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Itabuna (BA),
Disciplina: DIREITO
Curso: DIREITO CIVIL III
Professor: Paulo Sérgio dos Santos Bomfim
Aluno(s):
_______________________________________________________
Com base no texto abaixo, elabore uma resenha crítica.
Obs. Uma resenha crítica contém em sua estrutura:
Capa, sumário, 1- introdução; 2- descrição do assunto; 3-apreciação
crítica (trazer opiniões de outros doutrinadores); 4-considerações
finais/conclusões (sua opinião sobre os institutos jurídicos
estudados); 5-Referência bibliográficas; 6- anexos (se houver).
Prazo: 10.09.2010.
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(
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Sumário:1 [01] – A relação do direito dos contratos com outros ramos do direito e
sua topologia no Direito Civil. 2 – Breve evolução histórica do direito dos contratos.
3 – Definição de contrato e seus elementos constitutivos: a relação jurídica
obrigacional decorrente do contrato. 4 – Princípios do direito dos contratos. 5 –
Relação entre contrato e responsabilidade civil, em especial: responsabilidade pré-
contratual, responsabilidade contratual e responsabilidade extracontratual [02]. 6 – A
interferência de terceiros na relação contratual. 7 – Formação dos contratos. 8 –
Classificação dos contratos. 9 – Interpretação e integração dos contratos. 10 –
Vícios redibitórios. 11 – Evicção. 12 – Extinção do contrato.
O direito dos contratos, portanto, trata de uma das fontes das obrigações:
o contrato. (além do contrato, consideram-se fontes de obrigações os atos
unilaterais e os atos ilícitos.)
Relaciona-se o direito dos contratos também com o direito das coisas, pois
podemos considerar que o contrato é instrumento essencial para a circulação de
riquezas e transmissão da propriedade. (Embora a propriedade se transfira através
de tradição ou de transcrição, estas são precedidas por contratos.)
No direito das sucessões, embora o testamento não seja contrato, mas ato
unilateral, importa o estudo dos contratos, por exemplo, para verificar doações
inoficiosas, feitas pelo autor da herança, ultrapassando a legítima. Importa também
lembrar a transferência das posições contratuais do "de cujus" para seus herdeiros,
fazendo com que os créditos e débitos daquele componham a herança, salvo se as
obrigações forem personalíssimas ou se o contrato previr como causa de extinção a
morte de uma das partes (cessação).
Também no século XX, vimos nova subtração ser feita à teoria geral dos
contratos do Código Civil, com o surgimento do Direito do Consumidor. Não é um
novo contrato que surge, mas, sim, uma nova forma de reger contratos cujas
fattispecie estão previstas no Código Civil. Uma nova principiologia surge, embora
permita a aplicação subsidiária da teoria geral dos contratos civis (ou paritários).
Para encurtar nossa resposta, vamos voltar apenas 200 anos, remetendo
nossa memória histórica ao ano de 1804, ano da publicação do famoso Code
Napoléon, que aniversaria nesta época.
Esta intervenção pública nos contratos provocou forte reação dos civilistas
clássicos, que denunciaram a publicização do direito civil, além da crise da
autonomia da vontade e da crise do contrato.
No Direito Romano (ou numa fase dele, pois o Direito Romano foi formado
por fases diferentes entre si), havia o "pacto" e o "contractus". Através dos "pacta",
o vínculo criava apenas obrigações naturais. As obrigações jurídicas decorriam do
"contratus". Assim também o é no nosso direito atual: há convenções e pactos que
não geram obrigações jurídicas. Estas decorrem dos contratos, que são vínculos
que merecem proteção jurídica, por sua importância social e por estarem atendidos
os requisitos legais que lhe conferem validade.
Dizer que as partes sejam capazes significa exigir que elas não se
enquadrem nas hipóteses previstas nos arts. 3o. e 4o. do CC2002. Esta é a
capacidade genérica. A capacidade específica, ou legitimação (importando-se a
expressão do direito processual civil) decorrer da ausência de impedimento
específico de realizar certo contrato com certa pessoa. Como exemplo, João é
maior, capaz, mas não pode doar uma casa para sua concubina, se for casado.
