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RIMA – RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

Implantação do Emissário Terrestre e Submarino do Complexo


Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ

Revisão 00
Novembro de 2010
RIMA – RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

Implantação do Emissário Terrestre e Submarino do Complexo


Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ
CONTATOS
Petrobras
TEL: 55 (21) 3487-6021
FAX: 55 (21) 3487-6030
E-mail: daniellamedeiros@petrobras.com.br

RIMA - Relatório de Impacto Ambiental/Implantação


do Emissário Terrestre e Submarino do Complexo
Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ

Produção
Cepemar Consultoria em Meio Ambiente Ltda.
www.cepemar.com

Texto
Tríade Comunicação
www.triadecomunicacao.com.br

Editoração
Lima Bureau

Impressão
Gráfica e Editora GSA

Todas as imagens utilizadas neste RIMA


pertencem ao Banco de Imagens da
PETROBRAS, CEPEMAR e TAMAR.
Sumário
1. Apresentação 5
2. Identificação do empreendedor 9
3. Identificação do empreendimento 13
4. Planos e programas governamentais 19
5. Legislação 23
6. Cronograma da atividade 27
7. Área de influência 31
8. Diagnóstico ambiental 37
9. Impactos 45
10. Qualidade ambiental futura 53
11. Projeto de controle e monitoramento 59
12. Conclusão 65
13. Equipe técnica 67
Praia de Itaipuaçu (Maricá)

Apresentação
Esta publicação consiste no Relatório de Impacto Ambiental,
elaborado pela Cepemar Consultoria em Meio Ambiente para
a Petrobras, para a Implantação do Emissário Terrestre e Sub-
marino do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro
(COMPERJ). O documento atende todas as exigências do Instituto
Estadual do Ambiente (INEA), órgão responsável pelo licencia-
mento ambiental do empreendimento.

O emissário tem por objetivo transportar o efluente tratado das


unidades industriais do COMPERJ, em Itaboraí, até o mar, onde
sofrerá ação de diluição e dispersão. Para isto, foram estudadas
duas alternativas de lançamento do efluente: Itaipuaçu (alter-
nativa Maricá) e São Gonçalo (alternativa Baía de Guanabara).
A atividade consiste em construir uma tubulação (emissário),
que ficará enterrada, tanto no trecho terrestre quanto no trecho
marinho, respeitando as normas de segurança, saúde e meio
ambiente (SMS).

O conteúdo a seguir identifica a empresa responsável pela insta-


lação do emissário, descreve o procedimento, delimita a área de
influência, aponta o diagnóstico ambiental e os principais impactos
reais, e apresenta medidas de redução e compensação dos efeitos
da atividade e os projetos de controle e monitoramento.
IDENTIFICAÇÃO DO
EMPREENDEDOR
2. Identificação
do empreendedor

Denominação oficial da atividade


Implantação do emissário terrestre e submarino do COMPERJ

Empreendedor
Petrobras – Petróleo Brasileiro S.A.

Empresa responsável pelo Estudo de Impacto Ambiental - EIA/Rima


Cepemar Consultoria em Meio Ambiente Ltda

9
IDENTIFICAÇÃO DO
EMPREENDIMENTO
3. Empreendimento

A Implantação do Emissário Terrestre e Submarino do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro


(COMPERJ) consiste na construção de uma tubulação que percorre trecho por terra e trecho por mar, chamada
de emissário. Essa tubulação vai descartar em local seguro o efluente industrial produzido no COMPERJ. Isso
ocorrerá após o devido tratamento que levará a uma composição específica que atenda à legislação aplicável.

Nesse Relatório, são estudadas duas opções para a construção do emissário: uma chamada Baía de Guanabara,
com lançamento dos efluentes na Baía de mesmo nome; e a de Maricá, com lançamento dos efluentes no litoral
de Itaipuaçu; a primeira no município de São Gonçalo e a segunda em Maricá, como apresentado na ilustração
abaixo.

13
Em terra, a forma de construir o emissário é muito semelhante para as duas alternativas. Inicialmente escava-se
uma vala de aproximadamente 1,2 metros de largura e depois são colocados no seu interior vários tubos metálicos
que serão soldados. Depois, a solda é testada e verificada, após a aprovação das soldas ocorre o preenchimento
da vala, preferencialmente, com a terra que foi retirada na escavação. Os tubos terão proteção tanto por dentro
quanto por fora, para evitar danos na estrutura e corrosão do material. Toda a tubulação será enterrada com uma
cobertura de solo para dar o máximo de proteção ao emissário.

Em situações que o emissário cruzará com estradas e rios serão utilizadas formas de construção específicas.
Para atravessar as rodovias, serão utilizadas técnicas não destrutivas, que consistem na perfuração por baixo da
estrada e introdução do duto sem que haja danos à estrutura ou ao tráfego.

As técnicas não destrutivas serão utilizadas também na chegada do emissário ao mar. No caso da Praia de Itai-
puaçu, será feito um furo a partir da terra que se estenderá até o fundo do mar num ponto após a arrebentação.
Posteriormente, será colocado no interior desse furo a tubulação. Na Praia de São Gabriel em São Gonçalo, as
tubulações serão soldadas dentro de uma embarcação e puxadas até a praia.

A alternativa Maricá propõe que o emissário se estenda por 2 quilômetros dentro do mar e na Baía de Guanabara
por 10 quilômetros, até alcançar uma região segura para o lançamento do efluente. Para as duas alternativas em
toda essa extensão o emissário permanecerá enterrado. Apenas na extremidade haverá uma estrutura chamada
difusor que não estará enterrada. O difusor consiste em uma tubulação com várias saídas para uma melhor diluição
do efluente na água do mar. O difusor projetado é um tubo de 60 metros de comprimento com 11 saídas.

A colocação do difusor e da porção submarina do emissário será feita por meio de uma balsa. Essa balsa consiste
numa embarcação com capacidade para realizar a solda das tubulações. Ela também é equipada com guindaste
para colocar e retirar as estruturas do mar, além de outras ferramentas e equipamentos.

A alternativa Maricá propõe que o emissário percorra 40 quilômetros em ambiente terrestre e 2 quilômetros em
ambiente marinho, enquanto a alternativa Baía de Guanabara propõe que o emissário tenha 30 quilômetros em
ambiente terrestre e 10 quilômetros em ambiente marinho.

14 Rima – Relatório de
Impacto Ambiental
Implantação do Emissário Terrestre e Submarino do
Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ
Após a conclusão dos serviços, todas as instalações provisórias e os dispositivos de lançamento e construção
serão desmontados, demolidos e removidos, deixando as áreas completamente livres. Eventuais danos serão
reparados para deixar os espaços usados nas condições originais.

Ao final da implantação do emissário restará apenas uma faixa de 20 metros de largura em torno da tubulação
enterrada. Essa faixa poderá retornar à sua utilização original ou será recomposta com um gramado.

A operação do emissário é bem simples e não ocorrerá com lançamento continuo do efluente. O sistema proposto
é o de batelada, ou seja: o efluente será lançado por um certo período de tempo (2 horas) e em seguida ocorrerá
uma acumulação de efluente para lançamento posterior (5 horas de acumulação). A operação por batelada só é
possível porque no interior do COMPERJ haverá um tanque de armazenamento, com capacidade para 4 mil metros
cúbicos. A função dele é acumular o efluente até sua capacidade, o que leva, no mínimo, cinco horas, quando
todas as unidades do COMPERJ estiverem em funcionamento.

Para garantir a segurança da operação do emissário, serão colocados medidores de vazão e pressão na saída
do tanque e próximo à costa. Apesar do emissário ser projetado para suportar grandes pressões, caso o valor
medido se eleve muito, as bombas serão desligadas automaticamente e o fluxo do efluente interrompido para
garantia da segurança de todos.

