem, o que gera um conhecimento muito relativo ou local e que tem
provocado dificuldades no conceito de equivalência, pois para a criança, ser equivalente é ser
igual. Dessa forma, o emprego da metodologia de dupla contagem não favorece o
entendimento de que frações podem ser iguais, não desenvolvendo assim, na criança o
significado de número fracionário.
Há ainda, o fato de que na aprendizagem de números naturais, são necessários vários
anos para a sedimentação da compreensão desse conjunto e estes povoam nosso universo
sócio-cultural e a criança entra em contato diariamente, mas já com relação a frações, o
tratamento é outro, pois, nos livros escolares se introduz o conceito e depois nenhuma menção
é feita novamente, o que mostra que apesar dos números fracionários serem pouco presentes
no cotidiano e da criança ter pouco ou nenhum contato quanto ao conceito, nenhuma mudança
nas propostas escolares tem ocorrido para que a inserção de tal conceito seja construída de
forma significativa (BERTONI, 2002).
Diante disso, a construção do conceito de fração passa por um desenvolvimento
extenso que deve ser trabalhado por um longo período, pois, para uma aprendizagem
Capítulo 2: Marco Teórico 34
significativa de frações há conceitos como equivalência de frações que salienta que os alunos
já tenham desenvolvido ou aprendido equivalência de área e que tenham também adquirido
um bom conhecimento do conceito de divisão, para que o aluno possa entender fração como
parte/todo e quociente.
Visto isso, acreditamos que o ensino de frações através da culinária aproxima-se de um
ensino que possibilita a aprendizagem desse conceito de forma significativa, pois os alunos
poderiam aprender sem perceber os conceitos relacionados a unidades de medidas, de volume
e peso e poderiam lidar com números fracionários.
Além disso, a culinária possibilita fazer comparações, relações de equivalência e
utiliza operações com frações e isso ocorre de forma contextualizada, o que fica mais próximo
ao desenvolvimento de uma aprendizagem significativa como proposto acima. Decorrente de
termos escolhido esta abordagem se fez presente pesquisarmos autores que falassem de uma
avaliação condizente a todo esse processo.
2.5.Avaliação
Para uma avaliação condizente com todo o processo discorrido acima, nos baseamos
em Boas (2006), a qual a partir desse momento discutimos as suas idéias e teorias.
Para essa autora, a avaliação é algo que acontece a todo o momento e em várias
atividades da nossa vida. Geralmente sempre fazemos julgamento sobre o que vemos, o que
fazemos, o que ouvimos, o que nos interessa e o que nos desagrada. Dessa forma, praticamos
a avaliação quando estamos em uma fila de banco ou supermercado, apreciando se estes têm
um atendimento rápido ou lento, se estes são gentis ou mal-educados. Ao assistirmos um
programa de televisão, em casa, fazemos comentários sobre a atuação dos atores, sobre o seu
modo de vestir, sobre os assuntos debatidos e a maneira de como os abordar.
Da mesma forma que avaliamos as atividades de nossa vida, na escola não é diferente,
porém nela a avaliação é intencional e sistemática e os julgamentos feitos nela têm muitas
conseqüências podendo estas serem positivas ou negativas.
A avaliação na escola existe para que se conheça o que o aluno já aprendeu e o que ele
ainda não aprendeu, para que se providenciem os meios para que ele aprenda o necessário
para continuidade dos estudos e aplicação no cotidiano. Esta deve ser vista como uma grande
aliada entre professor e aluno, na intenção de promover a aprendizagem.
Capítulo 2: Marco Teórico 35
aprendendo e assim, verificar se nossa prática está de acordo com suas necessidades a fim de
estabelecer alterações caso seja necessário na intenção de torná-los pessoas capacitadas a dar
sugestões, idéias e a estarem aptos a se inserirem em um mundo o qual carece de cidadãos
atuantes e ativos.
O objetivo de tal capítulo foi buscar autores que nos desse suporte para o
desenvolvimento de nosso projeto de ensino-aprendizagem, a fim de nos possibilitar um
entendimento plausível acerca da metodologia que escolhemos em aplicar.
Para isso, nos fundamentamos nos autores Brasil (1998), Bertoni (2002), Silva (1997),
Farago (2003), Schmitt e Ferreira (2004) e Boas (2006) que nos deu respaldos suficientes para
elaborarmos uma proposta condizente a intenção de levar os alunos da 5ª série a uma
aprendizagem significativa e que os mostrasse que a matemática está além dos muros da
escola.
Dessa forma, com tal embasamento, tivemos segurança ao desenvolvermos nosso
projeto, pois os autores acima ampliaram nossas idéias e nos forneceram subsídios para
atuarmos diante da realidade com a qual se deparavam os nossos alunos. Portanto, o quadro
teórico foi de suma importância, pois fundamentou a elaboração de nossa proposta e
posteriormente a análise dos resultados.
CAPÍTULO 3: ASPECTOS
METODOLÓGICOS
Capítulo 3: Aspectos Metodológicos 38
3.1.1. Observação
Diário de Campo;
Questionários (Cf. Anexo II);
Análise do Regimento escolar;
Análise do Projeto Político Pedagógico.
3.1.1. Semi-Regência
3.1.2. Regência
Esta etapa iniciou-se no período de 04 de agosto e esteve prevista para ser encerrada
em 12 de setembro, mas devido à programação da escola, como feriados, troca de salas,
encontros coletivos e reuniões de pais e mestres esta etapa teve término somente no dia 24 de
setembro o que coincidiu com o encerramento do terceiro bimestre.
Nesta etapa aplicamos nosso projeto de curso, para isso atuamos como professoras da
turma e utilizamos como recursos didáticos em nossa prática:
Listas de atividades,
Portfólio,
Exposições orais,
Trabalho de pesquisa,
Pirulitos,
Fita,
Confecção de uma receita,
Quadro e giz.
Capítulo 3: Aspectos Metodológicos 40
3.2.1. Histórico
2
Em nove salas suas carteiras são compostas por cadeiras e mesinhas em bom estado de conservação e em
uma sala é composta por apenas carteiras de braços em estado de conservação precário.
Capítulo 3: Aspectos Metodológicos 42
era contratado por um convênio que a escola mantinha com o Banco Real e hoje deveria ser
contratado pela Secretaria Municipal de Educação.
A escola ainda conta com uma estrutura física e pedagógica para o recebimento de
alunos com necessidades especiais. Essa oferece aos professores e aos funcionários o curso de
Libras às quintas-feiras, após a aula no período matutino, sendo este curso ministrado por um
membro da Secretaria Municipal de Educação.
Em termos de equipamentos e material didático a escola dispõe de dois (02) DVDs,
um (01) Microfone, um (01) Globo Terrestre, duas (02) TVs, um (01) Rádio, um (01)
Retroprojetor, dois (02) Aparelhos de Som, dezessete (17) Micro Computadores, duas (02)
Impressoras e dois (02) Mimeógrafos que são disponíveis aos professores para a utilização em
suas propostas de ensino.
Outros aspectos verificados é a existência de uma quadra poliesportiva, cimentada e
descoberta onde são realizadas as atividades recreativas e as aulas de educação física, e dois
pátios sendo um coberto e o outro gramado.
Toda instituição escolar necessita de uma organização a fim de alcançar seus objetivos
e assegurar um bom funcionamento da escola (LIBÂNEO, 2004).
De acordo com o Regimento Escolar a gestão da escola é democrática assegurando a
participação da comunidade na discussão e implantação de propostas administrativas e
pedagógicas através do conselho escolar devidamente instituído e regulamentado, como está
descrita abaixo pelo organograma da instituição (Cf. Anexo III) na figura 2.
Capítulo 3: Aspectos Metodológicos 43
3.2.3.1. Direção
A docência é exercida pelo professor na sua área específica de acordo com a LDB.
Estes devem analisar coletivamente as causas de aproveitamento não satisfatório propondo
medidas para supera-lás, acreditar na capacidade de aprendizagem dos alunos, buscarem
novas informações e auto-capacitação, estar aberto às mudanças e ser capaz de criar situações
desafiadoras no processo de aprendizagem.
Capítulo 3: Aspectos Metodológicos 45
Relatado todo esse processo ocorrido durante o planejamento anual, iremos a seguir
discutir as características dos alunos e da professora da turma.
11% 3%
10 anos
47%
11 anos
12 anos
13 anos
39%
Constatamos nas respostas dadas à pergunta: “Você gosta de matemática?”, que 42%
dos alunos gostavam da disciplina de matemática, 39% destes não gostavam e 17% gostavam
mais ou menos. Na resposta dada à pergunta: “Qual é a maior dificuldade que você sente ao
estudar matemática?” 53% responderam terem dificuldades em resolver algoritmos com a
operação de divisão, 20% em resolução de problemas e 20% nas operações de subtração e
Capítulo 3: Aspectos Metodológicos 49
1dia
2 dias
6% 19%
11% 3 dias
14% 6% 4 dias
5 dias
6 dias
3%
27% 7 dias
3%
muitas vezes
11% não respondeu
A1: Eu acho ela engraçada mais outras vezes acho ela chata.
A2: Eu acho ela bem boa, mas bem brava.
A3: É chata e fica cobrando tarefa é muito brava.
A4: Às vezes ela é brava porque precisa e é muito legal.
