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I. Regras gerais
1. Regras básicas
1.1 O regulamento atual da IAAF (International Amateur Athletic Federation) será aplicado em
todos os casos, exceto nas adições e modificações especificadas abaixo.
1.2 Havendo qualquer dúvida sobre o regulamento da IBSA, prevalecerá a versão em inglês.
2.1 Estarão aptas para a competição da IBSA as categorias esportivas definidas como B1, B2 e
B3, na seção 3, abaixo.
3. Classificação
B 3: Da acuidade visual de 2/60 a acuidade visual de 6/60 e/ou campo visual de mais de
5 graus e menos de 20 graus.
Todas as classificações devem considerar ambos os olhos, com melhor correção (isto
é, todos os atletas que usarem lente de contato ou lentes corretivas deverão usá-las para
classificação, mesmo que pretendam ou não usá-las para competir).
Sinais acústicos são permitidos para atletas dessa classe, conforme especificado nestas
regras. Entretanto, não é permitida qualquer modificação visual na instalação existente, além de
ajustes nas linhas demarcatórias do início e da zona de passagem, como descrito adiante.
Nas provas de B1, onde são utilizadas informações sonoras (exemplo, salto em distância,
salto triplo e salto em altura), deve ser exigido silêncio total dos expectadores.
NOTA: Sempre que possível e com a finalidade de garantir silêncio, as provas nas quais a
informação sonora está sendo utilizada não devem acontecer simultaneamente com outras provas
de corrida.
Permite-se modificação visual na instalação existente (por exemplo, com cal, cones, bandeiras,
etc.). Sinais acústicos também podem ser utilizados.
4.5 Em competições principais recomenda-se a utilização de câmeras de vídeo para gravar todas
as trocas, no revezamento.
5. Provas
Os pesos dos implementos a serem utilizados nas provas de lançamento serão os seguintes:
O Pentatlo para homens é constituído por cinco provas, que serão realizadas em um dia de
competição, na seguinte ordem:
• · salto em distância
• · lançamento de dardo
• · 100 m rasos
• · lançamento de disco
• · 1500 m rasos
O Pentatlo para mulheres é constituído por cinco provas, que serão realizadas em um dia de
competição, na seguinte ordem:
• · salto em distância
• · arremesso de peso
• · 100 m rasos
• · lançamento de disco
• · 800 m rasos
5.3.1 A pontuação será calculada através das tabelas de pontos da IAAF. Para as provas femininas
de lançamento de disco e 100 m rasos, a pontuação deve ser calculada usando-se as tabelas no
Apêndice A.
A Categoria Junior incluirá qualquer atleta com idade inferior a 14 anos, completos até o
dia 31 de dezembro, no ano da competição.
A Categoria Intermediária incluirá qualquer atleta com mais de 14 anos e menos de17
anos, completos até o dia 31 de dezembro, no ano da competição.
NOTA: Recomenda-se, para a organização das provas de categorias menores, que se faça
uma seleção prévia das provas que irão ocorrer, levando-se em conta as circunstâncias próprias da
competição e as necessidades individuais de cada competidor.
Apesar da substituição do dardo pela bola, todas as regras da IAAF, relativas ao lançamento
de dardo, serão aplicadas para a condução dessa prova. A medição de cada arremesso deve ser feita
a partir da marca mais próxima feita, pela queda da bola, em relação ao lançador.
As provas indoor, reconhecidas pela IBSA para homens e mulheres, serão as seguintes:
Provas de Pista Provas de Campo
60 m
200 m Salto em distância
400 m Salto em altura
800 m Salto triplo
1500 m Arremesso de peso
5000 m
6.1.2 Os competidores da classe B1, em salto em distância e salto triplo, poderão usar um
chamador para dar-lhes informação acústica durante a corrida de aproximação, e um guia para
posicioná-los na pista de corrida.
6.1.3. Os atletas da classe B2 que participarão das provas de salto podem ser acompanhados, à
área de competição por apenas uma pessoa, que pode servir como chamador e/ou guia. Não será
permitida a presença de outras pessoas na área de competição.
6.2.1 Nas provas de campo onde os atletas necessitem de auxílio de chamadores ou guias, a
contagem do tempo válido para a tentativa só será iniciada no momento em que o oficial
responsável concluir que o atleta está devidamente orientado.
