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A prisão preventiva não pode ser decretada em se tratando de


contravenção e nem crime culposo, e só pode ser deferida mediante
despacho fundamentado.

É prisão cautelar de natureza processual decretada por juiz durante


o inquérito policial ou processo criminal, antes do trânsito em julgado,
sempre que estiverem preenchidos os requisitos legais e ocorrerem os
motivos autorizadores. E são exatamente nestes motivos onde exata reside
toda a controvérsia em torno da dita prisão.

É até temerária classificá-la como medida odiosa, pois que os


requisitos da referida prisão nada mais são que os mesmos da tutela
cautelar, pois uma vez deflagrado o fumus boni iuris e o periculum in mora,
é curial a decretação da custódia.

O primeiro pressuposto ou requisito é a prova da existência do


crime, ou seja, a materialidade delitiva, é de caráter fático e irrefutável
muito embora seja um juízo de probabilidade que se prati ca.

O segundo requisito corresponde aos indícios suficientes da autoria,


quer dizer, que não se exige prova plena, bastando apenas que os indícios
sejam concretos e razoáveis capazes de demonstrar a possibilidade do réu
ou indiciado em ter sido o autor d o delito.

Borges da Rosa esclarece que os indícios devem ser tais que gerem
a convicção de que foi o acusado o autor do crime, embora não haja
certezaabsoluta disto. Devem, portanto, ser suficientes para munir de
tranquilidade à consciência do julgador.

A dúvida em prol da sociedade é mais relevante do que a do réu,


pesa, portanto o princípio in dubio pro societate daí decretar -se a
prisãopreventiva em razão de garantia de ordem pública, de ordem
econômica e, ainda por conveniência da instrução cr iminal (in verbis o art.
312 do CPP).

Inúmeras vezes o julgador terá que avaliar a relevância de


tutelasjurídicas diferentes... Qual o bem jurídico é mais importante em face
doprocesso, da realidade e do Direito.

A prisão desta forma é decretada com a finalidade de impedir que o


infrator em liberdade continue a delinquir, ou no sentido de proteger o meio
social, garantindo a credibilidade da justiça em crimes que provoquem
grande indignação popular. Aliás, a credibilidade desta está cada vez mais
esmaecida com episódios recentes como o caso do Jader Barbalho entre
outros tantos.

Para garantir e proteger a ordem pública é indispensável que haja


um crasso perigo social decorrente da demora em se aguardo o
provimentodefinitivo, porque até o trânsito fatal do julgado da condenação,
o réu ouo indiciado já teria cometido inúmeros deli tos ou simplesmente se
evadido.

Entre os indícios podemos identificar os maus antecedentes e a


reincidência como os que autorizam a decretação da prisão preventiva.

Outro fator igualmente relevante é a brutalidade do delito que


provoca grande impacto negativo na opinião pública e, ainda a grande
necessidade de se abreviar o mais que possível à demora na prestação
jurisdicional.

O crime publicamente cruel já demonstra por si só, a necessidade


deredobradas cautelas e, neste sentido tem sido os acórdãos
dajurisprudência criminal brasileira.

Já outra corrente dissidente, não vislumbra o periculum in mora,


visto quea medida seria decretada não por necessidade do processo e, sim,
compelida pela gravidade do delito, caracterizando -se uma afronta ao
presumido status inicial de inocência.

O próprio Supremo Tribunal Federal já se pronunciou neste sentido.


É indispensável para a decretação preventiva de prisão, a efetiva e
irrefutável presença dos requisitos da tutelar cautelar; no entanto, tanto
num como noutro, evidencia-se o periculum in mora que já é eficiente para
autorizar a custódia preventiva.

A conveniência da instrução criminal visa impedir que o réu ou


indiciado logre e medre a produção de provas, atemorizando testemunhas,
apagando vestígios e indícios do crime, destruindo o inter -criminis. É claro o
periculum in mora é atentatória à verdade real se continuar o réu em
liberdade.

A garantia de aplicação da lei penal, no caso de iminente fuga,


tornando inviável e ineficaz a execução da pena. Nos casos em que o réu
não tenha residência ou domicílio fixo, ocupação lícita nada que o fixe ao
lugar do delito, sendo completamente provável e previsível a sua evasão.