Embora João tenha capacidade genérica para praticar atos da vida civil em geral,
ele não pode realizar aquele contrato com aquela mulher.
Algumas críticas precisam ser feitas a este artigo 478. Comecemos pelo
título dado à Seção IV – Da resolução por onerosidade excessiva. O mais
apropriado seria substituir "onerosidade excessiva" por imprevisão. E substituir
"resolução" por "revisão". Não é a simples onerosidade excessiva que permite ao
juiz revisar – e, não sendo possível, resolver – o contrato. Precisamos somar a isso
outras circunstâncias. Esta onerosidade excessiva deve decorrer de fato
extraordinário e imprevisível (tomando como base a cautela normal). A simples
onerosidade excessiva autoriza a revisão judicial de um contrato de consumo, mas,
para haver intervenção judicial num contrato paritário, é preciso que haja a
imprevisão. Este fato imprevisível e extraordinário, por modificar a base objetiva do
contrato, permite sua revisão, pois desequilibra as prestações das partes
contratantes. Neste ponto, o art. 478 merece outra crítica, pois a jurisprudência e a
doutrina já tinham entendido que à onerosidade excessiva da obrigação de uma
parte, não era necessário, obrigatoriamente, demonstrar o injusto enriquecimento
por parte da outra.
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6 – A interferência de terceiros na relação contratual [07]
A minuta é instrumento usado nesta fase, mas não tem efeito jurídico, pois
não se formou o consenso. As partes ainda estão determinando o conteúdo da
vontade negocial.
Admite-se, ainda, o contrato sobre coisa atual sujeita a risco, conforme art.
460.
Nominados ou típicos são contratos que têm "nome juris", previstos em lei.
Inominados ou atípicos são contratos criados pelas partes, sem que sua estrutura
básica esteja prevista em lei. A doutrina se refere também a atípicos mistos e
atípicos propriamente ditos.
10 – Vícios redibitórios
Vício redibitório é o defeito oculto que torna a coisa imprópria para o uso a
que destina, ou que desvaloriza a coisa. Fala-se que é oculto porque passa
despercebido pelas partes na formação do contrato. Se o alienante sabe do vício e
se omite, trata-se de dolo, cuja diferença prática quanto aos efeitos é que,
provado, o alienante responde também por perdas e danos.
11 – Evicção
12 – Extinção do contrato
Conclusão
Enfim, passamos por toda a teoria geral dos contratos prevista no Código
Civil de 2002, contextualizando os principais institutos, com destaque para as
características e fundamentos deste novo direito dos contratos. Alguns institutos
são regulamentados em detalhes no texto legal, como os vícios redibitórios, a
evicção, a oferta e proposta. Quanto a estes, optamos por não transcrever seu
tratamento, posto que desnecessários, já que sua transcrição não provaria
conhecimento da candidata, já que as normas estão na lei e sua consulta é
permitida.
Notas
01
Ao iniciarmos a prova, antes de escrever o sumário, escrevemos: "Esta
prova escrita se desenvolverá (ou desenvolver-se-á, na forma culta) em doze
etapas principais:"
02
Na verdade, quis-se referir, por último, à responsabilidade pós-contratual.
03
Tendo sido uma prova manuscrita, com duração máxima de seis horas,
nota-se o uso dos nomes dos ramos do direito ora com letras iniciais maiúsculas,
ora com iniciais minúsculas, ao longo das páginas.
04
Quisemos escrever "a igualdade e a liberdade", sem a fraternidade. Pelo que
sabemos, a "fraternidade" não trouxe, para o Direito Civil, reflexos jurídicos
relevantes.
05
Onde se lê "com", leia-se "como".
06
Na verdade, quis-se referir, por último, à responsabilidade pós-contratual.
07
Tendo em vista a proximidade do final da duração da prova e a relação entre
os temas, optamos por tratar os dois pontos de forma conjunta.
08
Leia-se "investimentos em função".
09
Na verdade, não equivaleria a um pré-contrato, mas a uma minuta.
10
Na verdade, quis-se escrever "bilaterais", no lugar de "unilaterais",
obviamente.
11
O correto é "esparsamente".
12
Melhor seria ter escrito "contrato por adesão".