Para acompanhar a transmissão de dados do emissário e poder ter controle das operações, todos os sistemas
de válvula e transmissão de dados do emissário ficarão localizados em um abrigo, a ser construído em um ponto
próximo ao mar. Outros sistemas de controle ficarão dentro da área do COMPERJ.ß

15
PLANOS E PROGRAMAS
GOVERNAMENTAIS
4. Planos e programas
governamentais

Muitos Planos e Programas Governamentais (federal, estadual ou municipal) e não–governamentais


estão em desenvolvimento na área de influência do emissário. A implantação do empreendimento não
está em discordância com nenhum desses Planos ou Programas.

Pretendendo conciliar o desenvolvimento econômico do país e a preservação dos ecossistemas, a PE-


TROBRAS deverá implantar o emissário em concordância com o Plano Diretor dos municípios de Maricá
e Itaboraí compositores da Área de Influência.

Além dos planos já apresentados, a seguir são citados alguns outros planos e programas governamentais
ou não governamentais na área de influência do empreendimento:

Programa de Aceleração do Crescimento – PAC;

Programa de Despoluição da Baía de Guanabara;

Agenda 21 do COMPERJ;

19
LEGISLAÇÃO
5. Legislação

A elaboração do EIA e do RIMA para implantação do emissário do COMPERJ obedece a legislação na-
cional representada pela Resolução CONAMA 01 de 1986. O processo de licenciamento é coordenado
pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e segue a Lei Estadual 1358 de 1988 e a elaboração do EIA/
RIMA a DZ 041 instituída pela extinta FEEMA.

Muitas e diversas são as regulamentações que deverão ser respeitadas para implantação do emissário
do COMPERJ. Todas as regulamentações foram elaboradas com o objetivo de unir desenvolvimento
econômico e manutenção de um ambiente saudável.

A origem desse pensamento foi a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6938 de 1981). Entre as di-
ferentes regulamentações que deverão ser respeitadas uma Resolução do Conselho Nacional de Meio
Ambiente (CONAMA) de número 357 de 2007, estabelece parâmetros sobre a qualidade das águas dos
corpos receptores e sobre a composição dos efluentes produzidos em território nacional.

23
CRONOGRAMA
DA ATIVIDADE
6. Cronograma de
Atividades

O processo de Implantação do Emissário Terrestre e Submarino do Complexo Petroquímico do Estado do


Rio de Janeiro (COMPERJ) tem previsão de início em abril de 2011 e conclusão em setembro de 2012.
Todas as etapas estão descritas no cronograma abaixo:

Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set

Contratações
Mobilização
Construção e
montagem

Comissiona-
mento

27
ÁREA DE
INFLUÊNCIA
7.
Área de Influência
O termo Área de Influência diz respeito à região que poderá ser impactada com a Implantação do Emissário Ter-
restre e Submarino do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (COMPERJ). Neste relatório foram
consideradas as duas alternativas de execução do projeto: a da Baía de Guanabara e a de Maricá.
Faz. Paraíso

Faz. Santa Rita


Faz. do Ouro
Igr. de N. S. da Ajuda Faz. Sapé Grande
Gin. Faz. Santa Constança Faz. Colomi
Faz. Iguaçu
Gpo. Esc. Alcindo Guanabara Faz. Pomar

Aqui utilizaremos os conceitos de Área de Influência Direta (AID), que são os locais que sofrem os impactos de
Sanat. Guapi Faz. Silvânia Esc. Narcena
Ret. da Faz. Santa Constança
Cem.
Faz. São Barnabé
!
.

²
Chaminé Faz. Poço Verde Faz. São Ricardo de Macacu
d
d
d
d 700000 Esc. Alvim 715000 Esc. Quizanga 730000 745000
Faz. do Catana
Faz. Santa Teresinha Faz. Turões
Santo Aleixo

maneira primária, tendo suas características alteradas, ou seja, há uma relação direta de causa e efeito; e Área
Granja Cadete Fabres 2 (agropecuária)
RJ- Japuíba
.
! RJ-12 Tupi 12 Fazendinha .
!
2
345 kV Faz. Ximbé
.
! Faz. Ximbé

-116
LT Adrianópolis-Macaé Faz. Areia Branca

BR
Faz. Mineiros
Faz. Santo Antônio
Faz. Boca do Mato 0 1.000 2.000 4.
Faz. Cachoeiro d'-água
Subestação particular Esc. União do Mato Faz. Santa Isabel
d
d Faz. Pontinha Faz. Marinho

de Influência Indireta (AII), onde os impactos se fazem sentir de maneira secundária ou indireta, com menor in-
Subestação CERJ Faz. Bonfim Projeção Un
d
d III
C
DU
Esc. Progresso
Subestação particular S Origem da quilom
Subestação CERJ
d
d Esc. Nova Ribeira GA acrescidas as cons
d
d

Escola Municipal Faz. Nova Ribeira M


Centro de Múltiplo UsoPosto de Saúde Faz. Marubi
Faz. Recreio
Ret. da Faz. Duzentos Alqueires Valença Paraíba do Sul

tensidade, em relação ao anterior.


Subestação CERJ
Faz. Urubu d
d
Vassouras
Paty do Alferes

P
Subestação CERJ Mendes
d
d
d
d Sít. Santo Antônio Sít. dos Grilos
Miguel Pereira
de Cássia Faz. Guanabara

Esc. Vale do Sol


Faz. São Luís Sít. Número Dezessete Paracambi
Faz. N. S. da Ajuda
Nova Iguaçu
Magé Faz. Macacu
Subestação do COMPERJ Duque de Caxias
d d Japeri
!
. Faz. Riacho
Queimados
Suruí Esc. Celso Oliveira Sít. Pai Joaquim Belford Roxo
.
! Esc. Sernambetiba Seropédica
Sambaetiba São João de Meriti
Mesquita
BR Esc. Cel. Ernesto J. Rodrigues !
. Sambaetiba
Nilópolis
-4 93
Cem.

Para a Área de Influência Direta, ficou


Água Rio de Janeiro
7490000

7490000
Faz. Jamaica Faz. São João
Sít. São Paulo

Itaguaí
Porto das Caixas Cem.
Faz. Curiú Faz. Santo Antônio da Cachoeira
Guia de Pacobaíba .
!
.
! Visconde de Itaboraí Faz. Porto das Caixas
Faz. Querência Faz. Conceição Faz. Vargem Grande Sít. Caceribu

estabelecida, em terra, uma faixa de


Subestação CERJ .
! Maravilha
d d Faz. Sampaio
Granja N. S. Aparecida Aparecida Faz. Santo Antônio !
.
Gpo. Esc. Prof. João Augusto de Andrade

Ferm Hotel Matadouro Conven


Faz. Santa Teresinha

6
Gpo. Esc. Luzia Gomes de Oliveira
Baía da Guanabara d

11
d

RJ-
Cer. Sít. do
Cem.
Itambi
Cer. Mundial Tanguá

500 metros para cada lado do traçado


d
d
Subestação particular Faz. Caieira
.
! Granja Wilaswil Hosp. Cem.
Faz. Bom Sucesso
Faz. dos Duques !
. Localidades
Subestação CERJ Cem.
d
d
Itaboraí Esc. Visconde de Itaboraí

Subestação CERJ Sít. Bela Vista Hotel Clube !