Notamos pela resposta do aluno 4 que este compreendia a forma que a professora os
tratam devido à tentativa de se fazer presente a compreensão dos conteúdos e a ordem da sala
de aula.
Durante observações em sala de aula, notamos que os alunos possuíam uma boa
convivência, que apresentavam um perfil semelhante quanto aos gostos, às atividades
desenvolvidas nos horários livres e nos hábitos e que existia, como foi comprovado no
3
Essas respostas foram transcritas sem alterações quanto ao seu conteúdo original.
4
Capítulo 3: Aspectos Metodológicos 50
17%
Sim
Não
83%
Portanto, percebemos através do que observamos e dos dados obtidos que há uma boa
relação entre professor-aluno e aluno-aluno, sendo um aspecto positivo e proveitoso para o
desenvolvimento das atividades didáticas.
3.3.1. Avaliação
5
A receita escolhida foi a de um bolo, sendo que a massa foi preparada em sala de aula e o bolo foi assado
previamente e levado pronto, pois o forno da escola não estava disponível no dia.
Capítulo 3: Aspectos Metodológicos 54
Este capítulo teve como objetivo apresentar os aspectos metodológicos utilizados para
a elaboração e desenvolvimento de um trabalho voltado a uma nova postura pedagógica, onde
nossa intenção era levar os alunos a compreensão e ao estudo da matemática de forma
prazerosa e satisfatória.
Sendo assim apresentamos aqui as etapas pelas quais passamos durante o processo de
elaboração e aplicação da proposta, as quais correspondem à observação, semi-regência e
regência e dentre essas descrevemos os dados recolhidos durante tais etapas.
Enfim, acreditamos que todo esse processo apresentado nesse capítulo contribuiu para
o desenvolvimento de um projeto que estivesse de acordo com a realidade vivenciada pelos
alunos a fim de minimizar as dificuldades encontradas neste ambiente escolar.
CAPÍTULO 4: ANÁLISE
DA APLICAÇÃO DO
PROJETO DE CURSO
Capítulo 4: Análise da aplicação do projeto de curso 56
tentaram cozinhar, 22% responderam que já tentaram cozinhar, porém não gostariam de
cozinhar na escola, 13% responderam que nunca tentaram, mas que gostariam de
cozinhar na escola e 22% responderam que nunca tentaram cozinhar e que não
gostariam de cozinhar na escola.
De acordo com esses dados, observamos que 56% dos alunos responderam que
gostariam de cozinhar na escola, diante disso e o fato de que segundo Farago (2003),
para uma aprendizagem significativa e contextualizada devemos partir de problemas
específicos de interesse dos alunos para chegarmos a problemas gerais, acreditamos
que, apesar de nem todos os alunos terem mostrado gostar de cozinhar, nossa proposta
chamaria a atenção por ser inovadora, o que poderia incentivá-los a participar.
Em relação às questões de conceito de fração, as que os alunos mais mostraram
dificuldades foram nas questões que se referiam a divisão – questão 3, identificação de
números fracionários – questão 5, representação de fração em figuras de mesma área
com formas diferentes – questão 6 e representação de informações em forma de fração –
questão 8.
A questão 3 teve como objetivo verificar se os alunos conseguiam utilizar a
operação da divisão de forma a repartir as barras de chocolate igualmente entre as
crianças. A maioria dos alunos não conseguiram fazer essa divisão e em suas ilustrações
as crianças não recebiam partes iguais do chocolate, o que mostra que não possuíam um
entendimento generalizado com respeito à divisão de um objeto em partes iguais,
conforme mostram abaixo as repostas de dois alunos .
Aluno 1
Aluno 3
Capítulo 4: Análise da aplicação do projeto de curso 58
Aluno 1
A análise das listas tem como objetivo principal verificar os aspectos cognitivos
alcançados no decorrer da aplicação do projeto. Dessa forma, analisamos as 2 listas que
foram aplicadas durante a apresentação dos conceitos relacionados a fração, avaliando
o desenvolvimento dos alunos em suas principais questões. Assim, não são analisadas
as listas referentes à revisão de equivalências entre áreas, pois estas somente serviram
para auxilio à compreensão dos conceitos de frações que envolviam divisão de figuras
em partes de mesma área, a fim de minimizar a utilização do processo de dupla
contagem em representação de frações.
A primeira lista (Cf. Anexo VI, lista 4) a ser analisada teve como objetivo a
avaliação do conhecimento dos alunos quanto aos conceitos iniciais de frações, frações
próprias, impróprias e mistas. Dessa forma, analisamos somente questões que
envolviam tais conceitos.
Ao analisar as respostas dos 31 alunos que responderam a lista, observamos que
nas questões que envolviam a necessidade de dividir toda a figura em parte de mesma
área os resultados foram bastante variados. Por exemplo, ao compararmos as respostas
dadas pelos alunos na questão 1 e a questão 3, abaixo.
4
Notamos que na questão 1 em que os alunos deveriam colorir , 81% não
7
tiveram dificuldade em fazê-lo. Porém na questão 3 em que deveriam representar a
fração da parte pintada das duas figuras estes apresentaram dificuldades, pois somente
55% e 48%, respectivamente, conseguiram representar de forma adequada a primeira e
a segunda figura.
Ao analisarmos as respostas dos demais alunos notamos que estes em sua
maioria dividiram a figura em parte de mesma área, porém ao representarem a fração da
parte pintada, estes a representavam utilizando parte/parte, sendo a parte pintada sobre a
não pintada. Outro caso que ocorreu foi a representação através de dupla contagem, sem
Capítulo 4: Análise da aplicação do projeto de curso 60
que a figura fosse dividida em partes de mesma área, além de haver o erro de colocar a
parte não pintada sobre a parte pintada. Isto mostra a falta de segurança quanto ao
conceito de numerador e denominador de uma fração conforme abaixo em algumas
respostas dos alunos.
5 5
Aluno 1: primeira figura e a segunda figura
13 11
9 10
Aluno 2: primeira figura e a segunda figura
4 4
Nas questões que envolviam quantidades discretas, onde um inteiro é
representado por um conjunto de objetos, em que cada elemento é tomado como uma
parte do inteiro, também observamos variações de resultados ao compararmos as
respostas dos alunos nas questões 6,7 e 8.
Percebemos que na questão 6 enquanto 87% dos alunos não tiveram dificuldade
em representar a fração das bolinhas vermelhas, na questão 7 somente 48% dos alunos
conseguiram representar a fração de cada ficha de acordo com as cores e na questão 8,
apenas 36% conseguiram circular três quartos das flores. Dessa forma acreditamos que
ao mudar o contexto das questões os alunos apresentam dificuldades variadas, pois os
alunos que não conseguiram responder a questão 7 de forma eficaz, consideraram as
fichas de acordo com cores como um inteiro. Por exemplo, são 4 fichas azuis eles
4
representavam , o que mostra que estes não consideraram as 20 fichas como 1 inteiro.
4
3
Na questão 8, os alunos que tiveram dificuldades, representaram circulando 3 flores
4
ou marcaram 4 flores e circularam 3 ou ainda circularam dois grupos um com 3 flores e
o outro com 5 flores ou 4 flores.
Estas respostas demonstram que os alunos não conseguiram entender as 8 flores
como um inteiro, desconsiderando algumas das flores para representar a fração ou
quando conseguiam enxergar como 1 inteiro, tentavam representar utilizando
parte/parte.
Quanto à questão 9 na qual os alunos deveriam circular um terço das flores
dadas na questão 8, verificamos que somente uma aluna conseguiu entender a
1
impossibilidade de circular de 8 flores, pois isso é somente possível na divisão
3
euclidiana. Os demais alunos desprezaram algumas flores para a representação ser
Capítulo 4: Análise da aplicação do projeto de curso 61
possível, circulavam também somente uma, duas ou três flores. Sendo a resposta mais
freqüente circular somente uma flor, o que demonstra ainda falta de compreensão
quanto ao conceito de fração.
Nas questões que envolviam quociente, em que os alunos deviam dividir uma
quantidade de objetos para uma determinada quantidade de pessoas estes apresentaram
dificuldades. Um exemplo é a questão 11, na qual os alunos deveriam distribuir 9
bolinhos entre quatro crianças e representarem a fração da cota de bolinhos que cada
criança deveria receber, em que 81% dos alunos não conseguiram responder que 2 ¼ ou
9/4 que cada criança iria receber, conforme apresentaremos a seguir.
2
Aluno 1: E dividem um bolinho
9
1
Aluno 2:
2
A segunda lista (Cf. Anexo VI, lista 5) referia-se aos conceitos de fração própria,
imprópria, número misto, comparação e equivalência de fração. O objetivo de tal lista
era verificar se os alunos aprenderam esses conceitos e sabiam utilizá-los em situações
diversas de forma adequada. Para sua análise, escolhemos as questões que envolviam
esses conceitos.
Na questão 6 relativa aos conceitos de fração própria e imprópria e número
misto, dos 21 alunos que responderam essa lista, cerca de 78% das respostas foram
satisfatórias e os alunos mostraram ter assimilado esses conceitos, o que indica que suas
dúvidas foram minimizadas.