Quanto à garantia da ordem econômica que foi introduzida como


hipótesepara prisão preventiva pela Lei Antitruste (Lei 8.884/94), é na
verdade, uma reedição da garantia da ordem pública um pouco mais
específica.

É certo que só ser cabível a prisão preventiva nos crimes dolosos


punidos com reclusão ou detenção (e, ainda quando houver razoável
incerteza quanto à autêntica identidade do criminoso e, ainda quanto este
tiver domicílio e profissão ignorados ou incertos).

Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal pode


serrequerida pelo Ministério Público (MP) ou por representação de
autoridade policial, ou ainda de ofício pelo juiz sendo cabível tanto na ação
penal pública como na privada .
E se apesar da autoridade policial apresentar o pedido, o juiz dei xar
de decretá-lo não caberá recurso, pois a dita autoridade não a requer e, sim
simplesmente expõe a conveniência da medida p reventiva.

Feita a representação, em geral o juiz, após a oitiva do ilustre


representante do Ministério Público, mediante o endos so deste, se der
indeferimento ao pedido, caberá recursos nos termos do art. 581, V do CPP.

E, neste caso, o endosso do MP terá acepção de requerimento .

A preventiva só se justifica como necessidade de assegurar o


império da lei penal. É então decretada antes pela incontrastável
necessidade e, endossada apenas pelo juiz quando identifica as condições e
pressupostos legais presentes.

De qualquer maneira, a ordem pública segundo a maioria dos


doutrinadores que francamente admitem sua imprecisão e variabi lidade
conceitual tem sidoo centro de toda a polêmica. O que nos parecer levar ao
desprestígio todaa capacidade her menêutica de nossos julgadores.

Em direito público se defende a concepção material ou objetiva da


ordem pública que é semelhante à que vigor a na política.

Bobbio pontifica que é concebida como um fato ou um fim do


ordenamentopolítico e estatal e, nesse sentido, a legislação administrativa,
policiale penal a encara como sinônimo de convivência ordenada, segura,
pacífica e equilibrada. Na verdade é o princípio da segurança social que
assegura a legitimidade da decretação preventiva da prisão sem prejuízo do
princípio do contraditório e da ampla defesa .

A jurisprudência tende assim ampliar o conceito material de ordem


pública fazendo incluir nele o normal funcionamento de diversas instituições
tais como a propriedade e a publicidade.

Parece certo afirmar que os ordenamentos jurídicos conceberam


uma noção bastante elástica de ordem pública. Discute -se muito se a
defesa da ordem pública acaba por restringir os direitos fundamentais,
acabando por setraduzir como um conjunto de finalidades que deveriam
caracterizar idealmente as relações sociais.

No direito privado, a ordem pública é evocada como limite ao


exercício de direitos, paira uma noção residual que é um tanto impreciso de
definir. Ora é parâmetro legal específico, ora é exigência integrativa dos
princípios do Estado.

De qualquer modo não há discricionariedade do juiz ao decretar a


prisão preventiva tendo em vista que terá que proferir em despacho
devidamente fundamentado, ainda que denegue a medida cautelatória. A
prisão preventiva repousa sobre o juízo da probabilidade e, desta forma
acompanha o estado da causa.
Se, posteriormente a instrução demonstrar que não subsistem os
elementos que fundamentaram a decretação da prisão, cumpre ao juiz
reformar a sentença em face da nova realidade processual .

Mesmo ocorrendo à apresentação espontânea do ac usado, não há


impedimento para decretação da prisão preventiva, até porque poderá ser
um mero embuste.

De qualquer forma, conforta Basileu Garcia que a prisão sofrida para


fins processuais, antes da condenação irrecorrível, não é pena; sendo
mesmo antiga a polêmica acerca se deve ou não deduzi -la do cumprimento
da pena privativa de liberdade.