. Progresso
Faz. Ipitangas .
! Sedes Distritais
d
d Colégio Alberto Torres
Subestação CERJ
d
d
!
. Sedes Municipais

do emissário, durante sua constru-


Subestação CERJ
d
d
Subestação CERJ
Usina FURNAS Manilha d
d
d
d .
! Área Urbana
BR-101
Subestação CERJ
d
d

ção. Já durante a operação, essa área


Subestação CERJ Subestação CERJ
d
d d
d

Subestação CERJ
d
d
Cabuçu d
d Subestações e
Monjolo
.
! .
!
7475000

7475000
RJ Emissário Maric
São Gonçalo

fica reduzida à faixa de trabalho de


11
4
!
. Pacheco
.
!
Linha de Transm
1
BR-10

Neves Sete Pontes


.
! .
!
Faixa de Dutos

20 metros de largura, onde ocorrerá


Ipiíba
-1 01

RJ-1
00 .
! Ferrovia
BR

Subestação CERJ
BR-101 d
d
.
!
BR-101

Pavimentada P
RJ-104

Subestação particular !
. Niterói Pavimentada P

manutenção.
d
d

Limite Municipa
RJ-108

Subestação CERJ Municipios da Área de Influ


Subestação CERJ
dd

d
d
RJ-10

10
2 Itaboraí
RJ-
6

Inoã Maricá
!
.

RJ-11
.
! Maricá
Subestação CERJ
d

8
d
Subestação CERJ
d
d
Limite COMPER

Já em ambiente marinho, foi deter-


Ponta Negra
.
!
7460000

7460000
5
RJ-10

RJ-10
Itaipuaçu 5
2
.
!
10
RJ-

minada a Área de Influência Direta EIA/RIMA para Im


Efluen

Área de influência indireta da alternativa Maricá Mapa da Área de

por meio do estabelecimento de uma


Fonte:

Centro de Informações e Dados do

Carta Internacional ao Milhonésimo

Carta Topográfica Folha Itaboraí S

faixa de 500 metros para cada lado da diretriz do emissário a partir da linha de costa. Essa área será necessa-
Executado por:

Escala numérica: Data

1:100.000 J

riamente utilizada pelas embarcações responsáveis pela instalação do emissário. 700000 715000 730000 745000

Devido aos resultados do estudo de dispersão oceânica dos efluentes tratados oriundos do COMPERJ, fica de-
terminado que a Área de Influência Direta é delimitada pelo contorno da pluma de dispersão do efluente, visto
que esse limite é resultado da diluição total do produto.

No que diz respeito à Área de Influência Indireta, para os meios físico e biótico em ambiente terrestre, foi esta-
belecida uma faixa de 2 quilômetros para cada lado do emissário. Para o ambiente marinho, a alternativa Maricá

31
tem como limites a Pedra do Elefante (oeste) e 4 quilômetros a leste da diretriz do emissário, estendendo-se 4
quilômetros dentro do mar. No que diz respeito à alternativa Baía de Guanabara, fica estabelecida toda a Baía
como Área de Influência Indireta.

Em relação ao meio socioeconômico, considerou-se a alteração do cotidiano das comunidades próximas ao


traçado do emissário. Foram avaliados especialmente o trânsito dos trabalhadores e veículos, a presença visível
das obras e o estabelecimento da faixa de trabalho, que restringe o acesso dos moradores. Dessa forma, ficou
estabelecida uma faixa de 500 metros de cada lado do emissário como Área de Influência Direta para o meio
socioeconômico.

Em ambiente marinho, foi considerada a atividade pesqueira como principal aspecto. Dessa forma é importante
considerar a restrição à navegação em um raio de 500 metros ao redor da balsa de lançamento dos dutos, impe-
dindo tanto a atividade de pesca como a passagem dos pescadores. Portanto, fica estabelecida no mar uma faixa
d
d .
! d
d
!
.

²
700000 715000 730000 745000

de 500 metros para cada lado do emissário, a partir da linha de costa até o ponto de lançamento do efluente.
!
.
Igr. de N. S. da Ajuda
Faz. Sossego

Faz. do Ouro
Faz. Paraíso

Faz. Santa Rita


.
!
Subaio

0 1.000 2.000 4.000


Escala Gráfica:

6.000 8.000 10
Faz. Sapé Grande
Gin. Faz. Santa Constança Faz. Colomi
Faz. Iguaçu Metros
Gpo. Esc. Alcindo Guanabara Faz. Pomar Projeção Universal Transversa de Mercator - UT
BR

Datum Horizontal: SAD 69


-116

Sanat. Guapi Faz. Silvânia Esc. Narcena Origem da quilometragem : Equador e Meridiano -45°
Ret. da Faz. Santa Constança acrescidas as constantes 10.000 km e 500 km, respecti
Cem.
Guapimirim Faz. São Barnabé
Mapa de Localização
!
. Faz. Poço Verde
7505000

7505000
Subestação CERJ Chaminé Faz. São Ricardo de Macacu
d
d aé 345 kV

No entorno do ponto de lançamento do efluente, considerando a atividade pesqueira como principal aspecto
Esc. Alvim Esc. Quizanga
d
d
Faz. do Catana LT Adrianóp olis-Mac
Valença Paraíba do Sul
Faz. Santa Teresinha Faz. Turões
Santo Aleixo Granja Cadete Fabres (agropecuária)
RJ- Japuíba Paty do Alferes
Tupi Fazendinha Teresópolis
.
! 12 .
! Vassouras
-116

2
Faz. Ximbé
.
! Faz. Ximbé Petrópolis
BR

Faz. Areia Branca


Mendes
Faz. Mineiros
Miguel Pereira
Faz. Santo Antônio Cachoeiras de M
Faz. Boca do Mato
Faz. Cachoeiro d'-água

socioeconômico, fica determi-


Paracambi Guapimirim
Subestação particular Esc. União do Mato Faz. Santa Isabel Magé
d
d
Subestação CERJ Faz. Bonfim Faz. Pontinha Faz. Marinho Nova Iguaçu
Duque de Caxias
d
d III Japeri
Esc. Progresso U C
Subestação particular SD Queimados
Subestação CERJ
d
d Esc. Nova Ribeira GA Belford Roxo
d
d Seropédica
São João de Meriti
Itaboraí
Mesquita Tanguá
Escola Municipal Faz. Nova Ribeira
Nilópolis São Gonçalo
Faz. Marubi

nada como área de influência


Centro de Múltiplo UsoPosto de Saúde
Faz. Recreio
Ret. da Faz. Duzentos Alqueires
Subestação CERJ Niterói Maricá
Faz. Urubu d
d Rio de Janeiro

Subestação CERJ
d
d
d
d Sít. Santo Antônio Sít. dos Grilos Itaguaí
de Cássia Faz. Guanabara

direta o contorno da pluma de


Esc. Vale do Sol
Faz. São Luís Sít. Número Dezessete O
Faz. N. S. da Ajuda
Magé Faz. Macacu
Subestação do COMPERJ
d d
!
. Faz. Riacho
Suruí
Esc. Sernambetiba
Esc. Celso Oliveira Sít. Pai Joaquim Convenções Cartográficas
.
!
Sambaetiba
BR Esc. Cel. Ernesto J. Rodrigues !
. Sambaetiba

dispersão do efluente. Para a


-4 93
Cem.
Localidades
Água
7490000

7490000
Faz. Jamaica Faz. São João
Sít. São Paulo
!
. Sedes Municipais
6
11
J-

Porto das Caixas Cem.


R

Faz. Curiú Faz. Santo Antônio da Cachoeira

alternativa Baía de Guanabara,


Guia de Pacobaíba .
! .
! Sedes Distritais
.
! Visconde de Itaboraí Faz. Porto das Caixas
Faz. Querência Faz. Conceição Faz. Vargem Grande Sít. Caceribu
Subestação CERJ .
! Maravilha Rio Bonito
d d Faz. Sampaio
Granja N. S. Aparecida Aparecida Faz. Santo Antônio !
. Área Urbana
Gpo. Esc. Prof. João Augusto de Andrade 1
BR-10
Ferm Hotel Matadouro

RJ-124
Faz. Santa Teresinha
Baía da Guanabara
Gpo. Esc. Luzia Gomes de Oliveira
d

além da faixa de 500 metros de


d

Cem.
Itambi
Cer. Mundial Cer. Sít. do
Tanguá Legenda
d
d
Subestação particular Faz. Caieira
.
! Granja Wilaswil Hosp. Cem.
Faz. Bom Sucesso
Faz. dos Duques !
.
Subestação CERJ Cem.
d
d
Itaboraí Esc. Visconde de Itaboraí

Subestação CERJ Sít. Bela Vista Hotel Clube !