Com relação a comparação de fração, analisamos as questões 7 e 12. Na questão
7 notamos que 52% dos alunos responderam incorretamente e se justificaram de forma
inadequada. Nesta questão, apesar dos alunos terem respondido em questões anteriores
1 1 1 1
que é a metade de , não compreenderam que < e para tanto, se justificaram
4 2 4 2
1 1
dizendo que como tem o número 4 no denominador ele é maior que que tem no
4 2
denominador o número 2.
Na questão 12, os resultados são similares. Essa questão envolve um contexto
diferente, onde os alunos deveriam desenhar de acordo com as informações que
receberam e deveriam também interpretar tais dados de forma adequada para chegarem
a uma resposta correta, o que, conforme as respostas dos alunos, não ocorreu.
Portanto, tanto na questão 7 quanto na 12, os alunos ainda possuíam muitas
dificuldades com relação a comparação de fração, o que nos indica que esse conceito
não foi assimilado de forma apropriada.
Em relação à equivalência, foram analisadas as questões 11 e 14. Tanto na
questão 11 esboçada anteriormente na análise do teste diagnóstico como na questão 6,
os alunos conseguiram acertar 3 das figuras, mas quando se deparavam com a figura em
que deveriam analisar a área de cada parte e não somente sua forma cometeram o erro
da dupla contagem, onde contaram as partes sem se preocuparem se a área de cada parte
era a mesma. Mas notamos alguns avanços quanto à representação das outras figuras,
pois os alunos deixaram de representar a fração como parte pintada sobre a parte não
Capítulo 4: Análise da aplicação do projeto de curso 63
Aluno A:
Aluno B: 6 ovos
Capítulo 4: Análise da aplicação do projeto de curso 64
12 4
representaram essa fração da forma e os demais se dividiram representando , ou
4 12
4
não representaram.
16
Nestes casos em que os alunos responderam incorretamente, vemos que estes
ainda têm dúvida quanto ao que vem a ser numerador e denominador como discorremos
anteriormente, errando ao representar uma fração como todo/parte, parte/parte e na
interpretação, como bem discorre em seu trabalho Silva (1997).
Na questão 4, em que pedimos aos alunos para desenhar um conjunto de maçãs
2
do qual são vermelhas e o resto verde, os alunos deveriam desenhar 5 maçãs e pintar
5
duas de vermelho e 3 de verde. Notamos que 74% dos alunos não tiveram dificuldades
de fazê-lo, o que nos mostra que quando damos a fração e pedimos que nos representem
em desenho, estes têm mais êxito, do que se pedirmos o contrário, como mostra os
exercícios anteriores. Isso nos mostra que a turma tem algumas noções de frações como
número.
Quanto a questão 5, 74% dos alunos responderam que o grupo de 6 crianças
iriam comer mais chocolates e ainda em alguns casos justificaram que este era o grupo
de menos crianças, o qual teriam maiores pedaços de chocolates do que as crianças do
grupo de 8. Isso nos mostra que a turma consegue fazer comparações quando
trabalhamos com a mesma quantidade de elementos, sendo este um êxito na nossa
aplicação, pois havíamos explicado para os alunos somente neste nível de situação.
No que diz respeito à questão 6, esperávamos que os alunos respondessem que
eram equivalentes, pois a mesma parte pintada da figura foi representada de quatro
maneiras distintas, mas sua área não deixou de ser distinta.
As respostas dadas a essa questão foram bem distintas as quais os alunos
apresentaram diversas dificuldades, como de entendimento do que vem a ser
equivalência de fração, de entendimento de fração como parte-todo, pois muitos alunos
utilizaram o processo de dupla contagem mesmo que as figuras não estivessem
divididas em partes iguais e utilização de fração como parte/parte e todo/parte. Somente
7 alunos dos 35 que fizeram a atividade responderam corretamente, sendo que os
demais responderam em sua maioria a questão parcialmente certo.
Quanto a questão 7, os alunos deveriam responder que a letra a) e d) eram
Capítulo 4: Análise da aplicação do projeto de curso 66
1
incorretas, pois na letra a) a figura a qual estava relacionada não era , apesar de estar
2
2
dividida, mas 1 inteiro e na letra d) a figura a qual estava relacionada não era e
1
5
sim .
15
As respostas apresentadas foram como consta na tabela:
Justificativa
sim não
Relações incorretas Quantidade de alunos
Correta Incorreta
d x 7
d x 2
a x 6
a x 1
incorreta 5
a,d x 3
b,c,d x 2
c,d d c 2
b,d x 2
c,d x 4
a,c,d x 1
a,d x 2
Não fez 1
Nota-se através da tabela acima que 97% dos alunos afirmaram que a relação da
fração da letra a com a representação era correta, o que se percebe um erro de conceito
de fração, pois apesar da figura estar dividida, mas não pintada à metade, este acha que
1
não é um inteiro e sim . Quanto confirmar que a relação da letra d estava incorreta foi
2
na mesma porcentagem, porém somente 4 alunos conseguiram justificar com êxito, o
que se percebe que estes sabiam que a relação era incorreta mas não conseguiam
justificar, conforme mostramos abaixo algumas justificativas incorretas6 deste caso.
Aluno A: A letra d) porque e não é equivalente de 2.
6
As respostas dos alunos foram transcritas exatamente da forma como eles apresentaram.
Capítulo 4: Análise da aplicação do projeto de curso 67
2 1
Aluno B: Figura “d” está errada porque não existe existe e essa divisão não
1 2
é exata.
2
Aluno C: A letra d esta incorretamente porque são e não tem jeito de ser um
1
quadrado e pintar dois.
Ao observar estas justificativas notamos que alguns alunos ainda têm
dificuldades quanto o que vem a ser numerador e denominador de uma fração e quanto
a representação de 1 inteiro.
Assim somente 5 alunos conseguiram responder corretamente, sendo que destes
somente 2 justificaram suas respostas, o que mostra que pelo menos estes conseguiram
entender o que vem a ser uma fração, sabendo como representá-la.
Nas descrições observamos que apesar das redações dos alunos estarem parecidas a
que transpúnhamos em sala conforme a de um aluno acima, eles tiveram que desenvolver a
reflexão, de maneira que pensassem sobre os conceitos abordados para que houvesse
coerência no que estavam redigindo. Além disso, os alunos tiveram também que ter mais
atenção às aulas, pois, ao fazer as atividades do portfólio precisavam relembrar o que havia se
passado nas aulas anteriores.
Em suma, trabalharmos com o portfólio contribuiu de forma positiva para verificarmos
o aprendizado dos alunos, seu comportamento e suas atitudes, além de os próprios alunos
poderem observar seu crescimento durante seu processo de aprendizagem, conforme afirma
Boas (2006). Apesar disso, notamos que com relação aos conceitos, os alunos apresentaram
assimilação somente ao escrever sobre eles, não conseguindo em algumas vezes aplicá-los de
forma adequada nas listas de atividades conforme visto anteriormente.
O trabalho de Pesquisa das comidas típicas das cinco regiões brasileiras teve por
objetivo atuar sobre os alunos como fonte de interação, contextualização do conteúdo de
fração, valorização da diversidade cultural que compõe o nosso cenário brasileiro e motivação
à aprendizagem dos conceitos de fração.
Este trabalho foi composto por um trabalho escrito - contendo receitas de cada região e
suas origens, por uma lista de atividades referentes a cada região, por uma aula prática - onde
foi preparada uma receita em sala de aula, e por uma exposição oral retratando a origem de
uma receita escolhida pelos alunos de acordo com suas regiões.
Quanto ao trabalho escrito, notamos que os componentes da maioria dos
grupos tiveram dificuldades de interação e não conseguiram chegar a uma mesma idéia de
divisão de tarefas, apesar destes terem feito a escolha. Acreditamos que tal fato possa ter
acontecido devido os alunos não terem costume de desenvolver trabalhos em grupo composto
por muitas pessoas.
Entretanto, esses grupos, apesar de suas desavenças, conseguiram cumprir a proposta
quanto a um bom desenvolvimento do trabalho escrito e nos foram entregues trabalhos
excelentes e de uma organização notável.
A lista de atividades que foi realizada individualmente teve por objetivo avaliar o
Capítulo 4: Análise da aplicação do projeto de curso 70
aprendizado acerca do conceito de fração e serviu como material indutivo para explicação dos
conceitos de fração própria, imprópria e números mistos. Dentre os 40 alunos, 31 fizeram a
lista, desses acima de 64% responderam as questões corretamente. Tendo somente
dificuldades nas questões 5 letra c que envolvia representação de número misto, os quais
somente 35% responderam corretamente. Acreditamos que tal resultado se deve ao fato dos
alunos ainda não terem visto o conceito de números mistos.
No que diz respeito à aula prática, esta teve como objetivo revisar os conceitos
abordados anteriormente e induzir à aprendizagem dos conceitos de equivalência e
comparação de fração. Nesta aula, notamos que os alunos ainda apresentavam dúvidas acerca
do conceito de fração própria, imprópria e números mistos, pois confundiam tais conceitos.