De qualquer maneira a lei atual não contém tantas falhas que lhe
imputam sendo mesmo coerente e apta ser apreciada e interpretada quer
pelos doutos julgadores, quer pelos Egrégios tribunais. Aliás, em prol da
credibilidadeda justiça não se clama exatamente por leis com textualidade
rígida eespecífica que facilmente caducará com evolução dinâmica dos
fatos, clama-se evidentemente por efetividade e probidade na concessã o e
na decretação das medidas judiciais na esfera criminal capazes de garantir
e proteger a paz pública.

A prisão preventiva tem natureza processual, tendo como objetivo:


que o acusado compareça ao tribunal; para o acusado ter
oportunidade de se defender em tribunal; há interesse do acusado em não
voltar a repetir o crime que cometeu, para não perturbar a paz pública;o
acusado solto pode tentar destruir as provas, perturbar a instrução. A
medida é especifica para se evitar prejuízo ou tumulto na fase instrutóri a;
prende-se o acusado para evitar, sua evasão após a condenação;

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Prisão preventiva é medida introduzida em instru ção preparatória, desta
forma priva-se a liberdade do acusado, encaminhando -o a entidade
competente, onde permanecerá durante a fase de investigação criminal e
instrução processual, até à notificação da acusação ou ao pedido de
instrução contraditória pelo Ministério Público.

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Corrobora-se o flagrante delito, como sendo todo o fato punível,


onde o sujeito está o cometendo ou que acabou -se de cometer, ou ainda,
no caso em que o infrator, logo a prática do crime, é perseguido ou
encontrado a seguir à prática da infração com a "rés furtiva" ou sinais que
mostrem claramente que a cometeu ou nela participou.

Já nos crimes permanentes, o flagr ante delito só irá se consumar


enquanto se mantiverem sinais que mostrem claramente que está sendo
cometido e o sujeito está nele participando.
De outra banda, a doutrina tem definido flagrante delito próprio
quando o agente é detido no momento em que está a praticar o crime; no
quase flagrante delito afigura-se quando o agente é detido logo que acabar
de cometer o crime; e presunção em flagrante delito, quando o agente é
apanhado depois de ter cometido o crime, com objetos relacionados ao
crime.

Em suma, a prisão fora a do flagrante delito pode ser efetuada sem


culpa formada em instrução preparatória e com culpa formada após a
pronúncia. Não obstante em casos de crimes graves os acusados que estão
à solta, seja por erro ou até por descuido, pode o juiz ao elaborar a
pronúncia mandar prender preventivamente.

Cabe frisar, que a preventividade da prisão de qualquer pessoa só é


autorizada desde que 
    




     

quando houver fortes suspeitas de


prática da infração pelo acusado sendo o crime doloso e punível com pena
de prisão superior a um ano, além de outras permissivas, tais como:
Ë quando ausentes as permissivas da liberdade provisória;

Ë quando o acusado em liberdade provisória comete qualquer


crime doloso punível com pe na de prisão superior a um ano;

Ë quando em liberdade provisoria deixar o acusado de declar ar a


mudança da sua residência;

Ë não comparece nos atos processuais ou nas entidade instrutora


competente quando a lei exigir;

Ë ou quando seja devidamente notificado por ordem do


Magistrado;

Ë quando o acusado procura ilicitamente impedir a averiguação


da verdade.

É revestida de obrigatoriedade a prisão PREVENTIVA, NÃO SENDO


ADMISSIVEL a liberdade provisória nos crimes quando puníveis com pena
superior à pena de prisão maior de 2 a 8 anos ou com qualquer outra pena
privativa de liberdade cujo máximo seja superior a 8 anos; também nos
crimes puníveis com pena de prisão superior a um ano, cometido por
reincidentes, vadios ou equivalentes.

Nesta toada, resta claro que será inconv eniente a liberdade


provisória:

Ë ainda quando há comprovado receio de fuga; uando haja


comprovado perigo de perturbação do processo, caso seja mantido o
acusado em liberdade;
Ë quando, em razão da natureza e circunstância do crime ou da
personalidade do acusados, haja receio fundado da perturbação da ordem
pública ou da continuação de atividade criminosa.