. Progresso
Faz. Ipitangas
d
d Subestações e Usinas
d
d Colégio Alberto Torres
Subestação CERJ
d

cada lado do emissário, fica


d
Emissário São Gonçalo
Subestação CERJ
d
d
Subestação CERJ
Usina FURNAS Manilha d
d Linha de Transmissão 345 kV Adrianópolis-Macaé
d
d .
!
BR-101
Subestação CERJ
d
d Faixa de Dutos

estabelecida a circunferência d
d
Subestação CERJ

d
d
Subestação CERJ
d
d
Subestação CERJ

Monjolo Cabuçu
Ferrovia

Pavimentada Pista Dupla


.
! .
!
7475000

7475000

com raio de 1 quilômetro ao


RJ Pavimentada Pista Simples
São Gonçalo 11
4
!
. Pacheco
1
BR-10

.
! Limite Municipal
Sete Pontes
1

Neves
BR-10

.
! .
! Municipios da Área de Influência Indireta de Socioeconomia

redor do ponto de descarte do


Itaboraí
Ipiíba
-1 01

RJ-1
00 .
!
BR

Subestação CERJ
BR-101
d
d
.
! São Gonçalo
BR-101

8
11
RJ-

efluente no interior da Baía.


RJ-104 Limite COMPERJ
Subestação particular !
.
dd
Niterói
RJ-108

Subestação CERJ
Subestação CERJ
d
d

d
d
RJ-10

RJ-
10
2
EIA/RIMA para Implantação do Em
6

Maricá
Inoã
!
. Efluentes do COMPERJ
RJ-11

.
!
Subestação CERJ
d
8

d
Subestação CERJ Mapa da Área de Influência Indireta: Meio Antr

Para a determinação da Área


d d

Fonte:
Ponta Negra
.
! Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro - CIDE, 2005
7460000

7460000
5
RJ-10

RJ-10
Itaipuaçu 5 Carta Internacional ao Milhonésimo - IBGE, 2003

Área de influência indireta da alternativa Baia de Guanabara


2
.
!
10
RJ- Carta Topográfica Folha Itaboraí SF-23-Z-B-V-1 - IBGE, 1979

de Influência Indireta para o Executado por:

Escala numérica: Data:


Assinatura

Revisã

1:100.000 JULHO/2010 0

meio socioeconômico, atribui-se a abrangência dos municípios cortados por cada alternativa do emissário. Por- 700000 715000 730000 745000

tanto, para a alternativa Baía de Guanabara, são abrangidos os municípios de Itaboraí e São Gonçalo, e, para a
alternativa Maricá, os municípios de Itaboraí e Maricá.

32 Rima – Relatório de
Impacto Ambiental
Implantação do Emissário Terrestre e Submarino do
Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ
DIGNÓSTICO
AMBIENTAL
8. Diagnóstico
Ambiental
O diagnóstico ambiental realizado na Área de Influência do projeto de Implantação do Emissário Terrestre e Sub-
marino do COMPERJ procurou identificar e avaliar os principais aspectos ambientais que poderão ser afetados.
Procurou-se, assim, definir a qualidade ambiental e caracterizar as principais atividades socioeconômicas que
se desenvolvem na região, considerando as duas alternativas de construção. Esse diagnóstico permitiu avaliar a
sensibilidade ambiental e os reais impactos do projeto sobre o meio ambiente e a sociedade.

Buscando melhor entendimento pelos leitores do RIMA, o diagnóstico ambiental está dividido para as áreas de
influência das duas alternativas propostas.

Diagnóstico Área de Influência Alternativa Maricá


O traçado do emissário na alternativa Maricá apresenta um relevo variado, partindo de áreas mais altas e ondu-
ladas próximo ao COMPERJ, passando por região plana ocupada por pastos e alguns brejos e cruzando a Serra
de Inoã (bastante acidentada). A região é drenada pelos rios Caceribu, Iguá, Vigário e

Bambu, córregos de pequeno porte e água de baixa qualidade. O estado de conservação dos rios pode estar ligado
a lançamento de esgoto sanitário sem tratamento e falta de vegetação nas margens.

O único trecho ocupado por florestas está na Serra de Inoã, composto por vegetação em estágio médio de rege-
neração. Essa floresta apresenta baixa diversidade de espécies e uma espécie vegetal ameaçada de extinção
Esse trecho encontra-se em meio a propriedades voltadas para lazer, criação
de ovelhas ou cultivo de produtos para consumo próprio marcado por árvores
de frutas exóticas, como mangueiras, jaqueiras e bananeiras.

Nessa região, a presença de solos estáveis e a baixa inclinação dos terrenos


proporciona baixo risco de erosão, fato importante para uma obra que envolve
movimentação de terra. Ainda assim, não são dispensadas as práticas de
contenção de encostas e drenagens durante a construção do emissário.
Vista da pisagem ocupada por pastos
na área de influência Maricá

35
A Área de Influência da alternativa Maricá é ocupada principalmente por propriedade rurais nos municípios de
Itaboraí e Maricá. Em Maricá, o traçado do emissário passa por Itaipuaçu.

Na alternativa Maricá as formas de ocupação e uso do solo são características da zona rural, como a presença
de fazendos, sítios e chácaras e de pequenos povoados da alternativa Maricá. São características da zona rural
a ocupação por fazendas, sítios e chácaras. A paisagem dominante é de pastagens. As zonas rurais também
são formadas por pequenos povoados com baixa densidade demográfica. Nas zonas urbanas, a maior densidade
populacional ocorre em Itaipuaçu. A praia de Itaipuaçu apresenta ainda uma área de restinga, associada a uma
franja de manguezal às margens do Canal da Costa.

A área de proteção ambiental (APA) do sistema Lagunar de Maricá fica a aproximadamente 4,4 quilômetros da
faixa pretendida para o emissário. O trajeto da tubulação atravessa regiões não florestadas do Corredor Ecológico
Sambê-Santa Fé, que interliga as áreas de florestas remanescentes das serras de Barbosão, Sambê, Batatais e
Santa Fé, além da Linha de Transmissão Venda das Pedras-Cachoeiras de Macacu.

Na região de Maricá, quase metade (48%) das pessoas entrevistadas que informaram sua renda familiar recebe
valor mensal de R$ 1.000 a R$ 2.000. E 21% recebem um salário mínimo ou menos.

Quanto à infraestrutura urbana, o município possui sete postos de saúde, nove escolas e a energia elétrica não
alcança 13% dos moradores. Por outro lado, a maior parte das moradias tem acesso à rede de telefone fixo. No
quesito segurança pública, as comunidades são descritas pela população como seguras, com baixo índice de
criminalidade.

Com relação aos serviços públicos o saneamento básico (abastecimento e tratamento de água e de coleta e
tratamento de esgotos sanitários) foi citado como carente nas entrevistas em todas as comunidade.

A pesca artesanal na região sob influência do empreendimento representa garantia de trabalho e renda para
pescadores temporários e permanentes. Os pescadores são organizados em torno da ALLAPI (Associação de Livre
Aquicultura e Pesca de Itaipuaçu) e da Seção Itaipuaçu da colônia Z-7.