Quanto ao fato de indução à aprendizagem de equivalência e comparação de fração, em
1 1
questões em que foi perguntado como, por exemplo, se era maior ou menor que , os
2 4
1 1 1
alunos responderam que era a metade de meio, por essa razão em outras questões
4 2 4
2 1
como, por exemplo, era perguntado na divisão do bolo se correspondia a os alunos
4 2
responderam através da visualização que eram frações iguais, porque se juntarmos as duas
1
partes que correspondem cada uma a teremos no final a metade do bolo que corresponde a
4
1 1 2
que é igual então a 2 partes de que é . Os alunos mostraram também interesse e
2 4 4
entendimento embora no final da aula terem permanecido bastante inquietos. Por outro lado o
tempo para a exposição de tais conceitos foi curto, pois precisaríamos de mais tempo para os
alunos assimilarem tais conceitos de forma natural ao seu tempo de aprendizagem.
Com relação à exposição oral que foi realizada em grupo, tivemos como objetivo
avaliar se os alunos conseguiam expor de forma clara os conceitos de fração que se
encontravam em suas receitas. Durante a exposição nos certificamos que integrantes de alguns
grupos não haviam se preparado para a exposição e não tinham participado da confecção de
materiais para a apresentação o que acarretou má divisão nos tempos de fala de cada
componente do grupo e ainda falta de organização durante a apresentação.
Verificamos que nos grupos em que houve uma divisão satisfatória das falas, os
conceitos de fração própria, imprópria e mista, antes apresentados com dúvidas por eles foram
abordados de forma clara e adequada o que mostrou entendimento e segurança por parte dos
Capítulo 4: Análise da aplicação do projeto de curso 71
Resultado 1: Os alunos conseguiram entender que fração pode ser representada em suas
diversas formas, como ilustração, unidades de medidas, número inteiro, não inteiro e
quociente. Isso se deve ao fato das diversas formas em que apresentamos fração no decorrer
da aplicação.
Resultado 2: Observamos que os alunos tiveram dificuldades de interpretação ao resolver
problemas envolvendo frações, muitas das vezes faziam parte dos problemas não o
finalizando por falta de atenção, em outros casos conseguiam ilustrar a solução mas não
conseguiam chegar a uma resposta correta. Acreditamos que isso ocorra devido às crianças
não estarem habituadas a lerem, o que segundo Brito e Oliveira (2007), levam os alunos a
uma dificuldade de empatia com os conteúdos de matemática durante o processo escolar.
Resultado 3: Os alunos conseguiram através do trabalho com a culinária brasileira enxergar
que fração é um conteúdo que lida no dia a dia, como na realização de uma receita.
Resultado 4: Os alunos puderam através do trabalho de pesquisa acerca das comidas típicas
das regiões brasileira visualizar a diversidade étnica e cultural que compõe a nossa sociedade.
Resultado 5: Percebemos que os alunos aprimoraram em alguns casos o que vem a ser
numerador e denominador, muitas vezes confundiam e representavam todo/parte, ou seja,
denominador/numerador ou representavam parte/parte, parte pintada sobre a parte não
pintada. Acreditamos que isso se deve não por falta de embasamento, e sim porque para o
desenvolvimento da assimilação de fração deve-se considerar que este é um processo de
aprendizagem a longo prazo e que não se aprende do dia para a noite, sendo assim é
necessário que estes conceitos sejam trabalhados ao longo de todo o processo escolar e não só
nos anos iniciais como tem sido realizado pelas escolas, conforme bem explica Bertoni
(2002).
Resultado 6: Identificamos que os alunos apresentam ainda dificuldades em representar
fração em questões que devem considerar um determinado número de objeto como 1 (um)
inteiro e cada elemento como parte deste, principalmente quando se tem a fração e se deve
representar na figura, como ocorre na primeira lista de atividade questões 6,7 e 8 e que
continua ocorrendo na lista avaliativa como mostra a questão 1. Consideramos que isso
acontece devido os alunos não terem se apropriado do conceito de fração ainda de forma
significativa como parte/todo.
Resultado 7: Notamos que os alunos conseguiram entender fração como número, pois
Capítulo 4: Análise da aplicação do projeto de curso 73
quando se dava a fração onde deviam ilustrá-la conseguiam com êxito. Além disso, estes
conseguiram entender os conceitos de fração própria, imprópria e mista.
Resultado 8: Os alunos melhoraram quanto a utilização de dupla contagem e passaram a
utilizar a divisão de figuras em partes de mesma área, apesar de não se ter conseguido tal
melhora em 100% da turma, acreditamos que o tangram aplicado inicialmente conseguiu
minimizar a utilização desse processo.
Resultado 9: Os alunos não conseguiram em sua maioria entender fração como quociente.
Tal entendimento deveria ser repassado a eles somente como uma noção, pois em nossa
proposta não trabalhamos com conceitos de fração como quociente de forma completa. Porém
os alunos não conseguiram ter essa noção, devido ainda apresentarem dificuldades em divisão
de números naturais.
Resultado 10: Com relação à equivalência os alunos até compreenderam o significado, mas
devido a problemas referentes a representação de fração estes tinham dificuldades em
identificar em diversas situações frações desse tipo. Apesar disso, consideramos que a revisão
de equivalências de área facilitou o entendimento desse conceito, mas para sua assimilação
significativa precisaríamos de mais tempo para sua construção.
Resultado 11: Quanto à comparação de fração os alunos só a compreenderam quando esta
não é realizada entre frações como número, mas quando envolve objetos, pessoas e
ilustrações. Dessa forma, observamos que este conceito ainda está em fase de construção e
precisa ser trabalhado com os alunos durante a sua formação.
Nosso projeto de curso teve como objetivo levar o aluno a uma aprendizagem
significativa acerca do conteúdo de frações através de um ensino contextualizado baseado na
culinária brasileira.
Para o alcance destes, desenvolvemos uma metodologia fundamentada nas idéias dos
autores Bertoni (2002), Silva (1997), Farago (2003), Schmitt e Ferreira (2004) e Boas (2006),
apresentando o conteúdo de frações de forma contextualizada através da culinária brasileira,
sendo um recurso para o ensino deste conteúdo.
A partir da aplicação do projeto, analisamos todo o processo de desenvolvimento em
cinco etapas, das quais obtivemos resultados atitudinais, cognitivos e procedimentais.
Através destes resultados observamos que não alcançamos com êxito todos os
objetivos propostos, pois estes, conforme mostramos nos resultados foram alcançados apenas
em partes.
Dentre os objetivos estabelecidos inicialmente, conseguimos levar os alunos a:
Identificar frações em situações diárias;
Relacionar frações em suas diversas formas;
Ler e escrever frações;
Relacionar o conceito de fração como número;
Visualizar a diversidade étnica e cultural que compõe nossa sociedade;
Por outro lado, notamos que os alunos tiveram algumas dificuldades como;
Resolver problemas envolvendo frações;
Relacionar os conceito de frações como parte-todo e quociente;
Entender que as frações são equivalentes mesmo quando as divisões das figuras não
apresentam todos os cortes.
Acreditamos que tais objetivos não foram alcançados devido o processo de
aprendizagem de fração ser um processo que deve ser desenvolvido a longo prazo, o que
mostra que tal conceito necessita ser trabalhado durante todo o processo escolar, não apenas
nos anos iniciais como tem sido realizado pelas escolas. (BERTONI, 2002).
Dessa forma, mostramos que não só a mudança da metodologia de ensino de fração
fará com que o aluno tenha uma aprendizagem significativa acerca deste conteúdo, pois o
ensino de tal conteúdo deve ser repensado na estrutura curricular das escolas.
Em suma, mesmo a aplicação do projeto não tendo alcançado todos os objetivos
Capítulo 4: Análise da aplicação do projeto de curso 75
A missão dos educadores hoje é preparar os alunos para o mundo que irão enfrentar
proporcionando-lhes destrezas e habilidades para que possam atuar com eficiência no papel
que terão que desempenhar na sociedade e para que isso seja possível, é necessária uma nova
postura pedagógica que respeite a individualidade sociocultural de cada aluno. (SCHMITT e
FERREIRA, 2004) e (FARAGO, 2003).
Visto isso, elaboramos uma proposta pedagógica, a qual tinha como intuito tornar a
aprendizagem de matemática prazerosa, onde os alunos através deste conteúdo buscassem
novos significados em sua vida cotidiana e na integração a sociedade.
Dessa forma tivemos como objetivo inicial levar os alunos a uma aprendizagem
significativa acerca do conteúdo de frações através de um ensino contextualizado baseado na
culinária brasileira.
Nesse sentido elaboramos uma proposta metodológica com enfoque na matemática
contextualizada procurando viabilizar nos alunos o desenvolvimento de habilidades e
destrezas para aplicarem os conhecimentos adquiridos em situações do cotidiano. Para isso,
utilizamos a culinária brasileira como recurso no desenvolvimento de nossas aulas.
Ao refletirmos sobre nossa prática observamos através dos resultados obtidos que
nossos objetivos foram alcançados com limitações, pois acreditamos que o processo de
aprendizagem de fração deve ser desenvolvido em longo prazo, o que mostra que tal conceito
necessita ser trabalhado durante todo o processo escolar, não apenas nos anos iniciais como
tem sido realizado pelas escolas. (BERTONI, 2002).
Entendemos que cabem as escolas e as políticas educacionais darem uma atenção
maior ao ensino de frações, levando em consideração o tempo de aprendizagem do aluno e o
fato de frações possuírem um nível de abstração grande.
Apesar das limitações encontradas acreditamos que os professores devem estar sempre
buscando pesquisar acerca da aprendizagem do conteúdo de fração e estar atrelando esse
ensino à matemática contextualizada, pois isso proporciona aos alunos enxergarem
praticidade e aplicação em resolver suas atividades, além de perceberem que a matemática
está presente no mundo que os cerca.