É necessário esclarecer que a    , somente advém


da lei , já a   ! ,é apreciada pelo Magistrado, analisando se a
há ou não receio de fuga e determinar ou não a prisão, analisando o caso
atrelado a fase do processo.
A prisão preventiva, opera-se ainda pelo não cumprimento das
obrigações, ou seja das advertências consignadas na liberdade provisória.
Outrossim, reitera-se que a simples suspeitas da prática da infração, por si
só, não bastam para a que ocorra a prisão, sendo sempre ilegal a captura
destinada a obter esses indícios, ou seja a denominada prisão para
averiguação.


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Desde a captura até a notificação do acusado ou até o pedido de
instrução contraditória pelo Ministério Público, OS PRAZOS DE PRISÃO
PREVENTIVA NÃO PODEM EXCEDER:

Ë 30 dias para os crimes a que caibam penas de prisão até 2


anos;
Ë 45 dias para os crimes a que caibam penas de prisão maior;
Ë 90 dias para os crimes contra a segurança do Estado.

Caso seja a liberdade provisória inadmissível, o Ministério Público,


poderá opinar pela prorrogação dos referidos prazos da prisão preventiva,
por despacho fundamentado, por mais 45 dias e excepcionalmente, por
mais 45 dias o que vai totalizar, nos seguintes casos:

Ë nos crimes a que caibam penas de prisão até 2 anos - 120


dias;
Ë nos crimes a que caibam penas de prisão maior - 135 dias.

Nos crimes que englobam a segurança do Estado, em caso de


grande complexidade do processo, a prisão preventiva poderá ser
prorrogada por mais 30 dias, e excepcionalmente, poderá totalizar 210 dia s.

Neste diapasão, decorridos os prazos da prisão preventiva, sem


prejuízo dos prazos da instrução contraditória (art. 334.º do C.P.P.), É
OBRIGATÓRIA A LIBERTAÇÃO DO ACUSADO, que será colocado em
liberdade provisória mediante caução.
Em alguns casos a prisão preventiva suspende-se por razão de
doença física ou mental que imponha o internamento hospitalar do acusado,
ou em casos de gravidez devidamente comprovado por exame médico,
nestes aguardará o acusado em estabelecimento hospitalar.

  
A imunidade, é instituto que assegura a certas pessoas, o direito de
processo em rito especial , não podendo ser presos sem culpa formada,
com exceções nos casos de flagrante delito por crime doloso punível, são
passiveis de imunidades, os deputados da Assembleia Nacional, os
Magistrados Judiciais e do Ministério Público, o Primeiro Ministro, Ministros,
Secretários de Estado, Vice-Ministros e entidades equiparadas, os
Governadores Provinciais, o Governador e Vice -Governadores do BNA, os
Vice-Governadores Provinciais, os Oficiais Generais das FAA e da Polícia
Nacional.















































   

A prisão temporária foi introduzida em nosso ordenamento jurídico


mediante a Lei 7.960, de 21 de dezembro de 1989, no objetivo de coibir a
chamada prisão para averiguação, comum nos meios policiais.

A prisão temporária é admitida na fase investigatória de crimes


particularmente graves , desde que:

I- quando imprescindível para a investigação

II- quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer


elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade'', é medida de
natureza cautelar , tratando-se de medida extraordinária e excepcional,
cuja adoção deve estar sempre subordinada a parâmetros de legalidade
estrita.. Para sua imposição, decretada pelo juiz em decisão motivada e por
prazo de apenas cinco dias (ou de trinta dias, para os crimes p revistos pela
Lei 8.072/90), prorrogável por igual período, bastam o interesse da
investigação;

III- fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na


legislação penal, de autoria ou participação do indiciado.

A lei 7.960/89 estabeleceu uma modalidade de prisão cautelar não


prevista anteriormente no CPPAplicável somente durante a fase de
inquérito, esta forma de prisão é a única do ordenamento brasileiro que tem
prazo certo (5 dias, prorrogáveis por mais 5, ou 30 dias, prorrogáveis por
mais 30, em caso de crimes hediondos).

Não há recurso específico para combater a decretação da prisão, assim só


resta o habeas corpus, mas por se tratar de prisão com prazo tão curto, na
maioria das vezes ele é julgado prejudicado.