36 Rima – Relatório de
Impacto Ambiental
Implantação do Emissário Terrestre e Submarino do
Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ
Ponto da Rua 70 Praia do Recanto

As embarcações utilizadas são feitas em alumínio variando de 2 a 6 metros de comprimento. Os pescadores fazem
uso de motor de popa. São utilizadas prioritariamente redes de emalhe, mas podem ser utilizadas também linhas
de mão, pesca submarina, redes de cerco e tarrafas.

Além de fornecerem alimento aos próprios pescadores e suas famílias busca-se vender para compradores diretos,
moradores ou turistas, logo após a pesca.

Foram identificados três principais pontos de pesca onde as redes de emalhe são geralmente estendidas pela
manhã e recolhidas cerca de 24 horas depois. Esses principais pontos são a Pedra do Elefante, um lajedo a cerca
de 20 ou 30 metros da praia e as Ilhas Maricá. A escolha do ponto de pesca depende das condições de mar e
das espécies alvo da pescaria.

Na Praia de Itaipuaçu os pontos mais freqüentados pelos turistas estão nas proximidades da Rua 60, na Barra
de Maricá e na Praia do Recanto.

Diagnóstico Área de Influência Alternativa Baía de Guanabara


O local considerado na alternativa da Baía de Guanabara para construção do trecho submarino do emissário fica no
interior dessa Baía. O trecho por terra para construção da tubulação (grande parte no município de São Gonçalo) é
formado por uma planície extensa (região plana) formada por muitos pastos e regiões alagadiças. Nessa região,
destacam-se os manguezais à beira da Baía que fazem parte da Área de Preservação Ambiental de Guapimirim.
Outra característica muito notável no município de São Gonçalo é a presença de um núcleo urbano.

Analisando a probabilidade de haver erosão (desgaste) no solo, percebe-se que as áreas de maior fragilidade
estão localizadas nos terrenos ondulados e nos terrenos próximos à Baía de Guanabara. Já os solos que ocupam
as baixadas são de menor risco, pois são planos. De forma geral, a maior parte das terras das Áreas de Influência
das duas alternativas não apresenta tendência à erosão elevada

37
Como na área de influência da alternativa Maricá, para a alternativa Baía de Guanabara também há drenagem
do terreno por rios de pequeno porte. Esses rios estão rasos pelo acúmulo de sedimento, e a qualidade das
águas é prejudicada pelo lançamento de esgotos e falta de uma mata ciliar. Em consequência, há uma pobreza
de organismos.

Destacam-se na área de influência da alternativa Baía de Guanabara os manguezais. Para sua preservação, foram
criadas duas Unidades de Conservação a Área de Preservação Ambiental (APA) Guapi-Mirim e a Estação Ecológica
Guanabara. A essas unidades de conservação é atribuído o objetivo de manter o equilíbrio desse ecossistema e
renovação dos estoques pesqueiros da Baía.

Nas proximidades da APA de Guapi-Mirim são vistos frequentemente botos-cinza relatados como uma população
que habita normalmente a Baía de Guanabara. A avistagem desses animais é mais freqüente em baixas profun-
didades e os grupos podem variar muito e as observações mais frequentes são de grupos de 2 a 10 indivíduos.
Acredita-se que a razão para manutenção dessa população na Baía deve-se à presença de alimento e proteção
dos predadores.

A população de São Gonçalo relata que os acessos a serviços básicos, como saneamento e abastecimento de
água apresenta restrições. O lançamento de esgoto e outros dejetos nos rios é um dos problemas ambientais,
relatados pelos moradores e verificados pela coleta de amostras de água nos rios da região. Há na área de
influência um aterro sanitário, que é o destino dos resíduos sólidos de São Gonçalo, o segundo município mais
populoso do Estado do Rio de Janeiro (depois da capital).

Apesar de todos os problemas, a Baía de Guanabara, ainda fornece sustento para muitas famílias, que vivem da
pesca e da cata do caranguejo. Vale ressaltar a presença da APA de Guapimirim, o mais importante remanescente
de manguezal do Estado exposta aos efeitos da poluição e da ocupação urbana.

A partir de levantamento feito junto aos moradores da região, identificou-se que a área social que mais necessita
de investimentos é emprego e renda, seguida de melhoria nos equipamentos urbanos. Logo depois há demanda
por melhoria em saneamento básico e abastecimento de água, saúde, lazer e transporte.

A área de influência da alternativa Baía de Guanabara atravessa uma região de grande relevância pré-histórica
e histórica. A área está nas proximidades de importante aldeamento jesuítico, significativo tanto por indicar a
densa população indígena como a antiguidade da ocupação colonial.

Em relação à atividade econômica, nas praias da Beira e de São Gabriel, existem famílias que vivem exclusiva-
mente da pesca. As principais espécies de pescado são tainha, corvina e camarão. Já na Praia da Luz, pesca-se

38 Rima – Relatório de
Impacto Ambiental
Implantação do Emissário Terrestre e Submarino do
Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ
muito siri. Os pescadores trabalham diariamente, sempre em dupla, à noite e no nascer do dia, em toda a área
da Baía de Guanabara. A técnica é artesanal e passada de pai para filho. São somente os pescadores da Praia
São Gabriel, chamados de curraleiros, que desenvolvem a pesca de curral (espécie de armadilha) nesta região
da Baía. O peixe mais abundante na pesca de currais nesta região tem sido a tainha, seguido da corvina.

Manguezais da APA de
Guapimirim às margens
da Baía de Guanabara.

Pescadores na
Baía de Guanabara

Grupo de Botos-cinza na Baía


de Guanabara (Foto: Lab.
MAQUA-UERJ).

39
IMPACTOS
9.Impactos
Para identificação dos impactos relacionados ao empreendimento, foram avaliadas as informações sobre o projeto
e o diagnóstico ambiental da área de influência. A partir disso, os pesquisadores identificaram alguns danos que
são possíveis de ocorrer e mostraram que os efeitos negativos podem ser eliminados ou reduzidos através de
ações de controle ambiental e medidas de segurança.

A seguir são apresentados os principais impactos deste projeto. A lista detalhada de todos, com suas carac-
terísticas e medidas de redução ou compensação, pode ser encontrada no Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
deste empreendimento. Em relação às fases foram definidas as seguintes: planejamento, implantação, operação
e desativação.

As medidas mitigadoras e potencializadoras que serão aplicadas na área do emissário são classificadas em:

Medida Mitigadora Preventiva: prevê a ocorrência do impacto negativo e atua para minimizar ou eliminar
eventos adversos que se apresentam com potencial para causar prejuízos aos itens ambientais.

Medida Mitigadora Corretiva: corrige a situação, deixando a área da mesma maneira como foi encontrada.
Ela repara os danos causados ao meio, através de ações de recuperação ou da eliminação/controle do fator
gerador do impacto.

Medida Mitigadora Compensatória: procura repor bens socioambientais perdidos por causa de ações diretas
ou indiretas do empreendimento.

Medida Potencializadora: tem o intuito de otimizar ou maximizar o efeito de um impacto positivo causado
direta ou indiretamente pela implantação do empreendimento.

Como as alternativas encontram-se muito próximas e com algumas semelhanças, alguns impactos serão também
muito semelhantes. Assim, são apresentados os impactos, as medidas e os projetos para as duas alternativas.
Quando houver particularidades em algumas das alternativas , estas serão, ressaltadas.

Durante o planejamento do projeto, o maior impacto identificado é a geração de expectativas nas comuni-
dades vizinhas. Para diminuir essa ansiedade da população, a primeira medida será implantar um Programa de
Comunicação e Responsabilidade Social para os moradores da região. O objetivo será esclarecer para eles as
características do projeto, as possíveis interferências e as medidas de redução e eliminação de impactos.

43
As ações do Programa de Comunicação e Responsabilidade Social deverão disponibilizar para as comu-
nidades instaladas no entorno do empreendimento informações sobre a caracterização do empreendimento, sua
localização, etapas, cronogramas, impactos e medidas mitigadoras. Para que atinja seu objetivo, deverá utilizar
canais de informação adequados para o perfil e as particularidades do público-alvo.