NOTA: Se o atleta perder a orientação ou solicitar nova orientação, o tempo será parado e apenas
reiniciado (com a inclusão de qualquer tempo decorrido já gravado), tão logo a orientação tenha
sido completada.
A prova de 100 m rasos para a classe B1, nos Campeonatos Mundiais e nos Jogos
Paraolímpicos, bem como em outras competições internacionais de elite, deve ser organizada tendo
por base o posicionamento inicial de 4 atletas com seus respectivos guias, incluindo todas as
baterias preliminares, semi-finais e finais (As especificações até a regra 7.2 também são aplicadas
para as competições de base).
7.1.4. A ordem de corrida dos atletas deve ser determinada, na primeira fase, por sorteio.
Entretanto, por ocasião da fase final, a ordem dos corredores será modificada com o mais veloz
largando em último lugar, o segundo mais veloz em penúltimo lugar e assim sucessivamente.
7.1.6. Um velocista da classe B1 na prova de corrida individual por tempo poderá utilizar o auxílio
de não mais do que dois chamadores, um dos quais deve permanecer atrás da linha de chegada. Não
há restrição para o posicionamento do outro chamador (caso seja necessário), mas este não deverá
atravessar a linha de chegada na frente do atleta.
É de responsabilidade do chamador, assegurar que o atleta esteja corretamente orientado na largada
e guiá-lo durante toda a corrida.
7.1.8 Uma nova tentativa só poderá ser solicitada quando circunstâncias fora do controle do atleta
ou guia/chamador (como uma equipe adversária) interferir no desempenho do atleta.
7.2.1 Corredores da classe B1 correm acompanhados por um guia. Cada corredor terá direito a
duas raias, uma para si e outra para o guia. Essa área constituir-se-á na “raia” de competição, e
ambos, corredor e guia, deverão permanecer dentro dela, do início ao final da prova. O atleta
poderá optar por correr do lado de fora ou do lado de dentro da raia, em relação ao guia. Fica a
cargo “equipe” decidir sobre o posicionamento; porém essa decisão não afetará a colocação na raia
ou na linha de largada.
7.2.2 As linhas de largada, numa largada escalonada, serão as mesmas da IAAF, marcadas pelas
raias 1, 3, 5, 7, etc. Essas linhas devem ser prolongadas transversalmente às raias da IAAF de
número 2, 4, 6, 8, respectivamente, usando-se fita adesiva da mesma cor que as usadas nas
marcações da IAAF.
7.3 Classe B2
7.3.1 Os atletas B2 terão direito a duas raias (para eles e para seus guias) e devem correr dentro
das mesmas; nos 800 m rasos devem iniciar raiados. Quando duas raias estão destinadas a um atleta
B2 e seu guia, as condições da raia, aplicadas nessa classe, encontram-se na regra 7.2.
7.3.2 O atleta da classe B2 pode optar por usar um guia durante qualquer prova de pista. Se essa
opção for feita, serão seguidas as regras aplicadas à classe B1.
7.4.1 Sugere-se que os atletas tragam seus próprios guias para a competição. Entretanto, os
organizadores providenciarão um guia, desde que a necessidade seja indicada, com antecedência,
na ficha de inscrição (juntamente com detalhes específicos do tipo de condução necessário).
7.4.3 Assim que o corredor cego cruzar a linha de chegada, o guia deve estar necessariamente
atrás dele.
7.4.4 O método de condução é de escolha do atleta. Este pode optar por ser guiado via cotovelo,
ou com um cordão, ou ainda correr livre. Além disso, o corredor pode receber orientações verbais
do guia.
Bicicletas ou outros meios mecânicos de transporte não podem ser utilizados por guias.
7.4.5 Em nenhum momento o guia pode arrastar o atleta ou impeli-lo a ir adiante com um
empurrão. Qualquer infração nesse sentido conduzirá à desclassificação do atleta.
7.4.6 Utilizando-se ou não de uma corda, como método de condução, o atleta e o guia não
deverão estar separados por mais de 0.5 m de distância, em nenhum momento da prova.
7.4.7 Para as corridas de pista em médias e longas distâncias (acima de 400 m) serão permitidos
dois guias. Permite-se apenas uma troca de guia para cada corredor. A troca (substituição) deve
ocorrer sem prejudicar os demais corredores e deve ser realizada apenas na reta de largada.
