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A SÍNDROME DE ROBINSON CRUSOÉ

Wandeilson bezerra da silva RA205602

RESUMO

O artigo traz referencias à uma cena do filme “o pescador de ilusões”, onde


tecemos comentários à respeito da mudança de comportamento de uma das
personagens, buscando o estudo dessa cena utilizando as ciências psicológicas.

ABSTRACT

This article contains references to a scene in "The Fisher King, " where we
comment about the change of behavior of the characters, trying to study this scene
using psychological sciences

PALAVRAS-CHAVE: isolamento, auto-estima, relacionamento, solidão.

INTRODUÇÃO

Diante dos problemas que afetam as pessoas em nosso mundo pós-moderno,


situamos entre os principais, os problemas de ordem afetiva, resultante de alguns
fatores, como das tribulações impostas pelo nosso sistema econômico-social, que
nos compele a ter um modo de vida onde os valores sentimentais ficam em segundo
plano, priorizando-se o “ter” e o “fazer” ao invés do “ser”, supervalorizando o status
do indivíduo, evidenciando uma sociedade ditadora, impondo seus paradigmas
como única forma de realização pessoal e profissional do indivíduo. Outro fator
predisponente é a educação castradora que recebemos dos nossos pais, que muitas
vezes é a causa de traumas e recalques que refletirão por toda a vida da pessoa.

Foi refletindo sobre a importância desses problemas, que analisamos uma cena
do filme “o pescador de ilusões” onde entre outras cenas também interessantes, nos
detivemos em uma em particular, que reflete a realidade muito comum em nossos
dias. Trata-se do medo da solidão, que por incrível que pareça leva as pessoas a se
isolarem, tornando-se solitárias por opção, dificultando o relacionamento
interpessoal.

Esse quadro, quando associado à outros, fica denominado como “síndrome de


Robinson Crusoé”.
O HOMEM É UM ANIMAL SOCIAL

Depois de jantarem em um restaurante, Perry acompanha lidya ate a casa dela.


lydia confessava a Perry que achava que ele queria apenas convencê-la a dormir
com ela, e ir embora no dia seguinte, desaparecendo sem deixar vestígios. Perry lhe
diz que ela está enganada, que ele não desejava apenas uma noite de amor, pois
ele estava apaixonado por ela. Nesse momento Ele a convence ao relatar que a
seguia quando ela ia ao trabalho todos os dias, detalhando o seu trajeto.
Emocionada ela o beija.

O homem é um ser eminentemente social. De acordo com o Dr. Roberto


shiniashyki, o ser humano precisa de estímulos para sobreviver. Os estímulos
podem ser físicos como a carícia, ou psicológicos como a atenção e/ou
reconhecimento.

Essa atitude de Perry mudou os sentimentos de lydia, que se sentiu estimulada,


se sentiu viva pela primeira vez, e mudou também a imagem negativa, generalizada
que ela tinha dos homens, apesar de não ter tido nenhum relacionamento amoroso
com nenhum anteriormente.

Algo dentro dela mudou.

Apesar de ter uma vida social ativa, lydia vivia isolada. Sozinha na multidão. Ela
não fazia parte de nenhum grupo. Apenas desempenhava papéis. Tinha um
emprego, que lhe garantia o seu sustento e uma mãe que se comunicava à
distância, por carta ou telefone.

Lydia deveria ter o que os psicólogos chamam de síndrome de Robinson Crusoé,


o medo de se conviver em grupo, de se estabelecer amizades. O medo da solidão.

Estranho paradoxo este, de se ter medo da solidão, e por isto mesmo se viver
fugindo da convivência com os seus semelhantes. O medo de estar só, e ao mesmo
tempo a busca pela solidão.

De a acordo com o dicionário, Síndrome é” o grupo ou agregado de sinais e


sintomas associados a uma mesma patologia e que em seu conjunto definem o
diagnóstico e o quadro clínico de uma condição médica.”

Portanto a síndrome de Robinson Crusoé possui os seus conjuntos de sintomas


associados. E entre eles podemos citar a mania que os seus pacientes tem de achar
que tudo era melhor no passado. O portador desta síndrome possui a mania de viver
no passado, onde tudo era belo, e onde se era feliz e não se sabia. Geralmente
passa a vida a reclamar de tudo. É um pessimista.

Quem tem medo da solidão busca a fuga de forma compulsiva de várias formas,
seja navegar na internet, comer, fazer compras, etc. tudo o que possa distraí-la da
sua solidão, de estar só consigo mesmo, de preencher o vazio interior. É o medo de
se conhecer, de ficar sozinho consigo próprio. Então se busca toda forma de
distração. Vale tudo, menos ficar só.

Lydia tinha baixa auto-estima. De acordo com o psicólogo John Powell, auto-
estima é o sentimento de valor pessoal e de competência. As pessoas que tem o
sentimento de valor pessoal ferido procuram diminuir essa dor através da
compensação, fuga ou distração. A nossa personagem com certeza utilizava pelo
menos um destes mecanismos.

Há pessoas que se matam de trabalhar. Usam o trabalho como fuga. Lydia


trabalhava o dia inteiro, e talvez ainda levasse trabalho para casa, ou fizesse hora
extra, não para demonstrar competência, almejando uma promoção. Não. Ela o fazia
apenas tão somente para “matar o tempo”.

Lydia comprava muitos livros, e sabia que não teria tempo suficiente de ler todos.
Era apenas o prazer compulsivo de comprar.

Sabemos que esse consumismo é fomentado, estimulado, pelas propagandas,


que criam desejos e necessidades que não existe em nós. Uma estratégia de
marketing muito comum é associar a posse de um produto ao sucesso pessoal, por
exemplo, ou relacionando a algum “pecado capital” como a gula, a avareza , a
luxúria, etc.

Vale ressaltar também a educação competitiva que recebemos desde cedo, pelos
nossos pais, na escola e na vida profissional, estimulando o individualismo.

Talvez lydia tivesse medo de não ser amada por inteira, de ter muitos defeitos
visíveis, que a manteria afastada dos homens. E ela se armava, buscando se
proteger contra qualquer aproximação afetiva.

A declaração de Perry foi o suficiente para desarmar lydia. Ela finalmente


conheceu alguém que a amava por inteiro, que a aceitava como ela era. Naquele
momento o medo da solidão começava a dar lugar ao afeto.

Lydia passa a cuidar de Perry, quando ele se encontrava internado em um


manicômio, pois o mesmo era esquizofrênico. Os dois se tornaram namorados.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Pescador de Ilusões. Terry Gilliam. Estados Unidos: Columbia Pictures


Corporation. 1991.

SHINIASHYKI, Roberto. A carícia essencial.

POWELL, John. O segredo do amor eterno. Editora vozes

WIKIPEDIA.

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