A interferência no cotidiano, especialmente nas áreas mais populosas é mais significativa. Haverá aumento
do tráfego local, dos riscos de acidentes e da demanda de infraestrutura viária durante a implantação,
situação que se extinguirá após o fim da implantação e se estenderá durante a operação.

Para diminuir esse impacto, a entrega de materiais e insumos de obra, o transporte de máquinas e equi-
pamentos de terraplenagem e o transporte de resíduos deverá ser realizado fora do horário de pico
do tráfego e distribuído ao longo do dia e do cronograma da obra. Essas medidas deverão ser absorvidas
pelo Plano de Transporte de Pessoal já em desenvolvimento pela implementação do COMPERJ.

Outras medidas a serem tomadas são: sinalizar os locais de maior fluxo de veículos, exigir certifica-
ção dos motoristas e adotar recomendações legais e rotineiras em relação à segurança do trabalho
e ao manuseio e transporte de produtos.

Devem ser levados em conta os diversos pedidos de exploração mineral ao longo do traçado do emissário.
O impacto é o impedimento do desenvolvimento da atividade de mineração. Como as áreas de mineração
são pequenas, o impacto possui baixa relevância, sendo reversível. Ainda assim, para minimizá-lo, será
feito acordo com os empreendedores, visando a compensar os investimentos já realizados por meio do Programa
para o Estabelecimento da Faixa de Servidão Administrativa e de Indenizações.

Haverá ainda relativa redução das terras para uso agropastoril durante a implantação na alternativa Maricá.
Este impacto ocorre nas duas alternativas de forma razoavelmente semelhante.

Para instalação do emissário terrestre será necessário retirar a vegetação, fazer terraplenagem, limpar o
terreno, e movimentar a terra para abrir valas e fazer o reaterro. A área atingida poderá sofrer ero-
são, mas deverão ser tomadas pelo empreendedor todas as medidas necessárias para evitá-las, reduzindo sua
chance de ocorrer.

Essas medidas estão detalhadas no Estudo de Impacto Ambiental desse empreendimento no Programa Am-
biental de Construção (PAC) por meio de ações de controle de erosão e assoreamento dos corpos hídricos e
pelo Plano de Recuperação de Áreas Degradadas.

44 Rima – Relatório de
Impacto Ambiental
Implantação do Emissário Terrestre e Submarino do
Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ
Em ambas alternativas, deve-se considerar que as áreas possuem depósitos arqueológicos que podem
ser destruídos parcial ou totalmente pelas escavações. Por isso, deverá ser implantado o Plano de Preser-
vação e Salvamento do Patrimônio Histórico e Arqueológico, responsável por resgatar qualquer utensílio
arqueológico que venha ser encontrado durante as escavações.

Paralelamente, deverá ser implantado um Programa de Educação Patrimonial, cujo objetivo é prevenir a
destruição de testemunhos arqueológicos, caso venham a ser detectados durante as atividades de implantação.
O programa será direcionado para técnicos e operários envolvidos na obra, que deverão ser orientados sobre os
procedimentos a serem seguidos em caso de descoberta de materiais de valor histórico.

Durante a obra, terra e materiais de construção poderão ser transportados pelas águas das chuvas
para os cursos d’água existentes, podendo causar assoreamento. Por isso, eles serão armazenados em
locais com contenção. Para prevenir esse impacto, será evitada a movimentação de solos durante períodos
chuvosos. O período de exposição dos solos também deverá ser o mais breve possível. Os taludes e
demais solos expostos serão protegidos por vegetação. Deverão ser construídas canaletas e outros dis-
positivos de drenagem que evitem altas velocidades de escoamento superficial e queda livre de água
sobre o solo. Essas atividades vão fazer parte do Programa Ambiental de Construção (PAC).

Durante a implantação do emissário, o uso de água será necessário para realização de testes hidrostáti-
cos (verificação da possibilidade de vazamentos ou rupturas em vasos de pressão ou válvulas), nos banheiros
químicos e limpeza em geral, que será fornecida pela concessionária local. Os efluentes produzidos
serão coletados e encaminhados para tratamento e descarte.

Para a realização do projeto será utilizada parte da infraestrutura dos municípios da área de influência, especifi-
camente para alojar o máximo de seus empregados em casas alugadas, repúblicas, hotéis e pensões
existentes nas redondezas. O objetivo é causar o mínimo de interferência nas comunidades e facilitar
o transporte de materiais e dos trabalhadores até as frentes de trabalho.

Com o empreendimento também haverá a dinamização da economia, com o aumento de dinheiro circulando
na região e mais serviços sendo contratados, além de maior geração de receita tributária. Para potencializar
esse efeito, será feita divulgação dos detalhes da obra pelo Programa de Comunicação e Compromisso
Social.

O incremento da receita dos municípios será um impacto positivo para as finanças públicas, potencializado pela
aquisição de equipamentos e materiais e contratação de serviços locais.

45
As emissões de partículas poluidoras no ar esperadas serão basicamente a fumaça dos veículos e
maquinários, além da poeira que poderá ser levantada pelas obras em áreas sem asfalto. Para contornar
esse problema, as ruas serão molhadas com a ajuda de caminhões-pipa, sempre que necessário. Para
evitar a poluição do ar, os equipamentos e veículos passarão por revisões periódicas.

Os critérios para o gerenciamento dos resíduos sólidos gerados, referentes a coleta, segregação,
classificação, identificação, acondicionamento, armazenamento temporário, transporte, tratamento e
disposição final serão estabelecidos no Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGR), em conformidade
com as diretrizes corporativas da Petrobras e as normas e legislações aplicáveis, a ser apresentado no Plano
Ambiental da Construção (PAC).

Os ruídos emitidos durante a implantação do emissário serão de caráter temporário. As fontes de


ruídos gerados pela atividade podem estar localizadas ao longo da faixa de construção do trecho terrestre, nos
canteiros de obras ou podem vir do lançamento do trecho submarino e apoio a essa atividade. Já na fase de
operação não será verificada emissão significativa de ruídos, uma vez que a tubulação estará enterrada
no solo ou no leito marinho.

Ao interferir no fundo do mar, algumas atividades da implantação do emissário promoverão a suspensão tem-
porária de sedimento e turbidez na água.

Devido à sua rápida reversibilidade (a areia assenta-se rapidamente), esse impacto é considerado pequeno.
Entende-se que as ações de planejamento das operações de lançamento e enterramento do emissário e coloca-
ção e retirada do difusor são suficientes para evitar ao máximo a extensão do prazo de execução das obras em
ambiente marinho.

No caso da Baía de Guanabara, o impacto seria maior pelo fato do sedimento ser mais fino, levando mais tempo
para assentar ao fundo desta Baía do que em Itaipuaçu, onde, por serem mais grossos, menor volume de sedi-
mento será suspenso e mais rapidamente chegará ao fundo.

Quanto à alteração na qualidade da água do mar durante a operação, estudos avaliaram a diluição do efluente
no mar de Itaipuaçu e concluíram que a qualidade da água será modificada em uma região próxima ao
ponto de lançamento. Para a alternativa Maricá, pode-se afirmar terem sido encontradas condições ótimas
para diluição e depuração dos compostos.

Será implantado um Programa de Monitoramento do Ambiente Marinho, iniciado antes do início das
obras e estendido por todo o período de operação. O programa deve contemplar também amostragens após a
desmobilização.

46 Rima – Relatório de
Impacto Ambiental
Implantação do Emissário Terrestre e Submarino do
Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ
Durante um curto período de 4 meses, está prevista uma zona de exclusão de navegação e de pesca, em
torno das embarcações envolvidas nas atividades de construção do emissário.