A intenção da troca de guias deverá ser notificada antecipadamente ao juiz (fiscal) de pista e ao
oficial técnico da IBSA. Os oficiais técnicos determinarão as condições da substituição e comunicá-
las-ão, antecipadamente, aos competidores.
7.4.8 Os corredores guias devem vestir colete cor de laranja, a fim de serem claramente
diferenciados dos competidores. Tais coletes serão providenciados pelo Comitê Organizador, após
consulta e aprovação do oficial técnico da IBSA.
7.5.1 Competidores das classes B1 e B2 nas provas de 100-400 m rasos poderão optar por largar
com ou sem bloco, ou ainda largar em pé.
7.6.1. A prova da maratona será realizada com a participação de atletas das classes B1, B2 e B3,
ao mesmo tempo.
NOTA: Os organizadores devem garantir que os oficiais estejam cientes dos problemas
específicos de segurança, relacionados ao fornecimento de bebidas aos atletas cegos e portadores de
visão sub-normal e, além disso, devem proporcionar treinamento adequado a todos os assistentes
envolvidos nesse processo.
7.6.5 Competidores das classes B1 e B2 podem optar por um revezamento de até 4 guias, mas a
substituição deve ocorrer somente nos quilômetros 10, 20 e 30. Nenhum corredor pode ser
acompanhado por mais de um guia ao mesmo tempo. Todos os guias que não estejam
acompanhando corredores devem, necessariamente, deixar o percurso da prova.
7.7.1 As equipes de revezamento deverão ser compostas por, no mínimo, um atleta B1 e um B2.
Além disso, a equipe não deverá contar com mais do que um corredor B3.
7.7.5 Estabelece-se um revezamento bem sucedido quando, o corredor que está chegando toca o
corredor que está saindo, ainda dentro da zona de passagem. O toque de passagem pode acontecer
entre guias ou atletas, sem restrição; à exceção, no entanto, das condições prescritas na regra 7.4,
onde o guia deve estar atrás do atleta no momento da passagem.
7.7.6 Uma vez que o corredor à espera saia da zona de passagem, não deverá reingressar à
mesma.
7.7.7 Será destinado um juiz por equipe de revezamento para cada zona de passagem.
7.7.8 Deverá ser destinado um guia para cada zona de passagem, a fim de que auxilie na prova, o
posicionamento de qualquer corredor B2 que tentar correr sem acompanhamento. O guia deverá
permanecer em uma posição na qual não interfira no andamento da corrida.
7.7.9 A prova de revezamento 4x100 m será realizada, colocando-se cada equipe em duas raias.
As zonas de passagem serão balizadas pelas raias 1, 3, 5, 7, etc. (Ver regra 7.2).
7.7.10 A prova de revezamento 4x400 m será realizada, colocando-se cada equipe em duas raias
para a largada e a primeira volta, sendo a primeira passagem balizada pelas raias 1, 3, 5, 7, etc.
7.7.11 As linhas de largada e a zona de revezamento deverão ser estendidas nas duas raias
adjacentes, usando-se fita da cor da marcação utilizada pela IAAF.
7.8.1 Se houver uma quantidade suficiente de inscritos, para todas as categorias e provas de pista,
haverá etapas preliminares e finais.
7.8.2 Provas de pista deverão ter os seguintes números máximos de corredores (sem contar os
guias):
100-400 m B1 e 100-400 m B2
100-1500 m B3
5-8 final composta por: pelo 1º, 2º e 3º colocados das duas baterias +
participantes os 2 perdedores com melhores tempos da fase anterior
1500 m B1 e B2
5000-10000 m B1 e B2
5000-10000 m B3
21-40 final será composta por: 1º ao 8º colocados das duas baterias +
participantes os 4 perdedores com os melhores tempos da fase anterior
7.9 Cronometragem
7.9.1 Em virtude da dificuldade dos atletas das 3 categorias em visualizar os relógios colocados
ao lado da pista, os técnicos poderão comunicar, nas corridas de 800m e acima, os tempos aos
atletas, sendo essa comunicação feita de fora da pista.
8. Competição de saltos
8.1.1 Acompanhantes e/ou chamadores poderão ser utilizados apenas para atletas das classes B1 e
B2. Ver regra 6.1.