Acreditamos que o desenvolvimento desse trabalho possibilitou a escola a se deparar
com uma nova forma de ensinar frações, o que enriqueceu tanto aquele ambiente escolar
quanto aos alunos da 5ª série que enxergaram que a matemática pode ser ensinada em um
ambiente divertido e interessante.
Conclusão 78
BERTONI, Nilza Eigenheer. É possível ensinar frações para a vida?. [S.l]. 2002.
Disponível em: <http: //www.tvebrasil.com.br/salto>. Acesso em: 9 jun. 2008.
BOAS, Benigna Maria de Freitas Vilas. Portifólio, avaliação e trabalho pedagógico. 3. ed.
Campinas, SP: Papirus, 2004.
BRITO, Frederico Reis Marques de; OLIVEIRA, Leni Nobre de. As dificuldades da
interpretação de textos matemáticos: algumas reflexões. [S. l].[S.d]. Disponível em:
http://www.alb.com.br/anais16/sem15dpf/sm15ss06_05.pdf. Acesso em: 25/11/08.
LEMES, Flávia Franco; SILVA, Lívia Martins. O Uso do Vídeo Didático no Ensino
Aprendizagem de Frações. 2007. 101 f. Trabalho final de curso para obtenção do título de
Licenciado em Matemática – Universidade Federal de Goiás, Jataí-GO.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. 5. ed. Goiânia:
Alternativa, 2004.
MILTÃO, Milton Souza Ribeiro; et al. Considerações gerais sobre o uso dos livros
didáticos a partir da experiência de professores em sala de aula no nível médio.
[S.l].2004. Disponível em:
http://www2.uefs.br/depfis/caderno/vol04/Artigo_Abordagem_Critica_Livro_Didatico.pdf.
Acesso em: 29 abr. 2008.
SILVA, Maria José Ferreira da. Sobre a introdução do conceito de número fracionário.
Dissertação (Mestrado)- Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da
Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1997. 245 p.
SOUSA, Juliana Ferreira; SOUZA, Roberto Barcelos. Jogos no Ensino de Frações. 2007.
119 f. Trabalho final de curso para obtenção do título de Licenciado em Matemática –
Universidade Federal de Goiás, Jataí-GO.
Referências bibliográficas 82
1. Origem e Justificativa
Um dos principais desafios da educação é desenvolver nos educandos a criticidade, a
criatividade e ética tornando-os autores conscientes de sua história pessoal e da coletividade,
levando-os a compreender e transformar o mundo a sua volta. Todas essas características a
serem desenvolvidas nos educandos não se desenvolvem do dia para a noite, mas se
constroem durante sua formação familiar, social e escolar. Sendo assim, a missão dos
educadores hoje é preparar os alunos para o mundo que irão enfrentar proporcionando-lhes
destreza e habilidades para que possam atuar com eficiência no papel que terão que
desempenhar na sociedade e para que isso seja possível, é necessária uma nova postura
pedagógica que respeite a individualidade sociocultural de cada aluno. (SCHMITT;
FERREIRA, 2004) e (FARAGO, 2003).
Segundo Farago (2003), a matemática é uma disciplina que se aplicada de acordo com
essa postura pode contribuir para a formação social do educando, por ser uma ciência que tem
apresentado aplicações em diferentes áreas. Dessa forma, ao nos inserirmos em ambiente
escolar realizando nosso Estágio Supervisionado II, tivemos que detectar os problemas
existentes em uma turma específica e propor nesta uma proposta condizente a tarefa de
minimizar tais problemas e para isso nos focamos na missão de desenvolver uma nova postura
pedagógica como citada acima, onde nossa intenção é levar os alunos à compreensão e ao
estudo da matemática de forma satisfatória e prazerosa, orientando-os na busca de novos
significados em sua vida cotidiana e na integração à sociedade.
Para o desenvolvimento de tal proposta, passamos pelos períodos de observação e
semi-regência e nesses períodos constatamos que os alunos da escola campo enfrentam
dificuldades em resolver problemas que envolvem as operações fundamentais, possuem falta
de concentração e não conseguem enxergar e aplicar a matemática no mundo real.
Ao nos depararmos com o fato da temática a ser trabalhada na escola no 3º bimestre,
período em que desenvolveremos nossa proposta de ensino, ser a Pluralidade Cultural,
procuramos criar uma proposta fundamentada nos PCN’s que estivesse de acordo com essa
temática, onde deve-se valorizar as características étnicas e culturais dos diferentes grupos
sociais que convivem no território nacional e propor uma concepção que busca explicitar a
diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, pois essas diferentes
características regionais presentes na sociedade brasileira são ignoradas e descaracterizadas
principalmente pela escola que silencia, minimiza e omite tais abordagens.
Dessa forma, procuraremos valorizar essas vozes no cotidiano da escola propondo
estudar a matemática com um enfoque voltado às tradições regionais brasileiras enfatizando a
Anexo I: Projeto de Curso 86
culinária típica dessas regiões e para tanto nos basearemos nas idéias de Shmitt e Ferreira
(2004) e Farago (2003) para justificar nossa proposta.
A culinária está aliada ao fato de trabalharmos uma matemática voltada para o
cotidiano, ou seja, uma matemática contextualizada, pois a culinária das regiões brasileiras irá
criar um ambiente favorável e agradável para o ensino da matemática, onde será aproveitada a
vivência dos alunos, os fatos do dia-a-dia e a tradição cultural, buscando com isso reconstruir
os conhecimentos matemáticos para que o aluno possa refazer a leitura do seu mundo, dessa
forma estaremos enfocando a Pluralidade Cultural.
O ensino contextualizado estimula o aluno a processar os conhecimentos novos, de tal
maneira que este passa a ter sentido e assim ele poderá transferir o conhecimento adquirido
em situações diversificadas. Este enfoque busca o significado no contexto, ou seja, em volta,
onde a pessoa se localiza, o que faz que o conteúdo tenha sentido, utilidade e aplicabilidade.
(FARAGO, 2003).
Através da culinária sob um enfoque contextualizado, o aluno irá desenvolver um
espírito explorador, investigativo, crítico, a autonomia, auto-estima e relações interpessoais,
terá que colher dados, discutir idéias, identificar situações problemas e será levado a uma
aprendizagem gerada pelo encantamento e pela curiosidade. Dessa forma, a sala de aula se
transformará em um ambiente motivador que levará os alunos a exercitarem sua capacidade
de raciocínio. (SCHMITT; FERREIRA, 2004).
Trabalhando a matemática dessa maneira, pretendemos desenvolver no aluno o que
tanto se almeja que é uma aprendizagem significativa, pois de acordo com Farago (2003), o
aluno terá uma visão geral da disciplina compreendendo como ela interage de forma
dinâmica, não sendo realizada isoladamente e como os problemas partirão da forma específica
para a forma geral os alunos desenvolverão uma aprendizagem concreta, onde poderão aplicar
seus conhecimentos às situações reais associando-os para a prática da solução de problemas e
verão que a matemática ultrapassa os muros da escola e que ela tem aplicação prática no
cotidiano.
Diante do fato de trabalharmos com a Pluralidade Cultural e termos escolhido para tal
abordagem um enfoque contextualizado que é a Culinária Brasileira, devemos associar tal
escolha ao conteúdo a ser trabalhado na proposta de ensino que é Frações.
De acordo com Bertoni (2002), o ensino de Frações tem sido um dos temas mais
difíceis no Ensino Fundamental. Avaliações e pesquisas atestam o baixo rendimento dos
alunos no assunto. E por esses motivos, é preciso encontrar caminhos para levar o aluno a
identificar essas quantidades em seu cotidiano e apropriar-se da idéia do número fracionário
Anexo I: Projeto de Curso 87
2. Objetivos
2.1 Objetivos Gerais
Levar o aluno a:
Uma aprendizagem significativa acerca do conteúdo de frações através de um ensino
contextualizado baseado na culinária brasileira.
Valorizar a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira.
3. Metodologia
Para a aplicação de nossa proposta de ensino na turma da 5ª série A da escola campo,
nos fundamentamos nos autores Bertoni (2002) e Silva (1997) e de acordo com eles,
utilizaremos uma metodologia voltada para uma aprendizagem significativa de frações.
Desenvolveremos nossa proposta em um período de 28 horas/aulas correspondentes a
um mês e duas semanas, tendo início na primeira semana do mês de agosto e término na
segunda semana do mês de setembro.
A turma em que desenvolveremos a proposta de ensino é composta por 40 alunos
devidamente matriculados, sendo, 12 do sexo masculino e 28 do sexo feminino, com uma
faixa etária que varia de 10 a 13 anos.
Para dar início ao desenvolvimento da aplicação de nossa proposta o “Ensino de
Frações através da Culinária Brasileira” iremos primeiramente aplicar na turma um teste
diagnóstico a fim de verificar quais são as noções que os alunos detêm acerca do conteúdo de
frações e para verificar se os mesmos possuem algum tipo de vivência em seu cotidiano com
receitas culinárias. Através dos resultados obtidos nesse teste, faremos uma breve revisão com
os alunos no intuito de sanar as dificuldades deixadas pelo conteúdo de geometria para levá-
los a um maior entendimento sobre o conceito de frações.