A fim de minimizar as consequências desse impacto, propõem-se medidas preventivas e corretivas, que consistem
em informar aos pescadores artesanais ou esportivos e às suas respectivas organizações os possíveis impactos
do empreendimento. Essa medida está prevista nos objetivos do Programa de Comunicação e Responsa-
bilidade Social. Em relação aos pescadores artesanais, será implantado o Programa de Acompanhamento
da Pesca que visa monitorar o desembarque da produção pesqueira possibilitando identificar como
esta varia ao longo do tempo.

Na alternativa Baía de Guanabara, o impacto ocorreria nas comunidades de pescadores da Ilha de Itaóca.
O elevado número de embarcações operando no litoral da Praia de Beira e na Praia de São Gabriel terá impacto
visual, acarretará riscos à navegação dos pescadores artesanais, e delimitará uma zona de exclusão
de captura dos pescadores artesanais.

A instalação de um canteiro de obras e de uma faixa de trabalho gerará interferência visual, e na circula-
ção e percepção das paisagens por parte dos usuários. Considerando esse impacto, haverá minimização
da supressão ao mínimo necessário, visando a diminuir a alteração da paisagem. Também será necessário
efetivar o Programa de Remoção da Vegetação, em andamento para a construção do COMPERJ. Deve ser
dada atenção especial para a Serra de Inoã, já que essa região possui floresta que encontra-se em estágio médio
de regeneração. Por meio da implantação do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, as paisagens
alteradas serão recuperadas para voltar ao seu estado original.

47
QUALIDADE AMBIENTAL

FUTURA
10. QUALIDADE AMBIENTAL
FUTURA
Nessa parte de nosso RIMA é apresentada uma previsão feita para a qualidade ambiental da área de influência
simulando a implantação de cada uma das alternativas. O objetivo é dar a todos uma idéia de como ficará a área
de influência ao final da implantação do emissário.

Qualidade Ambiental Futura da Área de Influência


Alternativa Maricá
Quando se pensa na qualidade ambiental futura da área de influência para essa alternativa, é necessário pensar
na perda de cobertura vegetal necessária para abertura de valas e manutenção da faixa de servidão do emissário.
Como a maior parte do trecho a ser utilizado para o emissário é formado por campos, a região onde ocorrerá
significativa retirada da vegetação é na Serra de Inoã. Tentando minimizar os efeitos dessa retirada da vegetação
deverão ser aplicados os seguintes programas ambientais: Programa de Supressão da Vegetação, Programa de
Reposição Florestal e Programa de Recuperação das Áreas Degradadas. Assim, espera-se mínimas modificações
e incremento de vegetação em outros locais atualmente ocupados por pastos ou vegetação em estágio inicial
de regeneração.

Processos erosivos que modifiquem a qualidade ambiental, especialmente em relação aos rios poderão aconte-
cer. Espera-se que não aconteçam porque são propostas práticas corretas de movimentação da terra, portanto,
espera-se que com a finalização das obras, as áreas utilizadas estejam menos expostas à erosão.

Os processos de movimentação de terra e estabelecimento da faixa de servidão, promoverão interferência nas


atividades de mineração da área. Hoje são vinte as minas que querem legalizar suas atividades na área. O Pro-
grama de Estabelecimento da Faixa de Servidão Administrativa e de Indenizações é responsável por informar ao
órgão competente o impedimento de novos procedimentos de mineração sobre a tubulação enterrada.

O patrimônio arqueológico do subsolo apesar de pequeno, poderá ser melhor conhecido e protegido pelos tra-
balhadores e moradores, uma vez que haverá programa de resgate de educação patrimonial. Sem a execução
desses projetos, esse patrimônio estaria em risco durante as escavações.

51
Como parece ser fácil a dispersão do efluente na região ao largo da praia de Itaipuaçu, é previsto que este a
alteração da qualidade da água aconteça numa região muito próxima ao lançamento e de forma fraca. Contudo,
as interferências na água do mar e os possíveis efeitos na atividade pesqueira deverão ser tratados pelo Programa
de Monitoramento e Controle de Efluentes Líquidos, pelo Programa de Monitoramento Marinho e pelo Programa
de Acompanhamento das Interferências na Atividade da Pesca Artesanal

A presença de uma quantidade grande de pessoas de outros lugares na região causará interferências o cotidiano
das comunidades. Para atender aos trabalhadores serão contratados serviços de hospedagem e fornecimento de
alimentação nas cidades onde o emissário vai ser implantado. Essas contratações trarão benefícios aos donos de
pequenos comércios, pousadas e hotéis. Esse benefício pode ser melhor aproveitado a medida que são informados
detalhes como a duração da obra e locais de desenvolvimento dela por meio do Programa de Comunicação e
Responsabilidade Social e do Programa de Educação Ambiental para os trabalhadores e as comunidades.

A formação de uma área de restrição à navegação e pesca de arrasto onde vai estará saída do emissário (difusor),
não afetará aos pescadores artesanais locais, porque esses informaram usarem redes de emalhe próximo à pedra
do elefante e próximo à praia após a arrebentação.

Como haverá supressão de vegetação, o empreendimento deverá contribuir com a Compensação ambiental o que
levará ao incremento da conservação na área de influência seja pela formação de novas Unidades de Conservação
ou pela investimento nas unidades já existentes.

Qualidade Ambiental Futura da Área de Influência


Alternativa Baía de Guanabara
Em grande parte da área de influência não haveria necessidade de retirada de vegetação, porque a maior parte
do traçado passa por pastos. Mas, nas proximidades da Baía de Guanabara, haveria corte de árvores de man-
gue (considerada Área de Preservação Permanente) no interior e fora da Área de Proteção Ambiental (APA) de
Guapi-mirim.

A alteração da qualidade da água do mar na Baía de Guanabara pelo lançamento do efluente líquido do COMPERJ
levaria a uma degradação de grande intensidade. Esse fato aconteceria porque na baía existe uma dificuldade
grande de troca de água e suas águas recebem esgotos há muito tempo e em grande quantidade.

52 Rima – Relatório de
Impacto Ambiental
Implantação do Emissário Terrestre e Submarino do
Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ
O patrimônio arqueológico é mais rico na área de influência da alternativa Baía de Guanabara, que vem diminuin-
do com o passar dos anos. O local onde eles são vistos com mais freqüência coincide com o ponto de chegada
do emissário na Baía de Gianabara. Se essa alternativa fosse escolhida, provavelmente haveria conseqüências
negativas para esta população de botos.

Existe uma população conhecida de botos cinza na Baía de Guanabara, que vem diminuindo de tamanho com o
passar dos anos. O local onde eles são vistos com mais freqüência coincide com o ponto de chegada do emissário
na Baía de Guanabara. Se essa alternativa fosse escolhida, provavelmente haveria consequências negativas para
esta população de botos.

53
PROJETOS DE CONTROLE
E MONITORAMENTO
AMBIENTAL
11. PROJETOS DE CONTROLE E
MONITORAMENTO AMBIENTAL

Foram criados programas para contribuir com a viabilidade ambiental da implantação do emissário. Os pro-
gramas foram propostos de um jeito que possam dar continuidade às ações dos projetos ligados às obras do
COMPERJ.

Sistema de Gestão Ambiental


Um sistema de gestão ambiental tem como objetivo proporcionar à
obra de implantação do emissário, sua viabilidade ambiental. Ele será
aplicado com base na legislação brasileira e buscando a melhoria
contínua de seu desempenho. Assim, acontecerá um equilíbrio entre
a proteção ambiental e a prevenção de poluição com as necessidades
econômicas, técnicas e operacionais.