8.1.2 Para os atletas B1 e B2, a área de impulsão deverá consistir em um retângulo de 1 m x 1,22
metro, o qual deve ser preparado (utilizando-se cal, areia luminosa, etc.) de modo que o atleta
consiga deixar uma impressão nessa área, com seu pé de impulsão.
NOTA: Por razões de segurança, é recomendada uma distância mínima de 1,75 m, entre o
eixo da pista de corrida e as bordas da área de aterrissagem. Se esta recomendação não puder ser
cumprida, medidas de segurança adicionais poderão ser requisitadas pelo oficial técnico da IBSA,
responsável pela prova.
8.1.3 A medição do cumprimento do salto, nas classes B1 e B2, será realizada do ponto de
aterrissagem na caixa de areia até a marca mais próxima, deixada pelo pé de impulsão. Quando um
atleta iniciar o salto antes da área de impulsão, a medição deve ser realizada do ponto de
aterrissagem na caixa de areia até a borda da área de impulsão mais distante da caixa.
8.1.4 Essa área diferenciada de impulsão funciona da mesma maneira que uma tábua de impulsão
convencional (ou seja, não é permitido ao atleta saltar com qualquer parte do seu pé para além da
borda da área de impulsão, mais próxima da caixa de areia).
NOTA: No salto triplo, as regras exigem que a impulsão e a aterrissagem na areia sejam
realizadas dentro dos limites definidos pelo regulamento da IAAF, como salientado aqui. Não há
nenhuma exigência que as fases intermediárias do salto aconteçam dentro dos limites do corredor
de impulsão, contanto que o atleta aterrisse com êxito na área destinada.
8.1.5 As distância mínimas entre a área de impulsão ou tábua e a caixa de areia devem ser as
seguintes:
Salto em Distância (B1,B2) 1 metro
Salto Triplo (B1) 9 metros
Salto Triplo (B2) 11 metros
Salto Triplo (B3) 11 metros
8.1.6 Caso algum atleta de salto em distância ou salto triplo requisite confirmação verbal do
acionamento da contagem de tempo para sua tentativa, um oficial deverá se designado para
fornecer tal informação.
8.2.1 O saltador da classe B1 poderá tocar na barra a fim de orientar-se antes da corrida de
aproximação. Se, fazendo isso o atleta derrubar o sarrafo, não será considerado como tentativa de
salto.
8.2.2 Competidores das classe B1 e B2 poderão ter um chamador para fornecer informação
acústica. O chamador deve posicionar-se num local onde não atrapalhe os oficiais da prova.
8.2.3 Saltadores da classe B2 poderão colocar um auxílio visual no sarrafo. No entanto, tal
procedimento deve ser aprovado pelo oficial técnico responsável.
9.1 Acompanhantes e/ou chamadores poderão ser utilizados apenas para atletas das classes B1 e
B2. Ver regra 6.1.
9.2 Competidores das classes B1 e B2, quando preparados, devem ser trazidos para o círculo de
arremesso ou pista, por um acompanhante.
9.3 Cabe ao acompanhante orientar o atleta dentro do círculo de arremesso ou na pista, antes de
este tentar o arremesso. O acompanhante deverá sair da pista ou do círculo antes que o arremesso
seja iniciado.
9.4 Orientação auditiva é permitida para os atletas das classes B1 e B2, antes, durante e após
suas tentativas de arremesso.
9.6 Se o juiz da prova determinar que um acompanhante (que está dando orientação auditiva)
encontra-se posicionado em local inapropriado, deve exigir que o mesmo se desloque desse local.
10.1 O Pentatlo deve ser realizado em um único dia na seguinte seqüência de provas:
Homens: salto em distância, lançamento de dardo, 100 m rasos, lançamento de disco, 1500 m rasos
Mulheres: salto em distância, arremesso de peso, 100 m rasos, lançamento de disco, 800 m rasos
Serão utilizadas as tabelas de conversão da IAAF, exceto no caso das provas femininas do
lançamento de disco e 100 m rasos, para os quais serão utilizadas as tabelas do Apêndice A.
Fonte: www.cbdc.org.br
Tradução: Wagner Xavier de Camargo
Revisão: Ciro Winckler de Oliveira Filho