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,4 Caberá prisão temporária:

I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer


elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;

III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova


admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos
seguintes crimes:

a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);


b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e
2°);
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);

d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);

e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e


3°);

f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput,
e parágrafo único);

g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação


com o art. 223, caput, e parágrafo único);

h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput,
e parágrafo único);

i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);

j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou


medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);

l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;

m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de


1956), em qualquer de sua formas típicas;

n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de


1976);

o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho


de 1986).

%
 &4 A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da
representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério
Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em
caso de extrema e comprovada necessidade.

§ 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz,


antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.
§ 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser
fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
contadas a partir do recebimento da representação ou do requerimento.
§ 3° O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério
Público e do Advogado, determinar que o preso lhe seja apresentado,
solicitar informações e esclarecimentos da autoridade policial e su bmetê-lo
a exame de corpo de delito.
§ 4° Decretada a prisão temporária, expedir -se-á mandado de
prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao indiciado e servirá
como nota de culpa.
§ 5° A prisão somente poderá ser executada depois da expedição d e
mandado judicial.
§ 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos
direitos previstos no art. 5° da Constituição Federal.
§ 7° Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso deverá
ser posto imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada sua
prisão preventiva.
%
 54 Os presos temporários deverão permanecer,
obrigatoriamente, separados dos demais detentos.
%
 64 O art. 4° da Lei n° 4.898, de 9 de dezembro de 1965, fica
acrescido da alínea i, com a seguinte red ação:

"Art. 4° ...............................................................

i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida


de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir
imediatamente ordem de liberdade;"

%
 '4 Em todas as comarcas e seções judiciárias haverá um
plantão permanente de vinte e quatro horas do Poder Judiciário e do
Ministério Público para apreciação dos pedidos de prisão temporária.

%
)4 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

%
*4 Revogam-se as disposições em contrário.

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A tão criticada Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) gerou


discussões doutrinárias e jurisprudenciais em torno de alguns de seus
dispositivos, notadamente os que vedaram o direito à liberdade provisória e
à progressão de regime de pena dos acusados e condenados,
respectivamente, pela prática de alguns dos crimes elencados na referida
lei.
Todavia, inovação normativa de grande relevância e repercussão no
sistema criminal pátrio não ensejou igual reação dos operadores jurídicos.
Cuida-se do dispositivo que estabeleceu o prazo de 30 dias, prorrogável por
outros 30, para a prisão temporária dos suspeitos da prática de crime
considerado hediondo ou assemelhado (art. 2º § 3º da Lei 8.072/90),
previsão esta, em nosso modesto ponto-de-vista, carente de
constitucionalidade.
Ao escopo de corroborar tal opinião, desenvolveremos nosso
pensamento tendo sempre em vista a seguinte questão: é razoável manter -
se o indiciado preso, a título de prisão temporária, por até 60 dias, apenas e
tão somente para instruir um inquérito policial e formar a opinio delicti do
Ministério Público?