Após essa revisão, daremos início ás definições do conceito de frações para que os
alunos possam reconhecer e identificar números fracionários em situações do dia-a-dia.
Posteriormente, elaboraremos um trabalho de pesquisa acerca das comidas típicas de
cada região brasileira com os alunos. Para isso, dividiremos a turma em cinco grupos, cada
grupo corresponderá a uma região brasileira, sendo estas: Sul, Sudeste, Centro-oeste, Norte e
Nordeste e será composto por oito alunos. A definição de cada região por grupo será realizada
por questões de afinidade e/ ou grau de parentesco, caso esse tipo de definição não seja
realizada com sucesso, iremos realizá-la através de sorteio.
Neste trabalho cada grupo tem como função pesquisar as receitas típicas de cada
região brasileira e suas histórias de origem. Para a pesquisa dessas receitas, os alunos contarão
com o auxílio das respectivas professoras onde serão disponibilizadas algumas aulas, sendo
que estes deverão reunir-se em horários extraclasses e pesquisar em casa. Ao término da
pesquisa, todos os dados obtidos na pesquisa serão recolhidos e entregues às professoras.
No momento seguinte, será realizado um trabalho de verificação dos números
fracionários encontrados nas receitas pesquisadas pelos alunos, através dessa verificação, os
alunos deverão representar esses números fracionários em diversas formas, como por
exemplo, desenhos geométricos e estes serão recolhidos.
Anexo I: Projeto de Curso 89
À partir desse trabalho será definido para os alunos os conceitos de frações Próprias e
Impróprias e depois serão aplicados exercícios referentes às receitas e referentes a outras
abordagens.
Após este momento, as professoras escolherão dentre as receitas pesquisadas pelos
alunos uma receita para ser preparada em sala de aula juntamente com os alunos com a
finalidade de definir Equivalência e Comparação de frações. Além do preparo dessas receitas,
serão levados aos alunos outros recursos que envolvem a culinária como a divisão de um
bolo, medidas de líquidos e outros materiais concretos para a explicação desses conceitos.
Para a verificação da aprendizagem dos conceitos, serão aplicados aos alunos
exercícios contextualizados e terão que formular seus próprios exercícios. No momento
seguinte, será desenvolvida uma dinâmica de grupo relacionada com os conhecimentos que
foram aplicados.
Para finalizar, os grupos de alunos definidos anteriormente pelas regiões farão um
resumo que deverá conter uma receita escolhida por eles, sua história de origem e apresentar
os conceitos matemáticos sobre frações presentes nessa receita, após esse trabalho ser
realizado, cada grupo irá por meio de uma exposição oral expor seus trabalhos a turma.
3.1 Avaliação
Os alunos serão avaliados continuamente por meio de listas de exercícios, exposições
orais e pelo portfólio, sendo este último a principal forma de avaliação utilizada.
O portfólio consiste em uma pasta na qual são depositadas as produções que
evidenciam a aprendizagem dos alunos, sendo estas produções uma coleção dos melhores
trabalhos organizados por eles. Através deste, os alunos conseguem avaliar criticamente e
cuidadosamente suas produções servindo para expor o crescimento e o sucesso do aluno
durante o processo de aprendizagem. (BOAS, 2006).
Adotaremos o portfólio durante todo o período de desenvolvimento do projeto, ele
será utilizado para os alunos exporem o que aprenderam através de atividades como cartas,
diários, redações, gibis e entrevistas, e anexarem às listas de exercícios, as anotações das
correções, os dados das pesquisas, os resumos, podendo nessas atividades utilizar sua
criatividade colocando fotos, desenhos, esquemas e ilustrações.
Para a avaliação dos portfólios, será elaborada uma ficha avaliativa composta por
alguns critérios como, por exemplo, responsabilidade, criatividade, aprendizagem dos
conteúdos, participação entre outros, que servirão para a avaliação do desempenho dos alunos.
As notas serão atribuídas levando em consideração cada item avaliado.
Anexo I: Projeto de Curso 90
4. Cronograma
No cronograma abaixo constam as datas previstas em que pretendemos ministrar as
aulas de acordo com a metodologia enfatizada acima. O desenvolvimento de tal proposta será
realizada durante os períodos de 04 de agosto a 12 de setembro.
Data Conteúdos Atividades Avaliação
Desenvolvidas
Dia 04 a 08 Revisão de -Contrato didático; Analise do
agosto conteúdo -Teste diagnóstico; teste
-Revisão do conteúdo. diagnóstico.
outros recursos.
Dia 03 a 05 de Equivalência e - Lista de exercícios; Portfólio e
setembro comparação de -Correção dos Lista.
fração exercícios.
Dia 08 a 12 de Todo conteúdo - Dinâmica de grupo; Portfólio.
setembro - Resumo e exposição
oral.
5. Referências Bibliográficas
Questionário do Aluno
( ) menino ou
( ) menina
Questionário do Professor
5. Qual é a sua formação acadêmica? Por qual Universidade? Em que ano concluiu o
curso?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
( ) Sim ( ) Não
Em que área?_____________________________________________________
12. Por que escolheu matemática para lecionar? Já lecionou ou leciona outras
disciplinas? Quais?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
( ) Sim ( ) Não
14. Em sua opinião, como tem sido até agora seu relacionamento com os alunos?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
15. Em sua opinião como tem sido seu relacionamento com os demais profissionais
envolvidos no processo de ensino?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
16. Em sua opinião como você acredita que deve ser a colaboração das estagiárias
em suas aulas? Qual o tipo de metodologia elas devem utilizar no período de
regência?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Anexo II: Questionários 100
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
18. Você incentiva seus alunos a participarem de atividades culturais realizadas pela
escola? De que forma?
( ) Sim ( ) Não
20. Você usa outros livros didáticos além do adotado pela escola na elaboração das
suas aulas?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
21. Em suas aulas você utiliza outros recursos didáticos além do livro didático?
Quais?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
22. Qual é o método utilizado para a escolha do livro didático? Você participou da
escolha?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
25. O que você leva em consideração em primeiro lugar quando vai preparar suas
aulas?
( ) Conteúdo ( ) Procedimentos ( ) Recursos didáticos
27. Você tem liberdade para a escolha dos métodos de avaliação? Quais os
métodos utilizados?
( ) Sim ( ) Não
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
30. Quais dos seguintes documentos abaixo você tem conhecimento do teor?
( )Projeto Político Pedagógico
( )Regimento Interno
( ) Plano de Desenvolvimento Escolar
( ) PCNs de Matemática
( ) Diretrizes Curriculares
31. Quais dos documentos assinalados anteriormente você utiliza como referência
no planejamento de suas aulas?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
33. Que aspectos do contrato didático você acha mais importante para o bom
andamento das suas aulas de Matemática? E como esse contrato é estabelecido?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
34. O que você entende por Etnomatemática? Já trabalhou com o tema em suas
aulas?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
35. O que entende por História da Matemática? Utilizaria esse tema em suas aulas?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Questionário da Diretora
1. Qual a sua formação acadêmica? Qual Universidade? Em que ano você concluiu?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
9. Os pais participam da vida escolar dos seus filhos? Eles na maioria das vezes são
procurados ou eles procuram à escola?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
12. A escola cobra dos professores a apresentação dos planos de aula? Com que
freqüência? Há avaliação e/ou discussão destes planos de aula com os
professores?
Anexo II: Questionários 105
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
13. De onde provêm os recursos financeiros? Como e por quem são usados esses
recursos?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
14. A escola possui Projeto Político Pedagógico? Quando e como ele foi elaborado?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
16. Quais são os principais cargos administrativos e qual a função de cada um?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
20. Qual é a quantidade de alunos por salas? Qual o critério de distribuição desses
alunos por sala?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Questionário do Coordenador
1. Qual a sua formação acadêmica? Qual Universidade? Em que ano você concluiu?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5. A escola possui Projeto Político Pedagógico? Quando e como ele foi elaborado?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
6. Como o Plano Escolar é feito? Há um documento por escrito? Como este foi
elaborado?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
10. Como são organizados os horários de aula? Quem os organiza e que critérios
são levados em consideração?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Anexo II: Questionários 110
11. Qual é o sistema de avaliação adotado pela escola? O professor tem liberdade
para definir os seus critérios de avaliação? Como são definidas as datas das
avaliações?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
14. Em que acha que está contribuindo realizando sua tarefa como coordenador?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
ANEXO III:
ORGANOGRAMA
ORGANOGRAMA
Escola Municipal Antonio Tosta de Carvalho
Direção
Coordenador de apoio
Secretaria Geral
Corpo discente
ANEXO IV: PLANOS DE
UNIDADE
Anexo IV: Planos de Unidade 114
Plano de unidade I
Objetivo
Identificar quais conhecimentos e concepções os alunos têm acerca de frações.
Verificar se os alunos possuem algum tipo de vivência em seu cotidiano com receitas
culinárias.
Sanar as dificuldades deixadas pelo conteúdo de geometria.
Procedimentos
Estabelecer um contrato didático com os alunos;
Aplicar o teste diagnóstico;
Explicar sobre como serão as aulas;
Revisar o conteúdo de geometria, utilizando o tangran como ferramenta no
esclarecimento sobre equivalência entre áreas.