Programa de Monitoramento e Controle dos Efluentes Líquidos


Esse é um programa ambiental que deverá ser aplicado na fase de implantação para cuidar dos efluentes
produzidos nas obras, tratando e destinando esses em locais apropriados. Por meio desse programa e de outras
ações tomadas haverá maior chance de proteger o solo e a água dos rios de possíveis contaminações.

Plano de Gerenciamento de Resíduos


Estabelece os critérios para separação, armazenamento, transporte e
tratamento do lixo produzido durante as atividades de implantação do
emissário, buscando reduzir possíveis impactos. O plano conta com a
conscientização dos funcionários, o tratamento dos restos de comida
e a coleta seletiva do lixo que pode e deve ser reaproveitado.

57
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas
Para construção do emissário, em alguns pontos será necessário remover a vegetação.
Será realizada, também terraplanagem e movimentação de terra. As áreas alteradas para
a implantação do emissário deverão ser recuperadas e deixadas no mesmo estado de
conservação inicial

Programa de Monitoramento Marinho


Para garantir que todas as medidas de controle ambiental aplicadas
no tratamento e descarte do efluente sejam eficazes, a Companhia
vai monitorar a qualidade da água do mar ao largo da Praia de
Itaipuaçu.

Responsabilidade Social (PCRS)


É possível que aconteçam diferentes interações entre a população e os
trabalhadores envolvidos na implantação do emissário. Manter todos
esclarecidos a respeito das fases da implementação e do posiciona-
mento das frentes de trabalho é papel do Programa de Comunicação e
Responsabilidade Social. Esse programa também mantém um canal de
comunicação permanente entre o empreendedor e a comunidade local.
Para a Petrobras esse projeto deve também promover o desenvolvimento
das comunidades de acordo com sua política de responsabilidade.

Programa de Educação Ambiental (PEA)


As relações dos trabalhadores com o meio ambiente e da comunidade com o meio ambiente
serão tratados nesse programa. O PEA busca conscientizar a cada um dos participantes
da responsabilidade que têm no desempenho ambiental da implantação e operação do
emissário.

58 Rima – Relatório de
Impacto Ambiental
Implantação do Emissário Terrestre e Submarino do
Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ
Programa Ambiental para Construção Geral (PAC)
É por meio do PAC que a Petrobras busca esclarecer às empresas contratadas a qualidade
ambiental necessária no dia-a-dia no canteiro de obras, nas frentes de trabalho e nas vias
de acesso. Assim, o objetivo maior do PAC é diminuir a ocorrência de impactos ambientais
durante a implantação do emissário.

Programa de Acompanhamento das Interferências


na Atividade da Pesca Artesanal
Por meio do monitoramento diário da produção pesqueira
artesanal, esse projeto buscará reconhecer a variação des-
sa produção e buscar suas causas. Isso será possível por
acompanhamento antes, durante e depois de implantado o
emissário.

Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR


Nenhum tipo de dano é bem-vindo, seja ele material, dano à saúde ou ao meio ambiente.
O PGR apresenta as principais ações a serem tomadas para evitar esses danos envolvendo
a identificação dos perigos e a elaboração de medidas de prevenção ou de controle dos
riscos. O PGR prevê atualizações dos trabalhadores constantemente e ações de resposta
para qualquer situação não desejada.

Programa para o Estabelecimento da


Faixa de Servidão Administrativa e de Indenizações
Para o estabelecimento da faixa de servidão do emissário será necessário identificar os
imóveis ao longo do trajeto do emissário, solicitar permissão de acesso e posteriormente
negociar com o proprietário valores justos de indenização. O objetivo é permitir a construção
do emissário da forma mais justa possível.

59
Programa de Supressão Vegetal
O objetivo desse programa é minimizar o impacto quando se realiza supressão de vegetação. Ocorrerá o
resgate de animais, impedindo que eles fiquem desabrigados por consequência da supressão, mas gradu-
almente possam encontrar novos habitats. Além disso, permite o reaproveitamento de plantas que seriam
abandonadas depois de cortadas mas que poderão ser utilizadas para gerar mudas ou mesmo recuperadas
para fins de paisagismo.

Programa de Reposição Florestal


Os empreendimentos que promovem o corte de vegetação nativa em estágio
secundário ou primário, devem ter um plano de reposição florestal. Desta
forma, o empreendimento compensa este corte, plantado em outro local, que
seja favorável, mudas de espécies nativas de modo a favorecer a regeneração
florestal.

Programa de Compensação Ambiental


Observando o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e suas regulamentações, o empreen-
dedor deve contribuir para a criação de novas Unidades de Conservação ou para a melhoria de UC já criadas.
As unidades de conservação a serem escolhidas devem estar na área de influência do empreendimento.

60 Rima – Relatório de
Impacto Ambiental
Implantação do Emissário Terrestre e Submarino do
Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ
CONCLUSÃO
12.
Conclusão

A implantação do emissário do COMPERJ tem como objetivo escoar de forma segura e sustentável o efluente
deste Complexo transpondo ambiente terrestre e marinho.

Foram estudadas duas alternativas. A primeira opção consiste na travessia do Município de Itaboraí em direção à
Baía de Guanabara, passando por São Gonçalo e chegando à Praia de São Gabriel. A outra alternativa, chamada
alternativa Maricá, consiste na travessia da região de Itaboraí em direção à Maricá transpondo a Serra de Inoã
e alcançando a praia de Itaipuaçu..

Foi elaborado um estudo das alternativas considerando-se os impactos ambientais de construção e operação do
emissário. Comparando-se com a alternativa Baía de Guanabara, a alternativa Maricá foi escolhida por apresentar
melhor viabilidade socioambiental, sustentada pelos seguintes motivos:

- O traçado do emissário atravessa regiões menos povoadas;


- O traçado do emissário não cruza Unidades de Conservação da Natureza;
- As condições de lazer e balneabilidade são menos afetadas;
- O ambiente de mar aberto possui maior capacidade de diluição e dispersão do efluente;
- O ambiente de mar aberto possui um tipo de fundo que é menos impactante ao ser revolvido;
- Em mar aberto, os pescadores dispõem de áreas mais amplas para exercerem suas atividades;
- Em mar aberto, as espécies marinhas são menos afetadas;

É importante ressaltar que para todos os impactos negativos do empreendimento foram apresentadas medidas
visando mitigá-los, sendo elas de caráter preventivo e corretivo. Além disso, são propostos Programas Ambientais
que visam contribuir com a sustentabilidade do empreendimento.

A implementação das medidas mitigadoras e dos Programas Ambientais propostos para a alternativa Maricá
contribuirá para a viabilidade ambiental da implantação e operação do Emissário Terrestre e Submarino do
COMPERJ.

63
Equipe técnica
Profissional Profissão CTF IBAMA
Placidino Passos Neto Engenheiro Civil 39493
Albertone Sant´Ana Pereira Biólogo 573340
José Gustavo Engenheiro Metalúrgico 4931639
Christiane Lopes Arqueóloga 25557
Maria da Penha Baião Engenheira Civil 5129730
Fernanda Rath Geógrafa 5021168
Pedro Perez Engenheiro Ambiental 2320730
Paloma Arantes Geógrafa 4965435
Luvercy Azevedo Engenheiro Civil 1317049
Marcelo Motta Geógrafo 328102
Felipe Fraifeld Geógrafo 3747273
Hélio Villena Oceanógrafo 212279
Alexandre Macedo Fernandes Oceanógrafo 5123615
Friedrich Herms Oceanógrafo 286844
Marcelo Vianna Biólogo 465176
Frederico Kurtz Biólogo 39937
Sergio Bonecker Biólogo 197864
José Lailson Biólogo 212179
Carlos Coelho Eng. Químico 290072
Marco Louzada Ecólogo 200887
Renato Pinneschi Biólogo 38322
Octavio Bonet Sociólogo 4929954
Marina de Oliveira Socióloga 4197444

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