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A prisão temporária, de natureza cautelar, ou, com maior precisão
,pré-cautelar, de caráter provisório e pré -processual , assenta-se, a par dos
requisitos inerentes a toda medida cautelar (assessoriedade,
preventividade, instrumentalidade hipotética e provisoriedade), sobre o
binômio Ê  e
   .
A fumaça do bom direito, inerente a qualquer prisão cautelar,
consubstancia-se na presença de elementos de convicção que demonstram
a verossimilhança da imputação iminente e que, portanto, tornam plausível
admitir a participação delitiva do indiciado no fato objeto da apuração.
A seu turno, o Ê    se materializa na própria
necessidade da constrição ao     do indivíduo, ante o rec eio de
que, solto, possa o inculpado produzir danos à ordem pública, à instrução
do processo ou à aplicação da lei penal.
No que pertine especificamente à prisão temporária, embora já se
tenha sustentado que sua decretação condiciona -se aos mesmos requisitos
da prisão preventiva , parece -nos mais acertado o entendimento que a
coloca em posição diferenciada em relação a esta última modalidade de
prisão cautelar. Não fora assim, haveríamos de admitir que estas duas
espécies de prisão provisória se distinguir iam unicamente pelo prazo de
duração e pela oportunidade da decretação, o que não se nos afigura
sensato.
De qualquer modo, seja na prisão preventiva, seja na prisão
temporária, é imposição constitucional (art. 93, inc. IX, da Carta Política de
1988) que o magistrado explicite o seu convencimento quanto à
necessidade da segregação cautelar . Tal fundamentação somente será, a
seu turno, possível se o Delegado de Polícia ou o membro do Ministério
Público indicarem os motivos pelos quais se postula a prisão, não sendo
satisfatório, evidentemente, limitar -se a autoridade a dizer que a prisão
temporária é imprescindível para as investigações do inquérito policial
(inciso I do art. 1°. da Lei 7.960/89), ou que o indiciado não tem residência
fixa ou que não forneceu elementos necessários ao esclarecimento de sua
identidade (inc. II). Cumpre, sim, ao postulante da medida indicar ao juiz o
porquê de estas duas variantes, ou uma delas, justificarem o
encarceramento do suspeito ou indiciado, já que nem sempre é tal med ida
indispensável ao sucesso das investigações policiais.
Neste sentido se alinha o pensamento sempre lúcido de Hélio
Tornaghi acerca da prisão preventiva (válido, evidentemente, para a prisão
temporária), ao lecionar que             
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Restou evidenciado, é totalmente desproporcional ao atingimento
dos fins a que se destina a prisão temporária, a fixação de prazo dilatado
para o seu cumprimento, insustentável se mostra o hábito do Ministério
Público e da Magistratura em não se valerem de um controle mais eficaz
dos critérios de necessidade e proporcionalidade daquela prisão cautelar.
Se a lei fala em prisão por 5 dias ou por 30 dias (para as hipóteses
previstas na Lei 8.072/90), por que não se avaliar, sopesa ndo-se as
explicações da autoridade policial, o tempo realmente necessário à
custódia? Se o que se pretende com a prisão temporária é, e.g., o
reconhecimento formal do indiciado, ou o seu interrogatório , ou a
reconstituição do crime , por que não se decre tar a prisão por período
menor do que 5 dias? Se o crime é considerado hediondo, e são muitas as
diligências policiais a serem cumpridas, necessariamente com a presença do
suposto autor do ilícito investigado, por que não fixar prazo bem inferior aos
30 dias.

Outrossim, a lei pareça indicar que a prisão deverá, se decretada,


durar 5 dias (ou 30, se hediondo ou a ele assemelhado o crime) será
inconsistente, diante do Estado de Direito entre nós vigente, advogar o
entendimento de que a lei proíbe o juiz de f ixar prazo menor do que os
mencionados. Em face da excepcionalidade de qualquer medida limitadora
da liberdade do indivíduo, tais prazos hão de ser compreendidos como
limites máximos à constrição do     , o que implicará a avaliação,
caso a caso, do tempo necessário à segregação do indivíduo do convívio
social .

Desse modo, é razoável afirmar que sendo a prisão temporária uma


medida pré-cautelar, destinada ao esclarecimento dos fatos apurados em
inquérito policial, somente poderá ser decretada se explicitados os motivos
e a necessidade da cautela para o êxito das investigações policiais, porém
impõe-se à autoridade policial ou ao Ministério Público, indicar ao
magistrado quais as medidas que dependem da prisão do indiciado para ser
concretizadas, devendo a autoridade judiciária motivar devidamente sua
decisão, fixando prazo eventualmente inferior ao estabelecido em lei para a
prisão temporária, já que se trata de limite máximo e não termo único para
a decretação da medida.
CIESA ± CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAZONAS

Thiago Olimpio da Silva Batista

Prisão Preventiva e Prisão Temporária.


Manaus - 2011

CIESA ± CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAZONAS

Thiago Olimpio da Silva Batista ± 0852302

DIR04MA

Prisão Preventiva e Prisão Temporária.

Trabalho apresentado a disciplina


de Processo Penal ministrado
pelo Prof. Dorval de A. Santana,
como requisito para atribuição de
nota para a 1ª NPC do curso de
Direito.
Manaus - 2011

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