Recursos didáticos
Teste diagnóstico;
Tangran;
Quadro e giz.
7
O tempo de duração de cada aula é de 50 minutos.
Anexo IV: Planos de Unidade 115
Avaliação
Diagnóstica.
Anexo IV: Planos de Unidade 116
Plano de unidade II
Objetivo
Reconhecer e identificar números fracionários em situações do dia-a-dia.
Valorizar a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira.
Relacionar a representação entre fração em suas diversas formas.
Procedimentos
Conceituar frações através da utilização de materiais concretos, como chocolates,
balas entre outras;
Explicar como será desenvolvido o trabalho de pesquisa relacionado à culinária das
regiões;
Auxiliar o projeto de pesquisa;
Auxiliar a verificação dos números fracionários nas receitas culinárias e suas
representações.
Recursos didáticos
Receitas culinárias;
Revistas;
Chocolate, balas
Quadro e giz;
Folha A4;
Anexo IV: Planos de Unidade 117
Lápis de cor.
Avaliação
Portfólio;
Trabalho de pesquisa.
Anexo IV: Planos de Unidade 118
Objetivo
Levar os alunos a relacionarem as receitas culinárias aos conceitos de frações.
Procedimentos
Utilizar a representação e as receitas da aula anterior para definir os conceitos;
Aplicar lista de exercícios;
Corrigir os exercícios.
Recursos didáticos
Quadro e giz;
Desenhos;
Receitas;
Lista de exercícios.
Avaliação
Portfólio;
Lista de exercícios.
Anexo IV: Planos de Unidade 119
Plano de unidade IV
Objetivo
Identificar o conteúdo de equivalência e comparação de frações.
Levar os alunos a perceberem na culinária a presença desses conteúdos.
Desenvolver nos alunos a visão de que frações é um conteúdo que ele lida em
situações práticas do dia-a-dia.
Procedimentos
Preparar uma receita juntamente com os alunos;
Definir os conteúdos de equivalência e comparação de fração;
Trabalhar os conteúdos de equivalência e comparação de fração utilizando recursos,
como, medidas de líquido, divisão de um bolo entre outros.
Recursos didáticos
Quadro e giz;
Receitas;
Líquidos;
Bolos;
Materiais concretos.
Avaliação
Portfólio
Anexo IV: Planos de Unidade 120
Plano de unidade V
Objetivo
Levar os alunos a entenderem que as frações são equivalentes mesmo quando as
divisões das figuras não apresentam todos os cortes.
Levar os alunos a escreverem frações e a resolverem problemas envolvendo frações.
Procedimentos
Aplicar lista de exercícios;
Exemplificar os conceitos com exercícios contextualizados;
Formular e resolver problemas;
Corrigir os exercícios propostos.
Recursos didáticos
Quadro e giz;
Lista de exercícios.
Avaliação
Portfólio;
Lista de exercícios.
Anexo IV: Planos de Unidade 121
Plano de unidade VI
Objetivo
Estimular a criatividade dos alunos.
Realizar a interação entre os alunos.
Avaliar o desenvolvimento da turma diante do trabalho realizado.
Procedimentos
Realizar uma dinâmica de grupo acerca dos conhecimentos aplicados;
Solicitar a elaboração de um resumo contendo uma receita escolhida pelos alunos
devendo conter a história de origem da receita e os conceitos de frações;
Discussão das pesquisas realizadas pelos grupos;
Exposição oral à turma.
Recursos didáticos
Quadro e giz;
Folha A4;
Cartazes;
Avaliação
Portfólio;
Exposição oral.
ANEXO V: TESTE
DIAGNÓTICO
Anexo V: Teste diagnóstico 123
Teste Diagnóstico
1) Cecília faz dois bolos de prestígio de mesmo tamanho e convida seus amigos
Ana, Luís, Melissa, Carlos, Felipe e Marcos para comê-los. Ana, Cecília e Melissa
comem igualmente um dos bolos. Os meninos comem igualmente o outro bolo.
Sabendo disso, quem come mais os meninos ou as meninas?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Anexo V: Teste diagnóstico 124
2) Mônica cortou uma maçã para dividi-la bem certinho entre ela e uma colega.
Que parte da maçã cada uma recebeu?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
4) Uma receita de bolo pede que você use 200 gramas de farinha de trigo. Ao
procurar no armário da cozinha você descobre um pacote fechado de farinha e lê na
embalagem que a quantidade presente é de 1 quilo. Sabendo que 1 quilo é 1000
gramas, 1 quilo de farinha de trigo possui quantas vezes 200 gramas?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
SORVETE DE CARAMELO
Ingredientes
Modo de Preparar
6) O que você pode falar sobre as partes pintadas das figuras abaixo?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
3
7) Pinte das bolinhas.
4
8) Relacione as colunas:
Lista de Atividades 1
1. Calcule quantos quadrinhos existe em cada figura.
3. Calcule a área das figuras abaixo, utilizando o quadradinho que você recebeu como
unidade de medida de área.
a)
b)
Lista de Atividades 2
1. a) Utilizando o Tangran verifique quais peças foram utilizadas para formar a figura
abaixo:
b) Utilize as mesmas peças para formar um retângulo. Desenhe e pinte essa superfície
retangular. (Faça o desenho em uma folha separada).
c) Qual é a medida da área dessa superfície retangular tendo o triangulo menor como
unidade de medida.
2. a) Utilizando o Tangran, verifique quais peças foram utilizadas para formar a figura
abaixo:
b) Utilize as mesmas peças para formar um retângulo. Desenhe e pinte essa superfície
retangular. (Faça o desenho em uma folha separada).
c) Qual é a medida da área dessa superfície retangular tendo o triangulo menor como
unidade de medida.
Anexo VI: Lista de atividades 130
3. a) Utilizando o Tangran, verifique quais peças foram utilizadas para formar a figura
abaixo:
b) Utilize as mesmas peças para formar um retângulo. Desenhe e pinte essa superfície
retangular. (Faça o desenho em uma folha separada).
c) Qual é a medida da área dessa superfície retangular tendo o triangulo menor como
unidade de medida.
4. a) Utilizando o Tangran, verifique quais peças foram utilizadas para formar a figura
abaixo:
b) Utilize as mesmas peças para formar um retângulo. Desenhe e pinte essa superfície
retangular. (Faça o desenho em uma folha separada).
c) Qual é a medida da área dessa superfície retangular tendo o triangulo menor como
unidade de medida.
Anexo VI: Lista de atividades 131
Lista 4
1) Colorir quatro sétimo da figura:
4) Em um saco, há 20 bolinhas de gude que devem ser divididas igualmente entre cinco
crianças. Represente a quantidade que cada criança vai receber de duas maneiras
diferentes, como fração.
10) Se dividirmos 4 tortas entre três crianças, que fração das tortas cada criança vai
receber? Que sentença matemática posso usar para representar essa situação?
11) Distribuir 9 bolinhos entre quatro crianças. Qual a fração que representa a cota de
bolinhos de cada criança?
Anexo VI: Lista de atividades 134
Lista 5
1. Olhando para as receitas 1, 2 e 3 do bolo de coco com mandioca feito na aula passada,
o que vocês podem observar e dizer sobre elas? Elas são iguais?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
2. Quais são os conceitos matemáticos presentes nas receitas do bolo de coco com
mandioca?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
3. Quais são as frações próprias e impróprias das receitas do bolo de coco com
mandioca?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
Anexo VI: Lista de atividades 135
10. a) João Mathias e Maria de Lourdes dividiram em partes iguais um bolo de chocolate
com creme, que parte do bolo cada um deles recebeu? (coloque em forma de fração e
faça o desenho)
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
b) Maria de Lourdes dividiu igualmente a parte do bolo que ela recebeu com a
Caroline, com que parte do bolo cada uma ficou? (coloque em forma de fração e faça
o desenho)
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
c) Se juntarmos a parte do bolo que Maria de Lourdes recebeu com a parte do bolo que
Caroline recebeu, que fração do bolo elas receberam juntas? (represente de duas
formas e faça o desenho)
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
11. O que você pode falar sobre as partes pintadas das figuras abaixo?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
12. Um sitiante fez uma plantação em parte de seu terreno retangular do seguinte modo:
a metade do terreno foi plantada com feijão,
na metade da outra metade plantou milho,
o quarto restante foi dividido em duas partes: a metade para o pomar e metade
para construir a casa.
a) Faça uma figura representando a distribuição feita pelo sitiante em seu terreno.
Anexo VI: Lista de atividades 136
b) Que tipo de plantação ocupa maior parte do terreno? E que tipo ocupa menor
parte?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
13. A parte pintada do desenho pode ser representada por quais frações?
3 2 2
a) c) e)
2 1 4
1 2 1
b) d) f)
2 3 3
1
14. Quais dos desenhos abaixo podem ser representados pela fração ?
3
a)
b)
c)
d)
e)
ANEXO VII: ATIVIDADE
AVALIATIVA
Anexo VII: Lista avaliativa 138
Atividade avaliativa
2
1. Numa omelete, Cássia gastou dos ovos de uma caixa que continha 12
3
ovos. Quantos ovos ela gastou?
___________________________________________________________
___________________________________________________________
R:____________________________________________________________
6. Represente as frações das partes pintadas das figuras abaixo. Fale se estas
figuras são equivalentes ou não e diga o porquê.
a) c)
b) d)
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
1
a)
2
1
b)
3
3
c)
5
2
d)
1
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
__________________________________________________________
ANEXO VIII:
EXERCÍCIO
CONTEXTUALIZADO
Anexo VIII: Exercícios contextualizados 141
Região Nordeste
4) Mateus, Danilo e Luís Carlos estão fazendo para lanchar tapioca doce. Para isso
fizeram 3 tapioca doces, das quais dividiram cada uma em 3 pedaços iguais.
a) Quantos pedaços de tapioca os meninos obtiveram?
c) Suponha que os meninos ainda não dividiram entre eles os pedaços de tapioca doce e
que Luís Henrique também foi ao lanche, se tivessem que dividir igualmente o pedaços
de tapioca doce entre os 4 meninos, qual fração representaria a cota de tapioca doce que
cada um iria receber?
c) 2 ½ unidades de pão de forma, onde 1 unidade tem 10 pães; (faça o desenho dos pães)
6) a. Se 1 litro de suco de limão possui 1000 ml, 200 m de suco de limão corresponde a
quantas partes de 1 litro de suco de limão? Ilustre isso.
Região Norte
1) Para fazermos 2 medidas do Aluá (bebida não alcoólica) utilizamos 12 cravos da índia.
Qual fração os cravos da índia representam em apenas uma medida? Ilustre a
resolução.
2) Na receita bolo de coco e mandioca utilizamos 1 xícara de coco ralado para fazermos
uma medida, mas gostaríamos de fazer 3 medidas e para isso utilizaremos 3 xícara de
coco ralado. Qual é a fração que 1 xícara de coco ralado representa de 3 xícaras de
coco ralado? Ilustre a resolução.
3) Para almoçarmos hoje faremos Jacaré Ensopado, para isso precisaremos de 4 tomates,
mas não sabendo disso Maria de Lourdes comprou 2 kg de tomates que contém 10
tomates. Das 10 tomates, utilizaremos somente 4 tomates e equivale a que fração do
total de tomates? Ilustre a resolução.
4) Caroline, Jordana e Larissa estão fazendo para lanchar receita de bananas com bacon.
Para isso dividiram 3bananas em 3 pedaços iguais.
a) Quantos pedaços de banana com bacon as meninas obtiveram?
c) Suponha que as meninas ainda não dividiram entre elas os pedaços de banana com
bacon e que a Marina também foi ao lanche, se tivessem que dividir igualmente os
Anexo VIII: Exercícios contextualizados 144
pedaços bananas com bacon entre as 4 meninas, qual fração representaria a cota de
bananas com bacon que cada uma iria receber?
Região Centro-Oeste
1) Para fazermos 2 medidas de pão de queijo caseiro utilizamos 6 copos de queijo ralado.
Qual fração os copos de queijo ralado representam em apenas uma medida? Ilustre a
resolução.
2) Na receita Torta de Arroz com Legumes utilizamos 1 pote de requeijão para fazermos
uma medida, mas gostaríamos de fazer 3 medidas e para isso utilizaremos 3 potes de
requeijão. Qual é a fração que 1 pote de requeijão representa de 3 potes de requeijão?
Ilustre a resolução.
3) Para Jantar na casa de Breno hoje faremos sopa de feijão, para isso precisaremos de 3
batatas médias, mas não sabendo disso Josiane comprou 1 kg de batatas que contém
10 batatas. Das 10 batatas, utilizaremos somente 3 batatas na sopa de feijão e as 3
equivale a que fração do total de batatas? Ilustre a resolução.
4) Josiane Ferreira, Josiane Sousa e Cleidiane estão fazendo para lanchar empadão
goiano. Ao ficarem prontos, elas dividiram 3 empadões em 3 pedaços iguais.
a) Quantos pedaços de empadões as meninas obtiveram?
c) Suponha que as meninas ainda não dividiram entre elas os pedaços de empadões e que
o Newton também foi ao lanche, se tivessem que dividir igualmente os pedaços
empadões entre os 4, qual fração representaria a cota de empadões que cada um iria
receber?
Região Sudeste
2) Na receita doce de abóbora com coco utilizamos 1 vidro de leite coco para fazermos
uma medida, mas gostaríamos de fazer 3 medidas e para isso utilizaremos 3vidros de
leite coco. Qual é a fração que 1 vidro de leite coco representa de 3vidros de leite
coco? Ilustre a resolução.
4) Para fazer um supresa para sua mãe, Yochabel chamou para ir em sua casa Pabline e
Cintia para fazerem a receita de doce de batata roxa com calda. Para isso, elas
dividiram 3 batatas doces em 3 pedaços iguais.
a) Quantos pedaços de batatas doces as meninas obtiveram?
b) As meninas dividiram igualmente os pedaços de batata doce entre elas. Qual fração
representa a cota de batatas doces de cada uma?
Anexo VIII: Exercícios contextualizados 148
c) Suponha que as meninas ainda não dividiram entre elas os pedaços as batatas doces e
que a Nathália também tivesse chegado para comer do doce, agora os pedaços de
batata doce devem ser divididos igualmente entre as quatro, qual fração representaria a
cota de pedaços de batata doce que cada uma iria receber?
Região Sul
1) Para fazermos 2 medidas de Brownie de café utilizamos 4 ovos. Qual fração os ovos
representam em apenas uma medida? Ilustre a resolução.
4) Para o almoço no final da semana a mãe da Leticia fez para ela, a filha e o marido um
churrasco. Para isso, ela comprou 3 pedaços de carne e cortou cada uma em 3 pedaços
iguais.
a) Quantos pedaços de carne a mãe de Letícia obteve para o churrasco?
b) A mãe de Leticia dividiu igualmente os pedaços de carnes entre ela, a filha e o marido.
Qual fração representa a cota de pedaços de carne que cada um recebeu?
Anexo VIII: Exercícios contextualizados 150
c) Suponha que a mãe de Leticia ainda não dividiu entre eles os pedaços de carne e que a
avó de Leticia também tivesse chegado para comer da carne, agora os pedaços de
carne devem ser divididos igualmente entre os quatro, qual fração representaria a cota
de pedaços carne que cada um iria receber?
Critérios propostos L1 L2 L3 L4 L5
0,03 0,03 0,05 0,05 0,16
Entrega de atividades na data prevista
Justificativa das respostas
Representação dos números fracionários de forma
adequada
Usa os conceitos de forma adequada
Domínio do conteúdo
Interpretação das questões de forma correta
Valor global
P.S: Regular= nota de 0 a 0,4 para critérios que valem 1,0/ 0 a 0,1 para os critérios que valem 0,25.
Médio= 0,5 a 0,8 para critérios que valem 1,0/ 0,125 a 0,2 para critérios que valem 0,25.
Bom= 0,9 a 1,0 para critérios que valem 1,0/ 0,2 a 0,25 para os critérios que valem 0,25.
Na primeira folha deverá constar uma capa, com os dados da instituição, disciplina,
aluno.
O presente portfolio consta de diversas opções de atividades (as quais estão
relacionadas abaixo), cabendo ao aluno escolher a atividade que melhor se encaixar ou
preferir o assunto em questão. Cada atividade poderá ser repetida no máximo duas
vezes.
A questão estética é fundamental. O aluno tem total liberdade na escolha de recursos
materiais na elaboração do portfolio (desde que utilizando a pasta indicada), utilizando
sempre que possível esquemas, ilustrações, fotos ou qualquer material que enriqueça a
atividade. As atividades podem ser manuscritas, digitadas, datilografadas, desde que
legíveis e agradáveis visualmente. O bom senso também é importante, para não
sobrecarregar e talvez até poluir o trabalho, tirando o foco do principal que é a
atividade sobre os textos ou outros trabalhos.
Tenha em mente que o portfolio não é um objeto de uso pessoal, e sim coletivo, onde
possivelmente outros alunos/ colegas e professores terão acesso.
A cada atividade elaborada, deve constar qual modalidade de atividade foi escolhida.
Atividades
1. Carta
Suponha que um colega não tenha ido a aula, escreva-lhe uma carta falando sobre o
que foi feito na aula e que você aprendeu. Exponha suas dúvidas, angústias, inconformismos
ou concordância com pontos apresentados em sala de aula, e procure saber o posicionamento
do seu colega.
2. Diário
Suponha que esteja escrevendo em seu diário (os rapazes também ). Você acabou de
sair da aula de matemática (“nossa, que legal eu adoro matemática” você pensa). Na aula foi
discutido um conceito de fração que você achou muito interessante. Chegando em casa você
pega o seu querido diário e começa a escrever sobre a aula, as discussões e impressões que
você teve sobre as opiniões que surgiram e se você concordou ou discordou com as mesmas,
explicando o porquê.
Anexos X: Roteiro do Portfólio 156
3. Entrevista
Realizar uma entrevista com uma pessoa cujo enfoque é o tema do texto em questão.
Deve constar na produção da atividade: as perguntas e respostas da pessoa entrevistada, dados
da pessoa no início da atividade, e ao final fazer um parecer pessoal sobre suas impressões
sobre a entrevista.
4. Redação
Faça uma síntese geral do assunto, apontando os trechos que chamaram mais atenção e
as dúvidas e dificuldades que surgiram ao trabalhar com o mesmo, se será útil de alguma
forma na sua vida e por que.
5. Gibis